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RESUMO
ABSTRACT:
As is common knowledge, metals are closely linked to the history of humanity, since
their discovery, around 6000 BC, these materials have helped us to achieve great
achievements in our history, however over the years some limitations have arisen and
have been necessary to rediscover metals so that they could meet certain types of
problems in our daily lives, with that thought in mind this academic work aims to show
the importance of metal in our lives and why it was necessary to create "new" metals
such as steel 1020, which is the metal on which the group carried out the experiments.
With an excellent cost benefit, 1020 steel is one of the most used in Brazil for
carburizing. Being a carbon steel, it has excellent plasticity and weldability. With a
maximum hardness of 260 HB, its hardening capacity is inferior to other steels in its
category. It is often used in gears, covers, pins and shafts in general.Commonly
mistakenly associated with 1045 steel, their main differences from each other are their
percentage of carbon, while 1020 steel contains only 0.2% carbon, 1045 steel contains
0.45%. The 1020 steel also does not allow steel treatment such as improvement and
tempering. Being applied in several products besides carburizing, steel is identified in
screws, axles and in the automobile industry. In the metal mechanical industry, there are
processes and procedures that are dependent on the heat treatments possible to change the
properties of the material when using these materials, thus leaving them in ideal
conditions for application. Carbon steels have several applications such as: the
automotive sector, manufacturing of metal-mechanical tools, aerospace sector, nuclear
sector, among others. This great attraction for such steels is due to the fact that they are
low cost materials and widely used in the industrial environment.
INTRODUÇÃO.
MATERIAIS E MÉTODOS
A amostra de aço escolhida pelo grupo foi Aço 1020. Iniciando o processo, a amostra foi
recebida já cortada pelo professora orientadora do projeto, o equipamento utilizado para
esta finalidade é conhecido como “cut-off” (cortadeira). Este equipamento é o mais
indicado para operação pelo seu corte abrasivo que oferece a melhor solução de corte
pois elimina o esforço mecânico a frio resultando em superfícies com baixa rugosidade.
Após o corte, o corpo de prova deve passar pelo embutimento e, para isso, a máquina
ferramenta utilizada foi a prensa embutidora metalográfica da Fortel, modelo EFD. A
amostra deve passar por essa etapa pois ela facilita o manuseio de peças pequenas como é
o caso. Este processo consiste em circundar a amostra com um material adequado, no
caso, o utilizado como porta amostra foi a baquelite que embutido ao corpo de prova
formou-se um único corpo. O aço foi submetido a um ciclo térmico, onde primeiramente
foi aquecido durante 8 minutos atingindo a temperatura de 180ºC e submetido à uma
pressão de, em média, 2000Pa que foi controlada pelo grupo para se manter estável.
Após, submeteu-se ao resfriamento por 4 minutos. A etapa subsequente é o lixamento,
onde consiste em desbastar a superfície do material de modo a eliminar os riscos mais
profundos causados pelo processo anterior. Nessa etapa, o equipamento utilizado foi a
lixadeira e polidora juntamente a lixas d’água, onde se faz necessário o uso de água
corrente no processo de lixamento. Foram utilizadas 5 lixas de granas diferentes para se
chegar ao estado desejado do material, quanto menor a grana, mais grossa é a lixa.
Portanto, é necessário iniciar o processo com a lixa de menor grana, onde essa irá retirar
as ranhuras mais pesadas do corpo de prova. Começando pela lixa 180, passando pelas
lixas 320, 600, 1200 e, por fim, a lixa 1500 que deu o melhor acabamento no material
possibilitando a melhor preparação ao processo seguinte de polimento. No processo de
polimento foi utilizado o mesmo equipamento da etapa anterior, mas dessa vez, fixado à
base rotativa do equipamento foi utilizado um pano de polímero e nele aplicado a solução
aquosa para polimento. Na solução é necessário conter partículas muito finas de um
material abrasivo, onde foi utilizado a Alumina primeiramente de 1µm e sucessivamente
foi utilizado a Alumina em partículas de 0,5µm. Partindo do mesmo princípio do
lixamento, onde é utilizado os grãos maiores para desbaste e posteriormente os menores
para acabamento. O último processo de preparação do corpo de prova para observação
microscópica é o ataque ácido, onde sobre o material foi adicionado uma mistura de
etanol com 3% de Ácido Nítico e após 8 segundos agindo, um soprador térmico foi
utilizado para rápida secagem do material. Essa etapa consiste em revelar os
microconstituintes do corpo de prova. Depois de passar por todos os processos de
preparação descritos anteriormente (corte, embutimento, lixamento, polimento e ataque
ácido) o material se encontra pronto para observação microscópica de suas camadas
constituintes. Para isso, foi utilizado um microscópio óptico na resolução de 100nm e
lentes de 40x, 100x, 200x, 400x e 1000x passando sucessivamente da menor a
maior até ser possível observar os cristais de formação do aço escolhido, onde a parte
clara observada é um sólido cristalino CCC denominado ferrita e a parte hachurada
denominada perlita consiste em uma mistura de ferrita com cementita.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Aços Carbono
Por sua vez, os aços com médio teor de carbono são suscetíveis a endurecimento por
tratamentos térmicos, assim, essas ligas são frequentemente tratadas com uma sequência
de austenitização, têmpera e revenido a fim de se obter a microestrutura de martensita
revenida, a qual propicia alta resistência mecânica e boa resistência a abrasão com
manutenção de boa tenacidade (Callister, 2008).
Algumas aplicações desse conjunto de ligas são rodas, eixos e trilhos de trem,
virabrequins, engrenagens e acoplamentos (ASM, 1990). A categoria dos aços alto
carbono inclui os aços carbono de maior resistência mecânica e dureza, mas com a menor
ductilidade. Assim como os aços médios carbono, essa categoria também é tratada
termicamente para endurecimento e usualmente empregada no estado revenido. Porém,
sua resistência ao desgaste será superior e possuem uma capacidade vantajosa de manter
um fio de corte afiado, quando empregados em ferramentas (Callister, 2008). Então, as
principais aplicações desse grupo são em ferramentas como: martelos, lâminas de serra,
facas, talhadeiras; e também em molas e arames de alta resistência (ASM, 1990). A
Tabela 2 fornece exemplos das propriedades mecânicas de aços alto carbono e aços-liga.
Segundo ASM (1990), ainda há uma quarta classe de aços carbono chamada de ultra alto
teor de carbono na qual se incluem ligas experimentais com teores aproximados de
1,25%C a 2,0%C e que são caracterizadas por uma microestrutura de grãos equiaxiais
ultrafinos de ferrita com uma distribuição uniforme de carbetos proeutetóide finos,
esféricos e descontínuos. Essa particular microestrutura possibilita um comportamento
superplástico da liga.
Microscopia ótica
O ataque químico utilizado foi a solução de Nital 3%, com o propósito de revelar todos os
constituintes da microestrutura, dos quais deveriam ser perlita,ferrita e martensita, como
previsto de acordo com o gráfico TTT do material e sua composição química
Analisando as imagens obtidas pela microscopia óptica, podemos ver na figura 10 e 11, o
aço 1020, e sua principal composição, a cementita (~3%) e ferrita (~97%), em proporções
idênticas àquelas previstas pelo diagrama de fases (0,18 ~ 0,23% C). Praticamente todo o
carbono presente no aço 1020 está na forma de cementita (Fe 3C - 6,67%C + 93,33%Fe),
apesar da mesma só representar 3% do volume. O restante do carbono está junto da ferrita
(~0,02%C). Esse tipo de liga se chama hipoeutetoide, visto que se formou com
aproximadamente 0,2% de carbono, estando à esquerda do ponto eutetoide (0,77%C), no
diagrama de fases.
Para a formação do aço, geralmente é utilizado um resfriamento lento, no qual observa-se a
nucleação da ferrita nos contornos de grão da austenita. Nesse caso a ferrita formar-se-á
tanto na perlita, sendo chamada de ferrita eutetoide, como em uma das fases?, sendo
chamada de ferrita pró-eutetoide. Também, é observado a formação de lamelas entre a
ferrita e cementita, na perlita.
Partindo para a análise do aço 1045, percebemos que a parte mais escura aumentou de
tamanho, isso porque a concentração de carbono também aumentou (~0,43 a ~0,50%C).
Consequentemente, a quantidade de ferrita diminuiu. Assim como no aço 1020, no 1045,
praticamente todo o carbono está na forma de cementita (Fe 3C - 6,67%C + 93,33%Fe) e, o
restante, está junto da ferrita (~0,02%C). Esse liga também é do tipo hipoeutetoide, visto
que se formou com aproximadamente 0,45% de carbono, estando à esquerda do ponto
eutetoide (0,77%C), no diagrama de fases. A perlita será constituída de ferrita eutetoide
intercalada com lamelas de cementita e, a ferrita pro-eutetoide, vai se nuclear nos contornos
de grão.
Conforme resultados do teste de dureza, para o aço 1020, na primeira identação mostrou 64
Rockwell B e, na segunda, 69 Rockwell B e, na terceira, 67 Rockwell B. Para o aço 1045,
79 Rockwell B e, na segunda, 86 Rockwell B e, na terceira, 83 Rockwell B. Notamos que,
como era de se esperar, o aço 1045 absorveu mais energia do que o 1020, característica essa
que se chama tenacidade. Também podemos ver que a área elástica é maior no caso do aço
1045, então o mesmo pode ser "esticado" sem deformar-se permanentemente.
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