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O estudo da interferência
do arquipélago de calor
na saúde pública da
população residente
em Zeis (Zonas Especiais
de Interesse Social),
principalmente para o
grupo de risco formado
por
idosos, crianças e pessoas
com problemas
respiratórios e cardíacos.
As temperaturas variam
de acordo com os
períodos, tornando as
áreas com urbanização
menos densa, maior
quantidade de vegetação e
menor fluxo de pessoas
mais confortáveis durante
a noite e a madrugada.
Durante os dias essas
áreas se apresentam com
índices próximos das
áreas de configuração
urbana adensada. É a
morfologia urbana que
faz com que os índices nas
áreas à leste se
mantenham
desconfortáveis até nas
horas mais frias do dia.
Segundo a Agência
Pernambucana de Águas
e Climas (Apac), as áreas
mais centrais do Recife,
com muitos prédios e
asfaltos, podem ter
chegado a mais de 38ºC.
Estudo aponta ilhas de calor Notícia 2013 Um estudo bancado A pesquisa traz as mudanças
no Recife, zonas em que a pelo Instituto da Cidade na cobertura do solo, com o
população pode ter saúde do Recife Engenheiro adensamento populacional e
prejudicada Pelópidas Silveira a redução nas coberturas
aponta onde ficam e vegetais causou o aumento
quais as características da impermeabilização (um
das ilhas de calor da dos fatores para o não
capital pernambuca. A escoamento das águas da
pesquisa, do órgão chuva) e elevou a
ligado à Secretaria de temperatura média da
Desenvolvimento e capital pernambucana. O
Planejamento Urbano, “balanço de energia”
mostra que as áreas (relação entre entrada e
com maior retorno de energia solar) no
adensamento Recife apresenta clara
populacional e de diferença de décadas atrás
construção civil podem para hoje e ainda entre
ter temperatura média bairros do Recife.
até 7°C superior a
outros bairros da
cidade. O destaque “A energia que chega é
negativo vai para as convertida em calor quando
grandes vias urbanas em contato com concreto,
como a Caxangá, asfalto e alguns tipos de
Mascarenhas de Morais telhado. Mas quando a
e Imbiribeira. radiação solar bate na
vegetação, parte da energia é
convertida em umidade pela
vegetação, através da
fotossíntese. A liberação de
umidade contribui para o
conforto térmico na região”.
O “conforto térmico” é
fundamental para o bem
estar da população. Tiago
Henrique lembra casos dos
Estados Unidos em que a
soma da radiação solar
elevada com a elevada
temperatura e baixa
umidade leva ao aumento na
quantidade de pessoas que
se dirigem ao hospital.”
Acontecem até mortes. Os
principais prejudicados são
idosos e crianças”, afirma. Os
efeitos do calor também são
sentidos no consumo de
energia elétrica, já que em
locais mais quentes o uso de
ar-condicionado e
ventiladores é mais
frequente.
A secretária de
Sustentabilidade e Meio
Ambiente do Recife, Cida
Pedrosa, alerta para as
consequências na qualidade
de vida da população e os
efeitos no meio ambiente.
“Somos uma cidade quente,
de temperatura elevada, com
pouco tempo de inverno. A
concentração de calor, neste
cenário, prejudica a
vegetação, aumenta o uso do
ar condicionado- e o
consequente elevamento de
carbono lançado na natureza.
Estudos gerais também
apontam que o calor
excessivo prejudica do ponto
de vista científico”, informa.
O recife é uma cidade que
cresce de forma acelerada,
mas também temos que
pensar na sustentabilidade
para tentar reverter este
modelo de cidade já
instalado”.
Segundo pesquisas da
Faculdade de Ciências e
Tecnologia (FCT) da
Universidade Estadual de São
Paulo (Unesp), o calor
excessivo em excesso causam
maior incidência de
aceleração no pulso, dores
de cabeça, desmaios,
náuseas, fraquezas,
câimbras, calafrios,
problemas respiratórios e
circulatórios.