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INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Os estudos de clima urbano tem sido nos últimos anos, foco de discussões e objeto de
pesquisa no mundo inteiro, uma vez que a urbanização intensa é um acontecimento atual que
proporciona condições de vida moderna nem sempre saudável .

Segundo Lombardo[1] “clima urbano é um sistema que abrange o clima de um dado espaço
terrestre e sua urbanização. É um mesoclima que está incluído no macroclima e que sofre, na
proximidade do solo, influências microclimáticas derivadas dos espaços urbanos.

Profundas mudanças ocorreram no Brasil, inclusive no estado de Pernambuco, a partir de


meados da década de 40, em termos de transformação de uma sociedade
predominantemente agrícola, até então, para uma sociedade urbano-industrial já consolidada
no final da década de 60. Este modelo de desenvolvimento, fortemente marcado pela
concentração de renda e praticamente desprovido das questões ambientais, com profundas
desigualdades sociais, já começou a ser evidenciado no final da década de 70.

As cidades por seu tamanho e função desempenham papel importante no clima local e nas
relações com a sociedade. Segundo Almeida Junior (2005), os padrões de temperatura do ar,
ventos, umidade do ar e pluviosidade mudam de acordo com a posição geográfica da cidade e
distribuição dos seus elementos urbanísticos. Os mecanismos para entender esta relação estão
inseridos na climatologia urbana, devendo ser observados de forma sistêmica dentro de sua
área de estudo.

O Espaço Urbano interage e altera as características dos climas locais tanto em áreas tropicais
como em climas frios, assim como nos temperados, bem como apontou o estudo de Holmer e
orsson (2009), indicando os impactos urbano-climáticos nas cidades de Göteborg, na Suécia, e
de Ouagadougo em Burkina Faso. Off erle et al. (2006) identificaram que as áreas construídas
alteram os luxos de ventos e de radiação na camada intraurbana da atmosfera, distinguindo as
características climáticas entre o centro de negócios (central business district), a periferia e a
área rural, e dessa forma, dando origem ao fenômeno conhecido como ilhas de calor.

Um dos principais impactos causados pelas ilhas de calor é efeito no conforto térmico.

Nóbrega e Lemos (2011) comentam que “do ponto de vista humano, o conforto térmico

está associado à condição psicológica que expresse satisfação com o ambiente térmico”.

Logo, áreas desconfortáveis devem ser localizadas e estudadas com a finalidade de diminuir
o desconforto e aumentar a capacidade das pessoas de realizarem atividades naquele

determinado local, pois, como afirmam Nóbrega e Lemos (2011), “cômodo é o ambiente

cujas condições admitam a manutenção da temperatura corporal sem precisar ser ativados

os mecanismos termorreguladores”.

Gomes (2007) aponta que no ano 1951 o processo de metropolização recifense se encontrava
em várias direções, caracterizando o que viria se tornar sua atual mancha urbana. Hoje, a
cidade do Recife possui características interessantes para a gênese de diferentes padrões
microclimáticos. Atualmente, já está bem configurada a urbanização na direção centro-sul da
capital Pernambucana, com intenso processo de verticalização das construções civis e
diminuição de vegetação. Com o crescimento do adensamento construtivo que a Região
Metropolitana do Recife vem atravessando, também já são visíveis as rápidas transformações
espaciais em outras direções, como no eixo oeste. Com os diferentes usos do solo, morfologia
urbana, interesse econômico e distribuição irregular da vegetação, é possível que os
microclimas no Recife tenham comportamentos diferentes e o bom entendimento desses
comportamentos é de suma importância para a gestão e o melhoramento da qualidade de
vida no ambiente urbano.

OBJETIVO: Comparar o conforto térmico da zona oeste da cidade do


recife com o centro da cidade, tendo como fator de influência a mata de
Brennand e a UC Dois irmãos influenciando positivamente o conforto
térmico da zona oeste e as ilhas de calor influenciando o conforto térmico
do centro da cidade.

METODOLOGIA

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E DESCRITIVA

DESCRIÇÃO DA ÁREA OESTE E CENTRO DO RECIFE

IMAGENS

Recife é um município brasileiro, capital do estado de Pernambuco. Localizada às margens do


oceano Atlântico, a cidade tem uma área de 217,494 km² e uma população de 1.561.659, (ou
3,73 milhões, contando a área metropolitana contando a área metropolitana). Em recente
estudo do IBGE, o Recife aparece como metrópole da quarta maior rede urbana do Brasil em
população. Neste trabalho foram analisados dados térmicos e de umidade relativa do ar,
observados em dois locais da área urbana de Recife coletados em duas zonas: zona oeste de
Recife, incluindo a mata de Brennand e a UC Dois irmãos e o centro do Recife.

RESULADOS E DISCUSSÃO

QUADRO COMPARATIVO DE TEMPERATURA E VEGETAÇÃO

CONCLUSÕES

Um estudo bancado pelo Instituto da Cidade do Recife Engenheiro Pelópidas Silveira aponta
onde ficam e quais as características das ilhas de calor da capital pernambuca. A pesquisa, do
órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, mostra que as áreas
com maior adensamento populacional e de construção civil podem ter temperatura média
até 7°C superior a outros bairros da cidade. O destaque negativo vai para as grandes vias
urbanas como a Caxangá, Mascarenhas de Morais e Imbiribeira.

A pesquisa traz as mudanças na cobertura do solo, com o adensamento populacional e a


redução nas coberturas vegetais causou o aumento da impermeabilização (um dos fatores
para o não escoamento das águas da chuva) e elevou a temperatura média da capital
pernambucana. O “balanço de energia” (relação entre entrada e retorno de energia solar) no
Recife apresenta clara diferença de décadas atrás para hoje e ainda entre bairros do Recife.

“A energia que chega é convertida em calor quando em contato com concreto, asfalto e
alguns tipos de telhado. Mas quando a radiação solar bate na vegetação, parte da energia é
convertida em umidade pela vegetação, através da fotossíntese. A liberação de umidade
contribui para o conforto térmico na região”.

O “conforto térmico” é fundamental para o bem estar da população. Tiago Henrique lembra
casos dos Estados Unidos em que a soma da radiação solar elevada com a elevada
temperatura e baixa umidade leva ao aumento na quantidade de pessoas que se dirigem ao
hospital.” Acontecem até mortes. Os principais prejudicados são idosos e crianças”, afirma.
Os efeitos do calor também são sentidos no consumo de energia elétrica, já que em locais
mais quentes o uso de ar-condicionado e ventiladores é mais frequente.

A secretária de Sustentabilidade e Meio Ambiente do Recife, Cida Pedrosa, alerta para as


consequências na qualidade de vida da população e os efeitos no meio ambiente. “Somos
uma cidade quente, de temperatura elevada, com pouco tempo de inverno. A concentração
de calor, neste cenário, prejudica a vegetação, aumenta o uso do ar condicionado- e o
consequente elevamento de carbono lançado na natureza. Estudos gerais também apontam
que o calor excessivo prejudica do ponto de vista científico”, informa. O recife é uma cidade
que cresce de forma acelerada, mas também temos que pensar na sustentabilidade para
tentar reverter este modelo de cidade já instalado”.

Segundo pesquisas da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual de


São Paulo (Unesp), o calor excessivo em excesso causam maior incidência de aceleração no
pulso, dores de cabeça, desmaios, náuseas, fraquezas, câimbras, calafrios, problemas
respiratórios e circulatórios.

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