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EMEF ZILMAR MENDES

MARTINS
Construindo Uma Educação de Qualidade
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ATIVIDADE DE SONDAGEM – RECUPERAÇÃO DAS APRENDIZAGENS - 9º ANO


Leia o texto a seguir.
Defenestração

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente
vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A falácia Amazônica. A misteriosa falácia
Negra.

Hermeneutas deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se
complicaria.
-- Os hermeneutas estão chegando!
-- Xi, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hemeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases
ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada
pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter
um sentido oculto.
-- Alô...
-- O que é que você quer dizer com isso?... Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
-- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto. Plúmbeo devia ser o barulho que o corpo faz ao
cair na água. Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no
dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato
exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um som lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no
ouvido das mulheres:
--- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas...Ah, algumas defenestravam. Também podia ser algo contra pragas
e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria assim defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes
termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações. Devo tê-la usado uma ou outra vez, como em:
-- Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Um dia finalmente procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração"
vem do francês defenestration. Substantivo feminino, ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Acabou a minha ignorância, mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos
dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar
alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido
a tempo. [...]
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada
para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e
sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada. [...]
Em outra ocasião, uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta
para cima e balbucia:
-- Fui defenestrado… Alguém comenta:
-- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela?
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta
crônica. Se ela sair é porque resisti.
Luís Fernando Veríssimo.
GLOSSÁRIO

Falácia: erro, engano, falsidade.


Hermeneuta: pessoa que se especializou na leitura e na interpretação de livros sagrados e antigos, geralmente
de teor religioso ou filosófico; quem se especializou em hermenêutica.
Andarilho: alguém que anda muito, percorre muitas terras ou anda sem destino certo.
Prostrada: sem ânimo, sem forças; derrubada, desanimada.
Lúbrico: caracterizado pela luxúria; lascivo, sensual.
Rapé: pó resultante de folhas de tabaco torradas e moídas, por vezes misturadas a outros componentes.
Basculante: janela que se abre com sistema de báscula, levantando uma parte e baixando a outra: janela
basculante.
Balbuciar: pronunciar imperfeitamente e com hesitação; gaguejar.

1. Depois de descobrir o real significado de defenestração, o narrador continua fascinado pela palavra porque
A) fica imaginando as razões da existência de tal palavra.
B) não vê utilidade na palavra na língua portuguesa.
C) pensou na possibilidade do significado real.
D) remete a uma ação impraticada em nossa cultura.

Observe a charge abaixo.

Fonte:https://www.portalodia.com/blogs/jotaa/confira-a-charge-de-jota-a-publicada-na-edicao-desta-sexta-no-jornal-o-dia-373907.html.Acesso em 7 abr 2020.

2. O tema dessa charge é


A) a despreocupação do brasileiro com o coronavírus.
B) as maneiras de se combater o coronavírus.
C) o papel da imprensa no combate ao coronavírus.
D) o pavor da população com o coronavírus.

Leia o texto abaixo.

A decadência do Ocidente
O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O filho
mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete
– e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.
-- Comida?!
-- Sim, senhor.
-- Mas se come ela?
-- Ué. Você está cansado de comer galinha.
-- Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?
-- Claro.
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal.
Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava aquilo?
A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a
mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.
-- A empregada não sabe fazer?
-- Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha.
Nunca cortou um pescoço de galinha.
-- Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.
-- Eu?! Não mesmo!
O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.
-- A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
-- O quê?!
-- Há dez anos.
-- Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.
-- Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.
Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se
animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos. Somos uma
civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:
-- Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luís Fernando.

3. A palavra destacada no trecho “A empregada sabia como se preparava aquilo?” (linha 13-14) se refere
A) à civilização de frouxos.
B) à galinha ao molho pardo.
C) à receita de Dona Noca.
D) ao pescoço da galinha.

Leia o texto a seguir.

A velha contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na
lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a
desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou-a parar. A velhinha
parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
-- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva
nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo
e respondeu:
-- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para
examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à
velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba,
dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou
parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era
mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
-- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra
burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
-- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
-- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a
ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
-- O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
-- Juro – respondeu o fiscal.
-- É lambreta.
Stanislaw Ponte Preta.
4. O fato que deu início a esta narrativa foi
A) a velhinha passar todos os dias pela fronteira montada em uma lambreta.
B) a velhinha passar todo dia pela fronteira carregando um saco na lambreta.
C) o fiscal, desconfiado, mandar a velhinha parar para saber o que havia no saco.
D) o fiscal esvaziar o saco e confirmar que a velhinha só carregava areia.

Leia o texto.

Não permita que os valentões


tomem conta de sua vida.
Se você ou um amigo seu são
vítimas de bullying, denuncie o
agressor ao Ministério Público.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/419186677786999525/. Acesso em 8 abr 2020.

5. O texto acima é um cartaz que tem como principal propósito comunicativo


A) conscientizar a vítima de bullying a denunciar.
B) discutir as principais causas do bullying.
C) ensinar as vítimas de bullying maneiras de autodefesa.
D) informar sobre os diversos tipos de bullying.

Leia o texto.
Feias, sujas e imbatíveis
As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos pólos e
podem ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a
melhor estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas
também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se
reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para
beber água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.
Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26.Fragmento.

6. No trecho “Vai encarar?”, o ponto de interrogação tem o efeito de


A) apresentar. B) avisar. C) desafiar. D) questionar.

Leia a tirinha abaixo.

Fonte: http://www.marcianeurotica.com.br/. Acesso em 22 maio 2020.


7. A palavra destacada no trecho: “Algo que vai me afligir por muito tempo e tirar meu sono várias noites.” tem o
mesmo significado de
A) atormentar.
B) confortar.
C) consolar.
D) divertir.

Leia o texto a seguir.


Epitáfio
Devia ter amado mais Ter visto o sol se pôr
Ter chorado mais Devia ter me importado menos
Ter visto o sol nascer Devia Com problemas pequenos
ter arriscado mais Ter morrido de amor
E até errado mais Queria ter aceitado
Ter feito o que eu queria fazer A vida como ela é
Queria ter aceitado A cada um cabe alegrias E
As pessoas como elas são a tristeza que vier
Cada um sabe a alegria O acaso vai me proteger
E a dor que traz no coração O Enquanto eu andar distraído
acaso vai me proteger O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído Enquanto eu andar
O acaso vai me proteger O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar Enquanto eu andar distraído
Devia ter complicado menos O acaso vai me proteger
Trabalhado menos Enquanto eu andar
Compositores: Sérgio De Britto Álvares Affonso / Eric Silver
8. O tema central da música acima é
A) a lembrança de um amor intenso que chegou ao fim.
B) a preocupação com o que o futuro pode trazer.
C) o arrependimento por ter deixado de fazer o que queria.
D) o sentimento de culpa por ter feito o ser amado sofrer.

Leia o texto a seguir.

Massa boa é massa fresca


Os pais de um italianinho eram donos de um restaurante no interior da Itália. Isso há décadas e décadas. O
lugar tinha comida simples, tradicional, lugar pequeno, pratos deliciosos. Certa vez, enquanto o menino brincava no
balcão e seu pai assumia as caçarolas, um turista que degustava a massa viu um ratinho passar no salão. “O que é
isso?”, exclamou o cliente. Sem reação e também surpreso, o italiano improvisou: “Essa é Suzi. Mora aqui com a
gente”.
PORTUGAL, Rayane. Revista do Correio. Correio Braziliense. 18 jul. 2010. p.28. Adaptado.

9. A palavra destacada no trecho: “O lugar tinha comida simples, tradicional, lugar pequeno [...]” (linha 2)
foi utilizada para substituir a palavra
A) balcão.
B) Itália.
C) restaurante.
D) salão.
Observe a imagem abaixo.

Fonte: https://www.poder360.com.br/coronavirus/brasil-chega-a-4-mortes-e-428-infectados-por- coronavirus/. Acesso em 22 mai 2020.

10. De acordo com o gráfico, é possível afirmar que


A) a região Nordeste é a região do Brasil que mais apresenta casos sob análise.
B) no Brasil há mais casos confirmados de coronavírus que casos sob análise.
C) no Brasil, há menos suspeitas descartadas que casos confirmados de coronavírus.
D) São Paulo é o estado que apresenta mais casos confirmados de coronavírus.
CORRELAÇÃO LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO
QUESTÃO DCRC SPAECE
D02 – Inferir uma informação de texto
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
01 verbal.
(EF04LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e D05- Identificar o tema ou
02 o tema/assunto/finalidade do texto. assunto de um texto.
(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando o
antecedente de um pronome relativo ou o referente comum de uma
cadeia de substituições lexicais. D14- Reconhecer as relações entre
partes de um texto, identificando os
(EF07LP13) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando recursos coesivos que contribuem
03 substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais para sua continuidade.
(uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos),
que contribuem para a continuidade do texto.
(EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala D11- Reconhecer os elementos que
e indicações cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias compõem uma narrativa e o conflito
04 principais, pontos de vista, universos de referência. gerador

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em


D10 - Identificar o propósito
05 parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as comunicativo em diferentes gêneros
características do gênero textual.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas,
charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo D20- Identificar o efeito de sentido
06 uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, decorrente do uso da pontuação e de
de recursos iconográficos, de pontuação etc. outras notações.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas
D03- Inferir o sentido de palavra ou
07 em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
expressão.
(EF04LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de D05- Identificar o tema ou assunto
dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e de um texto
08 o tema/assunto/finalidade do texto.
(EF67LP25) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do
geral para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas D14 Reconhecer as relações entre
09 linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, partes de um texto, identificando os
de explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos recursos coesivos que contribuem
de paráfrase, de maneira a organizar mais adequadamente a coesão e a para sua continuidade.
progressão temática de seus textos.
D04 Interpretar textos não verbais e
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de
10 textos que articulam elementos
recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
verbais e não verbais.

GABARITO
QUESTÃO CORRELAÇÃO GABARITO
(DCRC - EF35LP04) (SPAECE – D02)
01 A
(DCRC - EF04LP25) (SPAECE – D05)
02 D
03 (DCRC - (EF08LP15/ EF07LP13) (SPAECE – B
D14)
(DCRC – (EF67LP29) (SPAECE – D11)
04 A
(DCRC - EF35LP09) (SPAECE – D10)
05 A
(DCRC - (EF69LP05) (SPAECE – D20)
06 C
(DCRC - EF35LP05) (SPAECE – D03)
07 A

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