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B.O.P.
Batalhão de
Operações
E
Policiais
Especiais
Data: Sábado 15
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Português
INTRODUÇÃO
Exercícios intermináveis pela noite, marchas que duram dias, frio, fome e sono...
Misturam-se a instruções de sniper, emboscada, defesa pessoal, conduta de patrulha,
montanhismo, sobrevivência no mar, primeiros socorros, armamento, situações com
reféns e diversas outras situações de risco e disciplinas pertinentes.
Ou seja, aproveite todo e qualquer momento de descanso, você não sabe quando terá
outro.
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Português
BOPE
I. O BATALHÃO
O Batalhão de Operações Policiais Especiais
(BOPE) é uma força de intervenção da
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
(PMERJ), responsável por atuar em
situações críticas, sendo a reserva tática de
pronto emprego da Corporação. Seu
efetivo é voluntário, formado por policiais
de elevado preparo técnico, tático e
psicológico.
I.1 . HISTÓRICO
A ideia de criar o BOPE surgiu após o trágico desfecho da ocorrência com reféns no
Instituto Penal Evaristo de Moraes, conhecido como “Galpão da Quinta”, em 1974. Na
ocasião o diretor do presídio, o Major PM Darcy Bittencourt, que era mantido refém pelos
criminosos que tentavam fuga, foi morto juntamente com alguns presos após a
intervenção da força policial. O então Capitão PM Paulo César de Amêndola, que
presenciou o gerenciamento daquela crise, propôs ao Comandante Geral a criação de um
grupo de policiais que fossem especificamente treinados para atuar em ações de extremo
risco.
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Português
Em 1982, o núcleo mudou sua designação para Compan hia de Operações Especiais
(COE), passando a funcionar nas instalações do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), no
Estácio. Após seis anos, o COE transformou-se na Companhia Independente de Operações
Especiais (CIOE), porém sua instalação continuou sendo dentro do BPChq.
Em 2011, o BOPE passou a fazer parte do Comando de Operações Especiais (COE), que
também inclui o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Batalhão de Ações com Cães
(BAC), o Grupamento Aeromóvel (GAM) e o Grupamento Marítimo Fluvial (GMF). Por
conta dos planos de segurança para a Copa de Mundo e Olimpíadas, a sede da unidade
tem previsão de mudança para a região de Ramos, na área de um antigo quartel do
Exército, com localização estratégica na cidade, tendo ligação direta com as principais vias
expressas da cidade.
I.2 . SELEÇÃO
A unidade possui um rígido
mecanismo de seleção. Para
pertencer ao efetivo do BOPE é
preciso ser Policial Militar do
Estado do Rio de Janeiro* e
concluir um dos cursos
ministrados pela unidade: o
Curso de Ações Táticas (CAT) ou
o Curso de Operações Especiais
(COEsp). O objetivo desse
minucioso processo seletivo é
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Português
Dentro deste contexto, a unidade não somente ocupa o terreno, mas também promove
atividades de interação com a comunidade, como reuniões, torneios esportivos, eventos
religiosos entre outros. Essas atividades foram surgindo pela natural necessidade de
interação com a comunidade e acabaram por facilitar sobremaneira e tornar mais
produtivo o processo de pacificação das comunidades do Rio de Janeiro.
I.4 . VALORES
O êxito do BOPE não se sustenta apenas na apurada técnica ou na qualidade dos
equipamentos, mas sobre tudo nos princípios e valores centrais que orientam as ações
coletivas ao longo dos anos. São os valores praticados desde sua criação que construíram
sua identidade e são transferidos aos policiais a cada novo curso, forjando suas atitudes e
ações sem que haja necessidade de comando direto, seja qual for o desafio da missão.
Entre os signos e valores cultuados destacam-se a Oração das Forças Especiais, a Canção
do BOPE e os mandamentos. A oração e a canção são entoadas diariamente durante o
início de cada turno de serviço. A primeira trata-se da oração universal das forças
especiais, que foi escrita em 1961 por um capelão do Exército Americano durante a
Guerra do Vietnã. Já a canção foi criada em 1978 pelo fundador do BOPE, o então Capitão
Amêndola, em Ribeirão das Lajes, durante o I Curso de Operações Especiais.
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Português
I.5 . SÍMBOLO
O símbolo da faca na caveira é adotado desde a criação do NuCOE. Tais elementos estão
presentes em várias equipes de forças especiais pelo mundo.
A faca simboliza o caráter de quem faz da ousadia sua conduta. Representa também o
sigilo das missões. É o mais perfeito instrumento de combate que o homem já
desenvolveu. Basta observar que a forma básica da faca não foi alterada em milênios.
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Português
I.6 . MANDAMENTOS
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Português
I.7 . ORAÇÃO
I.8 . CANÇÃO
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Português
I.9 . SUB-UNIDADES
1.9.1. Seção de Instrução Especializada (SIEsp)
A seção possui um calendário anual de atividades, que inclui além dos cursos, estágios e
instruções, os intercâmbios com diversas forças policiais dentro e fora do país. Entre as
forças internacionais que já fizeram intercâmbio com o BOPE estão: SWAT, FBI, US
Marines Corps, Navy Seals, GSG9 Alemão, Le Raid Francesa e a Yaman, unidade antiterror
da Polícia de Israel.
Cabe destacar que a UIT também atua em casos de suicídio quando há utilização de arma
de fogo ou explosivos.
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Português
Esse grupo é formado pelos negociadores e psicólogos. Eles são a principal ferramenta em
casos de ocorrências com refém. A missão é conquistar a confiança e convencer o
tomador de refém a libertar as vítimas e se entregar. A maioria das ocorrências dessa
natureza são resolvidas com a negociação, sem necessidade do uso da força.
Os policiais que desempenham esse papel desenvolvem técnicas específicas nos cursos de
negociação realizados na unidade ou em forças co-irmãs.
É formado pelos policiais que possuem melhor rendimento nos disparos a longa distância.
Eles são em tese o último recurso no Gerenciamento de Crises, porém dependendo do
perfil do tomador de refém, se faz necessário utilizar suas técnicas. Independente de
qualquer desfecho, são uma fundamental ferramenta de assessoramento ao gerente da
crise, repassando informações precisas sobre a movimentação do ambiente confinado. Os
policias que formam esse grupo possuem armamento próprio, calibrado especificamente.
A prática de tiro é constante, a repetição é fundamental.
É o maior grupo dentro da UIT. São utilizados quando a negociação não avança ou quando
o tomador de refém está causando sérios riscos a vida das vítimas. Esse grupo é
responsável pela entrada tática no ambiente de confinamento. Para isso utilizam técnicas
necessárias para cada caso: explosivos, rapel, arrombamento etc. O mais importante é o
fator surpresa. Contam com o importante apoio dos cães de ataque.
O treinamento desse grupo é o mais diversificado possível, simulando locais diversos para
execução da entrada tática: metrô, barcas, trem, ônibus, prédios etc.
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experiências adquiridas nas constantes operações realizadas ao longo das mais de três
décadas de existência.
Com o passar dos anos, percebe-se que o BOPE não é a soma de talentos isolados, e sim
um corpo. A excelência está no conjunto.
Com a atuação do BOPE no processo de pacificação, a equipe agregou uma nova função –
montar os equipamentos desdobrados em terreno de difícil acesso, para servir de base
avançada das tropas no local a ser pacificado.
A preparação física dos policiais também é uma preocupação constante do BOPE. A Seção
de Educação Física (SEF) é o setor responsável por gerenciar todas as atividades voltadas a
esta área. A seção é composta por policiais formados em Educação Física ou graduados
em alguma arte marcial.
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I.1 0. SAÚDE
1.10.1. Seção de Saúde
A seção de saúde do BOPE teve início com a Doutora Aleluia Matteotti, médica civil que
apoia voluntariamente as instruções e operações da unidade desde a época do NuCOE. Já
em meados da década de 80, houve a formação de um grupo de policiais paramédicos,
que atendia os feridos em combate. Ao longo dos anos o batalhão vem agregando valor
ao atendimento emergencial. Hoje a equipe de saúde possui cerca de 30 integrantes para
prevenir e tratar doenças ou lesões físicas e psicológicas.
1.10.2. Paramédicos
Com o apoio da ambulância, os policiais ficam nos arredores da operação e vão avançando
à medida que a força progride no terreno. Caso haja necessidade, eles fazem o primeiro
atendimento seja em pessoas civis, policiais ou criminosos.
1.10.3. Psicologia
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desempenha diversas atividades. São elas: a seleção psicológica dos cursos; instruções
sobre liderança, psicologia no gerenciamento de crises e motivação; treinamentos com a
tropa através de dinâmicas de grupo; atendimentos clínicos dos policiais e seus
dependentes e assessoramento ao negociador em ocorrências com reféns. Para
desempenhar essas funções o BOPE conta com duas oficiais psicólogas.
1.10.4. Nutrição
I.1 1. CURSOS
1.11.1. Curso de Operações Especiais (COEsp)
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No ano de 1996, o BOPE viu a necessidade de aumentar seu efetivo devido aos inúmeros
empregos de sua tropa. O Curso de Ações Táticas (CAT) surgiu como um condensado do
COEsp, específico para cabos e soldados.
O Curso de Ações Táticas tem por objetivo capacitar os praças técnica, física e
psicologicamente a cumprir missões de natureza não convencional, que exijam
comportamento e habilidades específicas.
O CAT tem duração de cinco semanas e suas instruções ocorrem na sede da unidade e em
outras bases de instrução destacadas no Estado do Rio de Janeiro.
Fazem parte das instruções do CAT: Instrução Tática Individual, Operações em Altura,
Socorros de Urgência, Combate Corpo a Corpo, Técnicas Especiais de Tiro, Táticas
Especiais, Técnicas Especiais de Patrulha entre outras.
Público Alvo
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necessário, além de uma boa preparação física, também treinar a cabeça (psicológico),
pois durante o curso ela será exigida para produzir pensamentos positivos de superação.
CORRIDA: 8 Km em 45 minutos.
NATAÇÃO TREINO 02
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PROGRAMA DE MUSCULAÇÃO
MEMBROS SUPERIORES
PEITORAL
COSTA
MEMBROS INFERIORES
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LEGPRESS: 3X12.
ABDOMINAL
SUPRA: 3X40.
INFRA: 3X40.
ISOMÉTRICO: 3X1MIN.
OBS: Alternar as séries exemplo: Supino reto 3×12 alternado com puxada no aparelho
(com barra) 3×12, Supino 45º 3×12 alternado com Remada sentada, sempre trabalhando
bíceps/ tríceps, peito/costa, de acordo com o exemplo.
“FORÇA E HONRA”
ORIENTAÇÕES GERAIS
A fadiga será um dos piores inimigos a ser enfrentado, que estará relacionado com a
hipoglicemia, a desidratação e aos baixos estoques de glicogênio muscular.
HIPOGLICEMIA:
A glicemia (nível de açúcar no sangue) deve estar sempre constante para que o
desempenho seja mantido. O carboidrato é o nutriente que mais será utilizado em
situação de treinamento intenso. Segue abaixo os alimentos ricos em carboidratos:
Pães
Bolos
Massas
Biscoitos
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Português
Pizzas
Legumes
Doces
Carb’ up
Maltodextrina
Ribose
Dextrose
DESIDRATAÇÃO:
tamanho corporal;
composição corporal;
condições climáticas;
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isotônico ou soro, pode-se fazer a reposição com água e algum alimento que contenha sal
e carboidrato, como: biscoito salgado, farofa pronta, frutas secas e pães.
Osteoporose
Hipocalcemia
Cálculo renal
Piora da desidratação
Carboidratos
Água
Eletrólitos
Vitaminas e minerais
Substâncias antioxidantes
Hortaliças
Legumes
Frutas
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Oleaginosas
Grãos integrais
Suplementos
Hortaliças
Legumes
Frutas
Grãos integrais
Azeite extra-virgem
Oleaginosas
Suplementos
Suplementos permitidos:
Multivitamínicos e multiminerais
CÂIMBRAS
Causas:
Desidratação
Fadiga muscular
Varizes
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Prevenção e Tratamento:
Treinamento específico
Hidratação
RABDOMIÓLISE
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lesão renal. Os minerais liberados serão responsáveis pelos sintomas de câimbra, fraqueza
muscular e dor.
Causas:
Outras causas clínicas (drogas e toxinas, hipóxia muscular, doenças endócrinas, alterações
temperatura, infecção viral e bacteriana)
Sintomas:
dores musculares
hipersensibilidade
edema
fraqueza muscular
urina escura
Além dos projetos, a unidade também possui uma banda gospel, formada por policiais e
civis, que nas horas de folga ensaiam e participam de eventos religiosos. A banda Tropa de
Louvor é também uma ótima ferramenta de interação com as comunidades ocupadas
para instalação de UPP.
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Um policial da unidade junto com um professor civil são os instrutores das aulas
ministradas às segundas, quartas e sextas das 18h às 22h30 no dojô da unidade. O projeto
surgiu em 2009 visando a aproximação do BOPE com a comunidade Tavares Bastos,
porém a procura foi tão grande que novas turmas foram criadas.
As aulas são ministradas por um policial do BOPE formado em educação física e ocorrem
todas as terças, quintas e sábados das 7h30 às 9h no dojô da unidade ou em ambientes
externos. As alunas têm aulas de ginástica localizada, alongamento, respiração,
musculação e realizam mensalmente passeios culturais e esportivos.
As senhoras do projeto tem faixa etária entre 46 e 76 anos e se chamam por números –
01, 02, 03 – fazendo uma referência aos cursos do BOPE.
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Com o lema “se queres a paz, prepara-te para a guerra”, eles participam de
cultos durante as ocupações do BOPE nas comunidades em processo de
pacificação. Até hoje a maior missão da “Tropa de Louvor” foi a apresentação
para 40 mil pessoas em 2012, durante um evento humanitário promovido
pelo BOPE em Conquista – Nova Friburgo, após a tragédia das chuvas da
Região Serrana.
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Português
Conta a lenda que existem certas rivalidades entre os cursados neste cursos e os
combatentes de operações especiais. O fato é que ambos são combatentes de elite: é
difícil precisar qual deles é o melhor, eu diria que depende de diversos fatores como o
terreno de combate e o tipo da missão.
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Tropa de Elite, alternativamente conhecido como Tropa de Elite - Missão Dada é Missão
Cumprida, é um filme policial brasileiro de 2007, dirigido por José Padilha, que também
escreveu seu roteiro, com Braulio Mantovani e Rodrigo Pimentel, e produziu com Marcos
Prado. Tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro e as ações
do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio
de Janeiro. O filme é baseado em elementos presentes no livro Elite da Tropa, de André
Batista e Rodrigo Pimentel, em parceria com Luiz Eduardo Soares. É estrelado por Wagner
Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Paulo Vilela,
Fernanda de Freitas, Maria Ribeiro e Fábio Lago.
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visto o filme de forma ilegal – isso, entretanto, não impediu o filme de ter sido bem-
sucedido nas bilheterias, tendo estreado em primeiro lugar8 .
O filme recebeu o prêmio Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim 2008. Uma
continuação, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro, foi lançada no dia 8 de outubro de
2010.
4.1. SINOPSE
Rio de Janeiro, 1997. Roberto
Nascimento, capitão da Tropa de Elite do
Rio de Janeiro, é designado para chefiar
uma das equipes que tem como missão
“apaziguar” o morro do Turano por um
motivo que ele considera insensato. Mas
ele tem que cumprir as ordens enquanto
procura por um substituto. Sua esposa,
Rosane, está no final de sua gravidez e
todos os dias lhe pede para sair da linha
de frente do batalhão. Pressionado, o
capitão sente os efeitos do estresse.
Nesse clima, ele é chamado para mais
uma emergência num morro. Em meio a
um tiroteio em um baile funk, Nascimento e sua equipe têm que resgatar dois aspirantes a
oficiais da PM: Neto Gouveia e André Mathias. Ansiosos para entrar em ação e
impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de
formação da Tropa de Elite.
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A preparação de Fátima foi montada sob o programa treinamento de Paulo Storani que
simulava o Curso de Operações Especiais, muito semelhante ao mostrado no filme. O ex-
caveira já havia coordenado o 9º Curso de Operações Especiais em 1996.21 A preparação
de Storani, seguiu os preceitos da "etnodramaturgia" elaborado pelo diretor teatral
Richard Schechner e pelo antropólogo Victor Turner nas décadas de 60 e 70.
A "etnodramaturgia" consiste em fazer com que os atores não apenas estudassem o "Rito
de Passagem" mas o vivenciassem na prática. O treinamento tinha como objetivo fazer o
elenco desenvolver atitudes semelhantes às dos policiais. Os atores "cantavam hinos da
polícia, chegaram a comer no chão e eram submetidos a sanções disciplinares quando
erravam". Para ajudar no processo Storani convidou outros três ex-membros do Bope
para auxiliá-lo.
A preparação durou duas semanas e foi dividida em duas etapas. Na primeira os atores
aprenderam sobre conceitos básicos das operações policiais desde aspectos
comportamentais e hierárquicos até como se movimentar e segurar uma arma de fogo. O
período incluiu também punições físicas e psicológicas que eram dividas em três tipos de
advertências: verbal, física (com flexões, etc) e o chamado tanque tático no qual os atores,
caso não reagissem às duas primeiras, eram obrigados a mergulhar em água gelada e
depois tinham que retornar ao treinamento, molhados e com frio. Nem Wagner Moura
escapou das punições.
O treinamento do elenco foi tão rígido quanto o curso real como explicou Pimental:
"Levamos os atores a um nível de exaustão muito parecido com o que os policiais têm no
curso de operações especiais". Os instrutores não "aliviaram" o treinamento para nenhum
dos atores. "Nós dizíamos que quem não aguentasse podia sair do filme. Foi um
tratamento muito rigoroso, que incluiu até, na fase final, um processo de retorno à
realidade dos atores" explicou o preparador ao Ego Notícias.
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4.3. REPERCUSSÃO
Tropa de Elite tornou-se
notório por diversos
pontos. Desde seu
lançamento antecipado –
que acendeu uma
discussão sobre as cópias
ilegais de filmes – até o
impacto cultural e a
inserção de frases do
filme no cotidiano
brasileiro.
O Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, chegou a ser citado pela mídia
como um "herói nacional" – questionamento que chegou a estampar a edição da revista
CartaCapital que tratava do filme. O Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José
Mariano Beltrame, declarou que o filme representava de forma apropriada um capitão do
BOPE e que Nascimento poderia sim, ser considerado um herói – não pela violência, que
"só ocorre na ficção", segundo o secretário, mas por enfrentar "picos de tensão" mas se
manter como uma "pessoa muito disciplinada e bem preparada" O ator André Ramiro,
intérprete do personagem André Mathias, não o considera um herói, e chegou a declarar
que "Polícia era uma coisa que eu abominava. Continuo com a mesma opinião, mas agora
conheço as pessoas". Padilha declarou ter se impressionado com a reação popular ao
filme. Segundo o diretor, o filme é uma crítica clara contra a violência e a tortura e não um
suporte à violência policial. Wagner Moura disse duvidar que moradores de países como
Finlândia ou Suíça veriam tais policiais como heróis, ao passo que muitos brasileiros
claramente nutrem um certo respeito pelo Cap. Nascimento.
O Cap. Rodrigo Pimentel, ex-membro do BOPE e co-autor do livro que foi adaptado para o
roteiro, disse que o filme surgiu em um momento delicado pelo qual passa a cidade do Rio
de Janeiro, envolta pelo caos e violência. Pimentel, que possui uma surpreendente
semelhança física com o ator, em uma entrevista fornecida pouco após o término da
operação policial que antecedeu a chegada do Papa à cidade e a qual liderou, afirmou: "a
policia esqueceu a sua missão principal. Não estamos mais aqui para servir e proteger,
mas apenas lutando nossa pequena guerra particular contra os traficantes". A desilusão
que se seguiu fez com que o capitão deixasse o BOPE em 1998. A frase "Guerra Particular"
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foi adotada pelo cineasta João Moreira Salles para intitular o documentário "Notícias de
uma guerra particular", do qual a entrevista citada faz parte.
V. CONCLUSÕES
O Bope é uma unidade de polícia e respeita a lei. Não compactua com qualquer
meio ilegal, seja ele qual for. Para o Bope, os fins não justificam os meios.
Aqueles que sugerem que o Bope usa de violência exacerbada ou desmedida, que
'entra na favela atirando', não conhece a verdade dos fatos. O volume de munição
consumido em combate comprova isso. Tendo em vista o treinamento e a
preocupação com a população que está na área de conflito, só se faz uso do
armamento letal em último caso.
VI. REFERÊNCIAS
http://www.bopeoficial.com/contato/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalh%C3%A3o_de_Opera
%C3%A7%C3%B5es_Especiais_(PMPR)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tropa_de_Elite
http://papodehomem.com.br/como-se-forjam-caveiras-a-tropa-de-elite/
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/19/bope-
completa-35-anos-para-ex-comandantes-elite-da-pm-do-rio-superou-
fenomeno-tropa-de-elite.htm
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO
I. O BATALHÃO
1.1 . HISTÓRICO
1.2 . SELEÇÃO
1.4 . VALORES
1.5 . SÍMBOLO
1.6 . MANDAMENTOS
1.7 . ORAÇÃO
1.8 . CANÇÃO
1.9 . SUB-UNIDADES
1.10. SAÚDE
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Português
1.10.2. Paramédicos
1.10.3. Psicologia
1.10.4. Nutrição
1.11. CURSOS
4.1. SINOPSE
4.3. REPERCUSSÃO
V.CONCLUSÕES
VI.REFERÊNCIAS
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