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CUSTO BRASIL 2021

O Custo Brasil é o termo que descreve o conjunto de dificuldades estruturais,


burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos e
pioram o ambiente de negócios.

A partir de estudo desenvolvido em 2019 pelo Movimento Brasil Competitivo, em


parceria com o Governo Federal, foi mapeado o peso do custo adicional que as
empresas brasileiras têm de desembolsar para produzir no país, em comparação com
os países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).

A metodologia desenvolvida analisou os principais entraves à competitividade do setor


produtivo brasileiro, tendo como referência o ciclo de vida das empresas. Foram
elencados indicadores nas 12 áreas consideradas vitais para a competitividade do
setor empresarial.

O mapeamento realizado estimou o peso relativo entre os distintos elementos de


Custo Brasil identificados. Essas estimativas buscam se aproximar do custo real
enfrentado pelas empresas, avaliando qual seria a redução de custos para elas caso,
hoje, tivéssemos o nível médio da OCDE em todos os 12 temas em análise:

1. Abrir um negócio
2. Financiar o negócio
3. Empregar capital humano
4. Dispor da infraestrutura
5. Acessar insumos básicos
6. Atuar em ambiente jurídico e regulatório eficaz
7. Integrar com cadeias produtivas globais
8. Honrar tributos
9. Acessar serviços públicos
10. Reinventar o negócio
11. Competir e ser desafiado de forma justa
12. Retomar ou encerrar o negócio
Para cada um dos indicadores analisados, partiu-se da lacuna existente entre a
posição brasileira, mapeada por diversos estudos oficiais, em comparação à média de
produtividade da OCDE.

A atualização do cálculo do Custo Brasil para o ano de 2021 foi desenvolvida com a
parceria técnica da Fundação Getúlio Vargas e utilizou os dados mais atuais
disponíveis, respeitando as fontes e métodos de cálculos da edição anterior da
análise, de forma a manter a comparabilidade com o dado anteriormente calculado.

Os principais objetivos do estudo foram avaliar a existência de séries regulares dos


indicadores utilizados, ou seja, se são atualizados ao longo do tempo, para avaliar e
atualizar os valores possíveis das variáveis e recalcular o valor de cada indicador e
seus respectivos eixos, possibilitando a comparação dos valores atualizados com os
valores da primeira Mandala do Custo Brasil.

Os doze eixos da Mandala do Custo Brasil são compostos por 26 indicadores no total
e, destes, 20 foram possíveis de serem atualizados e outros 6 (de 4 diferentes eixos)
foram mantidos com os mesmos valores da edição anterior do estudo.

Nessa atualização do Custo Brasil, seu valor representa 19,5% do PIB do País em
2021 (os valores da atualização da Mandala do Custo Brasil de 2022 - calculados
para o ano mais atual disponível de cada indicador - foram atualizados pelo IPCA do
período de cada dado para o ano de 2021).
1. Abrir um Negócio
Neste eixo, houve aumento, causado principalmente pelo aumento do custo de
abertura de empresas no Brasil, que elevou o GAP Brasil/OCDE. Além disso, mesmo
com redução do tempo para abertura de negócios no Brasil, o indicador sofreu
elevação devido ao maior número de novas empresas abertas no País.

1.1. Custo de Abertura


Houve aumento expressivo do GAP comparativo (Brasil/OCDE), causado pelo aumento
do custo de abertura de novos negócios no Brasil, e queda desse custo na média dos
países da OCDE. Outro importante fator para aumento desse valor foi o crescimento
do número de novas empresas de 2020 em relação à 2018.

Custo para abrir uma empresa (% do PIB per capita)

15,2
14,6
14,1
13,8
11,6
9,6
9,4
GAP = 2,2 p.p.

7,5
6,5
5,3
5,1
4,7
4,5
3,9
4
2,9
2,7
2,7
2,3
1,9
1,9
1,6
1,5
1,5
1,1
0,8
0,7
0,7
0,7
Lituânia 0,5
Suécia 0,5

1
1
1
Canadá 0,3
Dinamarca 0,2
Nova Zelândia 0,2
Irlanda 0,1
Eslovênia 0
Reino Unido 0

Média OCDE

Japão
Países Baixos

Peru
Letônia

Islândia

Espanha
Austrália
Finlândia
França
Noruega
Eslováquia
Estônia

República Checa
Grécia

Suíça

Hungria

Bélgica
Alemanha

Itália
Áustria

Costa Rica

Colômbia
Chile
Luxemburgo

Portugal

Israel

Brasil

México
Coréia Do Sul
Estados Unidos

Polônia

Fonte: Doing Business, 2020

Cálculo do indicador: Alto custo para abrir o negócio

Metodologia de cálculo: (GAP de abrir um negócio) * (quantidade de negócios abertos)

– GAP OCDE x BR (Doing Business, 2020): R$ 770,85


– Novas empresas (Serasa Experian, 2020): 3.391.931

Custo 2020 = R$ 2,6 bi


Custo 2021 = Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021 = R$ 2,7 bi
1.2. Tempo de Abertura
Houve redução do GAP (Brasil/OCDE) em 25,3%, devido ao aumento do tempo de
abertura na média dos países da OCDE e redução no Brasil. Porém, o aumento de
41,3% no número de novos negócios em 2020 fez com que o resultado desse
indicador aumentasse.

Tempo para abrir uma empresa (número de dias)

37,0
26,0
GAP = 5,9 dias

24,5
23,0
21,5
21,0
16,5
15,4
13,0
12,5
11,5
11,1
11,0
11,0
11,0
10,0
10,0
9,5
8,4
8,0
8,0
8,0
7,5
7,0
6,5
5,5
5,5
5,0
4,5
4,2
4,0
4,0
4,0
4,0
3,5
3,5
3,5
2,0
1,5
Nova… 0,5

Países…

República…
Estados…

Letônia

Irlanda
Austrália

Estônia

França

Noruega

Lituânia

Itália
Colômbia
Suíça

Finlândia

Eslováquia
Canadá

Chile

Reino Unido

Portugal

México
Média OCDE

Japão
Coréia do Sul

Brasil
Luxemburgo

Peru
Islândia
Dinamarca

Espanha
Grécia

Bélgica

Hungria

Alemanha
Suécia

Eslovênia

Áustria

Costa Rica

Polônia
Israel

Fonte: Doing Business, 2020

Cálculo do indicador: Longo tempo para abrir o negócio

Metodologia de cálculo: (GAP de dias) * (faturamento médio diário) * (quantidade de


negócios abertos) * (Margem de Contribuição)

– Tempo de abertura (Doing Business, 2020): 5,9 dias


– Faturamento Médio diário (ajustado pelo IPCA do período - IBGE/SNIPC, 2020):
R$ 2.008,59
– Quantidade de negócios abertos (Serasa, 2020): 3.391.931
– Margem de Contribuição Média BR: 34%

Custo 2020 = R$ 13,7 bi


Custo 2021 = Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021 = R$ 14,3 bi
2. Financiar um Negócio
No eixo de avaliação Financiar um Negócio, que tem como objetivo mensurar a
diferença de custos do acesso ao crédito no Brasil em comparação com os países da
OCDE, mesmo com redução do spread bancário acompanhado pelo crescimento do
volume de crédito, o aumento do Risco-Brasil elevou o custo de captação das
empresas Brasileiras e o valor total do eixo.

2.1. Custo Capital


A queda do resultado foi em função da melhora no spread do Brasil. Houve redução
de 34% no GAP do Spread, passando de 8,8% para 5,8%. O crescimento de 37,49%
no Volume de crédito neutralizou, em parte, o impacto da redução do GAP do Spread.

Spread bancário médio – taxa de empréstimo menos taxa de


remuneração de depósitos (2021)
GAP = (5,8 p.p.) 74,36%

7,8%

4,3%
3,3% 3,4%
2,7% 2,9% 2,9%
2,6%
2,0%
1,6% 1,7%
1,4%
1,1% 1,1%
0,5%
Média OCDE
Hungria
Coréia

Suécia

Suíça

Austrália

República Tcheca
Nova Zelândia

Canadá
Japão

Chile

Reino Unido

Israel

México

Brasil

Fonte: Banco Mundial

Cálculo do indicador: Custo de capital

Metodologia de cálculo: (Spread PJ Brasil - Spread OCDE) * Carteira de Crédito PJ Brasil

- GAP Brasil/OCDE (Banco Mundial) = (Spread PJ Brasil - Spread OCDE) = 5,8%


- Carteira de Crédito PJ dez 21 (Banco Central do Brasil) = R$ 1,962 Trilhão
- Custo Brasil dez 21 = (7,8% - 2%) * R$ 1,962 trilhão = R$ 113,796 Bilhões

Custo 2021 = 113,8 bi


2.2. Risco-País
Houve um aumento de 8,4% no Spread do CDS. Crescimento de 37,49% no volume de
crédito PJ. Crescimento de 46,39% no valor de mercado das empresas na Bolsa de
Valores de São Paulo (B3).

Credit Default Swap

588,2
GAP = (159,9 Pontos) 73,6%

217,3
128,9
123,5
120,8
85,6
82,7
66,5
66,9
66,2
65,0
59,1
57,4
57,0
57,2
49,1
42,1
41,1
41,2
32,3
26,7
18,0
18,3
16,7
17,0
16,2
15,0
15,1
12,8
12,8
12,5
12,7
10,9
11,0
10,1
8,3
2,1

Israel

Brasil
Dinamarca

Alemanha

Austrália

Canadá

Turquia
Finlândia

Irlanda
Nova Zelândia

Eslováquia
França

Estônia
Letônia
Islândia

Polônia
Hungria

Grécia
Itália
Estados Unidos

Chile
Japão

México
Reino Unido

MÉDIA OCDE
Coreia do Sul

Portugal
Suíça
Áustria

Espanha
Países Baixos

Suécia

Lituânia
Bélgica

Eslovênia
República Checa
Noruega

Fonte: Banco Mundial

Cálculo do indicador: Risco País

Metodologia de cálculo: GAP {(CDS) Brasil * OCDE} * [Volume de Crédito PJ + VM


Empresas B3 + VD Empresas]

- GAP {(CDS) (Brasil * OCDE)} – (Banco Mundial) = (217,3 – 57,4) = 159,9 p.p.
- Carteira de Crédito PJ Brasil 2019 (Banco Central do Brasil) = R$ 1,962 Trilhão
- Valor de Mercado das Empresas na B3 Abril 2022 (Bovespa) = R$ 4,809
Trilhões
- Valor das Dívida das Empresa (CVM / FIPE) = R$ 1,26 trilhão

Fontes: GAP {CDS (Brasil * OCDE)} – Banco Mundial; Volume de crédito PJ - Banco Central do Brasil; Valor
de Mercado das Empresas - Bovespa; Estoque das Obrigações no Mercado de Dívida - CVM / FIPE.

Custo 2021: 128,4 bi


3. Empregar Capital Humano
Neste eixo, mesmo com a estabilidade do GAP Brasil/OCDE no indicador de habilidade
da força de trabalho, houve aumento do Custo devido a atualização do componente
“Custo GCI”, ou seja, o quanto o País deixou de crescer devido à má alocação de
recursos que prejudicam a competitividade nacional. Além disso, houve aumento do
GAP Brasil/OCDE e da massa salarial, principais componentes, no indicador de
encargos trabalhistas.

3.1. Habilidade da Força de Trabalho


O GAP Brasil-OCDE relativo à “Habilidade da Força de Trabalho” manteve-se estável
em 2019. O aumento do custo Brasil decorreu exclusivamente da atualização do
componente “Custo GCI”, isto é, o quanto deixamos de crescer (“crescimento
perdido”) pela má alocação de recursos que prejudicam a competitividade nacional. O
incremento do “Custo GCI” foi de 18% sendo que destes 9 pp correspondem ao efeito
nominal (atualização dos dados relativos ao PIB, por exemplo) e 8,5 pp correspondem
ao efeito acumulativo (referente a taxa de crescimento no período). Portanto, o
indicador “Habilidade da Força de Trabalho” apresentou alta de $22,4 bi (ou 18,2%).

Pilar de Habilidades da força de trabalho


(Score de Skill GCI)

GAP = 21 pontos
87
86
86
85
84
84
84
83
82
82
82
81
81
80
79
79
79
79
77

76
75
77

74
73
73
72
72
72
70
70
70
70
70
69
61
58
56
Estados Unidos da…

OCDE

Japão
Países Baixos
Alemanha

Islândia

Irlanda

Letônia
Suíça
Finlândia
Dinamarca

Noruega
Suécia

Austrália

Estônia

Bélgica
Áustria

Eslovênia

República Checa

Espanha
Polônia
França

Grécia
Itália

Eslováquia

Hungria
Turquía
Nova Zelândia

Canadá

Coréia, República da
Reino Unido

Chile
Israel

Luxemburgo

Portugal

México
Brasil

Fonte: Global Competitiveness Index (GCI) – Fórum Econômico Mundial, 2019

Cálculo do indicador: Habilidade da Força de Trabalho

Metodologia de cálculo: [(Contribuição do gap em Skills para total do gap) *


(Convergência GCI)]

Cálculo do GAP:
- [(Score Normalizado Skill OCDE) - (Score Normalizado Skill Brasil)]
- onde
- Score Normalizado = [(Score OCDE – Score BR) / (Range OCDE)] / (Soma GAP
todos Pilares)
- Score Normalizado Skill OCDE = 43,40%
- Score Normalizado Skill Brasil = 31,91%

GAP = 11,48 p.p.

O GAP apresentado acima já foi normalizado pelo “Range OCDE” (intervalo entre
pior e o melhor desempenho) e pela soma de todos dos GAPs de todos os outros
pilares.

Fonte: Global Competitiveness Index (GCI) – Fórum Econômico Mundial

Score de Skill GCI


- GAP Score de Inovação: 20.3 pontos ou 11,48% em termos relativos
- Convergência GCI = R$ 1.264 MM

Fontes:
Global Competitiveness Index (GCI) – Fórum Econômico Mundial e Banco Mundial;
PIB Paridade Poder de Compra – Fundo Monetário Internacional (FMI);
PIB Nominal - Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE);
Parâmetros de Elasticidade - Notas Técnicas MBC

Variável Variável Escala2018


Escala ou UM ou UM 2018
2019 2019
Evolução Evolução
% %
GCI Index -GCI
BR Index - BR 0 a 100 0 a56,00
100 56,00
56,40 56,40
0,40 0,40
0,71% 0,71%
GCI Index -GCI
OCDEIndex - OCDE 0 a 100 0 a76,60
100 76,60
76,70 76,70
0,10 0,10
0,13% 0,13%
GAP (normalizado) 0 a 100
GAP (normalizado) 0 a11,48
100 11,48
11,51 11,51
0,03 0,03
0,26% 0,26%
Convergência
Convergência GCI GCI R$ bi R$ bi
1.069 1.069
1.264 1.264
195 195
18,24% 18,24%

Convergência
Convergência GCI em detalhe
GCI em detalhe
Variável Variável Escala ou UM
Escala2018
ou UM 2018
2019 2019
Evolução Evolução
% %
Convergência
Convergência GCI GCI R$ M R$1.069
M 1.069
1.264 1.264
195 195
18,25% 18,25%
Crescimento
Crescimento Perdido Perdido % %
15,26 15,26
17,11 17,11
1,84 1,84
12,08% 12,08%
Produto Contrafactual
Produto Contrafactual R$ MM R$16.487
MM 16.487
16.830 16.830
343 343
2,08% 2,08%
GDP PPP IMF
GDP PPP IMF USD USD
14.360 14.360
14.372 14.372
12 12
0,08% 0,08%
PIB NominalPIB Nominal R$ M R$ M
7.004.142 7.004.142
7.389.131 7.389.131 384.989
384.989 5,50% 5,50%
Crescimento Crescimento
adicional adicional % %
0,13 0,13 0,13
0 0
0,00% 0,00%
ElasticidadeElasticidade
GCI GCI
- - 0,1 0,1 0,1
0 0
0,00% 0,00%
(cresc. e inovação)
(cresc. e inovação)

Custo 2019: 145,4 bi


Custo 2021: Custo 2019 + IPCA 2019 e 2020
Custo 2021: R$ 158,5 bi
3.2. Encargos Trabalhistas
O GAP Brasil-OCDE relativo à “Encargos Trabalhistas” apresentou aumento moderado
(+0.6 pp ou +5.2%). Esse aumento ocorreu pela redução dos encargos na OCDE
enquanto no Brasil o encargo permaneceu estável. A “Massa Salarial” (utilizada para
monetizar o GAP) apresentou aumento de R$ 34 bi (+4%). Esse aumento ocorreu pela
atualização monetária dos salários, pois a quantidade de trabalhadores permaneceu
estável no período. Portanto, o aumento simultâneo dos principais componentes do
indicador “Encargos Trabalhistas” levou a alta de R$ 12,7 bi (ou 9,8%) do Custo Brasil.

Média de contribuições sociais e impostos sobre a folha do empregador como %


dos custos totais
GAP = 12,02 p.p.

25,8%
26,6%
25,3%
25,3%
24,0%
23,9%
23,6%
23,3%
23,0%
22,0%
21,3%
19,9%
19,4%
19,2%
17,0%
16,7%
16,5%
14,9%
14,4%
14,1%
13,8%
13,9%
13,3%
12,1%
11,5%
10,7%
10,4%
9,9%
9,8%
9,5%
9,4%
7,6%
6,2%
5,9%
5,9%
5,6%
5,4%
1,8%
1,7%
0,0%
0,0%
0,0%

Lituânia

Irlanda
Austrália

Suiça

Noruega

Índia
Turquia

Finlândia

Letônia

Eslováquia

Itália
Estônia
República Tcheca

França
Nova Zelândia

Canadá
Chile

Reino Unido

México

Luxemburgo
Japão

Portugal
Coreia do Sul
África do Sul

Estados Unidos

Países Baixos
Indonésia (2018)

Islândia
Dinamarca

OCDE (Média)

Brasil (2018) (2020)


Alemanha
Hungria

Espanha
Eslovênia
Polônia

Grécia
Bélgica
Áustria

China (2018)
Suécia
Israel

Fonte: Média Encargo Trabalhista OCDE - Texto para Discussão 288 do Senado publicado em Out/20

Cálculo do indicador: Encargos Trabalhistas

Metodologia de cálculo: (gap de encargos trabalhistas) * (massa salaria bruta) * (1 –


encargos como % custo total no Brasil)
- Encargos trabalhistas (GAP): 12%
- Massa salarial bruta: $ 877 bi
- Encargos como % custo total no Brasil: 25,8%

Fontes:
Massa salarial, Número de Trabalhadores Formais e Rendimento Real - Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
Média Encargo Trabalhista OCDE - Texto para Discussão 288 do Senado publicado em Outubro de 2020.

Custo 2020: 142,2 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 148,6 bi
3.3. Judicialização e risco trabalhista
O GAP Brasil-OCDE relativo à “Judicialização e risco trabalhista” reduziu em -1.2 pp (ou
-1.4%) devido a redução do volume dos processos trabalhistas. Essa redução pode ser
atribuída a Reforma Trabalhista de 2017 que desincentivou a abertura de novos
processos. Entretanto, houve aumento do “Valor Total Pago” aos reclamantes. Com
isso, o indicador sofreu elevação de R$ 1,7 bi (ou 6,2%) no indicador “Judicialização e
risco trabalhista”.

Total de processos trabalhistas por


1 milhão de habitantes
GAP = 23.314

26.800
10.106
8.628
7.902
7.163
6.653
6.364
4.648
3.697
3.486
2.947

2.959
2.256
1.899
1.673
1.022
657
484
340
278
23

29

Holanda
Japão

Média OCDE

Portugal
Coreia do Sul

Brasil
Estados Unidos

Hungria

Letônia

Alemanha

Espanha
Suécia

Dinamarca

Eslováquia

Grécia

Austrália

França

Itália
Eslovênia

Áustria

Polônia
Reino Unido

Fonte: Relatório Anual do Tribunal Superior do Trabalho (TST), 2022 (ano base 2021); Número de
processos OCDE – Mandala MBC 2018.

Cálculo do indicador: Judicialização e risco trabalhista

Metodologia de cálculo: [(gap dos processos trabalhistas) * (valor pagos aos


reclamantes)]

- GAP (OCDE x BR) dos Processos Trabalhistas: 23.314 processos por MM


habitantes ou 87%
- Valor Pago aos reclamantes: R$ 32 MM

Custo 2021: 27,9 bi

Fontes:
Relatório Anual do Tribunal Superior do Trabalho (TST) – último relatório disponível 2022 (dados relativos
a 2021). Número de processos OCDE – Mandala MBC 2018.
4. Dispor de Infraestrutura
No eixo de infraestrutura, mesmo com queda do indicador de telecomunicações (pelo
maior acesso à internet), houve aumento do custo total, principalmente pela redução
do custo logístico nos países da OCDE, que gerou aumento do GAP para o Brasil no
indicador e aumento do GAP Brasil/OCDE no que se refere ao tempo perdido em
deslocamento (que apresentou queda para ambos, mas mais acentuada para os
países da OCDE).

4.1. Custo Logístico


O custo logístico permaneceu estável no Brasil no período, porém, houve queda da
variável na média dos países da OCDE, o que gerou aumento considerável do GAP
(+61,1%). Além disso, o próprio aumento do valor absoluto do PIB também faz o
indicador sofrer aumento do resultado.

Custo logístico em % do PIB


GAP = 2,9 p.p.
12,0 12,4
11,2 11,5 11,6
10,1
8,5 8,5 8,6 8,7 8,8 8,9 9,0 9,0
8,0 8,1 8,2 8,4
7,8
Média OCDE
Alemanha
Suécia

Finlândia

Austrália

França

Noruega

Itália

Turquia
Canadá

Nova Zelândia
Japão

Reino Unido

Chile

Brasil

México
Estados Unidos

Espanha

Polônia

Fonte: Armstrong and Associates, 2020

Cálculo do indicador: Custo Logístico

Metodologia de cálculo: [GAP do custo com logística (em % do PIB)] * ( PIB )

Custo logístico em % do PIB (Armstrong and Associates, 2020): 2,9%


PIB (IBGE, 2020): R$ 7,5 trilhões

Fontes:
Custo Logístico - Armstrong and Associates, 2020
PIB - IBGE, 2020

Custo 2020: 216,6 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 226,4 bi
4.2. Infraestrutura de Mobilidade
Nesse indicador, ocorreu uma redução considerável nas horas perdidas no trânsito,
influenciada pelo momento atual vivido pelo mundo (efeito pandemia), que gerou
queda superior à 60% tanto para o Brasil, quanto na média dos países da OCDE,
porém, com aumento do GAP desse indicador, que gerou aumento do custo.

Horas perdidas no trânsito


GAP = 23,8 horas

59,0
55,0
54,0
52,0
50,0
47,1
47,0
41,0
41,0
37,5
36,0
35,1
34,6
34,0
33,6
32,1
31,5
30,9
30,1
29,1
28,2
27,7
27,3
27,3
26,8
26,9
26,7
26,4
25,6
20,7
19,3
18,4
16,8

Reino Unido
Áustria

México

Itália
Eslovênia

Alemanha

Luxemburgo

Eslováquia
Espanha

Holanda

Hungria
Noruega

Suécia

Dinamarca

Letônia
Finlândia

Nova Zelândia

Peru

Grécia
França

Lituânia
Bélgica
Austrália

Polônia
República Checa

Média OCDE

Estônia
Portugal

Irlanda
Suíça
Estados Unidos

Canadá
Brasil
Fonte: Inrix, 2021

Cálculo do indicador: Infraestrutura de Mobilidade

Metodologia de cálculo: (Gap de tempo perdido no deslocamento nas grandes


cidades) * (Força de trabalho nas 5 maiores metrópoles brasileiras) * (50% do
salário-hora)

- GAP Horas perdidas no trânsito (Inrix, 2021): 23,8h


- Rendimento médio - salário-hora (IBGE, 2020): R$ 16,15
- Força de trabalho nas 5 maiores metrópoles brasileiras (IBGE, 2021): 12,2
milhões

Custo por
Horas Rendimento Salário-hora Força de
Cidade trabalhador** Custo ano
Perdidas médio (mês) (188,32h/mês*) trabalho
(50%***)
S ão P aulo 56 R$ 3.119,00 16,56 463,74 5.871.000 2.722.632.604,08
Rio de Janeiro 199 R$ 3.014,00 16,00 1592,46 2.931.000 4.667.514.778,04
Belo Horizonte 65 R$ 2.173,00 11,54 375,01 1.304.000 489.017.310,96
Bras ília 64 R$ 4.188,00 22,24 711,64 1.421.000 1.011.240.101,95
P orto Alegre 35 R$ 2.717,00 14,43 252,48 712.000 179.767.523,36
TOTAL 83,8 R$ 3.042,20 16,15 12.239.000 9.070.172.318,39

Fontes: Rendimento médio e Força de trabalho - IBGE, 2020; Horas perdidas no trânsito - Inrix, 2021.
Notas: * 188,32 horas/mês = 44 x 4,28; ** Horas perdidas x Salário-hora x 50%; *** Premissa oficial
de valor do tempo perdido (U.S. Department of Transportation). A variável de horas perdidas no trânsito
é referente a duas pessoas em um carro.

Custo 2021: R$ 2,3 bi


4.3. Infraestrutura de telecomunicações
Houve aumento considerável (+31,5%) do acesso à internet (assinaturas de banda
larga fixa) no Brasil, e leve redução para a média dos países da OCDE, gerando
redução do GAP comparativo desse indicador e a consequente redução do valor total.

Assinaturas de internet banda larga, por 100 habitantes


46,9
46,5
44,7
44,0
43,9
43,5
43,2
41,9
41,6
41,4

GAP = 12,5 assinaturas


40,8
40,8
40,8
40,3
37,6
36,6
36,6
35,9
35,7
34,8
34,6
33,8
33,3
32,1
31,3
31,3
31,2
30,7
30,1
30,0
29,3
28,9
26,0
22,1
19,8
19,7
19,6
19,5
17,0
15,3
Média OCDE
Países Baixos

Alemanha
França
Suíça
Dinamarca
Noruega

Irlanda

Itália
Lituânia

Letônia
Suécia

Grécia

República Checa
Austrália

Hungria
Finlândia

Estônia

Eslováquia

Colômbia
Canadá

Nova Zelândia

Chile
Portugal
Reino Unido
Luxemburgo

Japão

Israel
Coréia do Sul

Brasil

México
Estados Unidos

Peru
Islândia

Bélgica

Espanha

Eslovênia

Áustria

Polônia

Costa Rica
Fonte: International Telecommunication Union (ITU), 2021

Metodologia de cálculo: (gap de assinaturas) * (PIB) * (Correlação aumento de


assinaturas/PIB)

GAP de assinaturas de internet banda larga, por 100 habitantes (ITU, 2021): 12,5
PIB (IBGE, 2021): R$ 8,7 trilhões
Correlação aumento de assinaturas/PIB (ITU): 0,04%*

*Correlação do aumento de assinaturas/PIB = 0,04% à ITU (International


Telecommunication Union) incremento do PIB para cada 10% de aumento da
cobertura de banda larga fixa.

Custo 2021: R$ 43,5 bi


5. Acessar Insumos Básicos
A queda ocorrida no eixo Acessar Insumos Básicos se deu, especialmente pelo cálculo
do custo de energia elétrica, devido à mudança no câmbio. A desvalorização do Real
em aproximadamente 40% resulta em uma queda dos preços relativos internos e
externos de proporção similar. O resultado positivo para o Custo Brasil é direcionado
não por uma redução do custo interno, mas por uma questão conjuntural de
desvalorização cambial levando ao aumento de preço dos países da OCDE ao serem
convertidos para reais.

5.1. Custo de Energia Elétrica


O cálculo considera a diferença de preço da tarifa industrial de energia elétrica, entre
Brasil e países da OCDE, multiplicado pelo consumo industrial total de energia
elétrica. Ao desconsiderarmos a variação cambial, o preço da tarifa de energia elétrica
cresce no Brasil e continuam estáveis para os países da OCDE. Isso indica um
aumento do custo de produção para o empresário Brasileiro.

O resultado de diminuição do Custo Brasil ligado ao indicador é principalmente


afetado pelo câmbio. A desvalorização do Real em aproximadamente 40% resulta em
uma queda dos preços relativos internos e externos de proporção similar. O resultado
positivo para o Custo Brasil é direcionado não por uma redução do custo interno, mas
por uma questão conjuntural de desvalorização cambial levando ao aumento de preço
dos países da OCDE ao serem convertidos para reais.

Tarifa de energia elétrica com impostos


Clientes industriais – R$/MWh

893,81
848,35
834,43
810,35
GAP: R$3,63/MWh 760,65
709,51
658,43
652,76
650,28
642,50
640,74
611,20
603,73
575,74
572,85
566,56
562,93
554,08
541,30
528,98
516,35
511,86
490,68
486,29
481,19
462,42
437,37
403,50
401,95
397,57
343,39
324,57
103,88

Média OCDE
Noruega

Estônia

Holanda

Letônia

Irlanda

Alemanha
Suécia

Dinamarca
Finlândia
Hungria

Colômbia

Turquia
Lituânia

República Tcheca

França
Suíça

Eslováquia
Canadá

Nova Zelândia
Luxemburgo

Portugal

Reino Unido
Japão
Chile
Coréia do Sul

Brasil
Estados Unidos

Espanha

Bélgica
Eslovenia

Polônia

Áustria

Fonte: ANEEL e EPE, 2020; IEA, 2020.


**Tarifa indústria Brasil = [(Preço Cativo * Consumo (%) Cativo) + (Preço Livre *
Consumo (%) Livre)]
Como o preço no mercado livre não é observado, foi considerado como 15% inferior
ao preço do mercado cativo

Cálculo do indicador: Custo da Energia Elétrica

Metodologia de cálculo: (tarifa indústria BR – tarifa indústria OCDE * Câmbio) *


consumo indústria BR
- Tarifa indústria BR (ANEEL, 2020): R$ 566,56/MWh
- Tarifa indústria OCDE * Câmbio (IEA e BACEN, 2020): R$ 562,93/MWh
o GAP: R$3,63/MWh
- Consumo indústria BR (EPE, 2020) = 166.332.593,48 MWh/ano

Custo 2020: R$ 0,6 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 0,6 bi

5.2. Custo de Gás Natural


O cálculo considera a diferença de preço da tarifa industrial de gás natural, entre
Brasil e países da OCDE, multiplicado pelo consumo industrial de gás natural.
O preço do gás natural em dólar reduz no Brasil, mas como os contratos são atrelados
em grande parte ao câmbio, a desvalorização cambial atua no sentido contrário ao
cálculo de energia elétrica. Ao convertermos o custo para reais, o GAP em dólar que
reduziu no período é ampliado, permanecendo praticamente estável no cálculo em
moeda nacional. Dada a desvalorização cambial, apesar da estabilidade do GAP em
reais e da queda do preço do gás em dólar no Brasil, o custo em reais no Brasil entre
períodos aumentou.

Preço do gás natural


Clientes industriais – USD/MMBTU
GAP: R$ 15,97/MMBtu
98,09
75,68
65,52
60,18
60,05
57,40
57,52
57,07
56,49
47,61
45,71
45,21
44,24
43,94
43,99
44,08
41,18
41,28
39,88
39,08
39,15
38,46
35,77
35,81
35,59
34,70
34,20
31,13
25,18
20,94
16,40
14,91

Holanda

Letônia

Itália

Irlanda
Colômbia

Turquia
Lituânia

Estônia

República Tcheca

Eslováquia

Finlândia
Suíça
Canadá

Nova Zelândia

Média OCDE
Luxemburgo
Reino Unido

Portugal

Brasil
Coréia do Sul
Estados Unidos

Espanha

Alemanha
Polônia
Bélgica
Hungria

Dinamarca

Áustria

Eslovênia
Grécia
França

Suécia

Fonte: MME, 2020; IEA, 2020.


Cálculo do indicador: Custo de Gás Natural

Metodologia de cálculo: (tarifa indústria BR – tarifa indústria OCDE) * Câmbio *


consumo indústria BR

- Tarifa indústria BR (MME, 2020): US$ 11,66/MMBtu


- Tarifa indústria OCDE (IEA, 2020): US$ 8,56/MMBtuP
o GAP * Câmbio: US$ 3,1/MMBtu x 5,15 R$/ US$ = R$ 15,97/MMBtu
- Consumo indústria BR: 490.796.345 MMBtu/ano

Custo 2020: R$ 7,8 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 8,2 bi

6. Ambiente Jurídico-Regulatório
O ínfimo aumento do custo no resultado do indicador de Ambiente Jurídico-
Regulatório, que só teve atualização de um indicador, se deu pelo pequeno aumento
do GAP causado pelo maior tempo de julgamento de processos no Brasil, no indicador
de agilidade do enforcement legal.

6.1. Agilidade do Enforcement Legal


GAP BR-OCDE apresentou pequeno aumento (+3%) devido ao aumento do tempo de
julgamento de processos no Brasil (+ 30 dias em relação à OCDE – último
levantamento feito pelo MBC). Esse resultado levou a um pequeno aumento do Custo
Brasil (+0,7% ou 0,9 bi).

Dias para julgamento em 1ª instância GAP = 911 dias

1.155

564
354 420
244 274 305
144 160 171 199 200 209 212 219
107 129
Países Baixos
Noruega

Dinamarca

Hungria

Estônia

Turquía

Finlândia

França

Eslováquia

Itália
Coréia, República

Nova Zelândia
Japão

Brasil
OCDE (Média)
Áustria

Eslovênia
da

Fonte: Relatório Anual Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – último relatório disponível 2021 (dados
relativos a 2020)
Cálculo do indicador: Agilidade de Enforcement Legal

Metodologia de cálculo: Gap de tempo para sentenças em primeira instância x


Custo total dos processos para Empresas

- Gap de tempo para sentenças em primeira instância: 880 dias ou 78%


(Duração média dos processos em primeira instância - OECD, CNJ)
- Custo total dos processos para Empresas: R$ 157,4 bi (Custo das empresas
para litigar judicialmente, 2016, Amaral, Yazbek Advogados)

Custo 2020:R$ 124,1 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 129,7 bi

Nota Técnica:
Mandala de 2018 considerou apenas um grupo de países da OCDE;
Não foram atualizados os dados relativos ao tempo de processos na OCDE;
Não foram atualizados os dados relativos aos custos judiciais dos processos no Brasil (estudo Yazbek &
Amaral);
A atualização dos dados Brasil foi acordada pelo Grupo de Trabalho referente a Segurança Jurídica em
15 de junho de 2022.

6.2. Eficácia da Regulação


O indicador Eficácia da Regulação não foi atualizado, pois:
Última edição da Pesquisa “Product Market Regulation” (PMR) realizada em 2018
(próxima prevista para 2023).

Não há atualização disponível para o parâmetro de monetização do GAP (estudo de


Lanau & Topalova realizado uma única vez).

As edições do PMR sofrem alterações metodológicas entre os anos prejudicando a


comparabilidade.
Índice de Simplicidade e Avaliação da Regulação

GAP = 2,6 pontos

4,1
2,7
2,2
2,1
2,1
2,0
2,0
1,9
1,9
1,8
1,8
1,8
1,7
1,7
1,7
1,6
1,6
1,5
1,5
1,5
1,5
1,4
1,3
1,3
1,3
1,2
1,2
1,0
1,0
1,0
1,0
0,9
0,9
0,8
0,8
0,7

Israel

Turquia

Brasil
Noruega

Polônia

Canadá

Lituânia
Alemanha

Suécia

Austrália
Eslováquia

Eslovênia
Itália
Finlândia

Irlanda
Islândia
Letônia

Nova Zelândia
Bélgica

Hungria

Grécia
República Checa

México

Luxemburgo

Chile
Japão
Reino Unido

Média da OCDE
Coreia do Sul

Portugal
Espanha

Suiça

Dinamarca

Áustria
França

Países Baixos

Fonte: PMR, OCDE, 2018

Cálculo do indicador: Eficácia da Regulação

Metodologia de cálculo: (Estimativa convergência PMR) * (Contribuição do gap em


Regulação para total do gap)
- Contribuição do gap em Regulação para total do gap: 22%
- Estimativa convergência PMR: R$ 265,6 bi

Custo 2018: R$ 58 bi
Custo 2021: Custo 2018 + IPCA 2018 a 2020
Custo 2021: R$ 65,6 bi

Nota metodológica: Foi estimado quão maior seria o PIB do Brasil caso tivéssemos, hoje, o mesmo PMR
da OCDE, e quanto deste aumento teria sido uma contribuição do nosso gap no subpilar de Regulação
do PMR.

Foi utilizada correlação de um estudo do FMI para a economia italiana (WP/16/119, Lanau &
Topalova), em que 1 desvio padrão (~1,44) de variação do PMR impacta em 3% em maior crescimento
econômico. Para uma estimativa conservadora, foi multiplicado o gap sobre esta correlação de
crescimento, mas foi aplicado sobre o PIB do Brasil em nível para o ano de 2018. Posteriormente, foi
estimado quanto o gap no subpilar Regulação contribui para o gap total, multiplicando este percentual
pelo total da diferença no PIB.

7. Integrar com Cadeias Produtivas Globais


O aumento nesse indicador se explica, principalmente pelo aumento do GAP
Brasil/OCDE da tarifa de importação, variável chave dos dois indicadores do eixo. Esse
aumento ocorreu pela maior queda das tarifas dos países da OCDE em relação à
pequena redução ocorrida no Brasil.
7.1. Tarifas de Importação
Considera o valor do quanto foi pago a mais de imposto para se importar fatores de
produção, dada as atuais tarifas de importação, em relação ao caso em que essas
fossem equivalentes à média das tarifas de importação aplicadas pelos países da
OCDE.

O principal fator que contribuí para o aumento desse indicador é a maior queda das
tarifas de importação dos países da OCDE em relação à queda observada no período
para o Brasil. A queda das tarifas da OCDE é explicada, principalmente, pela queda da
tarifa média efetiva de importação de produtos em países da União Europeia.
GAP: 6,78 p.p
GAP (%): 80,62%
Tarifa de importação média efetiva

8,41
5,48
2,85
2,8
2,22
2,4
1,85
1,63
1,53
1,51
1,52
1,49
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,36
1,28
1,21
0,85
0,71
0,43

República…

Estados…

Média OCDE

Japão
Alemanha
Austrália

Suíça

Bélgica

Dinamarca

Estônia

Hungria
Irlanda
Itália
Lituânia

Letônia
Holanda

Islândia
Áustria

Finlândia
França
Grécia

Suécia

Colômbia
Noruega
Turquia
Nova Zelândia

Canadá
Chile

México
Reino Unido

Luxemburgo

Portugal

Israel

Coréia do Sul
Brasil
Espanha

Polônia

Eslovênia

Costa Rica

Fonte: Banco Mundial, 2020


* GAP (%) representa o quanto a diferença entre OCDE e Brasil representa no total
da tarifa de importação brasileira. Média das tarifas efetivas ponderadas pela
participação de cada produto/país no total de importações

Cálculo do indicador: Tarifas de Importação

Metodologia de cálculo: (Gap % tarifa) * (% insumos nas importações totais) *


(receita com impostos de importação)

- Tarifa (Banco Mundial, 2020)


o BR: 8,41% OCDE: 1,63% GAP% tarifa: 80,62%
- % insumos nas importações totais (Comex, 2020): 87%
- Receita com impostos de importação (Receita Federal, 2020): R$ 47.4 bi

Custo 2020: R$ 33,1 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 34,6 bi
7.2. Ganho de Produtividade
Perda de produto gerado pela má alocação de recursos na economia, baixa
competição internacional e falta de acesso a insumos e bens de capital. O ganho de
produtividade estimado (Ferraz, Ornelas e Pessoa, 2018) é de 1,49% do PIB em caso
de abertura total e unilateral do Brasil. O valor final considera uma aproximação linear
desse ganho de produto caso reduzíssemos as tarifas de importação unilateralmente
para níveis praticados pela média dos países da OCDE.

O principal fator que contribuí para o aumento desse indicador é a maior queda das
tarifas de importação dos países da OCDE em relação à queda observada no período
para o Brasil. A queda das tarifas da OCDE é explicada, principalmente, pela queda da
tarifa média efetiva de importação de produtos em países da União Europeia.
GAP: 6,78 p.p
GAP (%): 80,62%
Tarifa de importação média efetiva

8,41
5,48
2,85
2,8
2,22
2,4
1,85
1,63
1,52
1,53
1,51
1,49
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,48
1,36
1,28
1,21
0,85
0,71
0,43

República…

Estados…
Austrália

Suíça

Estônia
Finlândia
França

Hungria
Irlanda
Itália
Lituânia

Letônia
Holanda

Colômbia
Noruega
Turquia
Nova Zelândia

Canadá
Chile

México
Reino Unido

Média OCDE
Luxemburgo

Portugal

Japão

Coréia do Sul
Brasil
Bélgica

Alemanha

Islândia
Dinamarca
Espanha
Áustria

Grécia

Polônia

Eslovênia
Suécia

Costa Rica

Israel
Fonte: Banco Mundial, 2020

* GAP (%) representa o quanto a diferença entre OCDE e Brasil representa no total
da tarifa de importação brasileira. Média das tarifas efetivas ponderadas pela
participação de cada produto/país no total de importações

Cálculo do indicador: Ganho de Produtividade

Metodologia de cálculo: (GAP % tarifa) * (Ganho de Produtividade) * (PIB)

Tarifa (Banco Mundial, 2020)


BR: 8,41% OCDE: 1,63% GAP% tarifa: 80,62%
PIB (IBGE, 2020): R$ 7,4 tri
Ganho Produtividade (Ferraz, Ornelas, Pessoa, 2018): 1,49%

Custo 2020: 88,9 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 92,9 bi
8. Honrar Tributos
Mesmo com queda nos indicadores de carga tributária e resíduo tributário, houve
aumento do custo total do eixo Honrar Tributos, por causa dos indicadores de
complexidade tributária e informalidade, que mesmo com estabilidade do GAP
Brasil/OCDE, apresentaram elevação devido ao crescimento de outras variáveis, como
PIB e custo de conformidade (Complexidade Tributária) e perda de arrecadação com a
informalidade (Economia Informal).

8.1. Complexidade Tributária


O GAP considerado no cálculo do indicador permaneceu praticamente estável no
período (-0,2 p.p., ou -0,22%), com isso, basicamente a ponderação pelo crescimento
real do PIB (com ínfima variação) e o custo de conformidade (ajustado pelo IPCA do
período), é que levaram o indicador a registrar incremento no resultado.

Tempo para preparar impostos (horas)


GAP = 89,1%

1501
334
296
277
260
256
243
241
238
234
233
230
218
193
192
174
175
169
164
151
143
140
140
139
136
132
131
131
129
122
119
114
105
95
90
82
79
63
55
50

Suíça
Noruega
Irlanda
Finlândia
Lituânia

Colômbia
Luxemburgo

Japão

Média OCDE

México
Portugal

Brasil
Países Baixos

Coréia do Sul
Estados Unidos

Peru
Islândia
Estônia

Austrália

Hungria
Suécia

Dinamarca
Bélgica

Espanha

Letônia
Áustria

França

Eslováquia

Alemanha
Grécia

República Checa

Itália
Eslovênia

Polônia
Canadá

Costa Rica
Nova Zelândia
Reino Unido

Chile
Israel

Fonte: Doing Business, 2019

Cálculo do indicador: Complexidade Tributária

Metodologia de cálculo: (GAP de horas de preparação) * (Custo de Conformidade) *


(Taxa de crescimento real do PIB)
- GAP de Tempo para preparar os impostos (Doing Business, 2020): 89,1%
- Estimativa de custo de conformidade do IBPT (Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário): R$ 70,3 bilhões (valor ajustado pelo IPCA do período)
- Crescimento real do PIB (IBGE, 2016-2019): 1,026

Custo 2020: R$ 64,3 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 67,2 bi

8.2. Carga Tributária Elevada para Empresas


A contribuição total das empresas (% do lucro líquido antes de impostos) permaneceu
estável no Brasil no período analisado, porém tendo registrado piora da situação na
média dos países da OCDE (+4,0%), ocasionando em redução do GAP (-6,4%), que fez
com que o resultado fosse de queda do Custo Brasil para esse indicador.

Contribuição total de empresas


(% do lucro líquido antes de impostos)
GAP = 23,5 p.p.

71,2
65,1
60,7
59,1
58,3
55,4
55,1
51,9
51,4
49,7
49,1
48,8
47,8
47,4
47,0
46,7
46,1
42,6
41,6
41,2
40,8
39,8
38,1
37,9
36,8
36,6
36,6
36,2
34,6
34,0
33,2
31,9
31,0
30,6
28,8
26,1
25,3
24,5
23,8
20,4

Finlândia

Lituânia

Colômbia
Média OCDE
Luxemburgo

Portugal

Japão

México
Coréia do Sul

Brasil
Estados Unidos

Países Baixos
Peru
Islândia
Dinamarca

Irlanda
Suíça

Bélgica

Itália
Eslovênia

Noruega

Hungria
Letônia

Polônia

República Checa

Espanha
Austrália
Estônia
Alemanha
Suécia
Eslováquia
Canadá

Áustria
Grécia

Costa Rica

França
Nova Zelândia
Chile
Israel

Reino Unido

Fonte: Banco Mundial, 2019

Cálculo do indicador: Carga Tributária Elevada para Empresas

Metodologia de cálculo: [(GAP de taxa de impostos em relação ao lucro) * (soma do


lucro das empresas de todos os portes)]
- GAP da Contribuição total de empresas, como % do lucro líquido antes de
impostos: (Banco Mundial, 2019): 23,5 p.p.
- Soma do lucro das empresas de todos os portes (Bovespa): R$ 778,1 bi (valor
atualizado pelo IPCA do período)

Custo 2019: R$ 182,9 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2019 e 2020
Custo 2021: R$ 199,4 bi

8.3. Resíduo Tributário do Setor


Além da redução de 75,4% no GAP dos tributos sobre exportações, como percentual
do total arrecadado, houve evolução da situação no Brasil, e piora na média dos
países da OCDE. Enquanto a variável recuou 34,7% no Brasil, para os países da OCDE
houve aumento, em média, de 250% (0,1% para 0,35% de tributos sobre exportações,
como percentual do total arrecadado).

Tributos sobre exportações como % do total arrecadado

12,21%
4,39%
GAP = 0,17 p.p.

0,52%
0,35%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Lituânia
Colômbia

Finlândia

Japão

Luxemburgo

Portugal

México
Média OCDE
Brasil
Países Baixos

Coréia do Sul
Peru

Estados Unidos
Alemanha

Islândia

Espanha
Austrália

Bélgica

República Checa
Dinamarca
Estônia
Áustria

França

Grécia
Hungria

Irlanda

Itália

Letônia

Polônia

Eslovênia

Suécia
Suíça

Eslováquia

Noruega
Canadá

Costa Rica
Nova Zelândia
Chile

Israel

Reino Unido

Fonte: FMI, 2020

Cálculo do indicador: Resíduo Tributário sobre Exportações


Metodologia de cálculo: (GAP da taxa de impostos sobre exportações) * (PIB) *
(Carga tributária)

- PIB (IBGE, 2020): R$ 7,6 trilhões


- Carga tributária estipulada (Tesouro Nacional): 34%
- Tributos sobre exportações como % do total arrecadado (FMI, 2020): 0,0017

Custo 2020: R$ 4,5 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2020
Custo 2021: R$ 4,7 bi

8.4. Economia informal


Apesar da redução do GAP entre o Brasil e a média dos países da OCDE, houve piora
da situação do Brasil nesse quesito. Ocorre que a situação no Brasil foi agravada de
maneira menos acentuada que na média dos países da OCDE, com aumento da
variável de economia informal como percentual do PIB para o Brasil de 13,6% e para
os países da OCDE de 37,1%.

O aumento do resultado do indicador em relação ao valor anterior ocorreu pelo


aumento do valor da perda de arrecadação com informalidade (+21,1%, devido à
correção da variável pelo IPCA do período), superior à queda do GAP.

Economia Informal, como percentual do PIB GAP = 20,4 p.p. (51%)

40,0
34,9
30,9
29,9
29,3
29,2
28,5
28,4
26,4
26,1
25,1
24,7
24,4
22,8
22,4
21,7
21,0
19,7
19,6
19,2
18,7
18,7
17,8
17,1
17,0
16,6
15,5
15,1
15,1
14,8
14,4
14,1
13,0
12,3
12,0
10,2
10,0
9,5
8,3
8,2

Irlanda

Letônia
Suíça

Holanda
Austrália

França

República Checa

Finlândia

Noruega

Itália
Lituânia
Estônia

Colômbia
Nova Zelândia

Canadá

Chile

Média OCDE
Luxemburgo
Japão

Reino Unido

Portugal

México
Coréia do Sul

Brasil
Estados Unidos

Peru
Alemanha
Islândia

Bélgica
Espanha
Hungria
Áustria

República Eslovaca

Dinamarca

Suécia

Eslovênia
Polônia
Costa Rica

Grécia
Israel

Fonte: FMI, 2018

Cálculo do indicador: Economia Informal


Metodologia de cálculo: (gap de informalidade) * (Perda de arrecadação com
informalidade)

- Economia informal como percentual do PIB (FMI, 2018): 20,4 p.p. (51%)
- Perda de arrecadação com informalidade (FGV/IBRE): R$ 462,6 bi (valor
atualizado pelo IPCA do período)

Custo 2018: R$ 235,9 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2018 a 2020
Custo 2021: R$ 266,8 bi

9. Acessar Serviços Públicos


Os Indicadores utilizados são da Global Competitiveness Index 4.0, cuja a última
atualização é de 2019, que foi utilizado na edição anterior da Mandala. Além disso
também não tem atualização disponível dos indicadores da Digital Government
utilizados depois de 2019.

9.1. Digitalização dos serviços públicos

% de serviços públicos digitalizados


93%
85%
GAP = 15 p.p.
67%
63% 63%
59% 56% 56% 56%
52%
48%
44%
37%
26%
22% 22% 19%
Austrália

Noruega

Suiça
Nova Zelândia

Reino Unido

Média OCDE

Japão
Coreia do Sul

Brasil
Estônia

Dinamarca

Alemanha
França

Suécia

Polônia
Canadá

Áustria

Fonte: 2018 – Boston Consulting Group

Cálculo do indicador: Digitalização dos serviços públicos

Metodologia de cálculo: (Gap de serviços digitalizados) * (Média de economia por


serviço digitalizado) * (Número de serviços parciais ou não digitalizados)
-
-
-

Finlândia 93 Estados Unidos 81


Suiça 92 Finlândia 78
Luxemburgo 87 Luxemburgo 75
Reino Unido 86 Países Baixos 74
Países Baixos 84 Suiça 74
Nova Zelândia 84 Alemanha 73
Japão 84 Nova Zelândia 73
Canadá 84 Suécia 71

Custo 2021: R$ 6,9 bi


Custo 2018: R$ 6,1 bi
Austrália 83 Japão 70
Áustria 83 Reino Unido 70
Dinamarca 82 Dinamarca 69
Irlanda 81 Noruega 69
Estados Unidos 80 Canadá 64

Fonte: Fórum Econômico Mundial, 2018


Fonte: Fórum Econômico Mundial, 2018
Islândia 80 Austrália 63
Suécia 79 Irlanda 63
Noruega 79 Estônia 62
9.2. Baixa efetividade dos serviços

Bélgica 79 Islândia 61
França 77 Israel 61
Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2018 a 2020

Alemanha 76 Áustria 61
Israel 75 Coreia do Sul 60
Gov.br, Secretaria de Governo Digital, 2018)

Estônia 73 França 60
Média da OCDE 71 Média da OCDE 59
Chile 70 Chile 55
Coreia do Sul 69 Bélgica 53

Pilar Direitos de Propriedade – GCI


Portugal 65 Turquia 52
República Checa 62 Espanha 52
Pilar de Performance do Setor Público - GCI
digitalizados. Fonte: BCG Digital Government Survey, 2018)

Espanha 58 Lituânia 50
Lituânia 58 Portugal 50
Eslovênia 58 México 48
Gap de serviços digitalizados: 15% (Pesquisa amostral de serviços

Letônia 57 Polônia 47
Eslovênia 46
economia com digitalização de serviços estaduais. Fonte: BID, 2018)

Eslováquia 57
Número de serviços parciais ou não digitalizados: 5922 (Estimativa de

Itália 56 Hungria 45
Letônia 43

GAP = 20 pontos
GAP = 19 pontos

México 51
Média de economia por serviço digitalizado: R$ 4,3 mi (Número de serviços

Brasil 51 República Checa 42


Turquia 49 Eslováquia 41
digitalizados e economia de custos com digitalização no governo federal. Fonte:

Polônia 49 Itália 40
Grécia 48 Brasil 40
Hungria 47 Grécia 37
Cálculo do Indicador: Efetividade dos Serviços Públicos

Metodologia de cálculo: (Contribuição dos gaps em Acessar Serviços Públicos e


Direitos de Propriedade para total do gap) * (Estimativa convergência GCI)

- Contribuição dos gaps em Acessar Serviços Públicos e


- Direitos de Propriedade para total do gap: 4% (Contribuição do gap no pilar
Serviços Públicos e Direitos de propriedade para o gap do GCI - WEF, 2018)
- Estimativa convergência GCI: R$ 1.069 bi (Contrafactual de cresc. do PIB com
convergência do GCI OCDE – WEF, 2018)

Nota metodológica: Foi estimado quão maior seria o PIB do Brasil caso tivéssemos, hoje, o mesmo GCI
da OCDE, e quanto deste aumento teria sido uma contribuição do nosso gap em Serviços Públicos e
Direitos de Propriedade
- Foi utilizado a correlação divulgada pelo GCI, de que 1% de variação do GCI é igual a 0,0969%
de maior crescimento econômico; foi identificado o país com população >= 10% da população
do Brasil que teve maior ritmo de crescimento médio do GCI (Etiópia, 1,49% a.a.); foi estimado
que o Brasil teria levado 15 anos para convergir à média da OCDE; foi calculado o efeito deste
crescimento no PIB; foi estimado a contribuição do gap em cada pilar para o gap total,
multiplicando este percentual pelo crescimento estimado em PIB

Custo 2018: R$ 40,1 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2018 a 2020
Custo 2021: R$ 45,4 bi

10. Reinventar o Negócio


A melhora do eixo Reinventar um Negócio foi causada pela redução expressiva do GAP
Brasil/OCDE, resultado da melhora do ambiente de inovação, mais acentuada no
Brasil que nos países da OCDE, que mais que compensou o aumento do custo de
oportunidade (“crescimento perdido”).

10.1. Capacidade de Inovação


O GAP Brasil-OCDE relativo à “Capacidade de Inovação” reduziu em 2,1 pp (ou 26%)
no último levantamento disponível do Global Competitiveness Index (GCI) promovido
pelo Fórum Econômico Mundial. Houve uma melhora do ambiente de inovação mais
acentuada no Brasil (+1,1 pontos) que na OCDE (+0,3 pontos). Essa redução mais do
que compensou o aumento do “Custo GCI” de 18% (ver nota sobre “Habilidade da
Força de Trabalho” para detalhamento sobre a que se refere esse custo). Portanto, o
indicador “Capacidade de inovação” apresentou uma redução de $ 9,9 bi (ou 11,8%).
Pilar Inovação – GCI

87
84
81
79
79
GAP = 16 pontos

78
78
77
76
76
76
74
74
74
71
70
68
68
66
66
65
65
64
61
58
57
54
52
50
49
47
46
45
45
44
42
42
Coréia,…

Irlanda
Suíça

França

Finlândia

Austrália

Noruega

Itália

República Checa

Estônia

Eslováquia

Turquía

Letônia
Canadá

Nova Zelândia
OCDE
Japão
Reino Unido

Luxemburgo

Portugal

Brasil

México
Chile
Estados Unidos

Países Baixos
Alemanha

Islândia
Suécia

Dinamarca

Bélgica

Espanha

Hungria
Áustria

Eslovênia

Polônia

Grécia
Israel

Fonte: Global Competitiveness Index (GCI) – Fórum Econômico Mundial, 2019

Cálculo do GAP:

23,58%
17,73%

OCDE Brasil

[(Score Normalizado Inovação OCDE) - (Score Normalizado Inovação Brasil)]


onde
Score Normalizado = [(Score OCDE – Score BR) / (Range OCDE)] / (Soma GAP todos
Pilares)
Score Normalizado Inovação OCDE = 23,58%
Score Normalizado Inovação Brasil = 17,73%
GAP = 5,85 p.p.

Fonte: Global Competitiveness Index (GCI) – Fórum Econômico Mundial

Cálculo do indicador: Capacidade de Inovação


Metodologia de cálculo: [(contribuição do GAP em regulação para total do gap) *
(Custo GCI)]

- Score de Inovação GAP (OCDE x BR): 16.12 pontos ou 5.8% em termos relativos
- Custo de GCI (crescimento perdido em termos de PIB): R$ 1.264 MM

Fontes:
Global Competitiveness Index (GCI) – Fórum Econômico Mundial e Banco Mundial.
PIB Paridade Poder de Compra - Fundo Monetário Internacional (FMI).
PIB Nominal - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Parâmetros de Elasticidade - Notas Técnicas MBC.

Custo 2019: 73,9 bi


Custo 2021: Custo 2020 + IPCA 2019 e 2020
Custo 2021: R$ 80,6 bi

11. Competir e ser Desafiado de Forma Justa


Não há atualização dos indicadores da OCDE.

11.1. Excesso de interferência governamental em atividades


econômicas

Índice de Intervenção nos Mercados


Índice (quanto menor melhor) – 2018
2,2
GAP = 0,6 pontos
2,2
2,2
2,2
2,3
2,3
2,3
2,3
2,1
2,0
2,0
1,9
1,9
1,9
1,8
1,8
1,7
1,7
1,7
1,7
1,7
1,6
1,6
1,6
1,5
1,5
1,5
1,5
1,4
1,4
1,4
1,4
1,4
1,3
1,0
0,8

Japão
Países Baixos

Coreia do Sul
Islândia

Dinamarca

República Checa
Espanha

Irlanda
Austrália

Hungria
Bélgica
Alemanha

Itália

Letônia

Lituânia
Áustria

Eslováquia
Suécia

Eslovênia

Grécia
Noruega

Finlândia

Suiça
França

Turquia
Nova Zelândia

Canadá
Reino Unido

Chile

Média da OCDE
Portugal

Israel
México

Luxemburgo

Brasil
Polônia

Fonte: OCDE, 2018

Cálculo do indicador: Interferência estatal excessiva

Metodologia de cálculo: (Contribuição do gap em Regulação para total do gap) *


(Estimativa convergência PMR)
- Contribuição do gap em Regulação para total do gap: 33% (Contribuição do gap
nos pilares de Interferência à competição (Public Ownership, Involvement in
Business Operations e Barriers in Service and Network sectors) para o gap do
PMR – OECD, 2018)
- Estimativa convergência PMR: R$ 265,6 bi (Contrafactual de cresc. do PIB com
convergência do PMR – OECD, 2018)

Nota metodológica: Foi estimado quão maior seria o PIB do Brasil caso tivéssemos, hoje, o mesmo PMR
da OCDE, e quanto deste aumento teria sido uma contribuição do nosso gap nos subpilares de
Interferência à competição do PMR
- Foi utilizada correlação de um estudo do FMI para a economia italiana (WP/16/119, Lanau &
Topalova), em que 1 desvio padrão (~1,44) de variação do PMR impacta em 3% em maior
crescimento econômico. Para uma estimativa conservadora, foi multiplicado o gap sobre esta
correlação de crescimento, mas foi aplicado sobre o PIB do Brasil em nível para o ano de
2018. Posteriormente, foi estimado quanto o gap no subpilar Regulação contribui para o gap
total, multiplicando este percentual pelo total da diferença no PIB

Custo 2018: R$ 86,7 bi


Custo 2021: Custo 2018 + IPCA 2018 a 2020
Custo 2021: R$ 98,1 bi

11.2. Proteção de mercados locais através de


limitações à livre entrada de IED

Índice de Limitações ao IED

1,4
GAP = 0,2 pontos

1,1
1,0
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,6
0,5
0,5
0,4
0,4
0,4
0,4
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,0
0,0
0,0

Países Baixos
Alemanha

Finlândia
Letônia
Lituânia

República Checa

Hungria

Eslováquia

Irlanda
França

Itália

Turquia
Noruega
Suiça

Austrália
Canadá

Nova Zelândia
Luxemburgo
Portugal

Reino Unido
Chile

Japão
Média da OCDE

Brasil

México
Coreia do Sul
Espanha

Bélgica

Islândia
Eslovênia

Dinamarca
Grécia

Polônia
Suécia

Áustria

Israel

Fonte: OCDE, 2018

Cálculo do indicador: Limitação à Entrada de IED

Metodologia de cálculo: (Contribuição do gap em Barreiras ao IDE para total do gap) *


(Estimativa convergência PMR)
- Contribuição do gap em Barreiras ao IDE para total do gap: 1% (Contribuição do
gap no pilar Barreiras ao IDE para o gap do PMR, OECD – 2018)
- Estimativa convergência PMR: R$ 265,6 bi (Contrafactual de cresc. do PIB com
convergência do PMR OCDE, 2018)
Nota metodológica: Foi estimado quão maior seria o PIB do Brasil caso tivéssemos, hoje, o mesmo PMR
da OCDE, e quanto deste aumento teria sido uma contribuição do nosso gap nos subpilares de
Interferência à competição do PMR
- Foi utilizada correlação de um estudo do FMI para a economia italiana (WP/16/119, Lanau &
Topalova), em que 1 desvio padrão (~1,44) de variação do PMR impacta em 3% em maior
crescimento econômico. Para uma estimativa conservadora, foi multiplicado o gap sobre esta
correlação de crescimento, mas foi aplicado sobre o PIB do Brasil em nível para o ano de 2018.
Posteriormente, foi estimado quanto o gap no subpilar Regulação contribui para o gap total,
multiplicando este percentual pelo total da diferença no PIB

Custo 2018: R$ 3,0 bi


Custo 2021: Custo 2018 + IPCA 2018 a 2020
Custo 2021: R$ 3,4 bi

12. Retomar ou Encerrar o Negócio


O cálculo anterior utilizou o último ano disponível dos dados. Doing Business
descontinuado.

Taxa de recuperação de insolvência (% do valor total em litígio)


92%
92%
90%
90%
89%
89%
88%
87%
86%
86%
85%
84%

GAP = 50 p.p
83%
81%
80%
80%
80%
78%
78%
75%
68%
68%
66%
65%
64%
63%
61%
47%
46%
44%
44%
42%
41%
40%
36%
32%
18%
11%
Finlândia

Lituânia
Japão

México

Luxemburgo
Países Baixos

Coreia do Sul

Letônia
Noruega

Bélgica

Irlanda
Islândia

Alemanha

Espanha

Estônia
Eslovênia

Dinamarca

Austrália

Suécia
França

República Checa
Itália

Polônia
Suiça
Eslováquia
Hungria

Grécia

Turquia
Canadá

Áustria
Nova Zelândia
Reino Unido

Média da OCDE

Chile
Portugal

Israel

Brasil
Estados Unidos

Fonte: Doing Business, 2019


Cálculo do indicador: Retomar ou encerrar o negócio

Metodologia de cálculo: (Gap da taxa de solução insolvência) * (Obrigações exceto


com dívida bancária) * (Taxa atual de solução) * (Montante estimado de valores em
RJ) * (Premissa de duração dos processos)

- Gap da taxa de solução insolvência: 50 p. p. (Taxa de solução de insolvência,


2019. Doing Business, World Bank)
- Obrigações exceto com dívida bancária: 30 p. p. (Premissa de obrigações com
bancos (70%) e demais (30%). Doing Business, World Bank)
- Taxa atual de solução: 18 p. p.
- Montante estimado de valores em RJ: R$ 233 bi (Montante estimado em
Recuperação Judicial. Press Search)
- Premissa de duração dos processos: 2 anos (Premissa de duração dos
processos de RJ (máximo legal = 2 anos)

Custo 2019: R$ 13,8 bi


Custo 2021: Custo 2019 + IPCA 2019 e 2020
Custo 2021: R$ 15,0 bi
FICHA TÉCNICA

Coordenação geral: Movimento Brasil Competitivo e Ministério do Desenvolvimento,


Indústria, Comércio e Serviços

Execução: Fundação Getúlio Vargas – FGV

Agradecimento às organizações apoiadoras do Programa de Redução do Custo Brasil


que viabilizaram este estudo:

ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland


ABIA - Associação Brasileira da Indústria de Alimentos
Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados
Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
Abiplast - Associação Brasileira da Indústria do Plástico
Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
Abrinq - Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos
AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil
Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
CNI - Confederação Nacional da Indústria
Eletros - Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos
FIEB - Federação das Indústrias do Estado da Bahia - FIEB
FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP
FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Findes - Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo - Findes
Grupo FarmaBrasil
Instituto AçoBrasil
Interfarma - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa
Sinprifert - Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes

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