ARTE GÓTICA

PANORAMA GERAL

CONCEITUAÇÃO

A ORIGEM DO NOME:

 “OPUS FRANCIGENUM” (OBRA FRANCESA)

ITALIANOS RENASCENTISTAS:
“GÓTICO” RAFAEL SÂNZIO NUMA CARTA AO PAPA
INTENÇÃO PERJORATIVA GODOS(POVO BÁRBARO MUITO CONHECIDO)
 “ESTILO OGIVAL” ROMANTISMO (século XIX)

SURGIMENTO:
ÎLE-DE-FRANCE antiga região em torno de Paris correspondendo ao território do DOMÍNIO
REAL

CANAIS DE DIVULGAÇÃO:
 Intercâmbio comercial
 Alianças políticas / relações diplomáticas
 Cruzadas

GEOGRAFIA:

 França
 Alemanha
 Península Itálica
 Inglaterra
 Espanha
 Portugal
 Escandinávia
 Polônia
 Boemia
 Hungria
 Chipre
 Oriente Médio

BRASIL:
NEOGÓTICO ARQUITETURA ROMÂNTICA
ARQUITETURA ECLÉTICA

PERIODIZAÇÃO:
 GÓTICO PRIMITIVO / LANCEOLADO:
 LANCETA ARCO OGIVAL FECHADO
 Século XII e inícios do século XIII
 Aproximadamente:

 1.132 construção da Igreja Abacial de Saint-Denis

 1.230 construção da Catedral de Chartres

 GÓTICO RADIANTE
 (GOTIQUE RAYONNANT resplandecente, irradiante, brilhante)
 Séculos XIII (apogeu) e XV
 Ponto de partida – 1.230 (CHARTRES)

 GÓTICO FLAMEJANTE
 (GOTIQUE FLAMBOYANT) flamejante, chamejante)
 Século XV e inícios do XVI

INFLUÊNCIAS:

 Arte Românica Escolas Cluniacense e Cisterciense

 Arte Islâmica
 Arte Oriental

FATORES FAVORÁVEIS:

 Cruzadas
 Revolução Comercial
 Desenvolvimento das cidades
 Enfraquecimento dos senhores feudais
 Fortalecimento / centralização do poder real

CONTEXTO HISTÓRICO

 ECONOMIA
CRUZADAS REVOLUÇÃO COMERCIAL
 Contato Oriente assimilação de técnicas de cultivo
 Progresso agrícola
 Aumento da produção
 Excedente comércio
 Alimentação maior expectativa de vida
 Crescimento populacional
 Expansão dos feudos

 POLÍTICA / GOVERNO
CRUZADAS
 Enfraquecimento dos senhores feudais (afastamento, empobrecimento e
morte)
 Fortalecimento dos reis
  União com a burguesia (empréstimos para pagamentos de tropas
mercenárias)
 Estabilidade / centralização do poder real
 Emancipação dos feudos
COMUNAS FRANÇA
REPÚBLICAS PENÍNSULA ITÁLICA
CIDADES LIVRES ALEMANHA
 Reis fortes
LUIS VI (1.108 – 1.137)
ABADE SUGER (ministro)
LUIS VII (1.137 – 1.180)
FELIPE AUGUSTO (1.180 – 1.223)

 SOCIEDADE
CRUZADAS REVOLUÇÃO COMERCIAL
 Desenvolvimento de uma nova classe social A BURGUESIA
 “PÉS-EMPOEIRADOS” mascates que comercializavam de feudo em feudo
 Transformam-se em grandes mercadores e banqueiros
 Possibilidade de ascensão social DINHEIRO
 NOBREZA PALACIANA
 RELIGIÃO
 BURGUESIA MENTALIDADE PRÁTICA / OBJETIVA
 MUNDO REAL MATÉRIA
 VALORIZAÇÃO DO HOMEM / DA NATUREZA
 DEUS CRIOU ESPÍRITO E MATÉRIA
 TOMISMO SÃO TOMÁS DE AQUINO
 FÉ SUBMETIDA AO CONHECIMENTO
 FÉ + RAZÃO
 DESENVOLVIMENTO DE UM CLERO SECULAR A CATEDRAL
 TEOCENTRISMO ANTROPOCENTRISMO
 DEUS MAIS HUMANIZADO PERDÃO, SALVAÇÃO, MISERICÓRDIA

 CULTURA
 CITADINA / URBANA / SECULAR
 PROCESSO GRADATIVO DE SECULARIZAÇÃO QUE VAI CULMINAR NO
RENASCIMENTO

 O HOMEM / A MENTALIDADE
 LAICISMO / INDIVIDUALISMO
 DESEJO SOCIAL DE ASCENSÃO SOCIAL
 URBANIDADE / SOCIABILIDADE
 Homem urbano, citadino e sociável
 Refinamento / elegância
 Homem seguro de si, sem medos exagerados, sem sentimentos de culpa
  Confiante, extrovertido
 Voltado para a natureza
 Colaborador ativo da obra de Deus
 Maior poder aquisitivo
 Preocupação intelectual
 Progressiva

 A ESTÉTICA GÓTICA – ASPIRAÇÕES

 Verticalidade
 Elegância
 Luminosidade
 Flexibilidade

 CARACTERÍSTICAS
 Originalidade
 Homogeneidade
 Urbanidade
 Laicismo

 PRODUÇÃO ARTÍSTICA
 Processo de laicização
 Contexto urbano A CATEDRAL

 URBANISMO / ARQUITETURA
 Cidades emancipadas / livres
 Prósperas / em franca expansão
 Praças / mercados / lojas comerciais
 Ruas mais largas e regulares
 Preocupação com conforto e segurança PALACETES
 REQUINTES / decorativismo

ARQUITETURA RELIGIOSA

 OS MOSTEIROS
 Persistência da mesma tipologia

 AS CATEDRAIS
 Centros irradiadores da arte e da cultura gótica

 O PROJETO
 O “CHÃO-DE-RISCO”
 O “MESTRE-PEDREIRO” (“MAGISTER LAPIDUM”) elaborava o projeto e
distribuía os trabalhos entre canteiros, pedreiros, carpinteiros, vitralistas,
pintores, escultores...
  O “MESTRE-DE-OBRAS” (“MAGISTER OPERIS”) encarregava-se da
coordenação dos trabalhos e do fornecimento de materiais
 As marcas dos pedreiros
 As equipes de trabalho

 A CONSTRUÇÃO
 O papel das comunidades
 A “rivalidade” entre as cidades
 As empreitadas
 A secagem da argamassa e a remoção dos cimbres

 A GRANDE REVOLUÇÃO TÉCNICA

 AS ABÓBADAS DE CRUZARIA DE OGIVAS
 HISTÓRICO DA OGIVA
 O ARCO OGIVAL TRÊS PONTOS DE APOIO
 ARTICULAÇÃO
 LEVEZA
 PESO CONCENTRADO NOS ÂNGULOS PILARES (PRINCIPAIS
ELEMENTOS ESTRUTURAIS ASSOCIADOSAOS CONTRAFORTES EXTERNOS)
 PERDA DA FUNÇÃO ESTRUTURAL DAS PAREDES.
 PAREDES SUBSTITUÍDAS POR IMENSAS JANELAS COM VITRAIS.

 PLANTA BAIXA
 CRUZ LATINA
 MESMAS REPARTIÇÕES DA IGREJA ROMÂNICA
 BRAÇOS DO TRANSEPTO MENOS ACENTUADOS

 ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO
 PILARES COLUNAS ADOSSADAS
 CONTRAFORTES
 OS ARCOBOTANTES Paris e Reims (por volta de 1.175)
Chartres (1.195)
 AS COLUNAS GÓTICAS
 OS CAPITÉIS

 O ALÇADO VERTICAL ANDARES

CHARTRES:
 NAVES
 TRIBUNAIS
 JANELÕES
 A FACHADA
 O PÓRTICO
 A GALERIA DE ESCULTURAS
 A ROSÁCEA
  AS TORRES FLECHAS
 OS ELEMENTOS QUE ACENTUAM A VERTICALIDADE
 GABLETES
 PINÁCULOS
 AGULHAS (FLECHAS)

 AS NOVE TORRES CHARTRES

 A CATEDRAL GÓTICA IDEAL SEGUNDO VIOLLET-LE-DU
 AS RESTAURAÇÕES ROMÂNTICAS DO SÉCULO XIX

PERIODIZAÇÃO

 GÓTICO PRIMITIVO / LANCEOLADO

 ARCOS OGIVAIS MAIS AGUDOS E FECHADOS LANCETAS
 ARCO OGIVAL “CONVIVENDO” COM O ARCO-PLENO ROMÂNICO
 PERSISTÊNCIA DAS PAREDES
 DECORAÇÃO SÓBRIA
 POUCOS VITRAIS

EXEMPLOS

 IGREJA ABACIAL DE SAINT-DENIS (1.132 – 1.144) CONSIDERADA A 1ª IGREJA

GÓTICA
 NOTRE-DAME DE PARIS 91.160 – 1.245) arcobotantes posteriores
 CATEDRAL DE SENLIS
 CATEDRAL DE LAON
 CATEDRAL DE SOISSONS

 GÓTICO RADIANTE
 APOGEU DO GÓTICO
 APARECIMENTO DOS ARCOBOTANTES
 DESAPARECIMENTO DAS PAREDES
 JANELAS IMENSAS VITRAIS
 IGREJAS ALTÍSSIMAS E LVES
 GRANDES ROSÁCEAS
 DECORAÇÃO PROFUSA ELEMENTOS FITOMÓRFICOS
 “CROCHETS” (BROTOS)
 LOBÉLIOS (TREVOS)
 TRIFÓLIOS E QUADRIFÓLIOS
 CAPITÉIS FITOMÓRFICOS
 “FEIXES” DE COLUNAS

EXEMPLOS

 CATEDRAL DE CHARTRES (1.194 – 1.230)

 CATEDRAL DE BEAUVAIS (1.231)
  CATEDRAL DE AMIENS (1.236)
 CATEDRAL DE REIMS (1.241)
 SAINTE-CHAPELLE (1.242 – 1.248)

 GÓTICO FLAMEJANTE
 Decoração exagerada
 Elementos fitomórficos se transformam em chamas
 Desaparecimento dos capitéis
 Os arcos integram-se aos pilares
 Uso do arco em terena (dois perfis, acostados, de proa de navio, formando
uma espécie de chave)

EXEMPLOS

 Catedral de Saint-Maclou, em Rouen

 Catedral de Saint-Jacques, em Lisieux

OS VITRAIS

 FUNÇÃO DIDÁTICA
 A TÉCNICA
 CARTÃO
 MOLDES
 PASTA SÍLICA, POTASSA OU CHUMBO, ÓXIDO METÁLICOS (CORES)
 FRAGMENTOS DE VIDRO
 CANALETAS DE CHUMBO, FLEXÍVEIS, EM FORMA DE H
 CAIXILHOS DE FERRO

ESCULTURA

 NATURALISMO / HUMANIZAÇÃO
 VERTICALIDADE / ELEGÂNCIA
 FIGURAS ALONGADAS / ESGUIAS
 TESTAS ALTAS
 NARIZES FINOS
 OLHOS OBLÍQUOS
 SORRISO
 SILHUETA EM S

 O RETRATO
 AS ESTÁTUAS JACENTES

 A DECORAÇÃO ESCULTÓRICA
 FACHADAS
 TÍMPANOS
 GABLETES
  PINÁCULOS
 GÁRGULAS
 OS DEMÔNIOS AFASTAR MAUS ESPÍRITOS
 OS FLORÕES CRUCIFORMES

A PINTURA

 PINTURA DE CAVALETE / AUTONOMIA EM RELAÇÃO À ARQUITETURA

 RETÁBULOS
DRÍPTICOS, TRÍPTICOS, POLÍPTICOS MADEIRA
 TÊMPERA SOBRE MADEIRA
 PESQUISAS COM ÓLEO

 ESTÉTICA NATURALISMO

 ASPECTOS FORMAIS / RECURSOS TÉCNICOS

 PROFUNDIDADE
 PERSPECTIVA
 CALRO-ESCURO

 TEMÁTICA
 ASSUNTOS RELIGIOSOS
 CENAS PROFANAS
 O RETRATO
 INTEGRAÇÃO DO HOMEM À NATUREZA

 O GÓTICO INTERNACIONAL

 A TRANSIÇÃO PARA O RENASCIMENTO