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Primeira parte
Comentário
Segunda parte
Já aconteceu de você ter grandes ideias na sua cabeça e as ter perdido por não
conseguir expressá-las? Você é alguém cujos pensamentos se embaralham e
confundem com facilidade, tanto na hora de falar quanto para escrever?
Você sente que não absorve de fato o que lê? Que sua memória mais parece um
saco furado, incapaz de segurar mais do que algumas poucas frases?
Você é alguém cujo cérebro parece andar mais rápido que a fala? Que sabe haver
uma distância enorme entre o que queria dizer e o que consegue dizer?
Você sente que suas ideias não ganham o devido respeito, e não consegue fazê-las
valer porque as palavras lhe escapam e, na passagem para sua fala ou escrita,
perdem todo o impacto?
Comentário
Problemas apontados: perder grandes ideias por não conseguir expressá-las, ter
pensamentos embaralhados que confundem na escrita e na fala, não absorver o
que lê, memória horrível (tal qual um saco furado), cérebro mais rápido do que a
fala, distância entre o que gostaria de dizer e o que consegue dizer, ideias não têm
respeito, palavras perdem todo o impacto.
Terceira parte
Se você está lendo isto, é quase certo que já me conhece e está um pouco a par do
meu trabalho.
Não sou aquele tipo de vendedor que lhe puxa o casaco enquanto você está
passeando pela internet e quase o obriga a ler minhas promessas mirabolantes,
todas escritas em caixa-alta e com cores vibrantes e psicodélicas.
Falo com quem já viu algum conteúdo meu e comigo interagiu. Falo com quem quer
mudar.
E “mudar o quê?”, você pode perguntar. Bem, poderíamos começar por isto:
Comentário
Excelente espaço para dizer-se diferente dos outros, que só vende àqueles que com
ele interagiram, afirmando que estes querem mudar — afirmação que, aliás, traz um
gancho muito bom para a quarta parte com a pergunta “mudar o quê?”.
Quarta parte
[em destaque] Mais de 176 milhões de brasileiros não conseguem entender o que
leem.
Quem me dera esse título fosse sensacionalista, uma simples jogada de marketing
para chocá-lo e prender sua atenção.
MAS NÃO É.
E não sou eu quem o diz. É o INAF, uma instituição sem fins lucrativos que foi criada
justamente para estudar o nível de letramento dos brasileiros.
Comentário
Na sequência, afirma que têm razão aqueles que falam em ensino sucateado e
péssimos índices educacionais no país. Mas, além disso, afirma que o “buraco é
muito mais embaixo”.
Para isso, ele tira sua autoridade de campo e volta a trazer a autoridade das
estatísticas, usando o INAF, que estuda o nível de letramento dos brasileiros —
deixando mais uma abertura para explicar o que significa a expressão na próxima
parte.
Quinta parte
É a eficiência com que alguém lê e/ou escreve algum texto. Segundo o INAF,
existem cinco níveis diferentes de eficiência:
Sem rodeios ou exageros: apenas quem está no nível proficiente consegue ler um
artigo de jornal e entendê-lo. Isso corresponde a 12% da população. O resto está
espalhada entre os quatro outros níveis.
Comentário
Sexta parte
E por que você deve se preocupar com sua escrita? Para torná-la “rebuscada” e
dizer com firulas o que poderia ser dito de modo mais simples? Não.
Você deve se preocupar com sua escrita porque uma escrita desordenada, obscura
e sem correção gramatical é o reflexo e, de certo modo, a causa e o efeito de
uma cabeça que não consegue se ordenar. Quem escreve mal, pensa mal.
Portanto, a situação é calamitosa.
Como queremos que o Brasil vá para a frente se não conseguimos nos entender
uns aos outros?
Mas você talvez ache que ela não lhe diz respeito. Que não é com você.
Comentário
Puxando mais um gancho, ele faz pergunta ao leitor por que este deveria se
preocupar com a escrita, apresentando dois motivos errados que poderiam ser
apontados por inimigos em comum (torná-la rebuscada e lançar mão de firulas
desnecessariamente) como possíveis respostas e negando-os na sequência.
Para responder corretamente, usa de firmeza para dizer que uma escrita
“desordenada, obscura e sem correção gramatical é o reflexo e, de certo modo,
causa e efeito de uma cabeça que não consegue se ordenar. Quem escreve mal,
pensa mal”.
Que construção!
Há um detalhe, porém: não entendi por que esta última frase não foi sequer
colocada em negrito. Faria mais sentido deixá-la sozinha na linha abaixo, como foi
feito com “E quem lê mal, escreve mal” na quinta parte.
Mais uma vez, volta a apontar para a gravidade da situação, classificando-a como
calamitosa.
Pronto! O problema mais do que tocou o leitor. Já deu para perceber que realmente
há algo de muito errado acontecendo e algo precisa ser feito urgentemente.
Para sensibilizar o leitor que ainda não compreendeu o nível a que chegamos, o
Raul faz uma pergunta em primeira pessoa do plural, explorando a necessidade de
entendimento entre os brasileiros para que o Brasil “vá para a frente”.
Sétima parte
O que isso já mudou sua vida? De que importa não dominar a língua? Você não é
um professor de português. Não é um influenciador no Instagram. Não trabalha com
comunicação e não gosta de escrever.
Um fato absurdamente óbvio, e do qual nos esquecemos justamente por ser óbvio,
é que se a linguagem não se desenvolve NADA MAIS PODE SE DESENVOLVER.
Não consegue escrever uma boa redação para entrar numa faculdade; não
consegue entender o que lhe dizem nos jornais. Não consegue escrever um
relatório decente e sua linguagem pobre não impõe respeito.
Comentário
Aqui, a coisa fica séria. É o momento da virada na copy: não há caminho de volta. A
principal objeção — “que me importa a tal da linguagem se não trabalho
escrevendo?” — é quebrada a pauladas, com direito a caixa alta e negrito.
Depois de citar alguns exemplos dos problemas (a pessoa não consegue descrever
os próprios sentimentos, a escrita de uma redação de vestibular torna-se uma
missão quase impossível etc.), ele dá uma bela cartada ao afirmar que a
“capacidade de linguagem é, no limite, o que nos separa dos animais”.
Oitava parte
E quanto mais eu postava, mais aumentava um verdadeiro clamor por algum curso.
Já poderia ter lançado algo faz muito tempo. No primeiro mês. E teria vendido muito.
Mas não quis. Preferi esperar.
Comentário
Nona parte
Papo reto, direto ao ponto: quero oferecer-lhe o roteiro que eu percorri desde
aqueles graves problemas e deficiências que eu tinha com a linguagem até onde
estou hoje.
Caso esteja com dúvidas e queira conferir se não estou lhe aplicando o bom e velho
gogó, entre na minha página do Instagram e leia alguns textos meus. Garanto-lhe
que não há nada parecido no IG.
Vou ensinar-lhe:
1 Todo e qualquer profissional que use a palavra escrita e queira melhorar seu
domínio da língua e alavancar sua carreira (tradutores, revisores, copidesques,
jornalistas, redatores publicitários, advogados etc.)
2 Professores de português que não se contentam com a pobreza de sua formação
universitária e queiram se aprofundar na matéria que escolheram lecionar pelo resto
da vida;
3 Qualquer um que tenha consciência de que foi lesado pela horrível educação
institucional e queira correr atrás do prejuízo, agora com a liberdade plena de
escolha.
Comentário
Fechando a nona parte, temos o público-alvo do curso, dando destaque aos que
trabalham em contato direto com a língua sem esquecer de todo o resto que
também foi educado de modo deficitário.
Décima parte
Soma do preço dos produtos avulsos, que é R$ 1739,00, e o preço que será pago
no curso completo, R$ 347,00.
Frase: “Se depois de tudo isso, você ainda tem dúvidas se o curso é para você, veja
alguns testemunhos que já chegaram até mim:”, acompanhada de seis prints com
depoimentos de pessoas agradecidas ao Raul pelo conteúdo oferecido.
Comentário
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Comentário geral
Começa com uma promessa forte, faz perguntas diretas ao leitor (como se fosse
uma conversa, que, aliás, é o objetivo do Copywriting), apresenta-se rapidamente,
traz dados gerais, mostra por que o leitor deveria se importar, explica por que ele é
uma boa opção para ajudar o leitor a enfrentar os problemas e faz o
fechamento-padrão (o que será entregue, preço com desconto, relógio correndo,
garantia e depoimentos).
De nada adiantaria ter construído essa página de vendas sem os pilares que lhe
servem de sustentação — o tempo dedicado ao público, as dúvidas respondidas, as
recomendações de livros, os textos escritos…
A história por trás desse lançamento tem muitos fundamentos, o que lhe confere
quase garantia de sucesso.