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o mesmo canto.

A m esm a água
nos tira a sede e nos afoga,
n os casrerrevgiavoe sneode
Todo s ssega
puslta
ta,.

se mantém vivo e se aniquila.


Em ambos os casos,
a mesma força o impele.

Ela é que conta.

A quem servem então as diferenças?

Falei até aqui sobre a ordem fundamental da vdai . Foi-nos concedido


termos pais e sermos filhos. E temos também algo de próprio.

Aceitar tudo o mais que nossos pais nos dão

Na verdade, os pa is não dão a os filhos apenas a v ida. Ele s n os dão

também ou tras c oisas: a limentam-nos, e ducam-nos, c uidam de n ós e


assim por diante. Conv ém à criança qu e e la tome tu do isso, da forma
como o r ecebe. Qu ando a criança o a ceita de bom grado, costuma

bastar. Existem e xceções, que todos c onhecemos, m as via de regra é


Ne
sufsicsie
enpa
te.rtic ular,npe
Pode ãorte
senrcseeàmor
prdeeomqu
queede
o sfeilh
jaomdiga aasseéuso pa
os, m baissta
: "nEteu.
recebi muito. Sei que é m uito, é o bastante. Eu o tom o c om amor".
Então e le se s ente pleno e rico, seja qual for a situação. Então e le
acrescenta: " o r esto, eu m esmo faço". I sto também é u m be lo
pensamento. Finalmente, o f ilho a inda pode dizera os pais: " E a gora eu
os deixo em pa z". O e feito destas f rases va i m uito fundo: agora o filho

tem s eus pa is e os pais têm o f ilho. Pais e filho e stão s imultaneamente


separados e felizes. Os pais concluíram s ua obra e a criança e stá livre
pa
Imaragvinive
emrsaugaora
vidaa,csiotumarçeãsope
coito
ntpe
rárlos
ia, squ
euasnpa
doisomfialhsosdiz
em de
a opsepa
ndê
is:n"cO
ia .

quevoc ês mede ram f oi errado e foi muito pouco. Vocês ainda estãom e
devendo muito". O qu e e sse f ilho te m de s eus pa is? Na da. E o qu e tê m
dele os pais? I gualmente nada. Es se filho n ão consegue s oltar-se de

seus pa is. S ua censura e sua reivindicação o vinculam a e les, mas de


Es
umtaa fsoerm
riaaatasl qu
egueneda
le le
nãi odoosate
mm or. eEle
ntresefislheonstee va
paziio,
s. pequeno e f raco.
O tamanho de criança
Existe algo que os pa is adquirem por mérito pessoal. Se a m ãe, por
exemplo, tem u m dom e special - s uponhamos que e la seja pintora e
pinte quadros maravilhosos - então is so pertence a e la e não ao f ilho.

Este não pode reivindicar ser também u m bom pin tor, a não ser que o
A
tem
nheasm
maerceocisido
a va le pa
por ra çaãroiqu
dota preóza
pridos
a e pa
deidsic
. Oaçf iãlhoope
n ãsoste
oaml. o dir eito de
reivindicá-la, c omo é o c aso da h erança. O que e le vier a r eceber s erá
puro presente.
Isto vale ainda para a culpa pessoal dos pa is. Ta mbém e sta pertence
exclusivamente a eles. Com freqüência,u ma criançapr esume, por amor,
tomar sobre s i e ssa c ulpa, c arregá-la em n ome dos pa is. Ta mbém is to
vaic ontra a ordem. A crianças ea rroga umdir eito quen ão lhec ompete.
Quando os filhos querem expiarpe los pais,e stãos eju lgando superiores
a eles. Os pais passam a ser tratados comoc rianças,c uidadaspor s eus

própr
Um asios
enhfilh
oraos,qu
, queer eacsesnutm
emem
enotepa
papre
ticl ide
poupade
is.umgr upo meu,tin ha um
pai c ego e uma mãe surda. Os dois s e c ompletavam be m, mas a filha
achava que de via cuidar de les. Quando montei a c onstelação de s ua

família,e la sec omportou comos ef osse ela a pessoa grande.Por ém sua


mãe lhe dis se: " Esse assunto com seu pai e u r esolvo sozinha". E o pai
lhe dis se: " Esse assunto com sua mãe eu r esolvo sozinho. Não

precisamos de vocêpa ra isso".A quela senhora ficou muito desapontada,


Na
porqnuoeitefosi e
regu
duinztida
e, ealoa sneãuo tacm
onasnehgouide
u dor
criamnir.
ça.Aliás, ela sentia uma
grande dificuldade para adormecer. Perguntou-me s e e u podia a judá-la.
Respondi: "Quem não consegue dor mir talvez e steja pensando que
precisa v igiar". Con tei-lhe e ntão a h istória de Borchert s obre o m enino
de Berlim que, no f im da guerra, tom ava conta de seu irmão m orto,
para que os ra tos não o comessem. O menino e stava esgotado, porque

achava que de via ficar vigiando. Nisto, passou por ali um s enhor
simpático qu e lh e dis se: " Mas os ra tos dormem à n oite". E a criança
a
Nadornm ece
oite seugu
. inte, aquela senhora dormiu melhor.

Portanto, a ordem do a mor entre f ilhos e pais estabelece, e m te rceiro


lugar, que r espeitemos o que pe rtence pe ssoalmente a nossos pais e o
que eles podem e devem fazer sozinhos.

Receber e exigir
A ordem do amor entre pais e filhos envolve ainda um quarto elemento.
Os pais são grandes, os filhos pequenos. Assim, o certo é que os pais
dêem e os filhos recebam. Pelo fato de receber ta nto, o filho s ente a
necessidade de pagar. Dificilmente suportamos quando recebemos algo
sem dara lgo emtr oca. Mas,e mr elaçãoa n ossos pais,n unca podemos
compensar. Eless empren os dãom uito mais do quepode mos retribuir.

Alguns filhos querem escapar da pr essão de r etribuir e dos sentimentos


de obrigação ou de c ulpa. Ele s dize m e ntão: "Prefiro n ada receber,
assim não sinto obrigaçãon em culpa". Essesf ilhos sef echampa ra seus

pais e, n essa mesma medida, s entem-se pobr es e vazios. Pe rtence à


ordem do a mor que os f ilhos digam: "Eu recebo tudo com amor". Assim,
elesir radiamc ontentamento para os pais,e e stespe rcebema f elicidade

deles. Esta é uma forma de receber qu e é s imultaneamente uma


Qu
com ap
nedn
o,sapor émpor
ção, , osqufeilh
osopa
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is sems:e"nVteoc
mêrsestêpm qu
eita dos em e da
por essr emr eacise"be
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oor.
dosEle
pasisdãsoe,feenctã
hao.,Por c a u s a da e x igê
com um prazer ainda maior. n c i a do f i lh o, e l e s n ão
podem m ais cumulá-lo de amor. Este é o efeito de tais reivindicações.
Esse filho, por sua vez, mesmo quando recebe alguma coisa, não
consegue tomar o que exigiu.
A equiparação
A verdadeira equiparação e ntre o da r e o tom ar na f amília consiste em
passar adiante o dom. Qu ando a criança diz: " Eu tomo tu do, e quando
eu c rescer, eu da rei por m inha vez", os pa is ficam felizes. A criança, no

seu dar, não olha pa ra trás, m as para a frente. Os pa is fizeram o


mesmo. Elesr eceberamde s euspa is e derama s eusf ilhos.Ju stamente
pelo fato de terem r ecebido tanto, sentem-se pr essionados a dar, e

Até am
pode quigu
i, faalelm
i da
ensteorfadzê
en-slo.do amor entre filhos e pais.
O grupo familiar

Entretanto, nossa vinculação n ão se lim ita aos pais. Pe rtencemos


também a u m gr upo familiar, a uma estirpe, u m s istema maior. O grupo
familiars ec omporta comos ef osse dirigido por uma instância comum e

superior. Ele é comparável a u m ba ndo de pássaros em f ormação. De


repente,todos m udama dir eção do vôo, comos etive ssem sido movidos
No
porgrupo
um a ffoarm
çailia
sur,pe
esrsior
aincsotâ
mnucm
ia. superior atuaqu asec omou mc omando
(Gewissen) interior partilhado por todos, e qu e a tua de m odo
amplamente inconsciente. Re conhecemos as or dens a que obe dece
pelos bons e feitos de sua observância e pelos maus e feitos de sua
violação.
Quero cta
i r, para começar, o círculo de pessoas que são abarcadas e

rdir
ecigida
onhescpor essseecuosmeafe
er por nidtos
o in tertior
. Es ão (Gewis
nele incse ), cu: ja amplitude podemos
lunídos
Todos os filhos, inclusive os que morreram ou foram abortados;

Os pais e todos os seus irmãos;


Os avós;

Eve
maisntu
disalm nt,epr
tanete , inagu mlmebis
lcipa natevôse ou
teveaé
tummde
essm
tinoo ummau.antepassado ainda
Incluem-sea inda pessoass em relaçãode pa rentesco, a saber, aquelas

de cuja morte ou infelicidade pessoasda f amília se be neficiaram, como


são, por exemplo, antigos parceiros dos pais e dos avós.
O direito de pertencer

No interior de cada grupo familiar, vale a ordem bá sica, a lei


fundamental: todas a s pe ssoas do gr upo familiar pos suem o mesmo
direito de pertencer. Em muitas f amílias e gr upo familiares,

determinados membros são excluídos. A lguns dizem, por exemplo:


"Esse tio não vale nada, e le não pertence a n ós", ou então: "Dessa
criança ile gítima n ada queremos saber". Com is so, recusam a essas

Exsisstoeamstaom
pe dir
béeito
mos dequpeerdize
tencmer.
: "Sou católico, vocêé e vangélico. Como
católico, tenho m ais direito de pertencer que voc ê". Ou inve rsamente:
"Como pr otestante, te nho m ais direito, porque m inha fé é m ais

verdadeira.Voc êé m enos crente do quee u, portanto temm enos direito


de pertencer". Isto não é hoje tão f reqüente como a ntigamente, m as
Oc
ainodrareacaon
indte
ac, qu
e. ando um f ilho m orre prematuramente, qu e s eus pa is
dão s eu nome a o f ilho s eguinte. Com is to, estão dize ndo ao pr imeiro:
"Vocên ão pertenceà f amília.Te mos ums ubstituto para você".As sim o
filho m orto não conserva nem mesmo o seu próprio nome. Com
freqüência,n ão é mais contado nem mencionado. Assim lheé n egado e

rOetira
excdeossoodir
deem
itoode peratelgu
ral de ncnesr., qu e s e s entem m elhores e superiores a
outros, n a pr ática s ignifica dize r-lhes: " Tenho m ais direito de pertencer
quevoc ê".Ou ,qu ando alguém condena uma pessoa ou a considera má,
praticamente está lhedize ndo: "Vocête mm enos direito de pertencer do
quee u"." Bom" s ignificae ntão: "Tenhom ais direitos", e "mau" s ignifica:
"Você tem menos direitos".

Os excluídos são representados


Essa lei f undamental, que a ssegura a todos o mesmo direito de
pertencer, não tolera nenhuma violação. Quando isso acontece, e xiste
nos istema uma necessidade inconsciente de compensação, quef az com

que os e xcluídos ou desprezados sejam m ais tarde representados por


algumou trom embroda f amília,s em quee ssape ssoa tenhac onsciência
Qu
do afanto.
do, por exemplo, umh omem casado ser elacionac om outra mulher
e diz à própria esposa: "Não qu ero m ais saber de voc ê", inve ntando
falsas razões e c ometendo injustiça c ontra ela, e de pois se c asa c om a
segunda mulher e tem f ilhos com ela, s ua primeira mulher será
representada por um de sses filhos. Um a m enina, por exemplo,

combaterá o pai c om o mesmo ódio da parceira rejeitada, s em que


tenha a m enor consciência dessa r epresentação. Aqui a tua u ma força
secreta de compensação, para que a in justiça f eita à primeira pessoa

sMeujaitos
vinagcaon
datepor
cimuem
nta
ossin
egufelnize
das.n af amília como, por exemplo, desvios
de comportamento dos filhos,doe nças,a cidentese s uicídios acontecem
pelo fato de que u m f ilho in conscientemente representa um e xcluído e

quer dar-lhe r econhecimento. Nisso se r evela ainda uma outra


propriedade da instância superior. Ela faz reinar justiça pa ra com
A
aqsuoeluleçsãoque vieram antes e injustiça para os que vêm depois.

A solução de u m ta l e maranhamento torna-se pos sível qu ando a ordem


básica é r estabelecida, is to é, qu ando os excluídos voltam a s er
acolhidos e respeitados. Ne ste caso, por exemplo, a segunda mulher

deveria dizer à pr imeira: " Eu tenho e ste homem às s uas c ustas. Eu


honro isto e reconheço que f oi feita injustiça a voc ê. Por favor, queira
bem a m im e a meus f ilhos". Desta forma, a pr imeira mulher é

respeitada. Na s c onstelações f amiliares, pode-se pe rceber e ntão c omo


se r elaxa o rosto da primeira mulher, como e la se tor na amigável pe lo
fAato
solude
çãoseerxige
resp
taem
itabé
dam. qu
Com iseso,
ea m é, qu
n in a receoim
nhie
tacido
essaomsuelh
uedir ee
r, lh itodiga
de

inte
pe rte
rior
ncmer.
ente: " Eu pertenço a penas à m inha mãe e ao m eu pai. Aquilo
que s epa ssou entre voc ês adultos não tem n ada a ver c omigo". Ela diz
a seu pai: "Você é m eu pai, e eu s ou sua filha. Por favor, olhe-me c omo

sua filha". En tão o pa i n ão precisa m ais ver n ela sua ex-mulher, não
precisam ais defrontar-sec om o ódio ou a tristeza quee la possa ter. Ou,
se e le ainda a ama, n ão precisa ve r a c riança c omo s ua amante, m as

apenasc omos ua filha. Entãoa c riançapode s er a filha, e o paipode s er


o pai.
A criança pr ecisa ta mbém dize r a o pa i: "Esta aqui é a m inha mãe. Com
sua primeira mulher não tenho n ada a ver. Eu tomo e sta como m inha
mãe. Es ta é para mim a certa". E então e la precisa dize r à m ãe: " Com a
outra mulher eu n ada tenho a ve r". D e ou tra forma, e ssa c riança s e

tornará uma rival da m ãe, e n ão poderá ser filha. Talvez a m ãe veja nela
inconscientemente a outra mulher, e então m ãe e filha e ntram e m
conflito comos ef ossem du as amantesr ivais. M as quando a criança diz:

"Ex
Vocistêem
é cmoinh
tuadm
o eãme aeraenuhsaom
uesnutaosfibe
lham,m
coamisacoou
mtpralicnaãdos
o te.Qu
nhoannadda o, por
a
vexe
e r. m
Euplo,
tomnoum voc
a fêacmoím
liao, m
u im
nhfailhmoãme",oe
rrnetãpr
o eamor
adtuerm
améernetest,aos
belef iclhida
os.
sobreviventesc arregamm uitasve zesu ms entimento de culpa pelo fato

de estarem v ivos, e nquanto seu irmão e stá morto. Acreditam qu e, por


estarem v ivos, pos suem uma vantagem s obre o ir mão f alecido. Então
eles qu erem compensar isto, por exemplo, deixando-se f icar mal,

Adqoe
a ui pe
cenrte
doncou
e àm
oredse
mmo do
deasemjaor
ndo
quemeolrersediga
r, sem
m in
qutersior
aiba
mem
ntepor
aoqu
ir mêã. o
morto: "Você é m eu irmão (m inha irmã). Eu respeito você c omo m eu
irmão (m inha irmã). Você te m u m lu gar e m m eu coração. Eu me c urvo

diante do seu destino, da forma como lh e a conteceu, e digo sim aom eu


destino, da forma como m e f oi determinado". En tão a c riança m orta é
respeitada, e a ou tra pode permanecer viva sem sentimento de culpa.

A imagem mágica do mundo e suas conseqüências


Por trás da necessidade de compensação, que f az adoecer, atua u ma
fantasia mágica, a saber, que e u pos so salvar u ma outra pessoa de seu
pesado destino, desde quee utom eta mbéma lgo de pesado sobrem im.
É o caso da c riança qu e diz à m ãe gravemente doente: " Antes e u
adoeça do que voc ê. Antes m orra eu do qu e voc ê". Ou a inda, qu ando a
mãe quer abandonar a vida, u m f ilho s e s uicida, pa ra que a m ãe possa

fUm
icarevxieva
m.plo disto é a magreza compulsiva.O a noréxicova is etor nando
cada vezm enor, desaparece,por a ssim dizer, até a morte.Em s ua alma,
essa c riança diz a s eu pai ou a s ua mãe: " Antes de sapareça eu do qu e
você". A qui a tua u m a mor profundo. Mas quando a criança m orre, qu al
é o efeito desse amor? Ele é totalmente inútil.
Quando trabalho c om uma pessoa com essa c ompulsão, faço qu e olh e
nos olhos de seu pai ou de s ua mãe e diga: " Antes de sapareça eu do
que voc ê". Qu ando ela os encara nos olhos a ponto de realmente os ver,
ela não consegue m ais dizer e ssa f rase, por que pe rcebe que o pa i ou a

mãe não aceitará isto dela. É qu e o a mor mágico de sconhece o fato de


que ta
mbém a ou
tra pessoa ama e que lea recusaria isto,
independentemente da inutilidade de tal amor.
Quando a mãe morre non ascimento de uma criança, é muito difícil para
essac riançatom ar a sua vida.Ela pr ecisaria encarara m ãe nos olhos e

dizer: "Mamãe, mesmo por este alto custo eutom oe sta vida e façoa lgo
de bom com ela, e m s ua memória. Voc ê pr ecisa s aber qu e n ão foi em
vão". I sto é amor, num nível m ais elevado. Ele exige o abandono da

fantasia mágica de pode r in terferir no de stino de ou tra pessoa e mudá-


lo. Ele exige a passagem de u m a mor que f az adoecer pa ra um a mor
A
qufeanctuara
sia
. do amor mágico e stá associada a uma presunção, a um
sentimento de poder e s uperioridade. A c riança r ealmente acha qu e,
através de sua doença e de s ua morte, pode s alvar da m orte outra
pessoa. Renunciar a essa idéia só é possível pela humildade.

Até aqui falei da ordem do amor na relação entre filhos e pais.


Homens e Mulheres
Quero ta mbém dize r m ais alguma coisa s obre a or dem do a mor na
relação do c asal. Este tema nos fala mais de perto. Muitos se
envergonham dis so, como s e f osse algo que a ge nte deveria ocultar.
Aquilo que dif erencia os homens da s m ulheres, qu e r ealmente os

diferencia,é e scondido. Ou,pode -sedize rta mbém, é protegido. Pois é o


lugar on de cada um é m ais vulnerável. É o lugar pr óprio da vergonha.
Vergonha significa, neste contexto, que e u gu ardo alguma coisa, para

qu
Algue nsafdaalade mdemparuecaiacton
ivate
mçean. te
E do
é in
o slu
tingta
orson
exudaeleneossqu
sencteim
moqu
s emealeisé
e n tr e gu e s .
a força r al e m ais profunda, qu e tu do mantém u nido e dirige, qu e tom a
cada pessoa a seu serviço, sem que e la possa se de fender. Pela pura
razão, ninguém sec asaria ou teria filhos.S óe ssein stinto consegueis so.
É através dele que e stamos em s intonia mais profunda com a alma do
mundo. Esse instinto é o que e xiste de mais espiritual. Todo

entendimento e toda consideraçãora cional empalidecemdia nte da força


A
quor
e daetumado
pora de
mortráesnde
treshse
ominesm
tineto.mulher exige portanto, em pr imeiro
lugar, que o h omem admita que lh e f alta a mulher, e que e le, por s i s ó,
jamais poderá alcançar o qu e u ma mulher tem. E exige igualmente que
a mulher admita que lh e f alta o homem, e qu e e la, por s i s ó, jamais
poderá alcançar o qu e o h omem tem. Então a mbos se e xperimentam
como incompletos e admitem isto.
Quando o homem admite que pr ecisa da m ulher e que s ó a través dela
se tor na um h omem, e qu ando a mulher admite que pr ecisa do h omem
e só a través dele se tor na uma mulher, então e ssa c arência os liga um
aoou tro, justamente pelo fato de a admitirem.En tãoo h omem recebe o

femininoc omopr esente da mulher, e a mulher recebe o masculinoc omo


Ipr
measgeinnetemdo
aghora um.h omem que de senvolve em s i o f eminino e u ma
om e
mulher que de senvolve em s i o m asculino, como m uitos consideram

ideal. Se e sse h omem quiser se liga r a e ssa m ulher, qual será a


profundidade dessar elação? No fundo, elesn ão precisam umdo ou tro.
Inversamente, qu ando o homem renuncia ao f eminino e a m ulher ao

O avsínccuulin
m loo, então e les pr ecisam um do ou tro e is to os mantém ju ntos.
Quando o homem e a mulher se a ceitam m utuamente como ta is, a
consumação de s eu amor cria um v ínculo. Esse vinculo é indissolúvel.
Isto nada tem a ve r c om a doutrina m oral da I greja sobre a
indissolubilidade do matrimônio. A realizaçãodo a mor cria uma ligação,
independentemente do casamento e de qualquer rito externo.

A existência de uma tal liga ção é pe rcebida pelos seus e feitos. Por
exemplo, o homem que s e s epara levianamente de uma parceira a
quem estava vinculado dessa f orma pela consumação do a mor, via de

regra não conseguirá c onservar u ma segunda parceira num outro


relacionamento. Pois esta percebe o seu vínculo com a parceira anterior,
e não ousa tomá-lo plenamente. Qu ando um h omem abandona u ma

mulher e se c asa de n ovo, talvez s ua segunda mulher se c onsidere


melhor que a pr imeira e diga: " Agora eu o te nho pa ra mim". Ela
En
entrtãeotaenlatono
ãope
o rade
ssruám irácssoempr
. Ne ple taim
ópr o etrniuten.fNa
o ospe
c ornde
ste laçõer e
, pois sfcaom
nhilia
ecreeso,
pode-se pe rceber qu e u ma segunda mulher se dis tancia um pou co do
vhíonm
cuelm
o .de
Ela
ssne ãhoom
ouesm
a coloc
m aar-s
sue a pe
prirmtoeira
delem,upe
lhe
lor.fato de não ser sua
primeira ligação, mas a segunda.
A profundidade de um ta l v ínculo pode ser avaliada pelo seu efeito. A
separação do pr imeiro a mor é a mais difícil de se c onseguir. É a mais
dolorosa. Quando uma segunda ligaçãos ede sfaz, a dor é menor. Numa
terceira, é a inda menor.

Essa ligação n ão é porém sinônimo de a mor. O amor pode ser pequeno


e o vínculo profundo. Inversamente, o a mor pode ser profundo e a
ligação pe quena. O vínculo se or igina do a to sexual. Por isto, ele

também n asce de um in cesto ou de um e stupro. Para que m ais tarde


uma nova ligação s eja possível, é preciso qu e a pr imeira seja
corretamente resolvida.Ela é r esolvida quando é reconhecida e quando
é honrado o respectivo parceiro. Quem amaldiçoa o primeiro v ínculo
impede uma ligação ulterior.
A ordem de precedência

O fruto do amor entre o h omem e a mulher são os filhos. Ta mbém a qui


é importante observaru ma ordemdo a mor, uma ordemde pr ecedência
noa mor. Ela seor ienta pelo começo. Isto significaqu eo qu eve ma ntes

tem, via de regra, pr ecedência sobre o qu e ve m de pois. Nu ma família,


existe primeiro o c asal homem-mulher. Seu amor funda a família. Por
isso, seu amor como h omem e mulher tem pr ecedência sobre tu do o

que ve m de pois, por tanto, sobre s eu amor de pais por seus f ilhos.
Muitasve zesa contece nas famíliasqu eos f ilhos atraems obres itoda a
a
Quteannçã
do.
o aEn
retãlaoços
ãopa
doiscnaãsoalste
ãomapr
nteior
s de
idatu
ded,ooupa
m ci diz
asaal, m
s eaus pa
filhiso.:Com
"Em
voc
is toêos
, eu
filh
r eosspneãito
o eseam
seonta
tembé
bemma. s ua mãe". E a mãe diz ao f ilho: "Em
você, eu r espeito e amo também o s eu pai". E a m ulher diz ao h omem:
"Em nossos filhos, e u r espeito e amo a você". E o h omem diz à mulher:

"Em nossos filhos,e ur espeito e amo a você".En tãoo a mor dos pais é a
continuaçãodo a mor do casal. Este tema pr ioridade.Os f ilhos entãos e
V
seánritaesmf am
muília
itosbe
s ãm
o.segundase te rceirasf amílias, quando o homem e a

mulher já eram c asados anteriormente e trouxeram f ilhos do


matrimônio anterior. Como é então a ordem de precedência?
Eles s ão primeiramente pai e m ãe de seus pr óprios filhos, e s ó de pois
disso constituem um c asal. Por conseguinte, s eu amor como c asal não
pode continuar n os filhos, pois já f oram pa is anteriormente. En tão, o
novo parceiro de ve reconhecer qu e o ou tro é , e m pr imeiro lu gar, pai ou
mãe dos próprios filhos, e qu e s eu maior amor e sua maior força fluem

para eles e , n eles, naturalmente, ta mbém pa ra o parceiro a nterior. Só


então s eu amor e sua força fluem para o novo parceiro. Quando ambos
os parceiros reconhecem is to, seu amor pode ser bem s ucedido.

Quando, porém, u m pa rceiro diz a o ou tro: "Eu tenho pr ioridade em s eu


am
S e eor,lesemsaóiseta
ntã o vtêêm
rde mf islheoussefm
ilhcoosm
", uamr,ela çãoosfãico,a eem
ntã mprpe
imre
igo.
iro luEs
gasa
r,
situi eaçmããoendos
pa ão sfeilhm
osan tépr
do mim poreirlon
oc gaosate
mm po.
en to; em s egundo lugar, são um
casal e, e m te rceiro lu gar, são pais de seus f ilhos comuns. Esta seria a
ordem, neste caso. Quando se s abe disto, pode-se r esolver ou e vitar
conflitos em muitas famílias.
Faleia té aquis obrea lgumas or dens do amor nar elaçãoe ntreo h omem
e a mulher. Para terminar, contarei a voc ês uma história sobre o a mor.
Ela é assim:
Dois modos de ser feliz

Antigamente, qu ando os deuses ainda pareciam be m pr óximos dos


homens, viviam n uma pe quena c idade dois cantores que s e c hamavam
Orfeu.

Um deles e ra o grande. Tin ha inventado a cítara, u m tipo pr imitivo de


guitarra.Qu ando tocava o instrumento e cantava,toda a n atureza ficava
enfeitiçada emtor no dele.A nimais ferozess ede itavamm ansamente a

seus pé s, árvores altas s e in clinavam pa ra ele: n ada podia resistir a


seus c antos. Pe lo fato de ser tão gra nde, e le conquistou a mais bela
m
Enuqlhuear.ntE
o ealíecaoim
ndeaçofeusa
tede sco
java ida
ca. samento, morreu a be la Eurídice, e a
taça cheia, qu e e le erguia nas mãos, s e pa rtiu. Con tudo, para o grande
Orfeu, a morte ainda não foi o fim. Com a a juda de sua arte requintada,
encontrou a entrada para o mundo subterrâneo, desceu ao r eino da s

sombras, atravessou o rio do esquecimento, passou pelo cão dos


infernos, c hegou vivo diante do trono do de us da morte e o comoveu
A
commosrteeulibe
carnou
to.Eurídice -- por ém sob uma condição, e Orfeu e stava tão
feliz que n ão percebeu o qu e s e e scondia por trás desse f avor. Orfeu
pôs-se a c aminho de volta, ou vindo atrás de si os pa ssos da mulher
amada. Pa ssaram ile sos pelo cão de gu arda do inferno, atravessaram o
rio do esquecimento, começaram o c aminho para a luz, que já v iam de

longe. En tão Or feu ou viu um gr ito - Eurídice tin ha tropeçado -


horrorizado, ele se voltou , v iu ainda a sombra dela caindo na n oite e
ficou sozinho. Esmagado pela dor, ele cantou sua cançãode de spedida:

"Ele
Ai de
prómprim
io, voltou
eu a peàrdi,
luztoda
. Entraem
tainnto,
ha nfeolic
r eida
inodedos
se m
foi!o"rtos, pa ssara a
estranhar a vida. Qu ando mulheres ébrias qu iseram le vá-lo à festa do
novo vinho, ele se recusou, e elas o despedaçaram vivo.

Tãuondgra
m o onde
confhoei cseu.a desgraça, tão inútil foi sua arte. Entretanto, todo o
O outroOr feue ra o pequeno. Era apenasu mc antor de rua,a parecia em
pequenas festas, tocava para gente humilde,a legrava umpou co e curtia
isso. Comon ão conseguia viverde s ua arte,a prendeuu mof ício comum,
casou-se c om uma mulher comum, te ve filhos comuns, pecou
eventualmente, f oi feliz de modo comum, m orreu ve lho e s atisfeito da

vida.
Entretanto, ninguém o conhece - exceto eu!

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