Você está na página 1de 9

ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE JUSCIMEIRA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA MUNICIPAL CHICO MENDES


Atividades de Ensino Religioso 6° ao 9° ano de 17/08 até 28/08
Professor: DIVINO OLIVEIRA SILVA

Texto 1: A tartaruga

Quando menino eu era impaciente,


arreliado e áspero no tratamento com as outras
pessoas.
Quando desejava alguma coisa, ao invés
de solicitar com educação, azucrinava os
ouvidos alheios até que, para se livrarem de
mim, davam- me o que pretendia. Assim,
transformara-me em uma criança pouco
simpática.
Eu percebia que aquilo aborrecia muito
os meus pais, porém pouco me importava com
isso. Desde que obtivesse o que queria, dava-
me por satisfeito. Mas, está claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas
passaram a tratar-me de igual maneira.
Cresci um pouco e de certa feita me apercebi de que a situação era
desconfortável e me preocupei sem, entretanto, saber como me modificar.
O aprendizado me foi dado em um domingo em que fui, com meus pais e meus
irmãos, passar o dia no campo.
Corremos e brincamos muito até que, para descansar um pouco, dirigi-me para
a margem do riacho que coleava entre um pequeno bosque e os campos. Ali encontrei
uma coisa que parecia uma pedra capaz de andar. Era uma tartaruga. Examinei-a com
cuidado e quando me aproximei mais o estranho animal encolheu-se e fechou-se
dentro de sua casca. Foi o que bastou. Imediatamente pretendi que ela devia sair e,
tomando um pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça.
Mas os meus esforços resultavam vãos e eu estava ficando, como sempre, impaciente
e irritado. Foi quando meu pai se aproximou de mim.
Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de
cócoras junto a mim, disse calmamente:
— Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo
que fique um mês cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz. Venha comigo e
traga o bichinho.
Acompanhei-o e ele se deteve perto na fogueira que havia acendido com
gravetos do bosque. E me disse:
— Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno
e agradável.
Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga
pôs a cabeça de fora e caminhou tranquilamente em direção a mim. Fiquei muito
satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando:
— Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas
procure nunca empregar a força.
O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o
que queremos, sem que se aborreçam conosco e até, pelo contrário, com satisfação e
espontaneidade.
Autor Desconhecido

Versículos do capítulo 6 do livro de Efésios da Bíblia.


Filhos e pais

1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),
3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.

ATIVIDADES

1. É difícil obedecer aos pais? Por quê?


2. Na prática, quando é que os filhos desrespeitam os seus pais?
3. Fale sobre o dom da paciência. Relate um caso real.
4. Escreva um agradecimento a seus pais ou responsáveis pelo que eles têm feito
por você.
Texto 2: EU NÃO O CONHECI

Meu filho foi embora e eu não o conheci. Acostumei-me com ele em casa e me
esqueci de conhecê-lo. Agora que sua ausência me pesa é que vejo como era
necessário tê-lo conhecido.
Lembro-me dele. Lembro-me em bem poucas ocasiões.
Um dia, na sala, ele me puxou a barra do paletó e me fez examinar seu
pequeno dedo machucado. Foi um exame rápido.
Uma outra vez me pediu que lhe consertasse um brinquedo velho. Eu estava
com pressa e não consertei. Mas lhe comprei um brinquedo novo. Na noite seguinte,
quando entrei em casa, ele estava deitado no tapete, dormindo e abraçado ao
brinquedo velho. O novo estava a um canto.
Eu tinha um filho e agora não o tenho mais porque ele foi embora. E este meu
filho, uma noite, me chamou e disse:
—Fica comigo. Só um pouquinho, pai.
Eu não podia; mas a babá ficou com ele.
Sou um homem muito ocupado. Mas meu filho foi embora. Foi embora e eu
não o conheci.
Osvaldo França Júnior http://pensador.uol.com.br/frase/NzQ1Njkx/

ATIVIDADE

1) Escreva um texrto sobre experiências de aprendizado que você adquiriu na


convivência familiar:
Texto 3: O fazendeiro e seus filhos

Um rico fazendeiro, sentindo próxima a sua morte, chamou seus filhos e lhes
falou em segredo:
- Não vendam estas terras que herdamos de nossos antepassados, nelas existe um
tesouro escondido. Eu não sei onde, mas com coragem vocês o encontrarão; vocês
vão conseguir. Remexam todo o campo, não deixem de cavar nenhum lugar, até onde
a mão alcançar.

Quando o pai morreu, os filhos começaram a cavar, aqui, ali, por todo lugar; e no ano
seguinte eles tiveram uma grande colheita.
Riqueza escondida não havia. Mas o pai foi sábio, ao mostrar-lhes, antes da
sua morte, que o trabalho é um tesouro.
Jean de La Fontaine
http://ensinoreligiosoemdestaque.blogspot.com.br/2012/07/texto-e-atividade-2.html

ATIVIDADES

1) Que tipo de trabalho a família realizava?


2) O que o fazendeiro, além da terra, deixou de herança para os filhos?

Texto 4: A Tigela de Madeira

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora


e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do
velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus
passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos
trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na
hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e
caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era
derramado na toalha da mesa.
O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. –“Precisamos tomar uma providência
com respeito ao papai”, disse o filho. –“Já tivemos suficiente leite derramado, barulho
de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o
avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com
satisfação.
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa
tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, ás vezes
ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam
eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair no chão.
O menino de quatro anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do
jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de
madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: -“O que você está fazendo?”
O menino respondeu docemente: - “Oh, estou fazendo uma tigela para você e
mamãe comerem, quando eu crescer.” O garoto de quatro anos de idade sorriu e
voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos.

Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado
nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas
mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus
dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a
esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou toalha
da mesa sujava.. Reflexão

De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim
pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor. Aprendi que se pode
conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso,
uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se
embaraçaram.
Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você
sentirá falta deles quando partirem. Aprendi que “saber ganhar” a vida não é a mesma
coisa que “saber viver”.
Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance. Aprendi que a vida não é
só receber, é também dar. Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir.
Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no
trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.
Aprendi que quando decido algo com o coração aberto, geralmente acerto. Aprendi
que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para os outros. Aprendi que
diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque
humano
– segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável
nas costas.
Aprendi que ainda tenho muito que aprender. Aprendi que você deveria passar esta
mensagem para todos os seus amigos, às vezes eles precisam de algo para iluminar
seu dia. As pessoas se esquecerão do que você disse... Esquecerão o que você fez...
Mas nunca se esquecerão como você as tratou.
Autor Desconhecido
http://www.miniweb.com.br/cantinho/infantil/38/Estorias_miniweb/tigela_madeira.html

ATIVIDADES
Responda
 Como você tem tratado seus pais?
 Se você tivesse um filho daria a mesma atenção e educação que
seus pais lhe deram ou o que faria de diferente?
 Complete a frase: “Posso colaborar para uma boa convivência em
casa, na escola e com meus vizinhos se eu for mais...........................”.

1.1 - A importância da família na formação religiosa

Texto 1: A importância da família

Para os cristãos, e também para muitos adeptos de


outras religiões, como muçulmanos, judeus e hindus, a família
representa uma das uniões mais vitais. É da família bem
estruturada e amorosa que provém a força necessária para que
o indivíduo se faça pessoa de bem, segura e consciente de seus
direitos e deveres na sociedade.
No último século, porém, diversas críticas foram feitas à
família. Muitos consideram-na uma instituição autoritária e
repressora do indivíduo. Alega-se que a família quer exercer
controle sobre a pessoa, impedindo-a de realizar-se livremente e ser feliz.

Há dois fatores a serem analisados nesta questão. Por um lado, essa felicidade
que as pessoas do mundo atual querem é muitas vezes um prazer egoísta. É fazer o
que se quer sem ter de dar satisfações a ninguém. A vida em família envolve
preocupação com o outro, responsabilidade, cuidado e também por vezes ceder aos
próprios desejos em prol da convivência familiar e da boa harmonia entre todos. O
homem e a mulher contemporâneos não aceitam bem isso, porque a sociedade de
consumo prega uma ideia de prazer absoluto, sem compromisso nem preocupação
com ninguém.
Por outro lado, é verdade que a família às vezes é autoritária e não respeita as
opiniões, os gostos e as vocações dos indivíduos. Houve época (e ainda há religiões
em que isso acontece) em que os pais escolhiam com quem os filhos iriam casar-se ou
que profissão deveriam seguir.
A melhor proposta é aprendermos a viver numa família democrática, na qual
todos possam expressar-se livremente e ainda assim ser amados e respeitados. Mas,
sobretudo, que todos se preocupem com todos, que haja união e alegria de estarem
juntos e que a família possa ser o refúgio e o aconchego para o homem, a mulher, a
criança, o idoso e o jovem.

É preciso revalorizar a família. Muito da insegurança, da depressão e da solidão que


vemos no homem e na mulher contemporâneos vêm do esfacelamento dos laços familiares.
Existem os lares desfeitos e as pessoas que moram sozinhas, mas, ainda que a família
more junto, existem casos em que fica cada um num canto, ninguém sabe do outro. Muitas
vezes pai, mãe, filhos e avós mal se veem e mal conversam entre si. A desculpa é que a
vida é corrida, que há muito trabalho e é preciso cuidar da sobrevivência. Mas de que
adianta sobreviver sem amor? Trabalhar para usufruir sozinho? Ganhar dinheiro, viajar,
consumir sem ter alguém para compartilhar?
Autor Desconhecido

ATIVIDADES
Com quem você mora? Como está a sua família? Está bem ou passando por problemas? O
que você proporia para resolvê-los? Você se sente feliz nela? O que você pode fazer para
melhorá-
ATIVIDADE EXTRA

1) Faça um breve relato sobre você durante a pandemia, como está sendo sua convivência com sua família
durante esse período difícil no qual estamos?

Você também pode gostar