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Será então que a filosofia é algo vago, complexo de difícil definição? Ou será antes que
filosofia diferentemente de outros tipos de saber, esta intimamente ligada a quem a
pratica, ao filosofo que a produz, que lhe imprime a marca da pessoa que ele é, das
aspirações que traz dos problemas que o preocupam? E assim Paul Nizan tem razão
quando diz “ como há trinta e seis mil espécies de filósofos, há outras tantas espécies de
filosofias “.
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Shophia – conhecimento, sabedoria
O filosofo não é o Shopos ( o sábio, o perito) , mas apenas aquele que ama o saber. A
filosofia seria , no entanto, a amizade pelo saber. Não a posse do saber, mas a sua
busca, a sua demanda. Assim, da própria analise etimológica conclui-se que a
filosofia não é algo de dado, antes que se procura. No próprio conceito estaria
implícita uma atitude.
Por exemplo, segundo Karl Jaspers” Filosofar é estar a caminho”.
3. A abordagem do conceito de filosofia pelo seu objecto
Segundo Ortega Gasset “O filosofo situa-se diante do seu objecto em atitude diversa
de qualquer outro conhecedor: o filosofo ignora qual é o seu objecto e dele sabe
apenas: primeiro, que não é nenhum dos demais objectos; segundo, que é um
objecto integral, que é o autentico todo, o que não deixa nada de fora e, por isso, o
único que se basta”.
Da afirmação acima, fica claro que existe uma dificuldade em encontrar, com nitidez, o
objecto da filosofia. A filosofia não traça as suas fronteiras com absoluta nitidez, pois
qualquer ponto de partida pode ser valido para iniciar uma tentativa de organização do real,
de compreensão da nossa situação no mundo.
A filosofia ambiciona fazer sínteses e nesse aspecto contrasta com a atitude científica, que é
analítica, que abdica das visões de conjunto. A filosofia estuda o real do ser enquanto ser;
não deixa nada de fora.
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aceitam como critério a racionalidade, a filosofia vai mais longe no repensar daquilo que
a razão produz. É uma tomada de consciência profunda de uma realidade vivida/
pensada, é uma procura de fundamentos para o real, que se coloca a partir de um
sujeito que se interroga e que o interroga, nunca deixando de ocupar um papel de
relevo, colocando-se como o elemento central que organiza u discurso. A filosofia parte
do homem e das suas preocupações.
Questões
AULA 02
A ATITUDE FILOSOFICA
Segundo Rene Descartes “ viver sem filosofar é na verdade ter olhos fechados sem
nunca se esforçar por os abrir”.
Estar parado, ter olhos fechados remete para uma atitude do homem que aceita
passivamente as coisas, sem critica, sem aprofundamento, que vive embalado num
sono dogmático, que é a atitude daquele que parte de certezas previas, que se
submete a certos princípios sem os discutir, que prefere a formula, o definitivo, o
completo e se julga possuidor da verdade ou não posse de certezas que não
admitem duvida.
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A aceitação do imediato, do mais fácil, do mais cómodo, caracteriza a atitude do
homem parado, do que tem olhos fechados.
O filofoso deve saber pensar, saber interrogar e saber agir. Saber pensar implica uma
atitude frente a toda a existência que se tem de expressar numa reflexão, que é
vontade de certeza, de ordenação de ideias, juízos e raciocínios. Saber interrogar
assenta na douta ignorância, ou seja, em saber duvidar. Um saber interrogar assente
na duvida produtiva, é caminho aberto para a reflexão.
No entanto, a reflexão so por si não basta para que se atinja uma atitude filosófica
que seja eficaz e beneficie o homem e o grupo onde esta inserido: saber pensar e
saber interrogar completam-se com o saber agir porque o mundo concreto, sendo
importante objecto de reflexão, não pode limitar-se a ser interpretado mas, segundo
as palavras de Marx, necessita de ser transformado.
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EXERCICIOS
O termo injusto aplica-se ao homem que transgride a lei como ao homem que
toma mais do que lhe é devido, o parcial. Por conseguinte, justo significa o que
é lícito e o que é imparcial e injusto, significa o que é ilícito e o que é parcial.
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apenas censurável a quem seja mau, de péssimo carácter; é censurável a
todos, a lei olha apenas para a natureza do dano.
A justiça só existe quando existirem duas partes iguais. Não será justo que um
homem bom cometa adultério ou roube pela primeira vez. Este acto não será
apenas censurável a quem seja mau, de péssimo carácter, será censurável a
todos.
Alias, a nossa justiça não prima pela retribuição e reciprocidade ( vide fins das
penas- Eduardo Coreia, Direito criminal)
TPC
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