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Complexo Cultural Caça Talentos.

Data: ____/____/______ Turma: 7º ano


Professora: Inês Cristina Aluno(a):_____________________________
ENSINO RELIGIOSO – 2º TRIMESTRE
2- A OPÇÃO POR DEUS
2.1 O projeto de Deus
Texto 1: Texto 1: A Cruz, símbolo e sinal do amor de Cristo por nós
Era professor de natação. Certa noite, não conseguia dormir. Eu morava perto do ginásio e
como eu tinha a chave do ginásio para lá me dirigi. Fui até a piscina para nadar. Não acendi a luz
porque conhecia bem o lugar. Lá do céu, numa noite até agradável a lua cheia brilhava através do
teto de vidro iluminando o recinto.

Subi a escadinha do trampolim. Fiquei fazendo exercício de respiração. Fui até a ponta. Abri
meus braços. Fechei os olhos. Assim fiquei por uns tempos. Quando abri os olhos, reparei que
meu corpo fazia uma grande sombra na parede em frente. Com os braços abertos, a silhueta de
meu corpo formava uma magnífica cruz.
Em vez de saltar, fiquei parado contemplando aquela imagem... Nesse momento pensei na
cruz de Jesus e em seu significado.

Relembrei minha vida. Eu era cristão, e quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na
cruz para nos salvar. Mas tudo isso já havia passado. Agora se colocava só como uma lembrança
antiga embora boa.

Não sei por quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos em
forma de cruz. Pensando. Pensando.
Eu não mergulhei na piscina, como fazia sempre. Afastei-me do trampolim, desci a
escadinha. Ia embaixo mergulhar na água. Movi minha perna direita para tocar na superfície da
água para quebrar um pouco o frio da água. Não consegui... Desci mais.
Também não. Só então percebi que haviam esvaziado a piscina naquela tarde. E eu nem
havia percebido!
Tremi todo e senti um calafrio percorrer toda a minha espinha. Meu coração começou a
disparar em meu peito.

Se tivesse saltado naquela noite, teria sido meu último salto.


Voltei para casa ainda impressionado. A imagem da cruz que minha figura compôs à luz do
luar, havia salvado minha vida.

Fiquei muito agradecido a Deus, que por me amar permitiu que eu continuasse vivo.
Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas meu espírito também
precisava ser salvo. Eu que há tanto tempo estava afastado de Deus.

Aquela noite foi o início de um retomo para a vida religiosa.


Monsenhor Paulo Daher

PAZ E BEM!!!!
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Data: ____/____/______ Turma: 7º ano
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ENSINO RELIGIOSO – 2º TRIMESTRE
2- A OPÇÃO POR DEUS
2.1 O projeto de Deus

Texto 2: Senhor Deus, enfim, te encontro

Um dia me perguntaram se em Deus eu acreditava. Eu não lhes respondi da maneira que eu


pensava: “Entre a lua e as estrelas, num galope, num troféu, pisando nas nuvens brancas, eu vi
Deus passar no céu...”
Todo dia existe Deus num sorriso de criança, no canto dos passarinhos, num olhar, numa
esperança... Na harmonia das cores, na natureza esquecida, na fresca aragem da brisa, na
própria essência da vida. No regato cristalino, pequeno servo do mar, nas ondas lavando as
praias, na clara luz do luar.

Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas, na amplidão do universo, no simples


prazer de vê-las. Nos segredos desta vida, no germinar da semente, nos movimentos da Terra,
que gira incessantemente.

No orvalho sobre a relva, na passarada que canta, no cheiro que vem da terra e no sol que se
levanta. Nas flores que desabrocham, perfumando a atmosfera, nas folhas novas que brotam,
anunciando a primavera.

Deus é a Paz, a Esperança, é o alento do aflito, é o criador do universo, da luz, do ar, do


infinito. Deus é a justiça perfeita, que emana do coração: ao perdoar quem O ofende, ele é o
próprio perdão. Será que você não viu o rosto calmo de Deus, no colorido mais belo dos olhos
dos filhos seus?
Eu sei que não me enganei em tudo que lhes dizia: Deus é a paz, é o amor, Deus é a eterna
poesia. Deus é constante, é perene, é divino de tal sorte, que sendo a essência da vida, é o
descanso da morte.
Não há ida sem volta, e nem há volta sem ida. A morte não é a morte, é só a porta da vida. No
ciclo da natureza, nesse ir e vir constante, no broto que se renova, na vida que segue adiante.

Em quem semeia a bondade, em quem ajuda o irmão, colhendo felicidade, cumprindo a sua
missão. No suor de quem trabalha, no calor duro da mão, no homem que planta o trigo, no trigo
que faz o pão.

VOCÊ PODE SENTIR DEUS PULSAR EM SEU CORAÇÃO.


Otávio e Roberto Barbosa

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ENSINO RELIGIOSO – 2º TRIMESTRE


2- A OPÇÃO POR DEUS
2.2 A falsa idolatria
Sagrado significa santo, separado, especial. É algo ou alguém que incentiva nossa vida
sempre para o melhor. É como um pensamento ou sentimento que nos anima a caminhar sempre
para frente.
Texto 1: Religião e forma de ver e viver bem

Todas as religiões apresentam o lado da vida que não vemos, mas que mostram um Ser
Superior que cuida de nós. E o percebemos em todos os momentos de nossa vida. Isto quando
estamos ocupados com o que precisamos para manter nossa vida. Mas também em momentos
em que olhando para dentro de nós mesmos ocupamos pensamentos e sentimentos em Alguém
que pensa em nós e cuida de nós.
Por outro lado, quando idolatramos ou adoramos coisas passageiras, como bens materiais,
artistas ou modismos, desrespeitamos a santidade das coisas sagradas e violam- as regras
religiosas.
A manifestação do espírito religioso

A vida religiosa começa quando nós aceitamos a presença de um Ser Superior que quer
participar de nossa vida.
As três grandes religiões monoteístas (que acreditam num só Deus): judaísmo, cristianismo e
islamismo, consideram sagrados e dignos de respeito alguns lugares, templos e pessoas. Seus
seguidores se reúnem nestes lugares sagrados para suas celebrações religiosas, comemorando
suas datas especiais.

Como o Ser Superior (ou Deus) se comunica às pessoas


Os judeus e cristãos encontram no livro Sagrado da Bíblia que Deus cria o ser humano à sua
imagem e semelhança (Gn 1,26). Isto significa também para as grandes religiões que cada
pessoa é única e participa do caráter sagrado da vida divina.
Por isso mostram o aspecto sagrado do ser humano e afirmam que todos os indivíduos devem
ser respeitados e convivam em paz.
Devemos respeitar as pessoas e seus direitos como seres humanos mesmo com suas
diferenças culturais, religiosas, origem ou condição social.

Vivemos entre seres humanos que merecem ser sempre respeitados


A maneira de manter nosso relacionamento com o Ser Superior está ligada, pois ao nosso
bom relacionamento com as pessoas. Na Bíblia dos cristãos e nos livros sagrados das religiões
só estará unido ao Ser Superior se se aceitar conviver bem com todos.
Vida humana iluminada pela presença do divino

Quem tem fé e acredita em Deus, transforma toda a sua vida. Sua maneira de viver não deve
só ser vista pela forma como participa de celebrações religiosas (orações, cultos). Claro para isso
há lugares próprios para esses momentos. São os templos ou lugares especiais ou momentos
(datas) para essas ações sagradas.
Mas a maneira de pensar, sentir e agir segue o que o espírito religioso pede de cada um. Se
tenho fé em Deus e numa vida superior e eterna (como aceitam os cristãos) o meu dia será
conduzido por tudo que ouço e aprendo como orientação de minha fé. Isso comigo mesmo, em
minha família, no exercício de minha profissão e na sociedade.
Quem tem religião e quem não tem religião deve respeitar a maneira de viver do outro.
Respeitamos a maneira de falar das várias regiões, a maneira de vestir, os hábitos, as diferenças
das raças e línguas. Devemos também respeitar as diferenças na fé, na vida religiosa, naquilo
que não ofende ninguém, nem prejudica a vida dos outros.

Adaptado INCONTRI, Dori & BIGHETO, Alessando César. Todos os jeitos de crer: ensino
inter- religioso. v.1, v. 2, v.3. São Paulo: Ática, 2004.
ATIVIDADES

Reflita
A educadora e filósofa Tânia Zagury realizou uma pesquisa sobre a adolescência e sua
relação com a escola, a família, a religião, o sexo, a política. Em sete capitais e nove cidades do
interior do Brasil, fez diversas perguntas aos próprios adolescentes.
Imagine que você foi entrevistado pelos pesquisadores de Tânia Zagury. Responda em grupo
a cada uma das perguntas da pesquisa.

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ENSINO RELIGIOSO – 2º TRIMESTRE


2- A OPÇÃO POR DEUS
2.3 O que é religião?
Texto 1: Religião de costume ou religião de escolha?
Observa-se, hoje, uma grande valorização das diferentes culturas e formas de manifestação
do humano. Vêm se ampliando, também, o reconhecimento e o respeito pelas diferentes religiões
e suas maneiras de vivenciarem e de se relacionarem com o Supremo e o Transcendente. Esse
reconhecimento e valorização da diversidade religiosa têm possibilitado um questionamento maior
em relação à liberdade religiosa e à consequente escolha.

Segundo a Constituição brasileira, cada indivíduo tem direito à livre escolha de sua religião.
Como é entendido, o respeito pela denominação religiosa e o poder religioso sobre os sujeitos
são influências que interferem na liberdade religiosa de cada um. Esta liberdade se vê vinculada a
uma série de preceitos e doutrinas. Muitos desses sujeitos ainda não sabem como lidar com isso.
BONDADE

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem,
ou sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser
ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do
que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.
Nelson Mandela

Estudos atuais sobre os fenômenos religiosos têm fortalecido o conhecimento e o


reconhecimento das diferentes religiões. Esses estudos têm apresentado uma reflexão mais clara
e de muito respeito para com a identidade religiosa de cada sujeito. O surgimento de novas
religiões, o pluralismo religioso, a presença pública das religiões na sociedade vem contribuindo
para o livre arbítrio, compreendendo melhor até mesmo os que se dizem sem religião.
Entre a herança e a liberdade
Sabe-se que, apesar de predominar a religião de costume, no Brasil, existem religiões que
primam pelo ato da escolha. Encontram-se, sobretudo, hoje, denominações religiosas que criam
seus filhos em meio a uma liberdade muito tranquila, possibilitando uma escolha e opção
desejada. Conforme Reginaldo Prandi a religião que se professa hoje já não é aquela na qual se
nasce, mas a que se escolhe. A religião que alguém elege para si, hoje, escolhida de um plural
idade em permanente expansão, também não é necessariamente mais a que seguirá amanhã.

Segundo o padre José Ivo Follmann, estudioso em Ciências das Religiões, existem quatro
tipos de religião:

1) religião de herança vivida como um costume ou tradição;

2) religião de herança, mas assumida em seu conteúdo fundamental através de formação,


escolha e consciência;

3) religião de herança, mas onde o sujeito vive numa atitude de abertura e busca, experimentando
outras religiões ou mesmo escolhendo, por opção, outra;

4) sem religião de herança, podendo escolher, ou não, a sua religião na fase adulta.

Muitas religiões colocam as pessoas numa espécie de "horizonte fechado" desde o


nascimento, não possibilitando alternativas. O indivíduo é marcado pela religião de seus pais e
deve carregá-la consigo até o fim da vida e passá-la adiante. Não fazendo isto, sente-se culpado
e considerado infiel, pois não segue os costumes. A religião de costume tende a se esvaziar no
seu conteúdo e, sem um bom trabalho de formação, acaba limitando a consciência religiosa.

A função do Ensino Religioso

Há casos em que a identidade religiosa é cultivada autenticamente desde o nascimento. Em


algumas religiões de matrizes africanas, os conhecimentos religiosos são passados de pai para
filho, ou seja, na gestação a criança já vai sendo preparada nas futuras obrigações e
responsabilidades religiosas. Na religião Católica, também, os pais procuram batizar seus filhos
logo ao nascer. Como bons religiosos, até a idade adulta são conduzidos a seguir os exemplos
dos pais e mães. São encaminhados sob orientações e costumes religiosos gerais como: ser
batizado, fazer primeira comunhão, receber a crisma, entre outros sacramentos.

Observando as leis e critérios em que cada religião se fundamenta, vemos claramente que os
sujeitos, na grande maioria, nascem num berço já determinado com uma opção religiosa ou por
algum costume religioso. Muitos dão continuidade, mas outros, ao chegarem à idade adulta,
preferem o ato da escolha de sua opção pessoal. Embora haja grande respeito pela tradição
religiosa dos pais, muitos jovens e adultos deixam para trás essa herança, buscando outros
costumes religiosos.

O Ensino Religioso nas escolas é convocado, por lei, a exercer um papel importante em todo o
Brasil. Hoje já há explícita mudança na maneira de ver o Ensino Religioso não mais restrito a uma
determinada orientação religiosa, mas observa-se um grande esforço em apresentar e estudar a
diversidade religiosa nas escolas. Este fato, sem dúvida, contribuirá com a livre escolha e o
respeito por todos os costumes religiosos.

Dessa maneira vemos a grande importância do diálogo com o diferente. O diálogo inter-
religioso é uma prática fundamental na vida de todos os sujeitos. O conhecimento sobre as
diversas religiões e o diálogo ajuda a fortalecer a identidade religiosa, além de possibilitar grande
estímulo para a religião de escolha. Aqueles que vivem a sua religião só por costume ou tradição
acabam não tendo coragem de dialogar sobre ela, perdendo a oportunidade de conhecer e
aprender a respeitar a dos outros.

Adevanir Aparecida Pinheiro, coordenadora dos projetos no Programa Gestando O Diálogo


Inter- Religioso e o Ecumenismo, da Unisinos em São Leopoldo, RS. Mundo Jovem. Junho/2006.

ATIVIDADES
1.Em que medida a família influencia na escolha da religião?

2.A liberdade de escolha religiosa entre os jovens pode levar a uma opção de interesse e
não de compromisso?
3.Em que medida e em que oportunidade os jovens estão estudando e debatendo a
questão religiosa para uma opção consciente e fundamentada?
4.Escreva perguntas e curiosidades que você tem sobre religião:

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2- A OPÇÃO POR DEUS


2.3 O que é religião?
Texto 2: Os significados da palavra religião
Retomar a ligação com Deus

Não há acordo entre os estudiosos da religião sobre a etimologia da palavra "religião". Muitos
afirmam que ela vem do termo latino religio, que por sua vez deriva do verbo religare. Neste
sentido, religião é o conjunto de vínculos que nos religam a Deus.

O ser humano, de acordo com essa concepção de religião, é alguém que se separou de Deus.
A religião serviria para nos ligar novamente a Deus.

Ler os livros divinos

Outros estudiosos afirmam que a palavra religião deriva do verbo relegere, que significa "reler".
Deus se manifesta à humanidade por meio da palavra. A pessoa religiosa deve ler e reler os
textos sagrados para entender o plano de Deus e, a partir daí, reorientar sua vida.

A reeleição de Deus

Há ainda aqueles que consideram que o termo religião está relacionado a reeligere, que
significa "reeleger". Nesta acepção, os homens e as mulheres são vistos como seres que sempre
pecam. Mas apesar disso, depois do pecado que nos separa de Deus, queremos voltar a ele.
Portanto, reelegemos Deus para dirigir nossa vida.

Relação com Deus, a realidade suprema

Santo Tomás de Aquino, filósofo do século XIII, resume todas essas definições na palavra
relação. Para Santo Tomás, religião é a relação dos seres humanos com Deus.

Uma definição bastante aceitável de religião, hoje, é: "a aceitação de uma realidade suprema
que dá sentido a tudo, à vida, ao mundo e à história".

A partir dessa definição é possível classificar as religiões que existem.

Classificação das religiões

É possível classificar as religiões de diversas formas. Aqui, vamos usar a mais simples, que divide
as religiões em:
Literárias: baseiam-se em geral na palavra, em um texto. Essa é a forma como os deuses
dessas religiões se revelam.

O cristianismo, o judaísmo e o islamismo são os exemplos mais evidentes de religiões


reveladas. A Bíblia, a Torá e o Corão são, respectivamente, seus livros sagrados.

Não-literárias: não possuem um texto com revelações e dogmas, pois baseiam-se sobretudo na
tradição. Os deuses dessas religiões são em geral elementos da natureza ou do próprio cosmo.

As crenças e preceitos das religiões não-literárias são transmitidos oralmente, de geração a


geração.

SCHNEIDERS, Amélia & CORREA, A. Avelino. De mãos dadas: educação religiosa. São
Paulo: Scipione, 1997.

Reflita

Há um ditado popular que afirma: "Gosto e religião não se discute".

· Converse com três pessoas e anote suas opiniões a respeito desse ditado.

· Depois, compare suas anotações com as de alguns colegas e, em grupo, elabore um texto
sobre o assunto.

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2.3 O que é religião?
Texto 3: Religiosidade e Religião
Religiosidade é própria ao ser humano, isto significa que ele nasce com esta dimensão.
A religiosidade pode ser desenvolvida de uma forma positiva a partir da educação ou formação
do senso ético. Essa educação pode acontecer principalmente na família e na comunidade
religiosa. Se refere a uma das forças mais profundas de movimentação humana e intensa busca
pelo sentido de tudo que nos cerca.Trata-se de uma percepção e uma conexão com a Vida que
procura captar, fruir e proteger tudo aquilo que ultrapassa a materialidade e imediaticidade do
Mundo.

Religião significa religação do ser humano consigo mesmo, com os outros, com a natureza,
com o sagrado e com o transcendente. É a maneira concreta de vivenciar o sentimento religioso
por meio das práticas religiosas ou espiritualidades, dos ritos ou cerimônias, símbolos, textos
sagrados e normas éticas de conduta.
Muitas religiões contribuem para a humanização das sociedades humanas quando buscam
ajudar as pessoas a serem felizes e solidárias umas com as outras, bem como, quando
promovem a defesa da vida, do bem comum, da justiça, da paz, da fraternidade e do respeito
entre todos os povos.
A religião faz parte da vida de muitas pessoas, sendo um valor importante para elas. Todas as
pessoas, não importa a religião que professam, merecem nosso respeito e consideração.
Adaptado de Borres Guilouski
CORTELLA, Mario Sergio. Educação, Ensino Religioso e formação docente. In. SENA, Luzia
(org.) Ensino Religioso e formação docente: ciências da religião e ensino religioso em diálogo.
São Paulo: Paulinas, 2006.

ATIVIDADES
1) O que é religião? E religiosidade?
2) Como as religiões podem contribuir para a humanização das sociedades humanas?
3) Você conhece ou frequenta alguma religião ou igreja? Cite um ensinamento importante
desta religião ou igreja que ajuda as pessoas serem mais éticas:
4) Reflita: o desamor, a intolerância e outros males estão relacionados à falta de re
ligiosidade?
5) O que é compaixão?

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2- A OPÇÃO POR DEUS


2.4 Como surgiram as religiões
Texto 1: Como surgiram as religiões

Não se conhece uma época ou civilização que não tenha religião. Ao longo do Paleolítico -
período que se iniciou há dois milhões de anos e terminou há dez mil anos - o homem pré-
histórico elaborou formas de lidar com o desconhecido que revelam que ele acreditava num
mundo sobrenatural e em poderes mágicos. Há pelo menos duas evidências sobre isso:
A primeira são os desenhos que os primeiros humanos faziam nas cavernas, que era uma
forma de lidar com o desconhecido.

A outra evidência é o sepultamento dos mortos, mais uma indicação de que a crença na
existência de um mundo transcendental surgiu com o próprio ser humano.
O homem de Neanderthal, há cem mil anos, também manifestava preocupação com o que
haveria além da morte. Quando sepultavam alguém, os neandertaloides punham junto objetos
que o morto pudesse precisar na outra vida.
Há também algumas pinturas em pedra que expressam a preocupação do homem pré-histórico
com o além.
O pastoreio, a agricultura e as religiões
As condições de vida no Neolítico, há 10 mil anos, fazem surgir dois tipos de religião:

O primeiro é a religião dos povos pastores, que de um modo geral, acreditavam na


existência de deuses celestes. Lá do céu os deuses-astros acompanhavam a procura e a
localização dos pastos férteis para os animais. Escutar e interpretar os sinais do céu era vital para
esses povos. Os sinais divinos, que passaram a ser anotados, iam se transformando num texto.
Daí a importância da palavra, característica das religiões de origem pastoril.
O segundo tipo de religião é a dos povos agrícolas. Eles acreditavam que os deuses eram a
própria natureza e que os ciclos das estações e a fertilidade da terra eram manifestações divinas.
A dependência dos fenômenos naturais fez com que valorizassem e transmitissem cada
aprendizado sobre os desígnios da natureza. Por conta disso, a tradição se transformou no valor
fundamental das religiões desses povos.
Autor desconhecido
ATIVIDADES
1.Podemos afirmar que o homem pré-histórico acreditava na existência de um mundo transcendental?

2.Explique como os povos pastores construíram seu sistema de crenças.

3.Em que os povos agrícolas se basearam para expressar sua religiosidade?

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2.4 Como surgiram as religiões
Texto 2: Religiões e seitas no mundo

Religiões existem milhares, de acordo com o seu próprio jeito de reverenciar uma divindade
e de se posicionar no mundo, receberão nomes diferentes e seguidores próprios. Vejamos
algumas das principais religiões e seitas no mundo:

Afro-tradicionais - religião tradicional do continente africano. Tem como principal


característica a ausência de um livro sagrado, baseando-se em mitos e rituais que são
transmitidos oralmente. Suas crenças e costumes têm mais a ver com a experiência diária do que
com princípios morais de salvação espiritual. Apesar de se acreditar em um Deus supremo, é
dada uma atenção maior a espíritos secundários, principalmente espíritos ancestrais, líderes
ligados a algum clã ou tribo. Com a colonização europeia, iniciada no século XVII, o contato com
o islamismo e o cristianismo alterou algumas concepções das religiões africanas tradicionais,
ocorrendo o sincretismo religioso, ou seja, a mistura de uma religião com outra. No Brasil as
religiões afro-brasileiras organizaram-se nas últimas décadas do século XIX, no período final da
escravidão. Estas formaram-se em diferentes regiões e estados do Brasil e em diferentes
momentos históricos. Como exemplos delas, temos o candomblé e a umbanda.

Budismo - religião fundada por Siddharta Gautama - o Buda - na Ásia Central, por volta de
563-483 a.C., surgindo a partir do hinduísmo como um caminho individual para a salvação.
Segundo o budismo, todas as ações têm consequências, o princípio propulsor por trás do ciclo
nascimento-morte-renascimento são os pensamentos do homem, suas palavras e seus atos
(carma). Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria
mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o
entendimento da realidade última - o Nirvana.

Catolicismo – Desde os primórdios do cristianismo, os cristãos ocidentais eram chamados de


católicos e os cristãos orientais de ortodoxos. Entende-se, então, que a Igreja Católica é o
conjunto de igrejas que estão em comunhão com o Papa; e a Igreja Ortodoxa é o conjunto de
dioceses do Oriente cujo chefe espiritual é o Patriarca Ecumênico de Constantinopla (título
simbólico, pois as igrejas ortodoxas são independentes). A Igreja Católica Apostólica Romana
abarca o maior número de cristãos no mundo e apresenta uma rígida estrutura organizacional e
hierárquica. Possui 7 sacramentos (sinais visíveis de que Deus concede sua graça aos humanos):
batismo, crisma, eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio.

Confucionismo - doutrina ética e política, fundada por Confúcio (551-479 a.C), que por mais
de dois mil anos constituiu o sistema filosófico dominante da China. Seu pensamento consiste em
definir as relações humanas individuais em função das instituições sociais, principalmente família
e Estado. Na verdade, o confucionismo e o taoísmo tiveram predominância na educação e na vida
intelectual da China, enquanto o budismo exerceu importante influência na vida social.

Espiritismo/ Kardecismo – consiste num sistema filosófico-religioso cujo eixo principal é a


crença na reencarnação. A designação kardecismo deriva do pseudônimo Allan Kardec, adotado
pelo teórico da doutrina espírita francesa Leon Hipolyte Denizard Rivail (1804-69). Graças ao
mandamento do amor, os mortais podem contar, em seu processo de purificação e evolução, com
a ajuda e as orações dos espíritos de luz já desencarnados, sujeitos também eles à norma ética
máxima do kardecismo, a caridade.

Protestantismo – é um dos grandes ramos do Cristianismo, surgido da Reforma Protestante


ocorrida na Europa, no século XVI. Inicialmente, a partir da Reforma, surgiram as igrejas Luterana
e Reformada, mas que ao longo dos tempos foi frutificando em novas igrejas e denominações
como os batistas, metodistas, calvinistas, presbiterianos, pentecostais, entre outros (alguns
denominados genericamente de evangélicos). Devido a essas divisões as formas de composição,
estrutura, doutrinas, práticas e culto também podem diferir entre si. De forma geral, a Palavra de
Deus, a Bíblia (organizada diferentemente da Bíblia católica), é amplamente estudada e seguida.

Hinduísmo - religião professada pela maioria dos povos da Índia. Cultua muitos deuses e
deusas e seus seguidores acreditam na reencarnação e na união com o Deus supremo - Brama -
pela libertação espiritual. Os hinduístas têm rituais diários obrigatórios e os não-obrigatórios, mas
de enorme valor para eles, como a peregrinação a lugares sagrados: rio Ganges, por exemplo.

Islamismo - religião fundada por Maomé (570-652 d.C); do islã, muçulmana. Afirma a
existência de um único Deus - Alá - e acredita que o Cristo foi um grande profeta. Maomé, no
entanto, não é cultuado em si mesmo nem considerado um intermediador entre Deus e os
homens. Para os muçulmanos, sua vida é o ponto máximo da era profética, sendo as leis do
islamismo o cumprimento das revelações anteriores feitas pelos profetas das religiões reveladas,
como o cristianismo e o judaísmo.

Judaísmo - religião do povo hebreu e a partir da qual surgiu o cristianismo. Os judeus esperam
pela vinda de um Messias. Algumas ramificações judaicas (reformistas) creem, no entanto, que a
era messiânica não envolva necessariamente uma pessoa, mas sim que se trate de um período
de paz, prosperidade e justiça na humanidade. O livro sagrado é a Bíblia judaica, equivalente ao
Antigo Testamento, porém organizada de forma diferente. É uma religião intimamente ligada à
história. As narrativas da Bíblia se baseiam numa crença bem definida de que Deus fez uma
aliança especial com o povo hebreu.

Taoísmo - filosofia religiosa desenvolvida principalmente pelo filósofo Lao-tse (séc. VI a.C). A
noção fundamental dessa doutrina é o Tao - o Caminho - princípio sintetizador e harmônico do Yin
(feminino) e Yang (masculino). O acesso ao Caminho se dá pela meditação e pela prática de
exercícios físicos e respiratórios.

Xintoísmo – Antiga religião nacional do Japão. A partir de 500 d.C., o xintoísmo enfrentou dura
competição com o budismo, mas as duas religiões acabaram por influenciar uma à outra. Não há
um fundador, como em outras religiões. A essência desta religião são a cerimônia e o ritual, que
mantêm o contato com o divino. Costuma- se dizer que o xintoísmo possui diversos deuses ou
kamis, que se manifestam sob a forma de árvores, montanhas, rios, animais e seres humanos. O
culto aos espíritos naturais e ancestrais sempre foi fundamental para o xintoísmo. 4 elementos
estão sempre presentes nas cerimônias: purificação, sacrifício, oração e refeição sagrada.

GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000.

Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos

“Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência, religião; este direito inclui a
liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo
ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em
particular.”
Segundo o artigo 5º, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”

ATIVIDADES:

1.Quais das religiões citadas você conhece?


2.Você gostaria de conhecer o sistema de crenças de alguma outra religião que não a sua?
Qual?
SCHNEIDERS, Amélia & CORREA, A. Avelino. De mãos dadas: educação religiosa. São Paulo,
Scipione, 1997.

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2- A OPÇÃO POR DEUS


2.4 Como surgiram as religiões.

Texto 3: As Principais Religiões

RELIGIÕES NO MUNDO
Ranking Geral das RELIGIÕES no mundo
Cristianismo

1º lugar: Islamismo – 1,314 bilhão de adeptos

2º lugar: Catolicismo – 1,119 bilhão de seguidores


3º lugar: Hinduísmo – 870,1 milhões de praticantes
4º lugar: Sem religião – 768,6 milhões

5º lugar: Cristianismo Independente (Pentecostais e Neopentecostais) – 426,7 milhões de fiéis


6º lugar: Religiões Populares Chinesas (combinação de crenças taoístas, xintoístas e budistas
com divindades locais, comum em províncias do interior da China) – 405 milhões de seguidores

7º lugar: Budismo – 378,8 milhões de adeptos


8º lugar: Protestantismo (Reformados e Históricos) – 358 milhões de praticantes

9º lugar: Animismo e Xamanismo – 256,3 milhões de praticantes


10º lugar: Cristianismo Ortodoxo – 219,5 milhões de fiéis
11º lugar: Ateísmo – 151,6 milhões

12º lugar: Novas religiões orientais (movimentos sincréticos, neobudistas e neoxintoístas) – 108,1
milhões de seguidores
13º lugar: Anglicanismo – 79,7 milhões de adeptos

14º lugar: Cristianismo de Fronteira (Mórmons, Adventistas e Testemunhas de Jeová) – 51,9


milhões de seguidores
15º lugar: Siquismo (oriundo do Hinduísmo) – 25,4 milhões de adeptos

16º lugar: Judaísmo – 15,1 milhões de fiéis


17º lugar: Crenças espíritas (religiões africanas, afro-brasileiras e espiritismo) – 13,1 milhões de
adeptos
18º lugar: Bahaismo (oriundo do Islamismo) – 7,6 milhões de seguidores 19º lugar: Confucionismo
(China) – 6,5 milhões de praticantes
20º lugar: Jainismo (oriundo do Hinduísmo) – 4,6 milhões de adeptos
21º lugar: Espiritismo Kardecista (Allan Kardec – França) – 3,7 milhões de seguidores
22º lugar: Xintoísmo (Japão) – 2,8 milhões de praticantes

23º lugar: Taoísmo (China) – 2,7 milhões de fiéis


24º lugar: Zoroastrismo (surgida na antiga Pérsia) – 2,6 milhões de seguidores

http://ccbnovascriaturas.forumeiro.org/
http://www.lideranca.org/cgibin/index.cgi?action=forum&board=atualidades&op=display&num=5993
A ideia acima não é que eu e você nos posicionemos com relação a nossa crença e
saibamos quantos "pensam" como nós, mas sim que saibamos quantos (milhares) pensam
de maneira diferente e que precisam ser respeitadas.

"A nossa pode não ser, e com certeza não é, a única verdade." Glauco Tavares
As pessoas se relacionam com Deus de diversas maneiras. Essas formas de relacionar-
se com Deus constituem as distintas religiões existentes no mundo. Algumas são
politeístas, porque admitem a existência de vários deuses; outras são monoteístas, porque
afirmam que só existe um Deus. As três grandes religiões monoteístas são: o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo.

ATIVIDADES:

Teça comentários a respeito das seguintes assertivas:


a)Todas as pessoas possuem uma religião.
b)A religião colabora para que as pessoas tenham esperança e vivam na busca da felicidade.

c)A diferença religiosa afasta as pessoas umas das outras.


d)Uma religião é mais importante que a outra.
e)Através da religião busca-se a harmonia entre os seres humanos, a sociedade e a natureza.

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ENSINO RELIGIOSO – 2º TRIMESTRE
2- A OPÇÃO POR DEUS
2.5 Líderes religiosos
Texto 1: Líderes religiosos
MOISÉS foi, de acordo com a bíblia hebraica, alcorão e escrituras da fé Baha'i, um líder religioso,
legislador e profeta, a quem a autoria da Torá é tradicionalmente atribuída. Ele é o profeta mais
importante do judaísmo, e igualmente reconhecido pelo Cristianismo e Islamismo, assim como em
outras religiões. É o grande libertador dos hebreus, tido por eles como seu principal legislador e
mais importante líder religioso. A Bíblia o denomina "o homem mais manso da Terra" (Números
12:3). Também é considerado um grande profeta pelos muçulmanos. De acordo com a Bíblia e a
tradição judaico-cristã, Moisés realizou diversos prodígios após uma Epifania. Libertou o povo
judeu da escravidão no Antigo Egito, tendo instituído a Páscoa Judaica. Depois guiou seu povo
através de um êxodo pelo deserto durante quarenta anos. Ainda segundo a Bíblia, recebeu no
alto do Monte Sinai as Tábuas da Lei de Deus, contendo os Dez Mandamentos.

SIDDHARTA GAUTAMA (século VI a.C. - c.563 a.C. - c. 483 a.C.), em Kapilavastu, no sopé do
Himalaia, território do atual Nepal. Mais conhecido como Buda, o iluminado. Filósofo, professor e
líder espiritual, fundador do Budismo. Buda (Buddha, que significa "Desperto" , do radical Budh-,
"despertar") é um título dado na filosofia budista àqueles que despertaram plenamente para a
verdadeira natureza dos fenômenos e se puseram a divulgar tal descoberta aos demais seres. "A
verdadeira natureza dos fenômenos", aqui, quer dizer o entendimento de que todos os fenômenos
são impermanentes, insatisfatórios e impessoais. Tornando-se consciente dessas características
da realidade, seria possível viver de maneira plena, livre dos condicionamentos mentais que
causam a insatisfação, o descontentamento, o sofrimento. Para Sidarta Gautama, não há
intermediário entre a humanidade e o divino; deuses distantes também estão sujeitos ao carma
em seus paraísos impermanentes. O Buda é apenas um exemplo, guia e mestre para os seres
vivos sencientes que devem trilhar o caminho por si próprios.

JESUS CRISTO - Jesus (também chamado Jesus de Nazaré) nasceu entre 7–2 a.C e morreu por
volta de 30–33 d.C., é a figura central do cristianismo e aquele que os ensinamentos de maior
parte das denominações cristãs, além dos judeus messiânicos, consideram ser o Filho de Deus.
O cristianismo e o judaísmo messiânico consideram Jesus como o Messias aguardado no Antigo
Testamento e referem-se a ele como Jesus Cristo (Yeshua Ha'Maschiach), um nome também
usado fora do contexto cristão. Jesus foi um pregador judeu da Galileia, foi batizado por João
Batista e crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatos.
ABŪ AL-QĀSIM MUḥAMMAD IBN ʿABD ALLĀH IBN ʿABD AL-MUṭṭALIB IBN HĀSHIM,MAIS
CONHECIDO COMO MAOMÉ (Meca, ca. 6 de Abril de 570 — Medina, 8 de Junho de 632) foi um
líder religioso e político árabe. Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último
profeta do Deus de Abraão. Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta
por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Nascido em Meca, Maomé foi durante a
primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu
trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os
muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um
desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe
ordenou que recitasse os versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido
como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após
sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão. Maomé não rejeitou
completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos
árabes. Em vez disso, declarou que é necessária proteção a estas religiões e informou que tinha
sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido
corrompidos e esquecidos. Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram
a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca,
tendo se mudado para Yathrib (atual Medina).Seguiram-se uns anos de batalhas entre os
habitantes de Meca e Medina, que resultaram em geral na vitória de Maomé e de seus
seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos
da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente todo o território sob o
signo de uma nova religião, o islão.

AGENOR MIRANDA ROCHA, O PAI AGENOR, (Luanda, Angola, 8 de setembro de 1907 — Rio
de Janeiro, 17 de julho de 2004) foi um babalaô da Religião dos Orixás Candomblé. O Professor
Agenor, como era conhecido, foi professor catedrático aposentado do Colégio Pedro II, nas
cadeiras de matemática e latim, cantor lírico (seguindo os passos de sua mãe, o soprano Zulmira
Miranda e babalaô adivinho na referida tradição religiosa candomblé, um dos ocidentais mais
conhecedores da herança e da Cultura afro-brasileira, além de talvez uma das mais respeitadas
personalidades religiosas por todas as lideranças de tradicionais terreiros do Brasil. Agenor
Miranda também foi poeta e musicista. O filme (Brasil, 2001, 93 min.), mostra Pai Agenor em sua
casa no Engenho Novo, subúrbio do Rio de Janeiro, onde figuram desde imagens de São
Francisco e Buda até de Oxalá e outras divindades do candomblé. Suas declarações são
desconcertantes. “A força do candomblé está no sangue verde das plantas e não no sangue
vermelho dos animais”, comenta para condenar os sacrifícios em cultos.

ATIVIDADE: Pesquise sobre o líder da sua religião e compartilhe com os colegas da turma:

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2- A OPÇÃO POR DEUS
2.5 Líderes religiosos
Texto 2: São Francisco de Assis

Francisco era um jovem de família rica. Ele nasceu em 1182, em Assis, na Itália, e faleceu no dia
4 de outubro de 1226. Era esbanjador e tinha fama de gozador.

Em sua juventude, abraçando ideais sociais e de justiça, Francisco lutou para defender o seu
povo e sua igreja, porém ficou doente e começou a entender o que Deus queria para sua vida.
Francisco passou a ajudar os pobres e a viver por eles.

Cantou louvores a Deus, agradecendo pelo Irmão Sol, pela Irmã Lua, pelas estrelas, pela terra,
pelo vento e por todas as criaturas.

Assim como Abraão, Francisco também teve dificuldades para seguir a sua escolha, mas foi
firme, confiante em Deus, e só espalhou a verdade e o amor à vida.

O Inventor do Presépio

Foi Francisco que, nos últimos tempos de sua vida, criou a ideia do presépio para comemorar
o nascimento de Jesus. O historiador Jacques Le Goff conta esta história:

O primeiro episódio é o do Natal de 1223. Francisco atende ao convite de um daqueles nobres


que ficaram impressionados com ele, Giovanni Velita, senhor de Grécio. Vai celebrar o
Nascimento de Cristo em meio a grutas e eremitérios no alto de uma montanha escarpada.

Pede a um amigo da montanha para reconstituir a manjedoura de Belém, de acordo com a


inspiração de sua imaginação poética. "Quero lembrar a criança que nasceu em Belém e ver com
meus olhos carnais as dificuldades de sua infância pobre, como ele dormiu na manjedoura, e
como, entre o boi e o burro, deitaram-no sobre o feno." De todas as partes, na noite de Natal,
homens e mulheres das vizinhanças sobem a montanha de Grécio com tantas velas e tochas que
a noite ali ficou toda iluminada. Eles cantam, a floresta carrega suas vozes, os rochedos as
repercutem. Celebra-se a missa. O santo de Deus está perto da manjedoura, canta o Evangelho,
prega "com sua voz veemente, com sua voz doce, com sua voz clara, com sua voz sonora".
Anuncia as recompensas eternas. Um homem entre os assistentes tem uma visão: subitamente
vê o menino deitado na manjedoura e Francisco se debruçar sobre ele para acordá-lo. Grécio se
tornou uma nova Belém.
Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro, Record, 2001.eremitérios - locais
onde vivem os eremitas, que se isolam da sociedade escarpada - íngreme, difícil de subir

ATIVIDADES:

Responda

1. Na sua opinião, por que Francisco quis construir um presépio de Natal?

Oração pela paz


CRISTO, quero ser instrumento De tua paz e do teu infinito amor. Onde houver ódio e rancor,
Que eu leve a concórdia, Que eu leve o amor!
Onde houver ofensa que dói, Que eu leve o perdão.
Onde houver a discórdia,
Que eu leve a união e tua paz!
.......................................
Onde encontrar um irmão, A chorar de tristeza,
Sem ter voz e nem vez, Quero, bem no seu coração,
Semear alegria, para florir gratidão! Mestre, que eu saiba amar, Compreender, consolar
E dar sem receber!
Quero sempre mais perdoar.
Trabalhar na conquista da vitória e da paz!

Responda

1.Por que Francisco deixou sua herança e os direitos que tinha?

2.A família, os vizinhos e a sociedade de Assis se escandalizaram com a atitude de Francisco.


Que atitude você acha que terão as pessoas hoje se alguém resolver ignorar a sociedade de
consumo e se preocupar em ajudar os mais pobres?

3.Francisco de Assis ficou na História. Ainda hoje há gente empolgada com seu exemplo
querendo viver o ideal que ele deixou. Você poderia citar outras pessoas que deram um exemplo
de generosidade para o bem dos irmãos?

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2- A OPÇÃO POR DEUS
2.5 Líderes religiosos
Texto 3: Martin Luther King
Martin Luther King é um exemplo de vida, como Gandhi e
outros que tudo fizeram em favor do desenvolvimento intelectual,
social, político, cultural e moral de nossa sociedade.
Luther King lutou pelos direitos civis dos negros norte-
americanos, e foi tão importante que ainda hoje se ouvem
histórias a respeito dos discursos, protestos, gestos e
manifestações feitas por esse grande líder negro em busca de
liberdade e igualdade entre as pessoas.
Entre os inúmeros prêmios que recebeu está o Nobel da Paz,
obtido em 1964, com apenas 35 anos de idade, tornando-se o
mais jovem homenageado.
Até os anos 1960, a sociedade norte- americana tinha leis que
proibiam os negros de frequentar os mesmos locais que os
brancos. Esse regime de segregação racial é conhecido como apartheid.Sociedades secretas de
cunho racista como a Ku Klux Klan advogavam a discriminação e o extermínio daqueles
que lutavam pelos direitos civis e pela igualdade entre os homens.

Apesar do apoio de vários movimentos sociais de brancos, Martin Luther King foi assassinado
em 1968.
“Eu tenho um sonho” é, sem dúvida, o mais conhecido e importante discurso de Martin
Luther King. Nele, o líder negro retrata sua vida e a de milhares de pessoas em busca de
um sonho. Com a liderança de King, o sonho de liberdade ganhou um sabor de vitória.

ATIVIDADES:

Pense e responda

1.Martin Luther King lutava contra o preconceito racial, pela liberdade e pelo desenvolvimento da
sociedade, pelos pobres e marginalizados. Há alguma semelhança entre a sua história de vida e a
de Jesus? Qual?

2.Um dos mais conhecidos sermões de King começava assim: “Eu tenho um sonho...”. E você?
Tem um sonho? Escreva sobre ele.
CAMINHOS DO MEDO – Luther King

Uma noite, lá pelos fins de janeiro, eu acabara de deitar-se depois de um dia cheio de
trabalhos. Coretta já estava dormindo e, mal eu comecei a cochilar, o telefone tocou... Uma voz
dizia então, cheia de ódio, quase rilhando os dentes:
"Escuta aqui, seu negro sujo! Já te aguentamos demais: antes do fim da próxima semana tu
vais te arrepender de ter nascido e de ter vindo aqui para Montgomery...". Eu desliguei o aparelho
e não consegui mais dormir.
Parecia-me que todos os temores haviam desabado sobre mim, todos. Ao mesmo tempo... e
me esmagavam com seu peso de chumbo...
Eu atingira o ponto de saturação. Levantei-me da cama e fui para a cozinha, onde me pus a
andar de um lado para o outro...

Depois fiz um café. A mão que segurava a xícara tremia, e senti nesse tremor um pavor animal
que em mim surgia, bem lá no fundo de mim mesmo, como alcateia de lobos de goelas abertas
para me devorar, avançando em câmara lenta. Então me pus a pensar como pular do barco,
abandonar o "time", fugir daqueles lobos, sem parecer covarde...
Foi naquele momento de exaustão, quando a coragem toda se fora, que eu decidi levar o meu
problema a Deus, Nosso Senhor.

Com a cabeça entre as mãos, rezei em voz alta, e a prece daquela noite continua bem viva em
minha mente:
"Senhor, estou tomando uma atitude em favor de uma causa justa...Mas agora, Senhor, estou
com medo! As pessoas me buscam, procurando conforto e liderança, agora, eu me vejo diante
delas assim cheio de medo... Se me virem assim, elas também vão perder a coragem e ceder!
Cheguei ao fim de minhas forças; já nada mais me resta, e os lobos vêm aí! Cheguei ao ponto
em que não posso enfrentar tudo sozinho".
Foi exatamente neste momento que, de maneira luminosa, inexprimível, eu senti a presença
do Divino!

Jamais, em minha vida, sentira Deus assim tão perto, tão dentro de mim mesmo, como naquela
hora de impotência.

Para refletir!

A responsabilidade é de todos.

PAZ E BEM!!!

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