UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO GEOFÍSICA - DGf

Rua Barão de Geremoabo s/nº - Campus Universitário de Ondina

CEP 40.170-290 - Salvador - Bahia

Exercício 03

Professor: Cristovaldo

Aluno (a): Victor Hegas Paim Barreto

1 - O que é Poço?
Resposta:
Poço é uma obra com a intensão de captar água para o consumo humano,
animal, agrícola, industrial entre diversos fins.
2 - O que é Poço Artesiano?
Resposta:
Poço artesiano é aquele em que a água vem de um aquífero confinado o qual
mantém a água sob uma pressão maior que a atmosférica, e que sua
superfície potenciométrica está acima da boca do poço, fazendo a água jorrar.
3 - O que é Poço misto?
Resposta:
Poço misto é aquele que parte da água captada é de sedimentos
inconsolidados e outra parte é captada das rochas
4 – Quando perfuramos um poço, é garantido encontrar água?
Resposta:
Não, mesmo com várias evidências fornecidados por meio de pesquisas como
análise da geologia e hidrogeologia local, geofísica, pesquisa por poços em
regiões vizinhas, análises climatológicas, não é possível garantir o
descobrimento da água.
5 - Se a empresa perfurar um poço e não encontrar água, eu terei que
pagar a obra assim mesmo?
Resposta:
Se você for o cliente, terá. Entende-se que prospecção de água é um
empreendimento de risco, e nesse caso quem assume é a parte contratante.
6 - Quais as etapas eu devo seguir para perfurar um poço?
Resposta:
Análise das condições naturais do local, como geologia, hidrogeologia,
topografia, geomorfologia e climatologia. Após isso é fundamental verificar se já
há poços furados nas regiões próximas, pois com essa informação é possível
ter uma noção da presença de água ou não. Após isso uma pesquisa geofísica
é bem-vinda, pois através de métodos como eletrorresistividade e métodos
magnéticos como VLF (Very Low Frequency) é possível inferir fraturas e
possíveis acumulações de água. Após isso, verificar se há presença de
possíveis contaminantes, procurando locar o poço longe dessas regiões. Por
fim, verificar o método mais adequado de perfuração e construção do poço
segundo a geologia local e o capital disponível.
7 – Quando perfuramos um poço e esse poço tem água, a água
encontrada é sempre de boa qualidade?
Resposta:
Não, se esse poço estiver próximo de áreas de contaminação como indústrias,
grandes fazendas que fazem uso de agrotóxicos não-biodegradáveis, lixões,
fossas sépticas, descarte de esgoto etc., a chance de que a água esteja
contaminada é alta.
Fora questões de poluição e contaminação ambiental, a água pode não ser de
boa qualidade devido a alta concentração de sais de cloreto, sódio, magnésio
entre outros, inviabilizando o seu consumo dependendo das suas
concentrações. Água do mar, por exemplo, é extremamente salgada pois há
elevadas concentrações de NaCl. Nos interiores é comum chamar uma água
rica em carbonato de cálcio de “água dura”, em que o seu consumo não é
recomendável, além de poder provocar alergia caso usada para tomar banho e
ser comum o entupimento de canos devido a precipitação desse sal.
8 - Preciso de autorização para perfurar um poço tubular profundo?
Resposta:
Sim, é necessário as devidas licenças ambientais dos órgãos responsáveis no
estado, além da outorga do poço.
9 - Existe algum risco ao meio ambiente perfurando um poço?
Resposta
Sim, como rebaixamento do nível freático devido a extração intensiva. Além da
contaminação da água do aquífero.
10) Explique as principais etapas de construção de um poço tubular,
descrevendo desde a fase de locação (critérios de locação: Terrenos
Cristalino, Cásrtico e sedimentar), até a escolha do método de perfuração.
Resposta:

A primeira fase para a construção de um poço tubular é o prévio estudo da

geologia da área, buscando determinar se o poço será construído em terrenos
sedimentares, cristalinos ou cásrticos. Isso é fundamental, pois irá influenciar
na produtividade do poço e no custo deconstrução. Poços no cristalino saem
mais baratos, pois a competência das rochas ígneas e metamórficas que
compõe esse terreno é melhor, não necessitado de revestimento com lama
betonítica, sendo também mais rápidos de furar. No caso dos sedimentares o
custo de construção é maior pois a rocha é menos branda, exigindo um
“backgroud” de construção maior e mais caro. O poços em terrenos cársticos
estão no meio termo de curto e produção.

A geofísica é uma boa ferramenta para fazer o mapeamento da geologia local,

além de inferir determinadas propriedades das rochas que iram indicar aquela
região como produtiva ou não, como porosidade por exemplo, litologia e como
consequência espessura da camada porosa (no caso de terrenos
sedimentares), quantidade e/ou abertura de fraturas (no caso de terrenos
fissurais e cársticos)

Por fim, o tipo de poço e método de perfuração vai variar em função da

profundidade do nível d’água, dureza da rocha e capital disponível.