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M ANU AL DE P ROCE DIMENTOS

SISTEMA DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA PROCEDIMENTO E CONTROLE DA OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

CÓDIGO TÍTULO FOLHA

I-332.0032 TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DE CARGA 1/13

1. FINALIDADE

Estabelecer a sistemática de operação dos religadores com lógicas de transferência automática de


cargas implantadas na rede.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se aos Núcleos e Unidades que possuem trechos com transferência automática implantada.

3. ASPECTOS LEGAIS

a) Norma Regulamentadora – NR10, conforme Portaria 598, de 7.12.2004, do Ministério do


Trabalho;

b) I-332.0025 – Bloqueio de Religamento.

4. CONCEITOS BÁSICOS

4.1. Religador

O religador automático é um dispositivo de proteção capaz de interromper um circuito em


determinadas condições de sobrecorrente e religá-lo automaticamente, até um número de
operações para o qual foi ajustado.

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4.2. Religador NA

O religador automático que opera normalmente na posição aberta.

4.3. Religador NF

O religador automático que opera normalmente na posição fechada.

4.4. Condição Operacional Inicial ou Normal para Religadores

Um religador automático possui uma condição de operação normal ou inicial definida por sua
classificação. Assim, para o Religador NF, a condição operacional inicial é na posição fechada,
enquanto para o Religador NA, a condição operacional inicial é na posição aberta.

4.5. Chave Faca

Equipamento de manobra utilizado para seccionar circuitos elétricos.

4.6. Defeito Transitório

Em redes de distribuição de energia elétrica, entende-se defeito transitório como aquele que
provocou um curto-circuito e cujo tempo de duração da falta de continuidade de energia elétrica
é limitado e passageiro.

4.7. Defeito Permanente

Em redes de distribuição de energia elétrica, entende-se defeito permanente como aquele que
provocou um curto-circuito e cujo tempo de duração da falta de continuidade de energia elétrica
é duradouro e, normalmente, necessita de intervenção para reestabelecimento.

4.8. Tempo Morto

Intervalo de tempo entre cada religamento. Durante esse tempo, o religador mantém-se na posição
aberta.

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4.9. Transferência Automática de Carga

Lógica implantada nos religadores que permite a transferência de blocos de cargas desligado por
defeito para um outro alimentador previamente estabelecido através de comutação entre
religadores NA e NF.

No Anexo 7.1., há uma figura esquemática da rede típica para que a transferência automática
possa ser configurada.

4.10. Fonte Principal

Fonte que geralmente alimenta uma determinada carga.

4.11. Fonte Alternativa

Fonte que poderá ser utilizada em condição de contingência para atender determinado bloco de
carga.

4.12. Sistema IntelliTeam® SG

Sistema de reconfiguração automática, da empresa S&C, que realiza a recomposição dos circuitos
de distribuição elétrica após a ocorrência de faltas na rede e as devidas atuações dos equipamentos
de proteção.

No Anexo 7.2., é apresentado um esquema hipotético de uma recomposição por sistema


IntelliTeam® SG.

4.13. Time

É caracterizado como um segmento da rede delimitado ao menos por dois equipamentos


automatizados.

4.14. Modo Chave

Modo de operação de religadores em que a função do equipamento é apenas manobra.

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4.15. Modo Proteção

Modo de operação de religadores em que o equipamento irá atuar caso haja eventual curto-
circuito na rede, de acordo com uma parametrização configurada.

4.16. Função Linha Viva

Função utilizada em trabalhos com a rede energizada para tornar a proteção mais sensível e com
maior velocidade de atuação nos religadores NF.

4.17. Função Transferência Automática (TA)

Função implantada em religadores para que a lógica da Transferência Automática de Carga possa
ser executada.

4.18. Religador com Função de Transferência Automática NF (TA NF)

O TA NF é um religador NF com função implantada para que a lógica da Transferência


Automática de Carga possa ser executada.

4.19. Religador com Função de Transferência Automática NA (TA NA)

O TA NA é um religador NA com função implantada para que a lógica da Transferência


Automática de Carga possa ser executada.

4.20. Ilha de Transferência Automática

Trecho dos alimentadores e seus respectivos equipamentos em que ocorre o processo de


Transferência Automática, ou seja, trecho entre um TA NA e a TA NF, que operam em conjunto
para realizar a Transferência Automática.

4.21. Religador Intermediário NF (INT NF)

São os demais religadores NF instalados dentro da Ilha de Transferência Automática e que estão
em série com o Religador TA NF e TA NA. Não possuem nenhuma Função de Transferência
Automática, porem devem possuir Função Direcional para isolar faltas no momento da atuação
da Transferência Automática.
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5. PROCEDIMENTOS GERAIS

5.1. Sistema IntelliTeam® SG

O princípio de funcionamento do IntelliTeam® SG é baseado em algumas etapas básicas,


realizadas em poucos segundos, conforme segue:

a) interrupções de falta por religadores ou disjuntores;

b) detecção do segmento onde ocorreu a falta na rede;

c) isolamento do segmento com falta;

d) verificação de capacidade de fontes alternativas;

e) recomposição do sistema de forma sequencial, com fechamento das chaves ou religadores


NA que fazem a interface entre cada fonte (ou cada alimentador).

Observações:

A transferência de carga será automaticamente desabilitada nos casos abaixo:

a) perda do link de comunicação de qualquer religador dentro um determinado time;

b) falha interna de um dos religadores;

c) alteração da configuração inicial dos religadores de modo chave para modo proteção ou
modo proteção para modo chave;

d) linha viva ativada;

e) bloqueio do disparo à terra;

f) bloqueio do religamento automático;

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g) operação de abertura ou fechamento dos religadores (telecomando ou via painel).

5.2. Transferência Automática sem Comunicação entre Religadores

Quando ocorrer uma indisponibilidade da fonte principal do sistema, o religador TA NF identifica


a ausência de tensão a montante e, após um tempo pré-determinado, realiza a abertura. Esse tempo
deve ser superior ao tempo morto dos religadores à montante (de 7 a 9 segundos).

O religador TA NA correspondente identifica a ausência de tensão da fonte principal e, caso haja


disponibilidade da fonte alternativa e a função de transferência automática esteja habilitada, este
aguarda um tempo pré-determinado e realiza o fechamento. Esse tempo deve ser superior ao
tempo de abertura do religador NF (de 9 a 11 segundos).

O religador NF INT, conforme definido no subitem 4.21., quando contido na Ilha de Transferência
Automática, executa apenas a Proteção Direcional, para isolar faltas no momento da atuação da
Transferência Automática.

Nesse esquema de transferência, como não existe comunicação entre os religadores, a


coordenação é feita através do tempo de atuação (abertura do religador TA NF e fechamento do
religador TA NA) de cada religador.

Nos casos de defeitos permanentes dentro da Ilha de Transferência Automática, os religadores a


jusante e a montante ao defeito deverão fica abertos, isolando o defeito.

Observações:

No religador TA NA, a Função Transferência Automática será bloqueada nos casos abaixo:

a) alteração da configuração do modo proteção para modo chave;

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b) bloqueio da função de transferência automática;

c) operação de fechamento dos religadores (telecomando ou via painel);

d) ausência de tensão em ambos os lados do religador.

Ressalta-se que para o Religador NA Chardon, a Função Transferência Automática não é


bloqueada para os itens a, b e d apresentados anteriormente, porém, a Função de TA fica suspensa
por lógica interna do equipamento.

Sempre que o religador NA realizar um fechamento, seja por telecomando, via painel ou por
transferência automática, a Função Transferência Automática será desabilitada.

Sempre que houver um regulador de tensão dentro da Ilha de Transferência Automática, este deve
ser capaz de operar em ambos os sentidos do fluxo de potência.

Importante:

Para habilitar a Transferência Automática, o equipamento NA deverá estar nas suas


condições normais de operação, ou seja, aberto e com tensão nos dois lados.

No religador Chardon NA, a TA estará ativa automaticamente se atendida a condição


acima (aberto e com tensão nos dois lados).

5.3. Trabalho em Linha Viva em Blocos de Carga com Transferência Automática de Carga

Antes de qualquer atividade de linha viva, em um bloco de carga atendido por um sistema de
transferência automática, será necessária a ativação da função linha viva no religador a montante
(TA NF ou NF INT) mais próximo do local de trabalho e realizar o bloqueio da função de
transferência automática de todas as NAs a jusante do local de trabalho.

Dessa forma, o Religador NF terá uma maior sensibilidade para a detecção das faltas e uma
atuação mais rápida e o Religador NA terá o fechamento bloqueado.

5.4. Desligamento no Bloco de Carga

Quando houver necessidade de realizar o desligamento dentro da ilha de transferência automática


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entre os religadores TA NF e TA NA, deve-se primeiro bloquear a Transferência Automática no


religador TA NA e depois realizar a abertura manual (telecomando ou via painel) do religador
TA NF ou a abertura de chaves de distribuição ao longo do bloco de carga. Dessa forma, o
religador TA NA terá o fechamento bloqueado.

5.5. Retorno ao Cenário Original

O retorno à configuração original poderá acontecer de maneira automática ou por comando


manual (telecomando ou painel), dependendo da configuração de cada sistema.

6. DISPOSIÇÕES FINAIS

Não há.

7. ANEXOS

7.1. Esquemático de Rede para Transferência Automática

7.2. Esquema Hipotético de uma Reconfiguração A com IntelliTeam® SG

7.3. Histórico de Revisões

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7.1. Esquemático de Rede para Transferência Automática

Figura 1 – Esquemático de Transferência Automática de Carga com 2 Religadores (1 TA NF e 1 TA NA)

Figura 2 – Esquemático de Transferência Automática de Carga com 3 Religadores (1 TA NF, 1 NF INT e 1 TA NA)

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Figura 3 – Esquemático de Transferência Automática de Carga com 3 Religadores (2 TA NF e 1 TA NA)

Figura 4 – Esquemático de Transferência Automática de Carga com 4 Religadores (2 TA NF, 1 NF INT e 1 TA NA)

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Figura 5 – Esquemático de Transferência Automática de Carga com 5 Religadores (2 TA NF, 2 NF INT e 1 TA NA)

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7.2. Esquema Hipotético de uma Reconfiguração Automática com IntelliTeam® SG

Figura 6 – Esquema hipotético de uma reconfiguração automática IntelliTeam®SG.


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7.3. Histórico de Revisões

REVISÃO DATA HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES RESPONSÁVEL

4a Fevereiro/2022 - Inclusão de consideração sobre reguladores de DPOP/DVPR


tensão no subitem 5.2.

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