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DIVISÃO DE
ENGENHARIA (DE) AVALIAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA SALA DE
SUBDIVISÃO DE SERVIDORES DA COMARA SEDE
PROJETOS (SDPJ)

PARECER TÉCNICO
NUMERAÇÃO: APROVO: CREA/CAU:
BRUNO CAVA RODRIGUES TEN CEL ENG 2017.079.332 RJ
PT-02-23-PA-ELE VISTO: CREA/CAU:
RICARDO SALGADO FADUL CAP ENG 150644534-9 RNP
DATA: AUTOR(A): CREA/CAU:
ANDREA MELISSA CANTUARIA GONZAGA 1º TEN 150914672-5 RNP
11/MAIO/2023 QOCON ELT
CONFERIDO: CREA/CAU:
RICARDO SALGADO FADUL CAP ENG 150644534-9 RNP

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AVALIAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA SALA DE DATA:


SERVIDORES DA COMARA SEDE 11/MAIO/2023

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SUMÁRIO

1 OBJETIVO ............................................................................................................................................... 3
2 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 3
3 ANÁLISE .................................................................................................................................................. 3
3.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 3
3.2 METODOLOGIA ................................................................................................................................................. 3
3.3 VERIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO ....................................................................................................................... 4
3.3.1 Caracterização da Instalação ................................................................................................................................ 4
3.3.2 Medidas de Proteção Contra Choques Elétricos .................................................................................................. 6
3.3.2.1 Proteção Básica ..................................................................................................................................................................... 6
3.3.2.2 Proteção Supletiva ................................................................................................................................................................. 7
3.3.3 Medida de Proteção Contra Efeitos Térmicos ...................................................................................................... 9
3.3.4 Seleção e Instalações de Linhas Elétricas .......................................................................................................... 10
3.3.5 Seleção, Ajuste e Localização dos Dispositivos de Proteção ............................................................................. 11
3.3.6 Identificação dos componentes .......................................................................................................................... 12
3.3.7 Execução das conexões ...................................................................................................................................... 13
3.3.8 Acessibilidade .................................................................................................................................................... 13
3.4 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ........................................................................... 13
4 AÇÕES RECOMENDADAS................................................................................................................. 13
4.1 Divisão de Engenharia (DE) ............................................................................................................................... 13
4.2 Divisão de Engenharia (DE) ............................................................................................................................... 14
4.3 Divisão de Apoio (DA) ........................................................................................................................................ 14
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 14

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1 OBJETIVO

Vistoriar a situação das instalações elétricas da sala de servidores de dados da


COMARA, por solicitação da Divisão de Apoio.

2 REFERÊNCIAS

[1] Comissão de Aeroportos da Região Amazônica. Ofício nº 05/DPTI, de 20 mar.


2023. 1p.
[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5410. Instalações Elétricas de
Baixa Tensão. 2004. 217 p.
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 13570. Instalações Elétricas em
Locais de Afluência de Público. 2021.12 p.
[4] Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR IEC 60947-2. Dispositivo de
Manobra e Comando de Baixa Tensão - Disjuntores. 2013. 255 p.
[5] Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5419 - 3. Sistema de Proteção
contra Descargas Atmosféricas. 2015. 51 p.

3 ANÁLISE

3.1 INTRODUÇÃO

Conforme relato constante no Ofício n° 05/DPTI [1], as ocorrências de instabilidade


no fornecimento de energia provido pela concessionária suscitam prejuízos no desempenho dos
equipamentos da Sala de Servidor de rede lógica da COMARA. Assim, faz-se necessário
proceder à vistoria e análise das instalações elétricas que suportam esses equipamentos visando à
adequação de seus componentes.

3.2 METODOLOGIA

A vistoria técnica ao local foi realizada no dia 14/03/2023 às 10 h e 30 min pela


equipe formada pela 1º Ten QOCon ELT Melissa e pelo 2º Sgt SEL Travassos.
A metodologia aplicada foi a avaliação de conformidade das instalações, de acordo
com a prescrição contida no capítulo 7 da ABNT NBR 5410 [2], e a medição da corrente elétrica
dos condutores de alimentação do QT por meio de um alicate amperímetro do fabricante Minipa,
In= 400 A e isolamento de 600 V.

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Nessa referência, são descritos itens necessários à avaliação e os meios para a sua
obtenção mediante a inspeção visual das instalações e a medição de parâmetros elétricos, sendo
que essa última metodologia de análise não pôde ser aplicada devido à não disponibilidade de
um equipamento específico para esse fim, designado testador de instalações elétricas.

3.3 VERIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO

Conforme descrito no item 3.2, a abordagem utilizada será a avaliação de


conformidade da instalação em conjunto com medições de corrente de alimentadores. Dessa
forma, o subitem 3.3.1 seguinte fornecerá a descrição e a definição dos requisitos aplicáveis
contidos no item 7.2 da NBR 5410 [2], utilizados neste parecer como parâmetros de análise, e a
consequente verificação de conformidade da instalação da Sala dos Servidores.

3.3.1 Caracterização da Instalação

A caracterização da instalação destina-se a ilustrar a maneira como ela está


estruturada e os elementos que a compõem, com a finalidade de compreender a disposição desses
elementos e subsidiar a análise de conformidade.
Na Sala de Servidores, há um quadro de distribuição metálico de sobrepor – que
neste parecer será designado Quadro de Força Geral (QFG) –, alimentado por um circuito
trifásico composto por condutores isolados (450/750 V) de #35 mm² que coordenam com um
disjuntor tripolar em caixa moldada de 125 A (3P-125 A), fabricação Schak, conforme ilustra a
Figura 1. Nesse conjunto, denominado QFG, verifica-se a instalação de um disjuntor tripolar de
100 A (3P-100 A) ao lado do disjuntor 3P-125 A, porém esse dispositivo não coordena com
nenhum alimentador e está desligado. Nesse quadro não foram observados barramentos de
neutro e de proteção.
Na Figura 1, em que o QFG é exibido, os condutores pretos, na parte superior do
disjuntor, representam o alimentador proveniente da Casa de Força e os condutores azul e preto,
na parte inferior do disjuntor, representam o circuito alimentador de um segundo quadro de
distribuição instalado na sala, conforme ilustra a Figura 2. Esse é o quadro que atualmente
alimenta os servidores e neste parecer será designado Quadro Terminal (QT), cujo disjuntor de
proteção é bipolar e tem corrente nominal de 40 A (2P-40 A).

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Figura 1 – Disjuntor geral do Quadro de Força Geral (QFG).

Fonte: COMARA (2023).

Figura 2 – Quadro de distribuição dos servidores, designado Quadro Terminal (QT).

Fonte: COMARA (2023).

A Sala de Servidores apresenta uma topologia de instalação composta por linhas


elétricas instaladas de forma aparente sobre a parede. A linha elétrica do alimentador do quadro
terminal dos servidores, QT, é composta por condutores isolados instalados em canaletas
plásticas, de forma aparente sobre a parede, conforme ilustra a Figura 3.

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Figura 3 – Linha elétrica de alimentação do Quadro Terminal (QT).

Fonte: COMARA (2023).

Embora a COMARA disponha de uma equipe de eletricistas, considerou-se que a


instalação sob verificação não será acessada apenas por pessoas advertidas ou qualificadas (BA4
e BA5, respectivamente). Em complemento, os servidores são alimentados por uma unidade UPS
de 3,0 kVA, porém a bateria desse equipamento não sustenta as cargas durante a falha no
fornecimento de energia.

3.3.2 Medidas de Proteção Contra Choques Elétricos

As verificações relativas às medidas de proteção contra choques elétricos estão


previstas em NBR 5410 [2] (item 7.2.3) e a análise é feita em referência a dois critérios que
serão descritos a seguir: proteção básica e proteção supletiva.

3.3.2.1 Proteção Básica

Define-se a proteção básica como as barreiras dispostas nos componentes da


instalação que evitem o contato direto de seus usuários com os seus componentes energizados,
em conformidade a NBR 5410 [2] (itens 7.2.3 e 5.1). Nesse sentido, verificou-se no QFG uma
fragilidade na proteção contra contatos diretos, uma vez que, ao ser aberto, expõe os contatos do
disjuntor termomagnético ali instalado, conforme ilustra a Figura 4. Essa condição não condiz
com àquela prevista em NBR 5410 [2] (item 5.1.1.1).

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Figura 4 – Partes energizadas expostas do disjuntor 3P-125 A.

Fonte: COMARA (2023).

Essa situação não se repete no QT, uma vez que há uma proteção (metálica) dos
disjuntores e dos barramentos após a abertura da porta do quadro.
Além disso, há tomadas de correntes dispostas sobre o piso de maneira que seus
contatos, durante o seu manuseio, ficam acessíveis e aumentam os riscos de choques elétricos em
pessoas inadvertidas, conforme ilustra a Figura 5.

Figura 5 – Tomada de corrente sobre o piso.

Fonte: COMARA (2023).

3.3.2.2 Proteção Supletiva

Define-se a proteção supletiva como as medidas adicionais aplicadas à instalação


para evitar a ocorrência de choques elétricos quando massas e partes condutivas acessíveis
tornam-se acidentalmente vivas. A primeira medida prevista é a equipotencialização e

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seccionamento automático da alimentação, que consiste em conectar ao mesmo referencial os


condutores de proteção da instalação para impedir o surgimento de tensões de contato perigosas.
A equipotencialização e o seccionamento automático são complementares, uma vez que quando
a primeira medida não é suficiente, a segunda deve ser capaz de desligar o circuito.
Observou-se que os circuitos terminais expostos continham condutores de proteção
(PE), conforme ilustra a Figura 6, porém não foi encontrado, no conjunto QT, o barramento de
proteção de onde deveriam originar-se os condutores PE dos circuitos terminais.

Figura 6 – Falta de barramento de proteção no interior do QT.

Fonte: COMARA (2023).

No lugar do barramento de proteção, foi verificada a utilização de uma conexão entre


esses condutores e o condutor PE de #35 mm² oriundo do QFG, conforme observa-se no detalhe
dentro do quadrado vermelho constante na Figura 6. Na Figura 7 verifica-se o detalhe ampliado
dessa conexão, na qual observam-se os condutores de proteção terminais interligados ao
condutor de proteção geral mediante a utilização de um conector de pressão.

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Figura 7 – Conexão dos condutores PE.

Fonte: COMARA (2023).

Ainda em referência ao conjunto QT, o disjuntor termomagnético que coordena com


os seus alimentadores não provê uma interrupção integral do circuito diante de alguma falta, uma
vez que a configuração do alimentador é bifásica, com condutores de 35 mm² de seção, e apenas
o condutor isolado preto coordena com o disjuntor de 40 A de corrente nominal, situação
ilustrada na Figura 6, enquanto o condutor isolado azul conecta-se diretamente ao barramento de
neutro e a partir dele provê a alimentação dos condutores dos circuitos terminais.
De acordo com essa configuração, a ocorrência de sobrecarga ou curto-circuito
acionaria o disjuntor 2P-40 A e interromperia apenas uma fase. Essa configuração vai de
encontro ao previsto em NBR 5410 [2] (item 5.1.2.2.4.1). Dessa forma, o requisito de
seccionamento automático não é atendido.
Não foi possível verificar os requisitos de seccionamento automático do dispositivo
de proteção, uma vez que a COMARA não dispõe do equipamento testador de instalações
elétricas.

3.3.3 Medida de Proteção Contra Efeitos Térmicos

A proteção contra efeitos térmicos caracteriza-se pela prevenção contra riscos de


queimaduras, combustão ou degradação de materiais e comprometimento da segurança de
funcionamento dos componentes instalados.
Considera-se o perfil da instalação, por enquadrar-se na classificação de instituição
do poder executivo, como um local de afluência de público, conforme NBR 13570 [3]. Assim
sendo, os condutores deveriam ser do tipo não propagantes de chama, não halogenados e com
baixa emissão de fumaça, ou as linhas elétricas deveriam ser compostas por condutos de material
metálicos ou que atendam às mesmas características dos condutores, previsão constante em NBR

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5410 [2] (item 5.2.2.2.3). Entretanto, essas condições não foram observadas na Sala dos
Servidores, local em que o conduto selecionado foi a canaleta plástica, conforme ilustra a Figura
8, além da instalação ter sido feita com condutores comuns.

Figura 8 – Canaleta plástica sobre a parede.

Fonte: COMARA (2023).

3.3.4 Seleção e Instalações de Linhas Elétricas

As linhas elétricas, de forma simplificada, constituem-se pelo conjunto entre


condutor e sua proteção mecânica (eletrodutos, eletrocalhas, leitos, calhas) e devem ser
selecionadas de acordo com as características de sua instalação, além de atender aos métodos
previstos em NBR 5410 [2].
A topologia da linha elétrica no interior da sala do servidor não possui método de
instalação correspondente na NBR 5410 [2]. Trata-se predominantemente de condutores isolados
dentro de canaletas plásticas instaladas de forma aparente sobre a parede, com tampas
removíveis sem auxílio de ferramentas. Entretanto há trechos em que os condutores isolados
estão instalados sem nenhuma proteção mecânica e não foi possível verificar a constituição das
linhas elétricas sobre o forro.

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Além disso, observaram-se trechos da instalação em que os condutores elétricos e os


cabos de dados compartilham o mesmo conduto, sem a existência de um elemento de separação,
ou obediência a uma distância mínima entre eles, conforme ilustra o destaque da Figura 9.

Figura 9 – Cabos elétricos e de dados próximos.

Fonte: COMARA (2023).

3.3.5 Seleção, Ajuste e Localização dos Dispositivos de Proteção

Os dispositivos de proteção para as instalações de baixa tensão são os dispositivos de


proteção a sobrecorrente (disjuntores), de proteção a corrente diferencial-residual (DR) e de
proteção contra surtos (DPS). A seleção, ajuste e localização desses dispositivos são critérios que
devem ser observados e alinhados às prescrições de NBR 5410 [2].
No quadro QFG, a topologia da instalação promove a possibilidade de
seccionamento simultâneo dos alimentadores, de acordo com NBR 5410 [2] (item 5.6.3.1),
condição que não se repete no QT. Além disso, todos os disjuntores do QT obedecem à norma
NEMA, e não à IEC, e dessa forma os disjuntores não atendem ao conteúdo do item 6.1.2.1 da
NBR 5410 [2], e tampouco aos requisitos, métodos construtivos e de ensaio de NBR IEC 60947-
2 [4], além de não cumprirem os requisitos de certificação obrigatória do INMETRO.
Os disjuntores do QT coordenam com os condutores dos circuitos terminais que
partem dele, ou seja, as correntes nominais dos condutores estão adequadas às correntes
nominais dos disjuntores. Os cabos alimentadores do QT possuem uma capacidade de condução

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de corrente superior à corrente nominal do disjuntor 2P-40 A, bem como foram realizadas nove
medições de corrente nesse alimentador, que detectaram correntes inferiores à capacidade do
cabo, conforme apresentado na Tabela 1. Tais medições demonstram que que os condutores
estão adequados às correntes nominais dos disjuntores, o que mitiga os riscos de danos
resultantes de sobrecargas.

Tabela 1 – Medições de corrente.


DIA HORÁRIOS FASE CORRENTE (A)
R 3,6
13/04/2023 13h43min
T 3,6
R 3,4
13/04/2023 14h43min
T 3,4
R 3,3
13/04/2023
15h24min T 3,3
R 3,5
14/04/2023
08h27min T 3,5
R 3,5
14/04/2023
09h50min T 3,6
R 3,5
14/04/2023
11h30min T 3,5
R 3,5
17/04/2023 12h10min
T 3,5
R 3,4
17/04/2023 14h00min
T 3,5
R 3,5
17/04/2023
15h30min T 3,5
R 3,5
18/04/2023
10h20min T 3,6
R 3,5
18/04/2023
13h20min T 3,6
R 3,6
18/04/2023
14h55min T 3,5
Fonte: COMARA (2023).

Não foram localizados dispositivos supressores de surto nos quadros QFG e QT,
conforme prevê a NBR 5410 [2] (item 5.4.2.1).

3.3.6 Identificação dos componentes

A identificação dos componentes deve abranger as linhas elétricas, dispositivos de


manobra e proteção e condutores.
Não se observou nenhum tipo de identificação ou marcação relativa às linhas
elétricas, como prevê a NBR 5410 [2] (item 6.1.5.2).
Os dispositivos de proteção apresentam identificação transcrita manualmente,
conforme ilustra a Figura 2, entretanto há referências a circuitos que estão fora de operação,
situação não aderente à NBR 5410 [2] (item 6.1.5.4).

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3.3.7 Execução das conexões

Não foi possível precisar se todas as conexões entre condutores foram executadas no
interior de caixas de passagem, como prescreve a NBR 5410 [2] (item 6.2.8.8).

3.3.8 Acessibilidade

A disposição dos circuitos elétricos no interior da sala dificulta a execução de


rotinas de manutenção desses elementos, uma vez que a topologia de instalação predominante é
sobre o forro e essa circunstância não concorda com a NBR 5410 [2] (item 6.1.4). Embora essa
forma de instalação seja prevista, as características da Sala de Servidores sugerem que os
circuitos sejam dispostos de maneira a facilitar a manutenção, inspeção e acesso em casos de
falha, visando a manter a continuidade do serviço, utilizando, por exemplo eletrocalhas ou
perfilados.

3.4 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A proteção contra descargas atmosféricas deve ser provida de acordo com a análise
do gerenciamento de risco do local, em concordância a NBR 5419 [5]. Atualmente, na
instalação, não foram observados nenhum dos componentes do Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas (SPDA), que seriam o subsistema de captação, de descida e de
aterramento, tampouco medida de proteção contra surtos e sobretensões provenientes de
descargas atmosféricas.

4 AÇÕES RECOMENDADAS

A partir das análises feitas, depreendem-se as seguintes recomendações:

4.1 DIVISÃO DE ENGENHARIA (DE)

Elaboração de projeto para reforma das instalações elétricas da Sala de Servidores


constituído por desenhos, esquemas unifilares, memorial descritivo, especificações técnicas e
memorial de quantidades, com propostas que mitiguem as inconformidades apontadas neste
parecer, tais como a substituição das linhas elétricas, dos dispositivos de proteção e dos quadros
de distribuição, em conjunto à implantação de elementos de proteção contra descargas
atmosféricas.

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4.2 DIVISÃO DE ENGENHARIA (DE)

Verificação da adequação dos equipamentos de ar-condicionado às cargas térmicas e


aos requisitos técnicos dos equipamentos instalados na Sala de Servidores.

4.3 DIVISÃO DE APOIO (DA)

Elaboração de processo para a aquisição de equipamentos UPS destinados aos


servidores que contornem os problemas que a UPS disponível apresenta.

5 CONCLUSÃO

Em atendimento ao ofício 05/DPTI, procedeu-se à verificação das instalações


elétricas da Sala de Servidores mediante o método de verificação de conformidade por meio da
inspeção visual, conforme o capítulo 7 da ABNT NBR 5410. Embora essa norma descreva os
procedimentos para a inspeção por meio de ensaios, a COMARA não possui o equipamento
testador de instalações elétricas destinado a esse fim. O item 3 deste parecer confirmou as
hipóteses de falhas em alinhamento aos requisitos normativos, incentivando assim a elaboração
de um projeto de instalações elétricas para o local que atenda às prescrições para os componentes
da instalação e a aquisição de equipamentos UPS para alimentação suplementar e retificada das
cargas.

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Datas e horários em GMT -03:00 Brasilia
Log gerado em 11 de maio de 2023. Versão v1.24.0.

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