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EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO
UD IV – PAGAMENTO DE PESSOAL
CADERNO DE INSTRUÇÃO
BRASÍLIA – DF
Março/2023
SUMÁRIO
1. Sistemas de Pagamento
2. Cronograma de Pagamento
3. Corridas de Pagamento
4. Ficha Cadastro
5. Relatórios
c. Adicional de Férias
d. Adicional de Habilitação
f. Adicional Permanência
g. Adicional Natalino
h. Assistência Pré-Escolar
i. Auxílio Alimentação
j. Auxílio Fardamento
k. Auxílio Funeral
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l. Auxílio Natalidade
m. Auxílio Transporte
n. Compensação Pecuniária
o. Diária
q. Gratificação de Representação 2%
s. Adicional Militar
t. Ajuda de Custo
u. Transporte
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1. Sistemas de Pagamento
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- FAFF: Formulário de Alteração da Ficha Financeira.
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Figura 2 – Tela Inicial do FAP Digital
6
a) Para a completa execução de um pagamento no SIPPES, há necessidade de
que o militar da ativa e seus dependentes estejam cadastrados no SICaPEx, uma vez
que, sem isso, não há possibilidade de implantação do pagamento ou do vínculo do
dependente.
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- Estado Maior do Exército (EME): no caso de Adidos, Adjuntos e Auxiliares;
- Na própria OM: nos demais casos, sendo a missão de duração menor que 6
(seis) meses.
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Figura 5 – Tela inicial do SIAPE
2. Cronograma de Pagamento
a. Os cronogramas são documentos emitidos pelo CPEx mensalmente com
objetivo de estabelecer prazos para os diversos procedimentos a serem realizados
durante determinado mês pelos Órgãos Pagadores (Figura 6 e 7).
b. O citado documento é divulgado no site http://intranet.cpex.eb.mil.br/intranet/ no
mês anterior ao do pagamento de referência.
c. O Ordenador de Despesas deverá atentar para as datas limites impostas em tal
documento, a fim de evitar atrasos na implantação, alteração ou exclusão de benefícios,
descontos e dados relativos ao pessoal vinculado à OM.
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Figura 6 – Exemplo de Cronograma do SIAPPES
3. Corrida de Pagamento
a. A corrida de pagamento é o conjunto de tarefas realizadas sistematicamente,
para o processamento centralizado dos dados de pagamento, transmitidos pelas UG ao
CPEx.
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b. Normalmente, o cronograma de pagamento comporta dois momentos de
processamento: a 1ª corrida de pagamento (transmissão normal) e a 2ª corrida de
pagamento (transmissão complementar), conforme abaixo:
1) transmissão normal: lançamentos mediante Formulário de Alteração de
Pagamento (FAP), ocorridos até a data de fechamento da 1ª transmissão; e
2) transmissão complementar (2ª corrida): lançamentos ocorridos mediante FAP,
após a transmissão da 1ª corrida de pagamento e até a data do fechamento da 2ª
transmissão.
c. As transmissões dos pagamentos no SIAPPES (1ª e 2ª Corridas) são de
responsabilidade do OD, para isso, o mesmo deverá realizar os seguintes
procedimentos:
1) abrir o FAP e digitar a senha de acesso ao mesmo (Figura 8):
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2) clicar em “Transferência total de pagamento” e digitar a senha para
transmissão ao CITEx” (Figura 9):
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Figura 10 – Exemplo de transferência do FAP CODOM UA.
13
Figura 11 – Confirmação do mês de referência do pagamento.
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Figura 13 – Tela da conclusão da transferência de pagamento.
1) Aprovação e homologação:
c) acessando este ambiente, aparecerá tela que contém duas seções: "Pesquisa
simples" e "Pesquisa avançada".
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d) Essas duas seções foram criadas para facilitar a busca do
Aprovador/Homologador. Na pesquisa simples, deve-se selecionar a "Militar
da ativa". Após isso, pode-se refinar a pesquisa, por meio de "Posto/Graduação", por
f) Há também o filtro por "Tipo de atualização", que permite a busca pela mudança
cadastral buscada:
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g) Após, deve-se , para encontrar o resultado da busca. Dessa forma,
no resultado da busca o Aprovador/Homologador poderá realizar as seguintes ações:
4. Ficha Cadastro
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Figura 9 – Exemplo de Ficha Cadastro (SIAPPES)
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Figura 10 - Exemplo de Ficha Cadastro (SIPPES)
5. Relatórios
a. Após o encerramento de cada corrida são gerados e disponibilizados na
intranet do CPEx os diversos relatórios para análise e crítica do pagamento (Figura 11).
Além dos relatórios, são disponibilizados: Contracheque, Espelho de Contracheque,
Ficha Financeira, Comprovante de Rendimentos Pagos (CRP), Comprovante de
Pagamento de Pensão Judicial (Figura 12)
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Figura 11 – Disponibilização de relatórios
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Figura 12 – Disponibilização de Fichas Financeiras, CRP, Contracheques
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2) Bloqueio: é o ato administrativo de impedir o recebimento indevido de valores
pagos pelo Centro de Pagamento do Exército (CPEx), em consequência de cessação de
direito remuneratório, quando os valores pagos pelo CPEx ainda não estiverem
creditados no domicílio bancário do favorecido.
3) Reversão bancária: é o ato de o banco conveniado restituir ao CPEx, por
motivo de cessação de direito remuneratório por óbito ou decisão judicial, os valores
indevidos creditados em conta corrente.
b. Os principais motivos para a cessação de direitos remuneratórios são os
seguintes:
1) Pagamentos indevidos em folha normal:
a) Licenciamento;
b) Óbito;
c) Pedido de demissão por ter passado em concurso público;
d) Implantação indevida na folha de pagamento;
e) Erro de processamento no Sistema de Pagamento;
f) Militar na situação de desertor;
g) Decisão Judicial (quando houver determinação expressa na decisão, de
solicitação de reversão de valores indevidos já creditados em conta corrente); e
h) Outros como: licenças não remuneradas (Ex: LTIP), missão no exterior, etc.
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e) Beneficiário do Sistema de pagamento que não faz jus (normal ou pecuniária),
e que no contracheque possua desconto de pensão judicial.
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SIPPEs, uma vez que o período despendido entre a preparação da documentação,
envio da RPCMA, chegada da PF na OM e o pagamento ao militar poderá girar em torno
de 15 (quinze) dias úteis, principalmente se houver erro na confecção da RPCMA.
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f. Nos casos em que não for necessária a abertura de sindicância, caberá ao OD
a responsabilidade de justificar no processo de DEA o motivo pelo qual a despesa
deixou de ser paga no exercício financeiro correspondente.
1) soldo;
2) adicional militar;
3) adicional de habilitação;
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4) adicional de tempo de serviço, observado o disposto no Art. 30 da Medida
Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001;
5) adicional de compensação orgânica;
6) adicional de permanência;
7) adicional de compensação por disponibilidade militar, nos termos do disposto
nos Art. 8º, art. 12 e Art. 20 da Lei nº 13.954, de 2019;
8) gratificação de localidade especial; e
9) gratificação de representação.
a) diária;
b) transporte;
c) ajuda de custo;
d) auxílio-fardamento;
e) auxílio-alimentação;
f) auxílio-natalidade;
g) auxílio-invalidez; e
h) auxílio-funeral;
a) auxílio-transporte;
b) assistência pré-escolar;
c) salário-família;
d) adicional de férias; e
e) adicional natalino.
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11. Direitos Remuneratórios
a. Adicional de Compensação Orgânica
a) tipo I:
b) tipo II:
Obs.: Ao militar que exercer mais de uma atividade especial será atribuído
somente o adicional de maior valor.
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c) durante o período em que estiver servindo em OM específica da atividade
considerada, ao militar qualificado para as atividades especiais de salto em pára-
quedas, imersão no exercício de funções regulamentares a bordo de submarino ou
mergulho com escafandro/aparelho, desde que cumpridas as missões e os planos de
provas ou de exercícios estabelecidos para as respectivas atividades.
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- cada quota é incorporada ao final de um ano de desempenho da atividade
considerada;
Situações Percentual
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Controle de Tráfego Aéreo.
General de Exército 41
30
General de Divisão 38
General de Brigada 35
Coronel 32
Tenente-Coronel 26
Major 20
Capitão 12
Primeiro-Tenente 6
Segundo-Tenente 5
Aspirante a Oficial 5
Subtenente 32
Primeiro-Sargento 20
Segundo-Sargento 12
Terceiro-Sargento 6
Cabo (engajado) 6
Taifeiro-Mor 5
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Taifeiro de Segunda Classe 5
c. Adicional de Férias
1) Valor correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do mês de início das
férias, pago antecipadamente.
5) O militar que, por motivo de força maior, durante o ano civil, não houver gozado
nenhum período de férias relativo ao exercício da atividade radiológica, deverá gozar
férias regulamentares de 30 (trinta) dias. O militar que, durante o ano civil, tiver gozado
somente um período de férias radiológicas, por ter sido descadastrado, deverá gozar 15
(quinze) dias de férias regulamentares.
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mês de efetivo serviço, ou fração superior a quinze dias (observar a Portaria nº 287-
DGP, de 15 DEZ 20);
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d. Adicional de Habilitação
1) O adicional de habilitação será concedido aos militares que concluírem, com
aproveitamento, os seguintes tipos de cursos, conforme especificações que se seguem:
a. altos estudos categoria I: a partir de oficiais superiores e de primeiros-
sargentos;
b. altos estudos categoria II: a partir de oficiais superiores e de segundos-
sargentos;
c. aperfeiçoamento: a partir de oficiais subalternos e de terceiros-sargentos;
d. especialização: a partir de aspirantes a oficial e de terceiros-sargentos; e
e. formação: a partir da conclusão, com aproveitamento, dos cursos e estágios de
formação ou adaptação de militares, realizados nas organizações militares do Exército.
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8) Os militares temporários do serviço voluntário, convocados com base no art. 27
da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, receberão, a partir da conclusão da primeira
fase do Estágio de Serviço Técnico ou equivalente, o adicional de habilitação
correspondente ao tipo de curso considerado como requisito obrigatório no processo
seletivo simplificado, de acordo com o previsto no respectivo edital ou aviso de
convocação.
9) Além dos demais casos previstos na Portaria n° 1.443 – C Ex, de 7 Jan 21,
poderá ser concedido o adicional de habilitação, desde que atendido o estabelecido
durante a vigência da Portaria do Comandante do Exército nº 084, de 25 de janeiro de
2019, nos seguintes casos:
a) cursos do sistema de ensino civil decorrentes de iniciativa própria e ainda não
concluídos, desde que possuam autorização prévia do comandante da sua organização
militar ou do comando enquadrante, concedida até 30 de setembro de 2020 e,
devidamente, registrada em boletim antes da mencionada data;
b) cursos, estágios gerais e processo de habilitação às Qualificações Funcionais
Específicas (QFE) iniciados até 30 de setembro de 2020 e concluídos com
aproveitamento após essa data.
10) O direito à percepção do adicional de habilitação é assegurado aos militares,
por conta dos cursos concluídos com aproveitamento enquanto na ativa e requeridos,
quando for o caso, até o ato de passagem para a inatividade.
Formação -x-x-x-x- 12 12 12 12 12
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e. Adicional de Tempo de Serviço
3) Para efeito do cômputo dos anos de serviço a que se refere o item anterior,
devem ser considerados os seguintes períodos de tempo:
d) um ano de serviço para cada cinco anos de tempo de efetivo serviço prestado,
até 29 de dezembro de 2000, pelo oficial do Serviço de Saúde, do Quadro de
Engenheiros Militares e do Quadro Complementar de Oficiais, que possuir curso
universitário, reconhecido oficialmente, desde que esse curso tenha sido requisito
essencial para a sua admissão nas Forças Armadas, até que este acréscimo complete o
total de anos de duração normal do respectivo curso, sem superposição a qualquer
tempo de serviço militar ou público eventualmente prestado durante a realização deste
mesmo curso; e
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f. Adicional de Permanência
d) 1/3 (um terço) para cada período consecutivo ou não de 2 (dois) anos de
efetivo serviço passados pelo militar nas guarnições especiais da Categoria "A",
obedecendo-se o disposto na Portaria do Comandante do Exército nº 324, de 5 de julho
de 2001; e
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e) tempo de serviço na iniciativa privada, vinculada ao Regime Geral de
Previdência Social, prestado pelo militar, anteriormente à sua incorporação, matrícula,
nomeação ou reinclusão, desde que não superposto a qualquer outro tempo de serviço
público.
g. Adicional Natalino
3) A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral.
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4) A título de adiantamento e, mediante requerimento do interessado, ao ensejo
das férias, poderá ser realizado o saque da primeira parcela do adicional natalino (até o
pagamento de MAIO).
h. Assistência Pré-Escolar
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para o militar e implantar um desconto no mesmo valor da assistência pré-escolar em
favor da própria OM. Sendo assim, tão logo o numerário seja repassado pelo CPEx, a
OM deverá repassá-lo à pessoa que detém a guarda do(s) filho(s) do militar;.
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i. Auxílio Alimentação
1) O militar, quando não puder receber alimentação por sua organização ou por
outra nas proximidades do local de serviço ou expediente, ou quando, por imposição do
horário de trabalho e distância de sua residência, seja obrigado a fazer refeições fora
dela, tendo para tanto despesas extraordinárias, fará jus ao auxílio-alimentação, por dia
em que cumprir integralmente o expediente.
2) Os valores correspondem a:
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d) militares que prestam serviço no Estado-Maior Pessoal do Comandante do
Exército – seis dias;
e) taifeiros de oficiais-generais e praças motoristas de oficias superiores – seis
dias;
f) militares no exercício da função de delegado do serviço militar – dez dias; e
g) militares no exercício da função de instrutor de tiro-de-guerra – dez dias.
j. Auxílio Fardamento
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3) Se o militar for promovido, ou enquadrado nas alíneas "b" ou "c" da Tabela II,
do Anexo IV, da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001 (abaixo), no
período de até um ano após fazer jus ao Auxílio-Fardamento, ser-lhe-á devida a
diferença entre o valor do auxílio referente ao novo posto ou graduação, e o
efetivamente recebido.
4) Quando o militar perder o uniforme em sinistro ou calamidade, a concessão do
Auxílio-Fardamento será avaliada mediante sindicância, determinada pelo Comandante,
Chefe ou Diretor da OM a qual pertence o militar, mediante solicitação do sinistrado.
5) O militar que estiver em missão no exterior e que durante o período da
missão for promovido ou completar 3 (três) anos no mesmo posto ou graduação fará jus
ao recebimento do benefício somente por ocasião do seu retorno ao Brasil por
término de missão, uma vez que se encontra regido pela Lei nº 5.809, de 10 de outubro
de 1972, conforme DIEx nº 344-Asse1/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 21 de novembro de
2017.
6) Quanto ao direito à percepção de Auxílio-Fardamento por parte de militar
reintegrado, cumpre mencionar a orientação expedida pelo Departamento-Geral do
Pessoal, por meio da Cartilha Sobre Reintegrados de 2019, esclarecendo que tal direito
é de natureza indenizatória, não sendo devido a militar que não responde ao
expediente (DIEx nº 757-ASSE1/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 9 de dezembro de 2021 /
DIEx nº 35-Análise Pagamento/S1/Gab/CPEx, de 7 de fevereiro de 2022): "Deve-se
considerar, também, que o auxílio-fardamento está previsto na MP nº 2.215, de 31 de
agosto de 2001, nos termos regulamentados pelo Decreto nº 4.307, de 18 de julho de
2002, e possui natureza indenizatória, vale dizer, visa recompor ou compensar o
patrimônio do militar diante dos custos do fardamento de uso obrigatório. Se o
reintegrado sequer está obrigado a responder expediente em sua OM de
vinculação, pode-se inferir que não arcará com custos de fardamento, logo não há
como lhe reconhecer o direito ao benefício em comento, sob pena de onerar o tesouro
sem que haja motivo plausível para tanto"
TABELA II – AUXÍLIO-FARDAMENTO
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inferior a Terceiro-Sargento. respectivos Comandos de
Força.
O militar, declarado Guarda-
Marinha ou Aspirante a Oficial da
b
Ativa, ou promovido a Terceiro
Sargento.
Os nomeados Oficiais ou Um soldo e meio.
Sargentos, ou matriculados em
c escolas de formação mediante
habilitação em concurso e os
nomeados Capelães Militares.
O Oficial promovido ao primeiro
d
posto de Oficial General.
Os Guardas-Marinha e Aspirantes
a Oficial, oriundos dos Órgãos de
e Formação de Oficiais da Reserva,
convocados para a prestação do
Serviço Militar.
Os médicos, farmacêuticos,
dentistas e veterinários, quando
f convocados para o Serviço Militar
Inicial.
Um soldo.
O Oficial, Suboficial ou Subtenente
g
e Sargento ao ser promovido.
A cada três anos quando
h permanecer no mesmo posto ou
graduação.
O militar reincluído, convocado ou
i
designado para o serviço ativo.
O militar que retornar à ativa por
convocação, designação ou
j
reinclusão, desde que há mais de
seis meses de inatividade.
O militar que perder o uniforme em
l sinistro ou em caso de Um soldo e meio.
calamidade.
k. Auxílio Funeral
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4) O adicional de três décimos, incidente sobre os proventos na inatividade do
militar PTTC integra a totalidade de direitos percebidos por aquele para efeitos de
pagamento de auxílio-funeral.
5) O contrato particular de assistência funeral, tal como do FHE/decessos, não
inviabiliza o pagamento do auxílio-funeral.
6) As despesas de preparação e do translado do corpo não são custeadas pelo
auxílio-funeral, estando previstas nos arts. 34 e 35 do Decreto nº 4.307, de 18 de julho
de 2002.
7) O valor do auxílio-funeral será o previsto na legislação em vigor, observando-se
que, no caso de solicitação apresentada por terceiro que custeou o funeral, o valor
deverá ser o constante das notas fiscais comprobatórias das despesas efetivamente
realizadas com aquela finalidade, até o limite estipulado para o mencionado benefício.
8) O auxílio-funeral ou a indenização deverão ser pagos em 48 (quarenta e oito)
horas, contadas do ingresso do requerimento do interessado na organização militar
(OM), na Seção do Serviço de Inativos e Pensionistas (SSIP) ou no órgão pagador (OP)
TABELA AUXÍLIO-FUNERAL
l. Auxílio Natalidade
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4) Na ocorrência de parto múltiplo, o auxílio-natalidade será acrescido de
cinquenta por cento (50%) por cada recém-nascido, sendo 1 ½ soldo ao 1º filho,
acrescido de ½ soldo a cada nascido. Exemplo: Parto de trigêmeos ou adoção de 3
(três) crianças: 1 soldo e 50% (1º filho) + 50% (2º filho) + 50% (3º filho) = 2,5 soldos.
5) O militar, pai ou mãe do natimorto, faz jus ao auxílio-natalidade e ao auxílio-
funeral, cujos pagamentos serão feitos mediante apresentação do atestado de óbito.
6) Quando houver o falecimento de mais de (um) filho na mesma gestação, será
aplicada a mesma lógica do parto múltiplo para fins de cálculo.
7) O auxilio-natalidade tem como fato gerador o nascimento do filho e deverá
ser pago com base no soldo do militar correspondente ao mês do nascimento, da
adoção ou do reconhecimento da paternidade.
8) A situação de LTIP não é extintiva do Auxilio Natalidade, contudo, o direito
ficará suspenso enquanto perdurar a licença.
9) O auxílio-natalidade também é extensivo aos Soldados do Efetivo Variável,
sendo necessário que o interessado participe o fato gerador à autoridade competente.
10) O militar em missão no exterior fará jus apenas aos benefícios remuneratórios
previstos na Lei nº 5.809/1972, não havendo o que se falar no pagamento de qualquer
verba não prevista no citado diploma legal até que retorne ao país.
11) O militar no serviço militar obrigatório ou matrícula em curso de
formação ou graduação no regime de internato, que adquire a condição
superveniente de arrimo de família à matrícula/incorporação, que permanece
vinculado ao Sistema de Pagamento do Exército, FAZ JUS à percepção do auxílio-
natalidade e assistência pré-escolar, desde que cumpridos os requisitos já
delineados. Eventuais providências ou consequências acerca da aquisição da
situação de arrimo para o conscrito no serviço militar obrigatório ou aluno no curso de
formação ou graduação em regime de internato deverá ser decidida, caso a caso,
pelos respectivos Comandantes, Chefes ou Diretores de OM e Estabelecimentos de
Ensino, à luz das normas vigentes, sob supervisão do Escalão Superior ao qual
estiver subordinado e/ou vinculado (Nota Técnica nº 026-ASSE1/SSEF/SEF, de 10
de agosto de 2021 / DIEx nº 584-ASSE1/SSEF/SEF, de 18 de outubro de 2021 / DIEx Nº
668-S1/Gab/CPEx, de 19 de outubro de 2021), conforme se segue:
a) militar conscrito (serviço militar obrigatório): abrir sindicância a fim de
apurar a condição de arrimo de família. Ao final decidir conforme o que prescreve a
Lei do Serviço Militar e o seu regulamento; e
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b) aluno no curso de formação ou graduação em regime de internato: devido
a concessão contrariar a legislação em vigor, verificar se o militar incorreu nos art. 144,
144-A e 145, do Estatuto dos Militares, a fim de avaliar a sua possível exclusão.
12) São devidos o auxílio-natalidade e as licenças maternidade e paternidade aos
militares que obtiverem a guarda judicial para fins de adoção nos mesmos
patamares monetários e temporais do auxílio-natalidade e licenças maternidade e
paternidade conferidos aos pais biológicos e adotivos, tendo em vista que o Termo
de guarda/guarda judicial se equipara à Tutela ou Adoção. (DIEx nº 341-
A2.3/A2/GabCmtEx – CIRCULAR, de 4 de maio de 2021 / Parecer nº
00154/2021/CONJUR-MD/CGU/AGU).
m. Auxílio Transporte
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5) Nos termos do DIEx nº 14-AApAJur/VCh DGP/Ch DGP, 6 de janeiro de 2022,
concluiu o DGP que, enquanto não ocorrer alteração normativa, deve prevalecer a regra
específica contida na Portaria nº 098-DGP, de 31 de outubro de 2001, segundo a qual o
comprovante de endereço a ser apresentado para fins de percepção do auxílio
transporte deve ser “documento emitido pelo poder público, ou concessionárias,
que prestam serviço público, constando o nome do beneficiário e endereço ”,
exceto os militares do Efetivo Variável, os quais podem apresentar “declaração
assinada pelo próprio requerente” a ser verificada periodicamente (DIEx nº 27-
ASSE1/SSEF/SEF, de 21 de janeiro de 2022).
n. Compensação Pecuniária
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7) Quanto aos MFDV do segmento masculino, conforme entendimento
dispensado no Of n° 122 – Asse Jur – 10 (A1/SEF), de 11 de junho de 2010:
a) Os MFDV que já prestaram serviço militar obrigatório fazem jus à
compensação pecuniária por todo o período em que serviram como profissionais destas
áreas, haja vista que já se encontram em dia com o dever cívico de servir à Pátria;
b) Os MFDV que adiaram a incorporação e que, diante da conclusão do curso
superior, apresentaram-se para o cumprimento do serviço militar obrigatório, não fazem
jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano, vez que ainda pendente o
cumprimento do dever de servir à Pátria;
c) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa ratificado,
fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano de serviço, já que a dispensa foi
confirmada, não havendo que se falar em qualquer pendência quanto ao serviço militar
obrigatório; e
d) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa retificado,
mediante recolhimento do aludido certificado, não fazem jus à compensação pecuniária
pelo primeiro ano trabalhado, porquanto se encontram em serviço militar obrigatório.
8) Caso o militar permaneça em serviço ativo por força de medida judicial liminar
(antecipação de tutela) e ao final do processo (julgamento do mérito) o pedido for
denegado, ou seja, o militar demandante não tiver seu pleito acolhido, este tempo
passado na ativa não será computado para fins do pagamento de compensação
pecuniária.
9) O tempo passado no curso de formação de sargentos de carreira é tido como
Serviço Militar Inicial/Obrigatório, exceto para os militares que possuírem o
Certificado de Reservista (Ofício nº 165- Asse Jur – 05 (A1/SEF), de 6 de outubro de
2005, ou Certificado de Dispensa de Incorporação (DIEx nº 185- Asse1/SSEF/SEF,
de 21 de novembro de 2013).
10) O sargento de carreira, não estabilizado, licenciado ex officio, na modalidade
“por término da prorrogação de tempo de serviço”, faz jus à compensação pecuniária.
A necessidade de pedido de prorrogação de tempo de serviço, com a consequente
denegação, inexiste como condicionante para o pagamento do benefício, seja na lei que
o instituiu, seja no decreto que o regulamentou. Adstrita ao Princípio da Legalidade,
deve a Administração Militar proceder ao pagamento do aludido direito por ocasião do
término do tempo da prorrogação do tempo de serviço, inclusive quando o militar não
a tiver requerido (Parecer nº 49/AJ/SEF, de 16 de setembro de 2005).
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11) O militar reintegrado por força de medida liminar, caso já tenha recebido a
Compensação Pecuniária de que trata a Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, terá
que restituir integralmente o pecúlio que lhe foi pago no ato da sua apresentação. Caso
não o faça, terá descontado de sua remuneração mensal os valores correspondentes,
até que se complete o ressarcimento por completo, respeitada a sua margem
consignável e o devido exercício da ampla defesa e do contraditório (DIEx nº 51-
ASSE1/SSEF/SEF, de 8 de março de 2019).
o. Diária
50
7) O militar afastado de sua sede, para acompanhar autoridade superior, fará jus
à diária da respectiva autoridade, desde que designado em ato próprio, onde conste a
obrigatoriedade de sua hospedagem no mesmo local daquela autoridade.
51
gratificação de localidade especial em face de deslocamentos temporários para
regiões consideradas inóspitas;
q. Gratificação de Representação de 2%
52
c.2) ações militares de vigilância de fronteira destinadas à preservação da
integridade territorial do País e à garantia da soberania nacional desenvolvidas por
militares que componham o efetivo de pelotões especiais de fronteira ou de
destacamentos especiais de fronteira;
c.3) ações militares de operações de garantia da lei e da ordem, de que trata o
art. 15 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999;
c.4) ações relacionadas às atribuições subsidiárias das Forças Armadas, de que
tratam o art. 16, o art. 16-A, o inciso V do caput do art. 17, o inciso III do caput do 17-A
e o inciso VI do caput do art. 18 da Lei Complementar nº 97, de 1999;
c.5) adestramento para participação em missões de paz; e
c.6) participação, fora de sua sede, em:
c.6.1) serviços de engenharia;
c.6.2) serviços de cartografia;
c.6.3) levantamento topográfico;
c.6.4) escolta;
c.6.5) perícia;
c.6.6) produção de geoinformação;
c.6.7) implantação e manutenção da infraestrutura de tecnologia de
comunicações;
c.6.8) avaliação de sistemas e materiais de emprego militar e de produtos de
defesa; ou
c.6.9) atividades relacionadas à manutenção.
53
representação, viagem de instrução, emprego operacional ou que esteve às ordens de
autoridade estrangeira no país, e não com o soldo a que fazia jus na época do
pagamento.
5) O pagamento da gratificação de representação nas hipóteses de viagem de
representação, viagem de instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de
autoridade estrangeira no país são inacumuláveis entre si.
6) A participação de militar em adestramento realizado na sede da organização
militar em que esteja servindo não será considerada emprego operacional para fins de
pagamento da gratificação de representação, exceto quando o adestramento estiver
enquadrado na hipótese de participação em missão de paz.
7) A gratificação de representação devida em razão de viagem de representação,
viagem de instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de autoridade
estrangeira no país será paga somente após autorização, por meio de ato do Ministro de
Estado da Defesa, no âmbito do Ministério da Defesa, ou por meio de ato dos
Comandantes, no âmbito dos Comandos das Forças.
8) A solicitação da gratificação de representação à autoridade competente,
por meio da cadeia de comando, deverá conter o motivo para a sua efetivação, não
sendo aceitos como amparo: Plano Geral de Ensino (PGE), Plano Básico de
Instrução Militar (PBIM) e outros documentos similares.
9) O pagamento da gratificação de representação poderá ser realizado
antecipadamente, desde que a autoridade competente justifique essa excepcionalidade,
hipótese em que o militar deverá restituir os valores recebidos a maior se a missão não
for realizada ou se ocorrer em prazo inferior ao previsto.
10) A competência para autorizar o pagamento da gratificação de representação
poderá ser delegada.
11) A gratificação de representação não comporá a pensão militar.
12) A gratificação de representação devida em razão de viagem de
representação, viagem de instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de
autoridade estrangeira no país não será considerada para fins de cálculo de férias,
adicional de férias, adicional natalino ou outras parcelas remuneratórias e não será paga
cumulativamente com diárias.
13) Na hipótese de ocorrência da cumulatividade de que trata o item anterior, será
excluído o pagamento da gratificação de representação e mantido o pagamento das
diárias.
54
14) A gratificação de representação de que trata o art. 10 da Lei 13.954/2019,
constitui parcela pecuniária devida apenas a militares do serviço ativo das Forças
Armadas, não sendo juridicamente viável se cogitar, em qualquer hipótese, sua
extensão a servidores públicos civis, ainda que ambos exerçam funções
equivalentes em determinadas situações, conforme DIEx nº 501-CONJUR-EB, de 23
de setembro de 2021, versando sobre uniformização de tese quanto à possibilidade de
pagamento de gratificação de representação para militares e servidores civis
empregados nas ações de combate à pandemia da COVID-19;
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6) Os Postos Médicos de Guarnição tipo III e IV são considerados OMS, nível
subunidade, sem autonomia administrativa (§2º do art. 2º das IG 10-86, aprovadas pela
Portaria nº 728-Cmt Ex, de 7 de outubro de 2009). Sendo assim, o oficial médico
nomeado para exercer a função de Chefe do Posto Médico da Guarnição faz jus ao
recebimento da gratificação de representação de comando, ainda que esteja
subordinado para fins administrativos e disciplinares a outra Organização Militar,
conforme entendimento extraído do DIEx nº 100-Asse1/SSEF/SEF, de 12 de abril de
2017.
VALORES PERCENTUAIS INCIDENTES SOBRE O SOLDO
Situações Percentual
Oficial-General
10
Militar em cargo de comando, direção ou chefia de OM ou TG
s. Adicional Militar
1) Parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente a cada círculo
hierárquico da carreira militar.
Oficial Superior. 25
Oficial Intermediário. 22
Oficial 19
Subalterno, Guarda-Marinha e
Aspirante a Oficial.
Suboficial, Subtenente e 16
Sargento.
Demais Praças 13
Especiais e Praças de
graduação inferior a Terceiro
Sargento, exceto as que estejam
prestando Serviço Militar
56
Inicial.
t. Ajuda de Custo
1) Direito pecuniário devido ao militar, pago adiantadamente, conforme regulamentação.
A Militar que possua dependente, nas Duas vezes o valor da Duas vezes o valor da
movimentações com desligamento da remuneração. remuneração.
organização militar.
B Militar que possua dependente, nas Duas vezes o valor da Duas vezes o valor da
movimentações para comissão remuneração na ida e uma remuneração na ida e uma
superior a 3 (três) e igual ou inferior a vez na volta. vez na volta.
12 (doze) meses, sem desligamento
da organização militar.
C Militar que possua dependente, nas Uma vez o valor da Uma vez o valor da
movimentações para comissão remuneração na ida e outra remuneração na ida e outra
superior a 15 (quinze) dias e igual ou vez na volta. vez na volta.
inferior a 3 (três) meses, sem
desligamento da organização militar.
D Militar que possua dependente, Quatro vezes o valor da Quatro vezes o valor da
quando transferido para Localidade remuneração. remuneração.
Especial Categoria A ou de uma
Localidade Especial Categoria A para
qualquer outra localidade, nas
movimentações com desligamento da
organização militar.
E Militar que não possua dependente e Metade dos valores Metade dos valores
se encontre nas situações “a”, “b”, “c”, representativos representativos
ou “d” desta Tabela. estabelecidos para as estabelecidos para as
situações “a”, ‘b”, “c”, e “d” situações “a”, “b”, “c”, e “d”
desta Tabela. desta Tabela.
F Militar que possua ou não dependente, Oficial: quatro vezes o Oficial: oito vezes o
por ocasião de transferência para a valor da remuneração valor da remuneração
inatividade remunerada. calculado com base no soldo calculado com base no soldo
do último posto do círculo do último posto do círculo
hierárquico a que pertencer hierárquico a que pertencer
o militar. o militar.
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u. Transporte
1) Direito pecuniário devido ao militar da ativa, quando o transporte não for
realizado por conta da União, para custear despesas nas movimentações por interesse
do serviço, nelas compreendidas a passagem e a translação da respectiva bagagem,
para si, seus dependentes e um empregado doméstico, da localidade onde residir para
outra, onde fixará residência dentro do território nacional.
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LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA
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- DECRETO Nº 99.425, DE 30 DE JULHO DE 1990 – Regulamenta a Lei nº
7.963, de 21 de dezembro de 1989, que concede compensação pecuniária, a título de
benefício, ao militar temporário das Forças Armadas, por ocasião de seu licenciamento;
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pagamento da indenização por férias não gozadas, inclusive aquelas não computadas
em dobro para fins de inatividade, aos militares da ativa, aos militares inativos, aos ex-
militares e aos seus sucessores, no âmbito do Comando do Exército (EB10-IG-02.029),
1ª Edição, 2020;
61
para os militares, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 566, de 23 de
agosto de 2006;
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