Origem e conceituação: As espécies que compõem uma comunidade
podem ser agrupadas com base em
- Gleason tratava comunidades como tipo (um características ecológicas, filogenéticas e conjunto de partes, no caso, organismos e taxonômicas. Esta hierarquia pode ser espécies), Clements as tratava como grupo (um conceituada da seguinte forma: conjunto de partes que interagem entre si). Esta diferença de ponto de vista é marcante, e - Grupo trófico: subdivisão da comunidade resultou em correntes totalmente distintas de quanto aos organismos que ocupam um mesmo pensamento e pesquisa em Ecologia. nível trófico, isto é, produtores, consumidores ou decompositores. Assim, os organismos - Comunidades são coocorrências de espécies, fotossintetizantes compõem o grupo dos que interagem em menor ou maior intensidade produtores, e os diversos animais e e freqüência entre si e formam um conjunto microorganismos se distribuem entre heterogêneo de manchas no espaço, mas que consumidores e decompositores. resultam numa fisionomia geral homogênea e identificável. - Grupo funcional, ou tipo funcional, ou guilda: Por exemplo, uma comunidade florestal tem subdivisão do grupo trófico quanto ao conjunto “cara” de floresta e congrega espécies de organismos que desempenham uma mesma de plantas, animais e microorganismos que função ecológica na comunidade. Por exemplo, interagem em menor ou maior grau dentre as plantas (produtores), temos os grupos entre si. dos fixadores de nitrogênio, ou dos sombreadores, ou dos pioneiros (plantas que - Têm a chamada “estabilidade dinâmica”, ou germinam e crescem no sol) etc. seja, as manchas componentes desta Entre os consumidores, temos os polinizadores, comunidade são dinâmicas, e este dinamismo os herbívoros, os carnívoros etc. resulta num equilíbrio em que as propriedades básicas da comunidade são mantidas. - Taxocenose: enquanto o agrupamento de espécies em grupos funcionais obedece a 1. Constância no tempo; critérios ecológicos de função, o agrupamento 2. Composição de espécies; em taxocenose obedece a critérios 3. Riqueza de espécies: número de filogenéticos. Este é, portanto, um outro tipo de espécies da comunidade; subdivisão da comunidade, que agrupa 4. Equitabilidade: abundâncias relativas organismos pertencentes a um mesmo grupo das espécies; taxonômico ou grupos próximos. Assim, quando ouvimos falar em “comunidade de bromélias” ou Riqueza e equitabilidade, juntas, produzem “comunidade de felinos”, estamos ouvindo falar um valor chamado “diversidade”. em taxocenoses.
5. Conectância: razão entre o número de
interações possíveis entre pares de espécies e o número de interações existentes; 6. Força de interação: impacto que a população de uma espécie tem sobre outra, em se tratando de duas espécies que interajam entre si.
Diversidade, conectância e força de
interação são parâmetros essenciais para se estimarem a complexidade e a estabilidade de uma dada comunidade. Esta estabilidade é a mesma que chamávamos estabilidade dinâmica.