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SERVIÇO DE

ACOLHIMENTO
FAMILIAR DE
CASCAVEL/PR
HISTORICO
• 1989 – CAOM – Prestava Atendimento na modalidade de acolhimento para adolescentes
do sexo masculino.

• 1990 - CAOM - ampliou as atividades, implementando o contraturno social e foram


inseridas as crianças e adolescentes das localidades próximas, como forma de permitir a
convivência dos abrigados com a comunidade local. Contudo, com o crescimento da
população e com o aumento no índice de famílias em situação de vulnerabilidade social
esta iniciativa se tornou insuficiente, o número de adolescentes que precisavam ser
afastados das suas famílias ampliava a demanda de abrigamento.

• 2002 - a então Secretaria de Ação Social organizou a implementação do Programa


Família Acolhedora, o qual surgiu do extinto Programa de Casa – Lar;
• 2006 – Foi aprovada a Lei municipal para a execução do Programa Família Acolhedora
antes ainda da tipificação dos Serviços Sócio assistenciais da PNAS;
• Junho de 2008 – quando chego no acolhimento e juntamente com a gestão da época e
com Dr. Sergio Kreuz buscamos aperfeiçoar o acolhimento familiar;
• nesta mês o serviço contava com 31 acolhidos em 11 famílias acolhedoras;

• Dezembro de 2006 – o acolhimento havia duplicado o atendimento e já contávamos


com 63 acolhidos;

• 2013- alteração na Lei Municipal que aumentou o valor da bolsa- auxilio das famílias
acolhedoras, bem como garantiu a manutenção dos acolhidos maiores de 18 anos,
além de garantir diferencial do valor da bolsa – auxílio para acolhidos com
necessidades especiais;

• 2014 – Encerra –se as atividades do acolhimento institucional dos bebês e inicia-se


um maior acolhimento de bebês em famílias acolhedoras;
NÚMEROS:

• Número de Acolhidos de 2017 a 2019: 415

• Número de Adoções de 2017 a 2019: 37

• Número de Reintegrações de 2017 a 2019: 122

• Número de famílias acolhedoras em atividade:


• 176
• Número de acolhidos de 00 a 18:
• 240
• Número de acolhidos de 18 a 21: 26
TRABALHO EM REDE

• O Êxito do trabalho se deve ao trabalho


articulado entre Ministério Público,
Poder Judiciário e Rede Inter setorial e
sócio assistencial e o sistema de garantia
de Direitos;

• O trabalho se construiu a principio


através da judicialização das ações, e aos
poucos os atores passaram a entender
que um trabalho forte deve acontecer
sem a necessidade da judicialização;
DIFERENCIAL:
• O Serviço mantém acolhidos até os 21 anos de idade, salvo aqueles
que conseguiram um grau de autonomia satisfatório bem como os
que não desejam manter-se acolhidos;
• Mantém acolhimento rural: atualmente contamos com 45 famílias
acolhedoras rural, acolhendo um total de:
• O Serviço é Referencia Nacional enquanto município de grande porte
que mantém 90% dos acolhimentos em famílias acolhedoras;
• Recebemos um total de 70 municípios do Brasil que levaram nosso
experiência para suas realidades.
DESAFIOS:
• Manter equipe técnica adequada em
número de profissionais e perfil
condizente;
• Romper totalmente com o paradigma
da institucionalização;
• Garantir recursos humanos e
financeiros para capacitar as famílias
acolhedoras e equipe técnica para o
acolhimento;
DICAS PARA QUEM VAI IMPLANTAR: NÃO ESQUECER QUE:

• Serviço de alta complexidade;


• Não DEVE ser executado sem observar as normativas técnicas;
• Não se deve colocar nenhuma criança ou adolescente em famílias sem a prévia
formação;
• Não se deve implementar sem a devida SENSIBILIZAÇAO e MOBILIZAÇÃO da
sociedade civil;
• Rede de Serviço;
• Equipes profissionais;
• Órgãos do Sistema de Garantias de Direitos;
“O SERVIÇO DE ACOLHIMENTO
FAMILIAR DE CASCAVEL É UM SONHO
QUE SE TORNOU REALIDADE A PARTIR
DA LUTA COTIDIANA E INCANSÁVEL DE
DIVERSOS ATORES, PESSOAS NOBRES
QUE ACREDITAM QUE O AMOR MUDA
HISTORIAS.
Neusa Cerutti
A GARANTIA CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO AOS
ADOLESCENTES JOVENS ACOLHIDOS

A Constituição Federal de 88 e sua emenda 65/2010 assegura no


artigo 227:

Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente E AO JOVEM, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
• §§ 8º
8º A
A lei
leiestabelecerá:
estabelecerá:
• I -Par.
o estatuto
8 Inc. I da juventude, destinado a regular os direitos dos
I - ojovens;
estatuto da
• II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando juventude,
à
articulação das várias esferas do poder público para a execução destinadode a
políticas públicas. regular os direitos
dos jovens;
Par. 8 Inc. II II - o plano
nacional de
juventude, de
duração decenal,
visando à
articulação das
várias esferas do
poder público
para a execução
de políticas públi
O ESTATUTO DA JUVENTUDE ASSEGURA NO SEU ART. 2º
O disposto nesta Lei e as políticas públicas de juventude são regidos pelos
seguintes princípios:
I- promoção da autonomia e emancipação dos jovens;
II - valorização e promoção da participação social e política, de forma direta e por meio
de suas representações;
III - promoção da criatividade e da participação no desenvolvimento do País;
IV - reconhecimento do jovem como sujeito de direitos universais, geracionais e
singulares;
V - promoção do bem-estar, da experimentação e do desenvolvimento integral do jovem;
VI - respeito à identidade e à diversidade individual e coletiva da juventude;
VII - promoção da vida segura, da cultura da paz, da solidariedade e da não
discriminação; e
VIII - valorização do diálogo e convívio do jovem com as demais gerações.
• Art. 3º Os agentes públicos ou privados envolvidos com políticas públicas
de juventude devem observar as seguintes diretrizes:
I - desenvolver a intersetorialidade das políticas estruturais, programas e
ações;
II - incentivar a ampla participação juvenil em sua formulação, implementação e
avaliação;
A PNAS - PREVÊ: Acolhimento em República para Jovens egressos de
outros Serviços de Acolhimento
Serviço de acolhimento indicado prioritariamente a jovens que passaram
anteriormente por serviços de acolhimento para crianças e adolescentes, que
oferece apoio e moradia a jovens de 18 a 21 anos. Cada unidade tem até 6
pessoas. O serviço tem como objetivo a gradual autonomia de seus residentes,
incentivando sua independência ao funcionar num sistema que permite que seus
moradores tomem as decisões com relação ao funcionamento da unidade de
maneira conjunta.
• Partindo deste pressuposto e
considerando a excepcionalidade prevista
no Artigo 2º do ECA, foi que o Serviço
de Acolhimento Familiar de Cascavel
“legitimamamente” desde 2009 passou a
manter o acolhimento de adolescentes e
jovens que completaram maioridade em
famílias acolhedoras o que significou um
avanço significativo do acolhimento;
• Embora a PNAS – pense na República como
alternativa para os maiores de 18 anos, entendeu-se
incoerente a criação de instituições para a transferência
dos adolescentes que alcançariam 18 anos em situação
de acolhimento; Já que isso representaria o ruptura dos
vínculos afetivos construídos ao longo dos anos com a
família acolhedora;
• Importante ainda considerar que o SUAS, prevê a
matricialidade familiar como um de seus princípios;
• Por fim, é muito mais barato e DIGNO manter um
jovem na família acolhedora do que em uma instituição;
RESULTADOS DE CASCAVEL

• Manutenção do jovem em companhia dos irmãos menores no


acolhimento;
• A manutenção de jovens “mães” acolhidas com seus filhos;
• Fortalecimento dos vínculos afetivos com as famílias acolhedoras
fomentando assim a manutenção destes a partir do momento em que o
jovem completa 21 anos, inclusive alguns continuam vivendo nas
famílias acolhedoras;
• Os que saem continuam tendo a família acolhedora como referência, o
que é impossível na instituição;
• Aumento na probabilidade de garantir os jovens na Escola,
universidade;
• Aumento na inserção na política de profissionalização e trabalho;
NÚMEROS DO ACOLHIMENTO DOS JOVENS DE 18 A 21 ANOS - 28

TRABALHANDO 26

2 TEM BPC

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