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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

2023

ESTÁGIO SETORIAL
PARA AUXILIAR DE
SERVIÇO DE
APROVISIONAMENTO

Módulo IV – Aquisições no Setor de


Aprovisionamento

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6º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército


ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

Atualizações
Item Breve descrição da
Autor Data
alterado alteração
Júlio César Falcone Bomfim - Maj NOV
2022
André Luis Muniz Barretto - Cap NOV
2022
Paulo Roberto Sousa Pereira - S Ten NOV
2022
Bruno Augusto da Cruz Sarmento- 1º NOV
Sgt 2022

(Atenção: esta apostila não deve ser usada como amparo legal, tratando-se apenas de
um material didático de apoio para estudo e eventuais consultas)

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 4
2. AQUISIÇÕES DE GÊNEROS DE ALIMENTAÇÃO5/6 .......................................................................................... 4
2.1 Quantitativo de Rancho – QR ............................................................................................................ 5

2.2 Quantitativo de Subsistência – QS .................................................................................................... 9

3. ALIMENTAÇÃO DE PESSOAL EM ATIVIDADES INSTITUCIONAIS .................................................................. 12


4. AQUISIÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ......................................................................................................... 12
5. PLANEJAMENTO DAS AQUISIÇÕES E CONTRATOS6 ..................................................................................... 13
6. Elaboração do Plano de Contratações Anual .............................................................................................. 14
7. Estudos Técnicos Preliminares .................................................................................................................... 16
8. Gestão de Riscos .......................................................................................................................................... 16
9. Elaboração do TR/PB .................................................................................................................................. 17
10.EXECUÇÃO DAS AQUISIÇÕES E CONTRATAÇÕES ....................................................................................... 17
11. CHAMADA PÚBLICA PARA COMPRA INSTITUCIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR (CP-CIAF) ................. 19
12. RESTOS A PAGAR ....................................................................................................................................... 22
13. CONCLUSÃO............................................................................................................................................... 23
Referências .................................................................................................................................................. 24

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1. INTRODUÇÃO

Prezado instruendo,
Este quarto módulo tem o objetivo de apresentar as particularidades na aquisição
de gêneros de alimentação, tanto do QS quanto o QR, além de apresentar o
funcionamento de alimentação para eventos institucionais e aquisição de bebidas
alcóolicas.

2. AQUISIÇÕES DE GÊNEROS DE ALIMENTAÇÃO5/6


O Caderno de Orientações para Contratações Descentralizadas com Recursos
Orçamentários sob Gestão da Diretoria de Abastecimento 6 é o documento que padroniza
os procedimentos e orientações aos usuários para um bom planejamento e uma efetiva
utilização dos recursos orçamentários sob gestão da Diretoria de Abastecimento (D Abst),
do qual está inserido a aquisição de Gêneros de Alimentação.
Além desse Caderno, deverão ser observadas, em caráter subsidiário, as
prescrições contidas no Caderno de Orientações aos Agentes da Administração 5,
expedidas pela SEF.
Nós já estudamos no Módulo II desse Estágio, os Aspectos Orçamentários
relacionados ao Setor de Aprovisionamento e como funciona a descentralização de
recursos, por parte da D Abst, nos diversos Agrupamentos de Despesas de Subsistência.
Iremos estudar, nesta Unidade, como devem ser realizadas as aquisições no St
Aprv dos recursos recebidos por aquele ODS.
Inicialmente, cabe destacar que tais aquisições devem ser centralizadas, onde o
Grupo de Coordenação Acompanhamento de Licitações e Contratos (GCALC), dos Cmdo
RM/Gpt Log, deve elaborar os processos licitatórios procurando atender as demandas de
todas as Unidades Gestoras integradas. Nada mais é que um compartilhamento de
recursos para compra de bens, no qual se busca a redução dos custos e eliminação dos
processos repetitivos.
Ao mesmo tempo, destina-se a contratações frequentes, entregas parceladas e,
ainda, quando não for possível definir previamente o quantitativo exato a ser demandado
pelas Unidades Gestoras.

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2.1 Quantitativo de Rancho – QR


A gestão do QR está regulada no Boletim Técnico BT30.410-01 e pelo Caderno de
Orientações da D Abst.
Os itens de suprimentos que deverão constar no processo licitatório são os
previstos no Catálogo de Alimentos Complementares do Exército Brasileiro (CACEB).
Além dos itens do CACEB, podem ser adquiridos combustível para cocção de
alimentos, inclusive por contratação de empresa para fornecimento de gás encanado;
materiais e embalagem descartáveis para confecção, armazenagem, transporte e
consumo de alimentos; e contratação de serviço para confecção de refeições (mediante
solicitação à D Abst e desde que seja fornecida em caráter temporário, limitado e
excepcional).
Dessa forma, não existe a hipótese de ser alegada a falta de recurso para
aquisição de combustível, por exemplo, pois cabem aos gestores do recurso orçamentário
do QR planejar e executar o seu emprego com base na provisão disponibilizada, valendo-
se, portanto, das prioridades estabelecidas acima. Lembrar que as necessidades devem
se subordinar às disponibilidades e nunca o contrário.
A abertura de processo licitatório para aquisição de gêneros alimentícios do QR é
obrigatória para todas as OM do Exército, nos termos da legislação vigente e de acordo
com as premissas dispostas nos itens a seguir:
a. Os Comandos de Região Militar/Grupamento Logístico (Cmdo RM/Gpt Log)
devem realizar os pregões eletrônicos de forma centralizada, para todas as OM
localizadas na sua sede.
b. A licitação poderá ser delegada a uma OM de sua sede, pelos Cmdo RM/Gpt
Log, caso haja interesse ou determinação do escalão superior, que será responsável pela
condução centralizada do processo licitatório do QR, nas mesmas condições que esse
originariamente seria realizado pelo delegante.
c. A delegação deve revestir-se de formalidade, sendo necessária sua publicação
em Boletim Regional.
d. As OM da sede devem ser participantes da licitação realizada pelo Cmdo
RM/Gpt Log de vinculação (ou da OM delegada), manifestando seu interesse em aderir
ao registro de preços.
e. Os OP não estão autorizados a realizarem a licitação do QR.
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f. As OM fora de sede devem realizar sua própria licitação.


g. Quando houver mais de uma OM fora da sede da RM localizadas em uma
mesma guarnição, deverá ser adotado o Pregão Eletrônico por Registro de Preços
centralizado, sendo uma das OM a gerenciadora da licitação e as demais, seus
participantes.
h. Sugere-se que a OM com o comandante mais antigo presente numa
determinada guarnição coordene os trabalhos no sentido de realizar ou indicar o
responsável pela condução do processo licitatório, a fim de obter a economia de escala
em virtude da centralização processual.
i. É vedada a participação em licitações de quantitativo de rancho (QR) de
Unidades Gestoras (UG) que não sejam do Exército Brasileiro (EB).
j. Se houver contingência ou problemas na execução da licitação da OM, é
autorizada, em caráter excepcional, a participação em licitações de UG que não
sejam do EB, somente de forma justificada, amparada, circunstanciada e autorizada
pelo Comandante da Região Militar de jurisdição, devendo os produtos,
obrigatoriamente, estarem previstos no CACEB, exceto aqueles que atenderem ao
previsto no item 5.6. do CACEB.
k. Se houver contingência ou problemas na execução da licitação da OM, é
autorizada, em caráter excepcional, a aquisição como UG Não-Participante
("Carona") em licitações de UG que não sejam do EB, somente de forma justificada,
amparada, circunstanciada e autorizada pelo Comandante da Região Militar de
jurisdição.
l. Não é recomendável a autorização de aquisição como UG Não-Participante
("Carona") em licitações de QR para UG que não sejam do EB, caso haja
necessidade, a permissão deriva do poder discricionário do Ordenador de
Despesas, e somente de forma justificada, amparada, circunstanciada e autorizada
pelo Comandante da Região Militar de jurisdição, devendo o Órgão que fizer a
adesão seguir tudo que está previsto no Edital e TR, inclusive quanto as condições
de recebimento do material.

A D Abst estabelece que as RM/Gpt Log/OM devem promover um meticuloso estudo


dos artigos e das quantidades a serem adquiridas, empregando a descrição mais

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detalhada possível, de acordo com o CACEB. A fim de obter um melhor aproveitamento


do crédito orçamentário disponível, deve-se, portanto, considerar os seguintes fatores:
a. A pesquisa de satisfação das OM dos artigos licitados anteriormente, bem
como suas novas sugestões, a fim de definir o que será licitado;
b. O consumo real de QR das OM durante o ano, evitando a formação de atas
de registro de preços com quantidades superestimadas e sua consequente deturpação do
preço final dos itens licitados;
c. A capacidade de estocagem das OM, a fim de verificar se as OM suportam a
armazenagem dos itens a serem adquiridos;
d. Os cardápios previstos nas OM no cotidiano, podendo a RM/Gpt Log promover
tentativas de padronização por meio de auxílio de nutricionistas, a fim de licitar todos os
artigos necessários, de acordo com a cartilha de boas práticas nutricionais da D Abst, em
quantidades compatíveis e razoáveis;
e. A sazonalidade dos produtos, a fim de aproveitar a melhor época para sua
aquisição em termos qualitativos; e
f. A variação dos preços dos produtos durante o ano, a fim de obter um preço
vantajoso e garantir o equilíbrio contratual durante toda a vigência.

Ainda, a D Abst alerta que as RM/Gpt Log/OM devem realizar pelo menos dois
pregões de QR por ano, com validade de oito meses, a fim de dar flexibilidade na
sobreposição de dois meses de uma licitação para outra.
Caso as RM/Gpt Log/OM não realizem mais de um pregão durante o ano, poderão
ensejar oportunidades para que a licitante e/ou contratada pleiteiem reajuste do preço da
ata e/ou reequilíbrio econômico do contrato, prejudicando, sobremaneira, o planejamento
orçamentário da D Abst.
O procedimento licitatório deve ser iniciado com, pelo menos, seis meses de
antecedência em relação à data prevista para o recebimento dos artigos, seguindo a
legislação vigente e as orientações dos controles interno e externo.
A RM/Gpt Log/OM responsável pela realização da licitação do QR deve planejar a
quantidade total de cada item a ser licitado com base no histórico de
consumo/liquidação de cada OM, não devendo esta quantidade ser superior a oito
meses de consumo.

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A modalidade de licitação prevista para aquisição do QR é o pregão, na forma


eletrônica, não sendo admissível outra modalidade.
As RM/Gpt Log/OM devem observar, ainda, o seguinte:
a. Não podem adquirir artigos de subsistência em lotes, uma vez que, “a regra a
ser observada pela Administração nas licitações é o parcelamento do objeto, da disputa
por itens específicos, e não por lotes, conforme determinam o art. 15, IV e o art. 23, § 1º
da Lei nº 8.666/93 e a jurisprudência consolidada do Tribunal de Contas da União
expressa na Súmula 247 (item 28 do Parecer nº5922/2012/CJU/CGU).
b. Deve-se prever apresentação de amostras e laudos comprobatórios apenas
daqueles artigos cuja entrega possa suscitar dúvidas quanto à qualidade do produto,
tanto na fase de licitação quanto na fase de contratação, estabelecendo regras e
parâmetros objetivos de exigências em conformidade com legislação vigente;
c. O recebimento dos artigos do QR deve ser feito de acordo com o previsto
no Catálogo de Alimentos Complementares do Exército Brasileiro (CACEB) e
conforme o previsto na Portaria Nr 47 - COLOG, de 12 de maio de 2020;
d. Deve-se exigir as garantias contratuais previstas em legislações relativas às
licitações;
e. Deve-se exigir a capacitação técnica operacional das licitantes, a fim de se
evitar “empresas de fachada” ou “aventureiras”, desprovidas de condição de cumprirem o
que foi contratado; e
f. Deve-se prever cronograma de execução para a entrega das licitantes,
formalizando as contratações por meio de termos de contrato e as operacionalizando por
meio de empenhos globais, nomeando-se gestores e fiscais de contrato para
acompanhar sua execução.

As contratações oriundas das licitações devem ser efetuadas por meio de


empenhos tipo “global”, associados às suas respectivas minutas de contratos
devidamente formalizadas. Os empenhos ordinários devem ser utilizados somente nas
situações de entrega imediata (ou pronta entrega) e não parcelada.
A requisição para o processo licitatório deve ser elaborada pelo Cmdo RM/Gpt
Log/OM, e a descrição dos itens deve observar as especificações técnicas estabelecidas
no CACEB e outros documentos complementares expedidos pela D Abst.
A requisição para o processo licitatório deve conter, obrigatoriamente:
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a. a descrição do item, de acordo com o CACEB;


b. o histórico de consumo/liquidação das OM para cada item;
c. a quantidade a ser licitada de cada item deve ter como base o histórico de
consumo/liquidação das OM; e
d. a data prevista para a duração das quantidades de cada item do QR a ser
adquirido.

Em síntese, as aquisições dos gêneros do QR são feitas de duas formas: em


guarnições onde só exista uma OM, por meio de certames realizados por ela mesma, ou
em guarnições com mais de uma OM, onde as licitações acontecem de forma
centralizada, por meio de GCALC, sendo que, na sede das RM/Gpt Log, a incumbência
do processo recai sobre aquele G Cmdo.

2.2 Quantitativo de Subsistência – QS


A gestão do QS está regulada no Boletim Técnico 30.416-01 - Quantitativo de
Subsistência.
Os itens de suprimentos que deverão ser adquiridos são somente aqueles
previstos no Catálogo de Alimentos do Exército Brasileiro (CAEB).
O Fator de Consumo Regional (FCR) é a média de consumo dos últimos 12 (doze)
meses.
Importante destacar que, além dos Cmdo RM/Gpt Log, somente as seguintes OM
estão autorizadas a realizar licitação própria do QS:
a. Comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva;
b. Academia Militar das Agulhas Negras;
c. Centro de Inteligência do Exército; e
d. Gabinete do Comandante do Exército.
Devem ser realizados pelo menos dois pregões de QS por ano, com validade de
oito meses, a fim de dar flexibilidade na sobreposição de dois meses de uma licitação
para outra.
O procedimento licitatório deve ser iniciado com, pelo menos, seis meses de
antecedência em relação à data prevista para o recebimento dos artigos.
É vedada a aquisição de gêneros que não estejam catalogados no CAEB e no
Boletim Técnico de especificação de artigos de subsistência.
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É vedada a autorização de participação em licitações de QS, bem como a adesão


como UG Não-Participante ("carona"), para UG que não sejam do EB.
O Boletim Técnico (BT) 30.416-01 discorre, porém, que se houver contingência ou
problemas na execução da Iicitação da OM, é autorizada, em caráter excepcional, a
participação em licitações de UG que não sejam do EB, mas somente de forma
justificada, amparada, circunstanciada e autorizada pelo Comandante da Região Militar
de jurisdição, devendo os produtos, obrigatoriamente, estarem previstos no CAEB e BT
de especificações dos artigos de subsistência.
Do mesmo modo, se houver contingência ou problemas na execução da Iicitação
da OM, é autorizada, em caráter excepcional, a aquisição como UG Não-Participante
("Carona") em Iicitações de UG que não sejam do EB, somente de forma justificada,
amparada, circunstanciada e autorizada pelo Comandante da Região Militar de jurisdição,
após a abertura de Processo Administrativo Sancionador (PAS) do fornecedor
inadimplente do pregão vigente da RM e consequente punição, devendo os produtos,
obrigatoriamente, estarem previstos no CAEB e BT de especificações dos artigos de
subsistência.
Cabe destacar que não é recomendável a autorização de aquisição como UG Não-
Participante ("Carona") em Iicitações de QS para UG que não sejam do EB. Caso caso
haja necessidade, a permissão deriva do poder discricionário do ordenador de despesas,
e somente de forma justificada, amparada, circunstanciada e autorizada pelo
Comandante da Região Militar de jurisdição, devendo o Órgão que fizer a adesão seguir
tudo que está previsto no Edital e TR, inclusive quanto as condições de recebimento do
material.
A modalidade de licitação prevista para aquisição do QS é o pregão, na forma
eletrônica, não sendo admissível outra modalidade. As RM/Gpt Log/OM devem observar,
ainda, o seguinte:
a. as quantidades licitadas devem levar em conta o FC regional de cada artigo do
QS, multiplicado pelo número de meses que se pretende fazer a duração da ata (oito
meses); além do nível de segurança (Ni Seg) determinado pelos Cmt RM/Gpt Log.
b. as pesquisas de preços devem ser realizadas levando-se em conta a pesquisa
nacional do valor do item, acrescida dos preços praticados em outras licitações
(especialmente nas licitações das outras RM);

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c. não podem adquirir artigos de subsistência em lotes, uma vez que, “a regra a
ser observada pela Administração nas licitações é o parcelamento do objeto, da disputa
por ¡tens específicos, e não por lotes, conforme determinam o art. 15, IV e o art. 23, § 1°
da Lei n° 8.666/93 e a jurisprudência consolidada do Tribunal de Contas da União,
expressa na Súmula 247 (item 28 do Parecer nº 5922/2012/CJU/CGU);
d. os prazos de entrega dos gêneros sejam exequíveis por parte da contratante (ao
menos vinte dias), evitando-se a restrição ao caráter de competição e a consequente
elevação dos preços licitados;
e. as licitações devem prever capacitação técnica para as licitantes dentro dos
limites legais, exigindo-se documentação que comprove que a licitante tem condições de
entregar gêneros similares ou correlatos em quantidades compatíveis com as licitadas; e
f. que os editais de licitação prevejam, obrigatoriamente, a existência de minuta de
contrato com cronograma de entregas e todas as cláusulas obrigatórias legais.
g. deve-se prever cronograma de execução para a entrega das licitantes,
formalizando as contratações por meio de termos de contrato e as operacionalizando por
meio de empenhos globais, nomeando-se gestores e fiscais de contrato para acompanhar
sua execução; e
h. as contratações oriundas das licitações devem ser efetuadas por meio de
empenhos tipo “global”, associados às suas respectivas minutas de contratos
devidamente formalizadas. Os empenhos ordinários devem ser utilizados somente nas
situações de entrega imediata (ou pronta entrega) e não parcelada.

Cumpre ressaltar que a fiscalização contratual, durante todo o processo de


recebimento dos artigos do QS, deve ser exercida. As contratadas que não tenham
cumprido o prazo contratual para a entrega dos artigos do QS, devem ser, de imediato,
sancionadas, evitando acordos não oficiais para dilação do prazo de entrega e perda do
poder sancionador.
A requisição para o processo licitatório deve ser elaborada pelo OP, vinculado à
RM, e a descrição dos itens deve observar as especificações técnicas estabelecidas nos
Boletins Técnicos e outros documentos complementares expedidos pela D Abst.
As RM/Gpt Log/OP e as demais UG provisionadas com crédito do QS devem
realizar pelo menos dois pregões de QS por ano, com validade de oito meses, a fim de

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dar flexibilidade na sobreposição de dois meses de uma licitação para outra. Além disso,
em face da recente instabilidade econômica do País, caso a RM/Gpt Log/OP/OM não
realizem mais de um pregão durante o ano, poderão ensejar oportunidades para que a
licitante e/ou contratada pleiteiem reajuste do preço da ata e/ou reequilíbrio econômico do
contrato, prejudicando, sobremaneira, o planejamento orçamentário daquela Diretoria.

Em síntese, a requisição para o processo licitatório deve conter, obrigatoriamente:


a. descrição do item;
b. FC regional do item;
c. projeção, de acordo com o FC regional, da quantidade existente de cada artigo
do QS em estoque de distribuição na data prevista para a homologação do pregão;
d. quantidade de recomposição do nível de segurança regional do item;
e. quantidade a ser licitada de cada item, com base no FC regional; e
f. data prevista para a duração das quantidades de cada item do QS a ser
adquirido.

Da mesma forma, para cada aquisição deve ser emitida uma requisição do OP que
justifique a demanda, contendo as mesmas informações do parágrafo anterior.
Os gêneros do QS são adquiridos, qualitativamente, de acordo com o CAEB e
Boletins Técnicos de especificações dos artigos.

3. ALIMENTAÇÃO DE PESSOAL EM ATIVIDADES INSTITUCIONAIS


As despesas com alimentação de pessoal em atividades institucionais, tais como
solenidades, cerimoniais, homenagens, eventos comemorativos e recepções, deverão
obedecer ao prescrito na Portaria nº 4.036/GM-MD, de 2 DEZ 20, e na Portaria nº
125/Cmt Ex, de 24 FEV 12, sendo atendidas diretamente pela Diretoria de
Abastecimento, com recursos da reserva regional, nas condições e valores regulados
pelo Plano de Descentralização de Recursos Logísticos (PDR Log).

4. AQUISIÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS


A aquisição de bebidas alcoólicas deve seguir orientação específica da Secretaria
de Economia e Finanças (SEF), atualizada por meio do DIEx nº 212-ASSE2/SSEF/SEF,

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de 20 JUN 18, e devem restringir-se a eventos institucionais, com a devida publicação em


Boletim Interno (BI) e com dotação orçamentária específica.
O Boletim Técnico Quantitativo de Rancho – BT30.410-01 define que os recursos
do QR descentralizados em qualquer Plano Interno (PI) iniciados por “E6SU” ficam
impedidos de serem utilizados na aquisição de bebida alcoólica, ou seja, é vedada a
aquisição de bebidas alcoólicas com recursos do QR, ainda que se trate de evento
institucional.
Mesmo os Planos Internos E6SUPLJSOLE e E6SUSOLSOLE, é vedada a
aquisição de bebidas alcóolicas com recursos provisionados pela D Abst, ainda que se
trata e de evento institucional.
Destaca-se que, independentemente da dotação orçamentária utilizada para a
aquisição de bebida alcoólica, a decisão do Ordenador de Despesas (OD) deve se
revestir de sobriedade e parcimônia, não ferindo a moralidade e austeridade dos gastos
públicos.

5. PLANEJAMENTO DAS AQUISIÇÕES E CONTRATOS6


Tendo em vista a importância do assunto, o antigo Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MPDG), por meio da Instrução Normativa nº 5/2017, dedicou
grande espaço para o planejamento das contratações e aquisições.
Segundo esses normativos, a Administração Pública Federal deverá conceder
maior importância à fase do planejamento, o que passa pelo aumento da interação entre
todos os setores envolvidos no processo de aquisição e culmina na análise dos riscos.
Sendo assim, o OD deverá realizar o planejamento de suas aquisições e
contratações de forma a promover a adequada e tempestiva utilização dos recursos
orçamentários disponibilizados à Unidade, com base nas necessidades dos diversos
setores da UG, formalizadas por meio do Documento de Formalização da Demanda -
DFD (requisição).
A aplicação desses recursos deve ser realizada à luz da finalidade da Nota de
Crédito (NC). Qualquer dúvida sobre o tema deve ser tratada diretamente com o órgão
gestor responsável que descentralizou o crédito, evitando-se o desvio de finalidade.
Dentre outros, deve-se observar as orientações contidas no Caderno de Orientações aos
Agentes da Administração da DGO, no Livro de Contratos de Objetivos Logísticos (COL)

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do COLOG, e outras orientações sobre despesas dos demais órgãos gestores


responsáveis.
Para auxiliar o OD na tomada de decisão, a Instrução Normativa nº 5/2017- MPDG
prevê a composição de uma Equipe de Planejamento da Contratação (arts. 21 a 23),
composta por servidores com conhecimentos sobre aspectos técnicos e de uso do objeto,
licitações e contratos, gestão e fiscalização contratual, dentre outros, para elaboração dos
estudos preliminares e do gerenciamento dos riscos.
Atualmente, temos o Decreto nº 10.947, de 25 de janeiro de 2022, que
regulamenta o inciso VII do caput do art. 12 da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, para
dispor sobre o plano de contratações anual e instituir o Sistema de Planejamento e
Gerenciamento de Contratações no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional.
É recomendável que os agentes da administração se utilizem da reunião de
prestação de contas mensal para discutir o planejamento das contratações, bem como
acompanhar as ações decorrentes, exercendo, dessa forma, o controle do processo. O
Fiscal Administrativo é peça fundamental para o desenvolvimento dessas atividades, haja
vista sua relação direta com as áreas afetas ao processo.

6. Elaboração do Plano de Contratações Anual


A elaboração de um plano de contratações, além de tratar-se de uma obrigação
legal, tem como objetivo alinhar as propostas de aquisições com os objetivos estratégicos
da unidade, além de identificar oportunidades de melhoria nos processos de trabalho. O
plano de aquisições fortalece a governança e a gestão da aplicação dos recursos,
atendendo aos princípios da transparência e da prestação de contas, permitindo mitigar
riscos relativos ao processo de compras.
O esforço conjunto das partes envolvidas (Almoxarifado / Aprovisionamento / Setor
Demandante, SALC, Gestão e Fiscalização Contratual, Gestão de Riscos e Fiscalização
Administrativa) é fundamental para o correto dimensionamento da demanda da Unidade e
da otimização dos recursos disponíveis.
O Plano de Contratações Anual é uma ferramenta de gestão que permite
assegurar o alinhamento dos objetivos estratégicos das Unidades às
aquisições/contratações.

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A elaboração do Plano de Contratação Anual (PCA), pelas UG, será realizada por
meio do sistema de PGC, conforme consta do art. 3º, devendo-se observar o manual do
PGC do Ministério da Economia (ME). O sistema PGC é uma ferramenta eletrônica que
consolida todas as contratações que o órgão ou entidade pretende realizar no exercício
subsequente.
O novo módulo simplifica a elaboração do PCA, conforme o estabelecido pelo
Decreto nº 10.947, de 2022. Cada setor requisitante terá que preencher seus
Documentos de Formalização da Demanda (DFD), a ser encaminhado para a SALC, que
terá um prazo para analisar os pedidos, consolidá-los e elaborar o PCA.
A elaboração do PCA obedecerá às seguintes etapas e prazos:
1) Até 1º de abril A-1: preenchimento do Documento de Formalização de
Demanda (DFD) no sistema de PGC pelo setor requisitante;
2) Até 30 de abril A-1: consolidação das informações por parte da SALC,
elaboração do PCA e encaminhamento à autoridade competente, também via sistema; e
3) Até 15 de maio A-1: aprovação do PCA pela autoridade competente, no
sistema PGC.
Cabe observar que o PCA poderá ser alterado e revisado, em 2 (dois) momentos,
nos termos do art. 15 do Decreto nº 10.947, de 2022.
Quanto ao acesso ao sistema PGC, a Unidade deve solicitar, via OpLog, o
cadastro dos militares envolvidos no SIASG, conforme os seguintes perfis:
a. Setor requisitante (PAC-REQUI): responsável pela formalização da
demanda no Sistema (seções/repartições da OM);
b. Setor técnico (PAC-TEC): responsável pela análise e aprovação prévia das
contratações, quando for o caso;
c. Unidade de compras (PAC-UNCOMP): responsável pela análise e
aprovação prévia das demandas encaminhadas pelos requisitantes e pelo posterior
encaminhamento à autoridade competente (Ch SALC); e
d. Autoridade competente (PAC-AUTOR): responsável pela aprovação do
plano e envio ao Ministério da Economia - ME (dirigente máximo).
Para maiores detalhes sobre a operacionalização do sistema, acessar o link
disponível em: https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/conheca-o-compras/sistema-
de-planejamento-e- gerenciamento-de-contratacoes/PassoapassoPGC.pdf

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7. Estudos Técnicos Preliminares


Os estudos técnicos preliminares são o conjunto de medidas preparatórias à
contratação, com vistas a agregar valor ao futuro certame, destacando-se:
✓ exame da contratação anterior para identificar eventuais inconsistências
ocorridas;
✓ realização de análise de mercado para buscar a solução que melhor atenda
à Administração;
✓ verificar se é viável a divisão do objeto em tantas parcelas quantas se
comprovarem técnica e economicamente; e
✓ estabelecimento de método para estimar a quantidade e a estimativa de
preços e previsão da necessidade de capacitação dos agentes para atuarem nas demais
fases.
As contratações devem ser precedidas de Estudos Preliminares para análise da
sua viabilidade e o levantamento dos elementos essenciais que servirão para compor o
Termo de Referência/Projeto Básico (TR/PB) por parte do Setor Demandante, de forma
que melhor atenda às necessidades da Administração.
Sobre os procedimentos para a realização dos Estudos Técnicos Preliminares
temos a Instrução Normativa SEGES nº 40, de 2020 (para os processos regidos pela Lei
nº 8.666/93, Lei nº 10.520/01 e Lei nº 12.462/11); a Instrução Normativa SEGES nº
58/2022, de 8 AGO 22 (para os processos regidos pela Lei nº 14.133, de 2021) e o
Caderno de Orientações aos Agentes da Administração da SEF 9.1 que versa sobre os
ETP.

8. Gestão de Riscos
O gerenciamento de riscos é uma importante ferramenta para o aprimoramento da
governança e de prevenção da ocorrência de eventos negativos que prejudiquem a
consecução dos objetivos da contratação.
Essa atividade visa mitigar os riscos inerentes aos processos, buscando possibilitar
garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos. Neste contexto, a Administração
deverá observar o conteúdo da Portaria nº 292, de 2 de outubro de 2019/EME que aprova

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

o Manual Técnico da Metodologia de Gestão de Riscos do Exército Brasileiro (EB20-MT-


02.001), 1ª Edição, 2019.
O mapeamento dos riscos e os documentos que comprovam os estudos
preliminares são submetidos à apreciação da Assessoria Jurídica, e sua ausência pode
ensejar o indeferimento do processo.
Sobre os procedimentos para a realização da Gestão de Riscos, tem-se o Caderno
de Orientações aos Agentes da Administração da SEF 4.1 que trata do tema.

9. Elaboração do TR/PB
Finalizados os estudos preliminares e o gerenciamento dos riscos, o processo será
encaminhado ao setor demandante para elaboração do TR/PB. Nesse momento, caberá
ao demandante avaliar a pertinência de modificar ou não os Estudos Técnicos
Preliminares e o Gerenciamento de Risco, a depender da temporalidade da contratação.
Devem ser utilizados os modelos de minutas padronizados de Termos de
Referência e Projetos Básicos da Advocacia-Geral União (www.agu.gov.br) e observadas
as diretrizes dispostas no Anexo V da IN 05/2017 para a elaboração do TR/PB.
Atualizado o TR/PB, o Setor Demandante o envia, com os demais documentos do
processo, para a Fiscalização Administrativa, para análise e encaminhamento ao
Ordenador de Despesas.

10. EXECUÇÃO DAS AQUISIÇÕES E CONTRATAÇÕES


O processo de aquisições e contratações é dividido em 3 (três) etapas:

Realizado o planejamento, ou seja, finalizada a 1ª fase, a SALC recebe toda a


documentação (documento de formalização da demanda, pesquisa de preços, estudos
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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

técnicos preliminares, mapeamento de riscos e TR/PB), devendo iniciar os procedimentos


para seleção do fornecedor (2ª fase), afeta à SALC, de acordo com o objeto.
A análise do objeto deve passar pelo valor da contratação, sua periodicidade no
ano, modo de fornecimento, baseada nas informações do TR/PB. Especial atenção deve
ser dada ao correto dimensionamento dos quantitativos e à análise da pesquisa de
preços, verificando se esta contém valores exorbitantes (superfaturamento) ou
inexequíveis.
Deve-se, ainda, verificar se a descrição dos itens está clara e suficiente, não
podendo ser esta descrição tão limitadora que restrinja a competição, nem tão simples
que viabilize a entrega de qualquer produto pela futura Contratada. E, por fim, deverá
conter os códigos de material e de serviços conforme os catálogos (CATMAT e
CATSERV) do SIASG.
Após a análise de toda documentação, a SALC deve fazer sua juntada, adotando
as seguintes providências para contratação, conforme o caso:
a. Dispensa de licitação por valor (inc. I e II do art. 24 da Lei nº 8.666/93) -
incluir a dispensa no SIASG e executar uma cotação eletrônica, preferencialmente;
b. Dispensa de licitação por valor (inc. I e II do art. 75 da Lei nº 14.133/21) –
realizar uma dispensa eletrônica no sistema Compras.gov.br e, de acordo com o
resultado, efetuar a contratação;
c. Dispensa nos demais casos ou inexigibilidade de licitação (art. 17, inc. III e
seguintes do art. 24 e art. 25, todos da Lei nº 8.666/93) - incluir a documentação
pertinente ao caso (certidões negativas, declaração de exclusividade, razões para
escolha do fornecedor, termo de ratificação, etc), submeter o processo à apreciação da
consultoria jurídica (CJU), encaminhar o processo à Região Militar para ratificação da
autoridade superior e proceder aos demais atos administrativos cabíveis (publicação da
ratificação, contratação e elaboração da NE e/ou termo contratual), nos termos do art. 26
da Lei nº 8.666/93;
d. Dispensa nos demais casos ou inexigibilidade de licitação (art. 74, inc. III e
seguintes do art. 75 e art. 76, todos da Lei nº 14.133/21) - incluir a documentação
pertinente ao caso (certidões negativas, declaração de exclusividade, razões para
escolha do fornecedor, autorização da autoridade competente etc), submeter o processo
à apreciação da consultoria jurídica (CJU) e proceder aos demais atos administrativos

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

cabíveis (publicação, contratação e elaboração da NE e/ou termo contratual), nos termos


do art. 72 da Lei nº 14.133/21 (sempre que possível, deverá ser precedido de dispensa
eletrônica);
e. Processo Licitatório (Lei nº 8.666/93, Lei nº 10.520/02, Lei 12.462/11 e Lei
14.133/21) – adotar os modelos de editais e Termos de Referência da AGU, observando
as orientações contidas em tais modelos, bem como o estabelecido nas legislações que
regulamentam a Lei Geral de Licitações e Contratos.
Recomenda-se que o Instruendo realize o Estágio Setorial de Aquisições,
Licitações e Contratos com o objetivo de se capacitar na execução das tarefas que exijam
conhecimento na área de processos licitatórios para aquisição de material e contratação
de serviços.

11. CHAMADA PÚBLICA PARA COMPRA INSTITUCIONAL DA AGRICULTURA


FAMILIAR (CP-CIAF)
A fim de fomentar as atividades do campo, o Governo Federal instituiu a Lei nº
11.326/2006, a Lei nº 12.512/2011, o Decreto nº 7.775/2012 e as Resoluções nº 50/2012
e nº 64/2013, do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos que regem as
diretrizes para a operacionalização da Compra Institucional, no qual as Unidades do
Exército se encontram enquadradas.
O Decreto nº 8.473, de 22 de junho de 2015, tornou obrigatória a aquisição de
alimentos de agricultores familiares e suas organizações, empreendedores familiares
rurais e demais beneficiários, no percentual mínimo de 30% (trinta por cento) do total
dos recursos recebidos para aquisição de gêneros, conforme o art. 1º.
Deve-se adotar como referencial o somatório de recursos provisionados para
Alimentação de Pessoal, no ano anterior, de cada OM que emitir a Nota de Empenho de
aquisição.
Sobre o assunto, a Instrução Normativa nº 02/2018-SEGES/MPDG dispõe sobre a
Compra Institucional de alimentos fornecidos por agricultores familiares e pelos demais
beneficiários.
O Boletim Técnico BT30.410-01 – Quantitativo de Rancho estabelece que os
Comando de Região Militar (Cmdo RM) / Grupamentos Logísticos (Gpt Log) devem
realizar, de forma centralizada, as chamadas públicas de quantitativo de subsistência

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

(QS), para todas as OM vinculadas, e de rancho (QR), apenas para as OM localizadas na


sua sede.
Caso haja interesse da RM, as chamadas poderão ser delegadas a uma OM de
sua sede, que será responsável pela condução centralizada dos processos, nas mesmas
condições dos que, originariamente, seriam realizados pelo Cmdo RM, prestando contas,
periodicamente, ao Comandante de Região Militar acerca do andamento da CP-CIAF.
As OM fora de sede devem realizar suas próprias chamadas públicas de QR.
Quando houver mais de uma OM fora da sede da RM localizadas em uma mesma
guarnição, deverá ser adotado a chamada pública centralizada, sendo uma das OM a
gerenciadora da chamada e as demais, seus participantes.
A D Abst recomenda-se que a chamada pública tenha sua homologação até 15 de
março do exercício financeiro de utilização, haja vista se tratar de uma dispensa de
licitação e, por isso, ter sua validade apenas até 31 de dezembro do ano corrente.
O Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF deverá adotar as seguintes
medidas preliminares para formular suas relações de itens:
a. Fazer uma pesquisa junto às entidades da Agricultura Familiar para identificar a
capacidade produtiva e a vocação regional, de forma a incluir itens que serão atendidos e
prevenir itens desertos (sem proposta); e
b. Estudar o Catálogo de Produtos Ofertados Pela Agricultura Familiar e Relação
de Cooperativas Cadastradas, disponíveis no Portal da Agricultura Familiar.
Após as ações acima, elaborar a relação da CP-CIAF a partir dos itens produzidos
na área de abrangência, com a qual o Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF
fará a pesquisa de preços praticados, conforme procedimentos previstos na legislação
vigente.
Enquanto a Pesquisa de Preços se desenvolve, a fim de ganhar tempo,
simultaneamente, o Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF, envia a relação
para as demais OM, potenciais interessados, a fim de obter a formalização de
participação, mediante DIEx do Ordenador de Despesas.
A OM participante ao receber a relação de itens da CP-CIAF deve analisar seu
conteúdo, com a participação do Fiscal Administrativo e Aprovisionador, fazendo registrar
na relação as quantidades de cada item que atendem à sua demanda.

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

Com a identificação dos quantitativos finalizada a OM participante deve retornar a


relação para o Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF.
O Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF deve consolidar as
informações de necessidades de cada OM participante, fazendo incluir os preços obtidos
da Pesquisa de Preços na relação, com itens separados para cada OM, de forma que as
entidades da Agricultura Familiar possam apresentar propostas de acordo com a sua
capacidade produtiva, prevenindo que ocorram itens desertos ou que alguma entidade
deixe de participar da CP-CIAF, por não ter condições de atender a totalidade das
necessidades.
O Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF deve realizar estudo no
sentido de executar uma ou duas CP-CIAF por ano, com validade até 31 de dezembro,
visando aproveitar o orçamento do exercício financeiro para as despesas com
alimentação de pessoal.
O Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF deve elaborar o edital e
anexos, de acordo com a legislação vigente.
É recomendável fazer constar no edital, como anexos, os modelos a serem
preenchidos pelos fornecedores, encaminhados às Regiões Militares através dos DIEx nº
758-SGLSubs/D Abst, de 04 FEV 19 e DIEx nº 831-SGLSubs/D Abst, de 05 FEV 19, que
são os seguintes:
a. Anexo I – Modelo Proposta de Venda Pessoa Física;
b. Anexo II – Modelo Proposta de Venda Pessoa Jurídica;
c. Anexo III – Modelo Declaração do Controle de Limite de Venda Individual;
d. Anexo IV – Modelo da Declaração de Produção Própria Pessoa Física;
e. Anexo V – Modelo da Declaração de Produção Própria Pessoa Jurídica; e
f. Anexo VI – Modelo da Declaração de Procedência da Agricultura Familiar.

O Cmdo RM/Gpt Log/OM responsável pela CP-CIAF deve divulgar o edital de


chamada pública no Portal de Compras da Agricultura Familiar e no Portal de Compras
Governamentais, pelo prazo mínimo de 10 (dez) dias, de acordo com o Parágrafo 3º, da
Resolução do GGPAA nº 64, de 22 de novembro de2013.
As contratações oriundas das chamadas públicas devem ser efetuadas por meio
de empenhos tipo “global”, com amparo legal no Art. 17 da Lei nº 12.512/2011, de

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

acordo com as provisões recebidas, associados às suas respectivas minutas de contratos


devidamente formalizadas. Os empenhos ordinários devem ser utilizados somente nas
situações de entrega imediata (ou pronta entrega) e não parcelada. Entende-se como
pronta entrega, aquelas realizados em até 30 (trinta) dias.
Para registro da Dispensa de Licitação, Contratação e emissão da Nota de
Empenho deve ser adotada a sequência do quadro abaixo:
OM Responsável pelo CP-CIAF OM Participante
- Registro da Dispensa no SIASG Net,
adotando o amparo do Art. 17, da Lei nº
12.512/2011, individual para cada fornecedor e
todos os itens arrematados por ele.
- Emissão de Nota de Empenho tipo “Global”
individual para cada fornecedor. Gerar NE de
Anulação ou Reforço, conforme o caso de
necessidade da OM.
- Celebração do Contrato com cada fornecedor,
conforme minuta do contrato anexa do edital
- Registro do Contrato no SICON, para cada
fornecedor, lastreado pela Nota de Empenho
emitida.
- Após o registro do contrato no SICON, usar o - Para emitir Nota de Empenho usar os
comando “IALDESCONT” (INC. comandos “EMPEXEDESC” (Empenho de
DESCENTRALIZAÇÃO CONTRATO) e Execução Descentralizada) – GERAMINDESC
registrar Código das UG participantes. (Gera Minuta de Execução Descentralizada),
incluindo dados da UG e número do contrato
de origem.

Por fim, outras informações importantes podem ser adquiridas no sítio eletrônico:
http://www.mda.gov.br/sitemda/dap/agricultura-familiar.

12. RESTOS A PAGAR

A Unidade deve acompanhar os saldos de empenhos não liquidados ao final do


exercício. Estes saldos poderão ser inscritos em restos a pagar não processados, para
serem liquidados no exercício seguinte. Para isso, a UG deverá realizar uma análise
criteriosa dos seguintes aspectos:

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

✓ Real necessidade do bem ou serviço para a UG no próximo exercício; caso


contrário, anular o empenho, em tempo hábil, e utilizar o recurso para outra finalidade ou
devolvê-lo (mediante autorização do órgão gestor responsável, se for o caso);
✓ Confirmação junto ao fornecedor da pretensão de entrega do bem e/ou
prestação do serviço no exercício seguinte, evitando assim o cancelamento de RP; e

Estes procedimentos visam evitar, posteriormente, o cancelamento dos Restos a


Pagar, o que significa perda de recurso por parte da Força. Neste contexto, cabe à SALC,
junto ao Setor Requisitante (Aprovisionamento), assessorar ao Fiscal Administrativo na
administração dos recursos a serem inscritos em Restos a Pagar, por ocasião do
encerramento do exercício.
Recomenda-se observar o Decreto nº 9.428/18, que altera o Decreto nº 93.872/86,
para dispor sobre despesas inscritas em restos a pagar não processados.

13. CONCLUSÃO

Finalizamos assim o módulo IV e seguimos com nosso estágio, agora você já


possui conceitos essenciais para a execução dos procedimentos licitatórios afetos à área
do Aprovisionamento. A seguir, para complementar os conhecimentos necessários à
Gestão do Aprovisionamento, veremos sobre Controle Patrimonial no Setor de
Aprovisionamento e as atribuições do Auxiliar de Rancho.

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ESASA Módulo IV – Aquisições no Setor de Aprovisionamento

Referências

BIBLIOGRAFIA
1BRASIL. Exército Brasileiro. Normas Administrativas Relativas ao Suprimento

(NARSUP). Portaria N° 09- D LOG, de 27 de junho de 2002.


2BRASIL. Exército Brasileiro. Boletim Técnico – noções básicas do sistema de
subsistência. BT30.412-01 1ª edição 2020
3BRASIL. Exército Brasileiro. Boletim Técnico – Cadeia de suprimento Classe I.
BT30.415-01 2ª edição 2022
4BRASIL. Exército Brasileiro. Instruções Reguladoras sobre Procedimentos para o
Setor de Aprovisionamento no âmbito do Exército – IRPSAEx. Portaria –
Dabst/COLOG/C Ex nº 280 de 08 de dezembro de 2021.

5BRASIL. Exército Brasileiro- Secretaria de Economia e Finanças. Caderno de


Orientações aos Agentes da Administração – Setor de Aprovisionamento. 2ª Edição
- 2022
6BRASIL. Exército Brasileiro- Secretaria de Economia e Finanças. Caderno de
Orientações aos Agentes da Administração – Seção de Aquisições, licitações e
contratos (SALC) 9.2. 2ª Edição – 2022
7BRASIL. Exército Brasileiro – Comando Logístico / Diretoria de Abastecimento. Caderno
de Orientações para Contratações Descentralizadas com Recursos Orçamentários
sob Gestão da Diretoria de Abastecimento. Edição 2022.

Plano de Descentralização de Recursos Logísticos (PDR Log)

Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP)

Regulamento Interno e dos Serviços Gerais - R-1 (RISG)

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