O casamento de Oseias, símbolo

da infidelidade de Israel
Vamos analisar sobre o seguinte
tema: o romance da reconciliação.
O profeta Oseias viveu num perí-
odo extremamente turbulento, e
poderíamos resumí-lo citando três
características. A primeira delas,
de intensa prosperidade financeira.
Foi o longo governo de Jeroboão II,
com 41 anos de prosperidade, de
riqueza e de sucesso.
Segunda: erraram em seus
caminhos. Tinham uma religião
em crise, em que os sacerdotes

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 abandonaram a lei de Deus,
esqueceram a Palavra de Deus, e
o povo, seguindo o passo errante
dos sacerdotes, se desviou de
Deus e prostrou-se diante de
imagens e de ídolos abomináveis.
Terceira característica: havia
uma corrupção moral galopante.
O povo enveredou para a prosti-
tuição, a bebedeira, a violência, a
falta de critérios morais, a rouba-
lheira. A nação de Israel se cor-
rompeu ao extremo, a começar
pela liderança. Depois da morte
do grande Jeroboão II, a nação
começou a cair. Dissensões in-
ternas, traições e conspirações

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fizeram que muitos reis fossem
mortos, assassinados traiçoeira-
mente. Em crise, sem rumo, sem
norte, sem modelos, sem a Pala-
vra de Deus, Israel busca a aju-
da da Síria e do Egito, para evitar
uma catástrofe nacional, adotan-
do uma política externa estran-
guladora. Os líderes assumiram o
compromisso de pagar impostos
escorchantes, que tornavam a
vida do povo um pesadelo.
Chegou um ponto em que a
situação se tornou caótica. Os
reis eram homens devassos, e
os sacerdotes embriagavam-se e
sonegavam a Palavra de Deus ao

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 povo. As famílias desintegravam-
-se, a sociedade corrompia-se
cada vez mais, e a violência,
a prostituição e a roubalheira
grassavam naquela sociedade. A
religião estava completamente
desacreditada.
Deus compara a situação
de Israel a uma mulher que se
torna infiel ao seu marido, que
abandona o vínculo conjugal, que
abandona a fidelidade e começa
a ir atrás de seus amantes. Deus
diz: “Israel me abandonou, voltou
as costas para mim; eu, como
marido de Israel, fui rejeitado,
desprezado, abandonado. Israel

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está à procura de outros deuses,
de ídolos vãos”. Nesse momento,
Deus adota uma metodologia
extremamente comovente, pois,
em vez de falar, ele faz uma
demonstração viva à nação.
Agora Deus não fala à nação pela
boca do profeta, e sim pela vida
do profeta. Ele não levanta um
pregador, levanta um monumento
vivo, para revelar àquela nação
a grandeza de seu pecado, para
expor aos olhos daquela nação a
hediondez de seus crimes. Para
exemplificar a traição que Israel
cometera contra o Deus que a
amara, acolhera e salvara e que

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 é substituído por ídolos, o Senhor
levanta então Oseias. A vida do
profeta seria um retrato do amor
de Deus e da infidelidade do povo.

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