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CURSO DE PSICOLOGIA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 MÉTODO 4
2.1 Método Bick 4
2.2 Observação Participante 5
3 RESULTADOS 6
4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 7
5 CONCLUSÃO 8
3
1 INTRODUÇÃO
2 MÉTODO
O método Bick foi criado em 1948, em Londres, por Esther Bick, visando
auxiliar a formação de psicoterapeutas, devido à oportunidade de uma experiência
prática com bebês, reconhecendo o benefício que esse método pode trazer à
formação clínica. Desde a sua criação, o método tem se destacado como um
instrumento de aprendizagem, de pesquisa e clínica. Configura-se como uma
ferramenta de aprendizagem por permitir acompanhar o desenvolvimento do bebê e
a constituição e desdobramento de sua relação com seus familiares, sobretudo com
sua mãe.
Segundo (Kompinsky, 2000, p. 13) o método consiste em o observador fazer
uma visita a casa da família com duração de uma hora e frequência semanal no
primeiro ano e quinzenal no segundo ano. Anotar com o maior número de detalhes o
que for possível observar e depois relatar no grupo de supervisão cujo objetivo é
descrever o desenvolvimento da relação entre o bebê e o meio ambiente. Além
disso, o observador deve tentar compreender os aspectos inconscientes do
comportamento e padrões de comunicação, bem como entender os sentimentos
despertados durante esta observação nele próprio.
Esse método está ancorado nos principais pressupostos da Psicanálise, tais
como: inconsciente, transferência e contratransferência e atenção flutuante. Desse
modo, o observador ocupa lugar de destaque no método. Ele não é neutro,
tampouco objetiva manter-se numa atitude de neutralidade, como no caso da
observação de cunho experimental. Considerando os aspectos transferenciais, o
observador é tido no método Bick de observação como participante, mas sua
interferência deve ser a mínima possível, para que não se produzam maiores
distorções no que se desenrola na família. Ele deve permanecer no campo
emocional do bebê e seu entorno, mas deve evitar causar grandes perturbações no
meio familiar.
O método Bick de observação é constituído em três tempos: o momento da
observação, o momento do relato da observação e o momento do relato da
observação na supervisão. O momento da observação em sua versão original,
5
3 RESULTADOS
3º MOMENTOº - Bebê toma banho Esse foi o período em que foi mais
e realiza todas as higienes e perceptível a boa relação da mãe
cuidados com a saúde. com o bebê, pois ela demonstrou
cuidado ao realizar todo o processo,
conversou e cantou para a criança,
a bebê sorria e se movimentava
bastante. Nesse momento, a avó da
criança fez uma ligação via
chamada de vídeo para ver como
ela estava.
tato, pelo toque e pela segurança do embalo. É a partir da fusão com o outro que a
criança interage com o meio ambiente, participa, se familiariza e aprende sobre o
mundo que a cerca; idade em que a bebê observada se encontra.
Para Wallon, o processo de desenvolvimento oscila constantemente entre a
afetividade e a inteligência, de maneira dialética, podendo até mesmo manifestar
regressões. As aquisições adquiridas em cada estágio são irreversíveis — no
entanto, o indivíduo pode retornar a algumas atividades de estágios anteriores. Para
ele não há condicionamento e extinção de comportamentos, ou seja, um estágio não
suprime as aprendizagens anteriores, antes as íntegra, resultando em um
comportamento fundado na agregação e combinação dessas partes anteriores. O
movimento da aprendizagem, portanto, não segue um fluxo linear e pode ser
composto por elementos regressivos, o que não implica, necessariamente, em uma
defasagem incontornável, mas antes em uma característica do próprio processo.
A Teoria da Afetividade de Wallon, nesse sentido, nos serve para questionar
qualquer forma de ensino que não leve em consideração a compleição afetiva, social
e política da educação, onde “todas as crianças, sejam quais forem suas origens
familiares, sociais, étnicas, têm direito igual ao desenvolvimento máximo que sua
personalidade comporta. Elas não devem ter outra limitação além de suas aptidões”
(LAKOMY, 2003 p. 60). A aprendizagem, portanto, deve ser imbuída de interações
sociais, trocas e formação de vínculos, intermediados pela compreensão do papel
da afetividade e suas implicações. Isso pressupõe uma educação orientada para o
desenvolvimento afetivo, social e intelectual de forma integrada, capaz de gerar
processos que, em seu bojo, criem mecanismos de compreensão, aceitação,
negação, assimilação, defesa ou administração das sensações e sentimentos
desencadeados.
5 CONCLUSÃO
designa não uma pessoa física, mas uma instância, um conjunto de elementos
individuais, históricos, sociais e culturais no qual o indivíduo humano está
mergulhado. O pequeno outro, com “o” minúsculo, designa cada sujeito que, na sua
singularidade, é um representante único e inesgotável do grande Outro ao qual
pertence (CRESPIN, 2004).
Na falta deste vínculo primordial entre a mãe e o bebê nos primeiros meses
de vida são colocadas em risco todas as possibilidades de aquisições dessa criança.
O desenvolvimento dos aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais pode não
acontecer de maneira satisfatória porque este vínculo primordial não foi estabelecido
(CRESPIN, 2004; JERUSALINSKY, J., 2002; PICCININI, 2010).
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REFERÊNCIAS