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RELATÓRIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA.

FEIRA DE SANTANA

Leilane Almeida Santos Cerqueira


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RELATÓRIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA.

Relatório de Estágio Clínico apresentado como


requisito parcial para obtenção do título de
especialista no curso de pós- graduação em
Psicopedagogia Clínica Cefap Educacional.
Orientadora:

FEIRA DE SANTANA
2022
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TERMO DE APROVAÇÃO

Relatório Final de Prática Psicopedagógica Clínica apresentado à


FACMINAS para obtenção do título de especialista do curso em
Psicopedagogia Clínica, Institucional e Hospitalar.

NOTA ( ) = Aprovado ( ) D = Insuficiente.

Visto da Supervisão de Estágio


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SUMÁRIO

1.Identificação 5
2.Introdução 5
3.Desenvolvimento 5
3.1Anamnese 5
4.Informe 6
5.Conclusão sobre a intervenção 7
6.Encaminhamentos / intervenções 7
7.Referências bibliográficas 9
8.Anexos. 10
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INFORME DAS HIPÓTESES DO DIAGNÓSTICO ATENDIMENTO


PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO

1. IDENTIFICAÇÃO

NOME: L.O.M
IDADE: 07 ANOS
SEXO: MASCULINO
DATA DE NASCIMENTO: 19/03/2016
ESOLARIDADE: 2° ANO FUNDAMENTAL

2. Introdução

O relatório que se segue, tem como origem o Estágio Supervisionado em Psicopedagogia


clínica, tendo como objetivo o diagnóstico psicopedagógico clínico.
O mesmo é resultante de um estudo teórico e prático (no campo de estágio). Realizado para a
conclusão do curso de Psicopedagogia Clínica.
0 estagio quando compreendido como atividade que pode proporcionar benefícios para o ser
humano, trará consequências bastante positiva. Nessa perspectiva, o estágio supervisionado
tem como objetivo proporcionar uma maior integração entre os conhecimentos acadêmicos e
as práticas psicopedagógicas, além de proporcionar uma maior compreensão acerca da
dinâmica das Clínicas.

O estágio aconteceu no período de novembro a dezembro de 2022, na Clínica Integra,


localizada na Rua Doutor Sabino Silva, Ponto Central, onde foram realizadas quatro (04)
sessões, sendo 02 sessões de observação e 02 de intervenção com uma criança chamada
L.O.M de sete anos de idade cursando o 2° ano do Ensino Fundamental.

3. Desenvolvimento

3.1. ANAMNESE

A anamnese é um dos instrumentos utilizados no diagnóstico psicopedagógico, ela consiste em


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uma entrevista realizada com os pais ou responsáveis da pessoa que está sendo avaliada e
tem o intuito de resgatar a história de vida do sujeito, coletando informações relevantes que
possam desvendar dados e fatos observados durante a avaliação, a partir dela também é
possível chegar a uma hipótese diagnóstica, com base nas informações obtidas. Portanto, é
necessário que o psicopedagogo esteja atento aos detalhes e registre-os com precisão. A
história de vida do sujeito em atendimento é interpelada através da anamnese, ou seja,
procura-se obter o maior número possível de informações sobre a vida do mesmo, sempre
documentando e analisando os dados (SAMPAIO, 2010). A entrevista engloba, desde os
momentos da gestação e concepção, até os dias atuais. Trata-se de uma lembrança de dados
importantes acerca da vida do indivíduo. Para Weiss (2007), a anamnese é um dos pontos
categóricos de uma boa avaliação psicopedagógica. Através da entrevista, será possível
verificar a percepção da família acerca da história da criança, da angústia do não aprender, as
expectativas, anseios, afetos, conhecimentos e tudo que se espera do sujeito.

A anamnese é restritamente ao profissional e feito de forma sigilosa as informações acerca da


criança. Foi me passado através da psicopedagoga que realiza as terapias com a criança, onde
a mesma me relatou que a criança apresenta dificuldade na aprendizagem, a genitora trouxe
um relatório da escola informando que a criança fica dispersa, tem dificuldade de concentração,
leitura e escrita, necessita de auxílio para realização de atividades.

4. Informe

A criança observada L.O.M, durante o processo de terapia, foram realizadas 04 sessões cada
uma com duração de 30 minutos, foram realizadas 02 observações e 02 sessão de intervenção
com a criança. As observações levantou hipóteses para o TDAH, onde a psicopedagoga
orientou a família buscar atendimento com a especialista em neurologia para obter um
diagnóstico preciso do que a criança apresenta.

Neste contexto, ao se tratar de uma pessoa com déficit de atenção, a intervenção


psicopedagógica é de suma importância, porque “se realizam entre um sujeito que acompanha
o processo e outro que o vivencia ativamente, configurando ambos, um sistema transformador”
(Visca, apud BARBOSA, 2010, p. 15).

Neste sistema, o indivíduo tem a oportunidade de vencer os obstáculos que surgem no


processo de aprendizagem.

Nesta intervenção psicopedagógica seria viável utilizar jogos e brincadeiras, por serem
elementos de ação e de caráter objetivo, podendo ser utilizados tanto no âmbito individual
quanto grupal, atingindo assim, o objetivo principal de aprendizagem deste educando.

Segundo (BARBOSA, 2010) “Tanto a brincadeira quanto o jogo são marcados pela ludicidade”,
sendo esta, um ingrediente fundamental desses recursos psicopedagógicos.

No primeiro momento de observação a criança apresentou falta de atenção, indisposição


verbalizando está cansada.

No segundo momento o paciente apresentou dificuldade de leitura e escrita.

A 3º sessão foi realizada uma atividade de matemática, com a contagem de animais na


prancha, nessa atividade foi estimulado:

● Memorização

● Raciocínio logico

● Percepção
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● Concentração

● Identificação

● Lateralidade

Nossa 4° sessão coloquei as fichas das figuras mostrei os nomes pra poder o paciente
identificar os objetos através da prancha pedagógica, o objetivo da atividade além de estimular
a leitura era de que o paciente identificasse os nomes dos objetos e colocasse de acordo a
figura selecionada.

Nessa atividade foi estimulado:

● Memoria

● Vocabulário

● Formação de palavras

● Formação de frases

● Identificação do objeto

● Concentração

● Percepção

● Lateralidade

5. Conclusão sobre a intervenção

Para o aluno: Trabalhar através do uso de material concreto, histórias, fichas, objetos,
gravuras, recortes, jogos de memória, ordenar e narrar fatos exercitando a oralidade. Fazer
acompanhamento com fonoaudiólogo.

Este trabalho oportunizou a prática das teorias e conhecimentos adquiridos durante o curso de
Psicopedagogia Clínica e Institucional. Ao desenvolver este trabalho, foi possível observar e
analisar, e desta forma, melhor compreender a aprendizagem de um sujeito com dificuldades
de aprendizado. Bem como este sujeito pode vencer os obstáculos que surgem durante este
processo.

Nas sessões psicopedagógicas a criança relatava fatos curtos, quando questionado, sem a
preocupação temporal; sua fala era baixa demonstrando timidez e demonstrava distração;
mostrava insegurança emocional diante da execução das atividades; possuía dificuldades de
compreensão de texto longos; apresentava dificuldades na resolução de cálculos matemáticos,
necessitando utilizar as mãos ou objetos concretos para auxiliar no desenvolvimento das
atividades; precisava de muito tempo para ler e entender textos longos; realizava atividades
simples, com textos curtos.

Este estudo demonstrou a importância que a presença de um psicopedagogo possui e


como este pode intervir junto aos educadores e educandos para sanar dificuldades no
aprendizado e ensino de um, ou mais, alunos.

Temos a expectativa de que as intervenções realizadas proporcionem sucesso do aluno no


desenvolvimento da aprendizagem, embora não seja a única responsável por ele. Como um
fator facilitador da aprendizagem, a intervenção almeja desenvolver as capacidades do aluno,
bem como eliminar ou diminuir obstáculos e dificuldades postas a aquisição do conhecimento.
O psicopedagogo assume papel relevante na abordagem e solução dos problemas de
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aprendizagem e não procura culpados. De acordo com Bossa (2000, p. 14), “é comum, na
literatura, os professores serem acusados de si isentarem de sua culpa e responsabilizar o
aluno ou sua família pelos problemas de aprendizagem”, mas há um processo a ser visto, às
vezes, os métodos de ensino precisam ser mudados, o afeto, o amor, a atenção, pois
influenciam o processo. A psicopedagogia não lida diretamente com o problema, lida com as
pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares e com os professores, levando
em conta aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos, contribuindo assim para o
processo de ensino e aprendizagem.

6. Encaminhamentos/Indicações:

Para o Paciente: Trabalhar através do uso de material concreto, histórias, fichas, objetos,
gravuras, recortes, jogos de memória, ordenar e narrar fatos exercitando a oralidade. Fazer
acompanhamento com fonoaudiólogo.

Para a família, foram dadas orientações sobre como lidar com a pessoa com TDAH como:
gravar aulas e conteúdos dados em sala de aula, procurar conversar sempre com a criança
sobre como está se sentindo; reforçar o que há de melhor na criança; estabelecer regras e
limites dentro de casa; utilizar linguagem clara e direta, de preferência falando de frente e
olhando nos olhos; não exigir mais do que a criança pode dar, considerando suas
possibilidades; não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares; ter
contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na
escola; todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser
realizadas mais facilmente e em menor tempo; dividir o caderno das matérias com adesivos
coloridos para facilitar o manuseio do mesmo; dar instruções diretas e claras, uma de cada vez,
em um nível que a criança possa corresponder; ensinar a criança a não interromper as suas
atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa; estabelecer uma rotina diária clara e
consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo; colocar no quarto e em
outros ambientes da casa informações sobre a rotina da criança; deixar o ambiente do quarto
organizado.
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7. Referência

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto


Alegre, Artes Médicas, 2000.

DOCKRELL, Julie, MCSHANE, John. Crianças com Dificuldades de Aprendizagem.


FERNANDES, Alícia. A inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1990. FONSECA, V.
da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

PAÍN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Artes Médicas, 1985.


RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia do desenvolvimento. São Paulo: EPU, 1981. SCOZ, B.
Psicopedagogia e Realidade Escolar: O Problema Escolar e de Aprendizagem, Petrópolis,
R.J.: Vozes, 2002.

YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.
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8. ANEXOS ANAMNESE
PSICOPEDAGÓGICA/QUESTIONÁRIO/ATIVIDADES
PSICOPEDAGÓGICAS

Figura 01, atividade realizada na 3ª sessão


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Figura 02 atividade realizada na 4ª sessão


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