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1. Família
2. Amigos
3. Contexto CulturalNa família construímos a nossa primeira visão de mundo, colocamos os
“óculos” a respeito do que acreditamos ser o certo e aceitamos essa visão. Conforme vamos
crescendo, começamos a “enxergar” outras cores, isso é, outros modelos de família, de
relacionamento e de trabalho.O valor e a experiência de cada pessoa contam muito. E quando
o assunto é escolha profissional, conta mais ainda! Porque primeiro admiramos nossos pais e o
que eles construíram, é a partir disso que temos a liberdade para fazer nossas próprias
escolhas.
Na minha escolha, minha mãe foi uma grande influência. Ela era professora e exerceu essa
profissão por 36 anos! Sua dedicação e esforço foram uma inspiração e apesar de quando
jovem eu não aceitar ser professora, acabei me tornando uma, depois de adulta. Foi a minha
segunda graduação. Primeiro fiz administração, modelo de profissão do meu pai, que sempre
trabalhou em empresas. E depois fiz Pedagogia e atuei como professora por 10 anos.
Os pais nunca são neutros e são a grande influência, mas amigos e o contexto cultural também
podem exercer grande influência.
Como pais, orientamos nossos filhos e apresentamos as possibilidades, baseadas nas nossas
próprias experiências e conhecimento. Devemos ter isso em mente quando falamos sobre a
escolha profissional e aconselhar nossos filhos a buscarem informações a respeito de novas
possibilidades, carreiras e mercado de trabalho. Cada profissão tem suas vantagens e
desvantagens e conhecer esses aspectos se torna fundamental no processo.
Além do mais, pais não tem bola de cristal, para adivinhar como estará o mercado de trabalho
nos próximos 4, 5 ou 6 anos, com tantas incertezas, a única possibilidade é apostar em uma
formação que considere os impactos da tecnologia na escolha da carreira, as necessidades
das pessoas e as projeções dos especialistas para o mercado futuro de trabalho.
Se como pais pudermos focar nesses aspectos, iremos fortalecer características que serão
sempre desejadas pelas empresas e futuros profissionais.
Converse sempre, ouça sempre e esteja atendo as mudanças. Esse é o melhor caminho para
pais e filhos que se preocupam com a escolha da carreira.
9. Quanto dinheiro é necessário por mês para sustentar o estilo de vida que eu gostaria de ter?
13. Além da graduação, estou disposto a fazer pós graduação e outros cursos que podem ser
exigidos em determinadas profissões?
18. Em qual cidade eu estaria disposto a morar para estudar e/ou trabalhar?
20. Além da remuneração, qual é o retorno que espero ter do meu trabalho?
22. Quanto eu estou disposto a estudar para ser aprovado caso o curso que eu escolha seja muito
disputado?
23. Estou disposto a melhorar aspectos que eu tenho dificuldade para seguir alguma carreira que
exija isso?
27. Eu me sinto capaz de escolher uma profissão? Se não, o que falta para que eu me sinta
confiante?
28. Eu posso contar com a minha família e amigos independente da minhas escolha?
29. Sinto que preciso de ajuda profissional para ter mais segurança para decidir qual carreira seguir?
Meus pais não concordam com a carreira que escolhi. O que fazer?
Segundo especialistas, diálogo é a chave para que os pais entendam o porquê do estudante ter
feito determinada escolha
Muitos pais não concordam com a escolha profissional dos filhos. Isso pode se tornar um
problema que até afetará o foco do vestibulando no que realmente importa nessa fase: os
estudos.
“Os jovens não demonstram, mas valorizam bastante a opinião dos pais e se sentem frustrados
quando percebem que sua escolha profissional não está de acordo com as expectativas deles”,
diz Simone Perinotto Bellan, orientadora educacional do Ensino Médio do Colégio Poliedro, de
São José dos Campos.
Nesses casos, é importante que o jovem coloque para a família como se sente e busque ter
com ela uma conversa franca sobre como a própria escolha faz sentido para ele, mostrando as
habilidades, interesses, sonhos e planos que possui. “Quanto mais ele conseguir mostrar para
os pais que sua decisão é ponderada, coerente e está baseada em informação e reflexão, mais
segurança passará à famíla também”, afirma.
Para Bárbara Souza, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo, procurar
compreender porque os pais não concordam com essa carreira é uma forma de construir um
bom diálogo, pois às vezes eles têm estereótipos ou receios (como o retorno financeiro e a
empregabilidade) que, se compreendidos, podem ser repensados.
Por meio dessas conversas, a família poderá contribuir com a visão dela, dando ao jovem mais
elementos para pensar na sua decisão, em vez de impor uma escolha de maneira autoritária.
“É importante o estudante cercar-se de informações sobre a graduação e o mercado de
trabalho, seja pesquisando ou conversando com profissionais da área, para embasar ainda
mais sua decisão e justificá-la aos pais”, diz. Ela também ressalta que a escolha da profissão é
duradoura e, a longo prazo, poderá pesar ter seguido com uma escolha que não tenha sido a
sua.
Segundo Simone, o jovem deve se lembrar que cada pessoa é responsável pela sua própria
caminhada. Ao buscar o maior número de informações, sobre si, sobre as profissões e sobre o
mercado de trabalho, poderá tomar a melhor decisão, dentro dos recursos e possibilidades
que possui. Isso o ajudará a se sentir mais seguro diante do que escolher.
Bárbara explica que os filhos tendem a buscar carreiras que atendam às expectativas dos pais
e os investimentos que foram feitos em em seu processo de educação e formação acadêmica.
“O projeto profissional dos filhos é construído no emaranhado de significados que os
familiares atribuem às carreiras, às atuações, às expectativas de sucesso do filho e às
características pessoais identificadas (como as habilidades reconhecidas desde a infância, por
exemplo)”, diz. Por isso, a opinião da família pode tanto ajudar quanto dificultar esse
momento da vida do jovem, dependendo da forma como serão feitas as intervenções.
Por isso, o autoconhecimento se faz tão importante. Procurar refletir sobre quem você é, suas
características, interesses e habilidades são informações fundamentais para ajudar a decidir o
quanto as influências, sejam elas familiares, sociais, políticas, econômicas, psicológicas ou
educacionais poderão afetar a sua escolha.
Não se esqueça
É importante que o estudante tenha em mente que é ele quem estudará determinado assunto
ao longo dos anos e passará grande parte da vida exercendo aquela profissão. “Aos pais cabe
confiar que seu filho também tem condições de escolher por si e de se responsabilizar pela
escolha feita”, diz Bárbara. “Os pais almejam o melhor para seus filhos, mas nem sempre
saberão qual profissão fará o filho feliz”, completa Simone.