Análise dos Impactos dos Atributos Climáticos sobre a produção

Vento

Em culturas de grande importância econômica para o Brasil, verificando de

modo geral os ventos fortes resultam em prejuízos para o desenvolvimento
fisiológico das plantas, observando a parte danificada onde ocorre quebra de
galhos, acamamento, queda prematura (nas flores, folhas e nos caules),
retardamento das plantas onde ira desenvolver nanismo na parte aérea. Outro
agravante são as doenças que pode vir pelo ar. O quebra-vento é um sistema
de barreira vegetal usada para proteção das plantas contra a ação de ventos
em alta velocidade, além de proporcionar um ambiente favorável para
produção. Ventos secos e quentes (em clima árido) faz com que as folhas
murchem de forma ágil, em condições que apresenta abundancia de agua a
planta não obtém resultado esperado para suas necessidades (MOTA, 1983).
De outro lado os benefícios que o vento trás são de grande importância para
evapotranspiração onde exerce fluentemente o consumo hídrico que ocorre
nas plantas. WHITEHEAD (1957) observou que as plantas podem reagir em
diferentes momentos principalmente com ventos fortes.

Classificação do vento.

A escala feita em 1806 pelo Contra-Almirante britânico Francis Beaufort,

hidrógrafo, descreveu em seu diário esta escala para ser útil em circunstâncias
observadas no mar e na terra como medida de precaução sobre a velocidade
do vento no mar.

Figura 1.
Escala de Beaufort (Imagem: Edisciplinas)

Benefícios do Vento (Evapotranspiração)

A evapotranspiração é a somatória de dois processos que ocorre nas plantas

sendo a evaporação e a transpiração.
Evaporação é ocorre da passagem de um líquido ao estado de vapor. Ex: água
superficial (como de rios e lagos) é aquecida pela radiação solas e assim a
mesma evapora.
Já a transpiração ocorre quando a água que é absolvida pelas plantas através
do solo segue sendo eliminada pelas folhas na forma de vapor d’água, por
meio dos estômatos.
A evapotranspiração tem influencia direta através das condições climáticas do
local, que varia com a velocidade dos ventos, intensidade da radiação solar e
temperatura do ar (TEIXEIRA & LIMA FILHO, 2004).

Figura 2
Processo da evapotranspiração (Imagem: Arvore ser tecnológico)

O solo e a planta são um conjunto de produção, e desse modo, não haveria

produção sem a quantidade significativa de água mínima exigida em cada
culturas.
Através deste ciclo citado na figura 2, estima a exigência de água por cada
cultura, e por este conhecimento podemos definir com maior precisão a
irrigação.

Impactos do vento (Doença)

A velocidade do vento pode causar vários danos, as ervas daninhas como buva
(Conyza spp) e capim amargoso (Digitaria insularis) se dispersam sementes
com facilidade com o vento, alguns fungos que se transportam no ar também
atinge o algodão. A doença RAMULARIA AEROLA vem através de um fungo
que sobrevive em restos culturais (pós-colheita), os esporos produzidos
constituem o inóculo primário (concentração de microrganismos para auxiliar o
início da infestação)  “levado” pelo vento ate a cultura, danificando as folhas
(mas velhas) onde estão surgindo os primeiros botões florais (maçã) durante o
ciclo F (fase reprodutivo)

Figura 3: Algodão- Gossypium arboreum com desenvolvimento sem anomalias (Imagem: Edilson Rodrigues)
 Figura 4: Ciclo do fungo Ramularia gossypii (Imagem: Agrolink)

Figura 5: Proliferação do fungo (Imagem: Embrapa)

Quebra Vento

Quebra vento são

Algumas vantagens são:

• Controle e aumento da umidade do solo;

• Redução de doenças e insetos prejudiciais nas plantações;
• Abrigo para inimigos naturais e abelhas;
• Redução e manutenção de temperatura.

Figura 6: Sistema de Quebra vento em propriedade rural com produção (Imagem MAPA)
Referencias

https://portal.inmet.gov.br/uploads/notastecnicas/
Prog_Climatico_SON_Agricultura_v1.pdf acesso em 27/04/2023

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/58675395/artigo---culturas-
de-outono-inverno acesso27/04/2023

https://www.conhecer.org.br/enciclop/2011a/agrarias/interferencia%20dos%
20ventos.pdf acesso 27/04/2023