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Universidade Zambeze

Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal


Departamento de Engenharia Florestal
3º Nível, 6º Semestre

Disciplina: Sanidade Florestal

Docente: Enga Leodina Nhalusse Benjamim M.Sc


Elementos do grupo

Baptista Madaiza

Diógenes Mangala

Edmilson Simango

Eliseu Daniel

Hélio Matete

Rodriguês Manjala

Rosa Janela

Mocuba, Outubro 2023


PRAGAS E DOENÇAS EM TRONCOS E BROTOS DOS
PINHEIROS
PHORACANTHA SEMIPUNCTATA FABRICIUS ( BESOURO DE
EUCALIPTUS
INTRODUÇÃO

O gênero Phoracantha inclui 40 espécies (WANG, 1995), que


atacam, preferencialmente, Myrtaceae, como espécies de
Eucalyptus (DUFFY, 1963). Larvas de P. semipunctata, durante o
seu desenvolvimento, danificam o tecido subcortical das plantas e,
no seu último estádio, perfuram a madeira para confeccionar sua
câmara pupal (HANKS et al., 1993).

Os adultos de P. semipunctata possuem cerca de 3 cm de


comprimento.
OBJECTIVOS

Geral
o Descrever pragas e doenças em troncos e brotos dos pinheiros

Específicos
o Apresentar sintomas dos troncos após ataque de Phoracantha
semipunctata fabricius

o Descrever o método de controlo usado para combate de


Phoracantha semipunctata fabricius
CONCEITOS BÁSICOS
Brotos são novas partes que emergem da planta, como novas
folhas ou ramos. Estas novas partes tem como função produzir
folhas e flores, para a continuidade do ciclo vital da planta, ou seja,
para que ela possa regenerar-se.

Tronco é a parte da planta que liga a raiz e as folhas. O tronco da


planta é responsável por transportar a água e nutrientes a partir
das raízes até as folhas e ramos.
PRAGAS E DOENÇAS EM TRONCOS E
BROTOS DOS PINHEIROS
Pragas e doenças em troncos e brotos dos pinheiros:

o Armilariose

o Cancro resinoso do pinheiro

o Queima de Acículas de Pinus spp.


PRAGAS E DOENÇAS EM TRONCOS E
BROTOS DOS PINHEIROS

Armilariose

Agente causal: Armillaria mellea., fungo causador de podridão


radicular.

Hospedeiros: Armilariose, Coníferas, Folhosas florestais,


Frutíferas e Plantas arbustivas.

Sintomas: Presença de resinose, Amarelecimento, Queda de


acículas, Morte do hospedeiro
PRAGAS E DOENÇAS EM TRONCOS E
BROTOS DOS PINHEIROS
CONT.
Cancro resinoso do pinheiro

Agente causador: Gibberella circinata Nirenberg & O’Donnell,


também conhecido por Fusarium circinatum Nirenberg &
O’Donnell.

Sintomas: Aparecimento de exsudações abundantes de resina


no tronco e nos ramos, geralmente associados à presença de
cancros.
CONT.
Os sintomas na parte aérea incluem o amarelecimento das
agulhas, que acabam por ficar avermelhadas e caírem, e a seca
de ramos.

Os sintomas, quer em plantas jovens quer em plantas adultas, não


são específicos desta doença podendo ser causados por ataques
de outros fungos ou insectos.

Nas plantas adultas os sintomas são mais drásticos nas folhas


mais velhas.
CONT.
CONT.
Queima de Acículas de Pinus spp.

Agente causador: Dothistroma septospora

Sintomas: As lesões surgem nas porções basais do tronco,


progredindo de maneira ascendente até a copa; As lesões
aparecem em qualquer porção da acícula, anelando as acículas,
que secam a partir das lesões; Várias lesões podem ocorrer numa
mesma acícula, que neste caso seca mais rapidamente
desprendendo-se da árvore.
POSIÇÃO TAXIONÓMICA E NOMENCLATURA

Ordem: Coleoptera

Família: Cerambycidae

Subfamília: Cerambycinae

Género: Phorachanta

Espécies: Phoracantha semipunctata fabricius


NOTA: O género Phorachanta compreende quarenta espécies,
que atacam preferencialmente Myrtaceae.
RECONHECIMENTO

o Adultos de Phoracantha semipunctata fabricius possuem cerca


de 30mm de comprimento;

o Um par de antena longas que superam o comprimento do


corpo, típicas da família Cerambycidae;

o Coloração escura;

o Tonalidades de marron;

o Fêmeas são de maior tamanho que os machos.


RECONHECIMENTO
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
o Originário da Austrália e da Nova Guine;

o A sua espécie mais conhecida Phoracantha semipunctata;

o Estão estabelecidas em praticamente todas as regiões onde a


espécies de Eucalyptus são cultivados: África do sul, Argentina,
Brasil, Chile, Egipto, Espanha, Franca, Moçambique, Portugal,
Zâmbia, entre outros (DUFFY, 1963).
BIOLOGIA E ECOLOGIA
o São insectos nocturnos e vivem de 40 (verão) a 180 dias
(inverno);

o Suas fêmea, põem ovos em grupos de 10 a 110, no tronco das


árvores ou em toras cortadas de eucalipto, especialmente em
fendas ou sob a casca se soltando, com 300 ovos por fêmea .

o Ao completar o ciclo, o adulto de P. semipunctata desobstrui a


galeria até a região subcortical, perfura a casca, voa e reinicia o
ciclo (HANKS et al., 1991).
CICLO DE VIDA
BIOLOGIA E ECOLOGIA
o A eclosão das larvas ocorre em três a quatro dias na época
mais quente e pode atingir oito a 10 dias no final do inverno,
em regiões de clima mais frio, com seu desenvolvimento
ocorrendo na região subcortical, onde se alimentam na região
do floema e, apenas no último estádio, perfuram o lenho para
confeccionarem a câmara pupal (LINSLEY, 1963).

o A incubação demora entre 10 a 15 dias;


SINTOMATOLOGIA
o Secreção de seiva, produzindo-se manchas.

o Presenta cloroses e murches, começa pelo ápice e que avança em


forma gradual até a base.

o Quando se produz a morte parcial da árvore, há rebrotação na


zona viva do mesmo.

o Desprendimento de cortesã das árvores danados.

o Orifícios ovalados, de aproximadamente 7 mm de diâmetro,


correspondentes à saída do adulto.
SINTOMATOLOGIA
MÉTODOS DE CONTROLE

O parasitóide de ovos Avetianella longoi Siscaro (Hymenoptera:


Encyrtidae) e alguns parasitóides de larvas, principalmente dos
géneros Jarra, Syngaster e Callibracon, introduzidos
acidentalmente ou em programas de controle biológico de P.
semipunctata em muitos países (IVORY, 1977).

A utilização de inimigos naturais, em especial parasitóide e


predadores, esta entre métodos mais permissores, no contexto
das estratégias de controlo biológico (IVORY, 1977).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

o Os sintomas mais destacados nos troncos apos o ataque Secreção


de seiva, produzindo-se manchas, Presenta cloroses e murches,
começa pelo ápice e que avança em forma gradual até a base,
usando se produz a morte parcial da árvore, há rebrotação na zona
viva do mesmo e Desprendimento de cortesã das árvores danados.

o O método de controlo mais usado para o combate a Phoracantha


semipunctata é o controlo biológico.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HANKS, L.M.; PAINE, T.D.; MILLAR, J.G. Host species preference and
larval performance in the wood-boring beetle Phoracantha semipunctata
F. Oecologia, v.95, n.1, p.22-29, 1993.
DUFFY, E.A.J. A monograph of the immature stages of Australian
timber beetles (Cerambycidae). London: Bristish Museum (Natural
History), 1963. 235 p.
WANG, Q.A. Taxonomic revision of the australian genus Phoracantha
Newman (Coleoptera: Cerambycidae). Invertebrate Taxonomy, v.9, n.5,
p.865-958, 1995.
LINSLEY, E.G. The Cerambycidae of North America. University of
California Publications in Entomology, 1963. v.18.
IVORY, M.H. Preliminary investigations of the pest of exotic forest trees in
Zambia. Commonwealth Forestry Review, v.56, n.1, p.47-56, 1977.
OBRIGADO!!!

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