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Resumo. Este artigo apresenta uma solução de QoS para serviços triple-play, sendo
descrito o modelo de rede de acesso e na seqüência apresentados os requisitos de
Qualidade de Serviço para as aplicações que compõem o serviço Triple-Play (vídeo,
voz e dados), os requisitos das operadoras para operação e manutenção da rede, a
visão do usuário sobre a prestação do serviço e a solução de QoS para a prestação do
serviço.
1. Introdução
Este trabalho apresenta uma solução que permite a oferta de serviços multimídia
convergentes [1]. A solução é baseada na arquitetura NGN (Next Generation Networks),
com uma única rede de acesso para todos os serviços. A infra-estrutura da rede utiliza
um backbone IP/MPLS, com tratamento individual dos requisitos de QoS por aplicação
em toda a estrutura, compondo o serviço Triple-Play em rede convergente, ou Triple-
Play convergente, conforme mostrado na Figura 1.
TV
1
Consórcio internacional responsável pela consolidação de normas técnicas e certificação de
redes e serviços baseados em Ethernet
Other L2/L2+
Services Networks Subscriber
(e.g., ATM, FR, IP)
Service UNI
Interworking
NNI
MEN
UNI
Metro Service Provider Z1
Ethernet Network External
Subscriber (MEN) NNI External
NNI
Service Provider X Ethernet
Wide Area Network MEN
Network (E-WAN )
Interworking Service Provider Z2
Service Provider Y
NNI
Other L1
Transport Networks UNI
(e.g., SONET, SDH, OTN)
Subscriber
Network
Interworking
NNI
MEN
Service Provider X
O MEF define [2] que o único requisito para a abordagem ao usuário final, a
partir de um elemento da MEN é a capacidade de transporte transparente de quadros
ethernet.
Jitter: É tolerado desde que, somado ao calculo do Delay, não ultrapasse o valor
máximo de 150ms.
Retardo: Fim-a-Fim (Origem => Destino) não deve ser superior a 150ms, para
manutenção da interação entre usuários.
A aplicação de streaming de vídeo, por não ser uma aplicação de tempo real, é
mais tolerante a atrasos e perdas que as demais aplicações de vídeo.
Não existem valores exatos para variação de retardo e perda de pacotes para
aplicações de jogos.
4. Visão da Operadora e do Cliente
A visão da operadora em relação aos serviços Triple-Play deve ser analisada sob
o ponto de vista do framework de operação e a operação da camada de rede.
Em escala similar estão os ganhos na operação do serviço, uma vez que através
da camada de operação, é possível a visualização do serviço como um todo.
Em outro exemplo, para a mesma situação, o usuário pode solicitar que a banda
até então alocada para o seu serviço de TV seja integralmente repassada para a
aplicação de VoD enquanto essa estiver ativa.
Por exemplo, podemos classificar todo o tráfego TCP nas portas 20, 21 e 80
(FTP, Controle FTP e HTTP), para o endereço IP de destino 200.255.67.132 (Locadora
Virtual - Servidor de transferência de arquivos) como tráfego de aplicação de Vídeo sob
Demanda e todo tráfego HTTP (TCP porta 80) para a URL http://www.bb.com.br como
tráfego de aplicação crítica. Demais pacotes com portas TCP (portas 20, 21 e 80) e
endereços IP de destino diferentes podem ser classificados como aplicação default. O
tráfego de controle, como as OAMPDUs do IEEE 802.3ah, pode ser classificado como
de controle/gerência, baseando-se no endereço MAC de destino (padronizado).
Uma alternativa para a resolução dessa questão pode ser a utilização do portal de
auto-provisionamento para que o usuário informe, pelo menos em um dos sentidos da
comunicação, qual classificação que esse tráfego deve receber. Nada impede, também,
acordo entre diferentes operadoras para padronização da classificação do tráfego entre
suas redes, o que pode ser bastante útil nas aplicações de jogos distribuídos e
videoconferência.
No modelo Diffserv [9], [10] cada nó realiza a classificação do tráfego para que
ele receba o tratamento diferenciado.
Camada 3 Camada 2
802.1p ou
IP Precedence PHB DSCP MPLS
Decimal
EXP
0 0 0 0
1 CS1 8 1
1 AF11 10 1
2 CS2 16 2
2 AF21 18 2
3 CS3 24 3
3 AF31 26 3
4 CS4 32 4
4 AF41 34 4
5 EF 46 5
6 CS6 48 6
A escolha da arquitetura de QoS Diffserv [11] como base para o modelo de QoS
para prestação de serviços Triple-Play convergentes se dá pela sua simplicidade de
implementação e pela sua transparência em relação aos protocolos implementados na
camada de rede apresentada na Figura 7.
5.3 Mapeamento genérico de ToS (DSCP) para MPLS EXP Bits e 802.1p
Camada 3 Camada 2
Classe de Serviço 802.1q ou
PHB / DSCP MPLS
EXP
Sem Prioridade / Sem
0 0 0
Classificação
Baixa Prioridade CS1 8 1
Cliente-Servidor AF21 18 2
Sinalização CS3 24 3
Telefonia EF 46 5
Camada 3 Camada 2
Banda Banda
Classe de Serviço Reservada 802.1q ou Reservada
PHB (Mbps) MPLS (Mbps)
EXP
Internet 0 2,5 0 2,5
A arquitetura Diffserv, usada como base para esse modelo, trabalha com os
conceitos de compartilhamento de banda, permitindo que fatias de banda não utilizadas
por uma determinada classe de serviço sejam realocadas para outras classes, otimizando
o uso da banda total disponível.
Internet 2,5 10
Jogos 1,5 10
Perda de
Delay Jitter
Requisito Pacotes
(ms) (ms)
(%)
A operação unificada, por sua vez, traz o desafio da integração entre diferentes
EMS e do compartilhamento de um único meio de acesso para entrega dos serviços
exigindo o entendimento dos requisitos específicos de cada aplicação e consumindo
recursos financeiros para desenvolvimento de sistemas.
[1] Triple Play - The future of media convergence. Disponível em: < http://www.praxis-
profiline.de/bestellung-e.htm>. Acesso em 14 de nov. 2007.
[3] Metro Ethernet Services Definitions Phase I (MEF6). Disponível em: <
http://metroethernetforum.org/techspec.htm>. Acesso em 12 de nov. 2007
[4] Ethernet Services Attributes Phase 2 (MEF 10.1). Disponível em: <
http://metroethernetforum.org/techspec.htm>. Acesso em 12 de nov. 2007
[5] BUILDING the carrier - class IP next- generation network. Disponível em:
<http://www.cisco.com/en/US/partner/netsol/ns548/networking_solutions_white_paper
0900aecd802e2a52.shtml>. Acesso em 17 de ago. 2006.
[11] SRIVINAS, Vegesna. IP Quality of Service. S.l: Macmillan Technical Pub, 2001,
343 p.