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TEMA 35

A PREGAÇÃO DO REINO
DOS CÉUS: A CURA DE
DOIS CEGOS E DE UM
ENDEMONIADO (MT 9:27‑34)

35.1 A CURA DE DOIS CEGOS (MT 9:27­‑31)646


27 Partindo Jesus dali, puseram­‑se a segui­‑lo dois cegos, que gritavam e diziam:
“Filho de Davi, tem compaixão de nós!” 28 Quando entrou em casa, os cegos
aproximaram­‑se dele. Jesus lhes perguntou: “Credes vós que tenho poder de fazer
isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29 Então tocou­‑lhes os olhos e disse:
“Seja feito segundo a vossa fé.” 30 E os seus olhos se abriram. Jesus, porém, os
admoestou com energia: “Cuidado, para que ninguém o saiba.” 31 Mas eles, ao
saírem dali, espalharam sua fama por toda aquela região.

Situações preditas no Antigo Testamento


Cabe destacar que tais situações foram preditas por profetas do Antigo
Testamento. Encontramos em Isaías (35:1­‑10), no contexto de “Os poemas
de Israel e Judá” e “Triunfo de Jerusalém”: após anunciar que
Eles verão a glória de Iahweh, o esplendor do nosso Deus, segue o profeta
dizendo: “[...] 3 Fortalecei as mãos abatidas, revigorai os joelhos cambaleantes.
4 Dizei aos corações conturbados: “Sede fortes, não temais. Eis que vosso Deus
vem para vingar­‑vos, trazendo a recompensa divina. Ele vem para vos salvar.” 5
Então se abrirão os olhos dos cegos, e os ouvidos dos surdos se desobstruirão.
6 Então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo cantará canções
alegres, porque a água jorrará do deserto, e rios, da estepe. 7 A terra seca se
transformará em brejo, e a terra árida em mananciais de água. Onde repou‑
savam os chacais, surgirá campo de juncos e de papiros. Partindo Jesus dali,
puseram­‑se a segui­‑lo dois cegos, que gritavam e diziam: “Filho de Davi, tem
compaixão de nós! [...] (Mt 9:27).647

Isaías é um dos mais respeitados profetas judeus, muito catado, igual‑


mente, pelo Cristianismo: foi um dos doze profetas de Judá, viveu em

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O Evangelho Redivivo – Livro II

Jerusalém no século 8 a.C. Tinha o dom da visão de forma ampliada. Ao


lado de Jeremias, Ezequiel e Daniel constituem o grupo dos “quatro profetas
maiores”. John Davis. In: Novo dicionário da bíblia, p. 601­‑605.
Ao analisar a expressão “cura de dois cegos”, embora não seja possível
afirmar com precisão onde teria ocorrido o fato, temos alguns indicativos.
Segundo Pastorino: “[...] Alguns hermenautas o situam em Cafarnaum,
em vista de estar, em Mateus logo a seguir à ressurreição da filha de Jairo,
e se dividem quanto à “casa” a que se refere o narrador, que diz apenas
“entrando em casa” (elthónti eis tên oikían). [...] supõe, como em geral, ser
casa de Pedro [...]”.648
Dessa forma, presume­‑se de que os dois cegos partiram da casa de Jairo,
e puseram­‑se a seguir Jesus, ou estavam junto à multidão que se aglomerava
no entorno da casa ou, ainda, estavam à beira do caminho, entre a casa de
Jairo e o próximo destino de Jesus.
Nos versículos 18 a 26, antecedentes à cura dos dois cegos (estudados no
tema anterior, o 34), Mateus relata que um chefe se prostrou diante de Jesus
dizendo que a filha dele estava morta, rogando que o acompanhasse, a fim de
que, impondo­‑lhe a mão, vivesse novamente. Pondo­‑se a caminho, junto com
seus discípulos, Jesus tem sua roupa tocada por uma mulher que há 12 anos
sofria fluxo de sangue. Jesus, voltando­‑se e vendo­‑a lhe diz: “Ânimo, minha
filha, a tua fé te salvou”. E chegando à casa de Jairo, pede que todos se retirem,
dizendo que a menina (filha de Jairo, chefe da sinagoga segundo relatos de
Marcos e Lucas) apenas dormia. Então, tomou­‑a pela mão e ela se levantou.
Emmanuel, ao falar de Jesus, informa que:
A Boa­‑Nova em seu coração, em seu verbo e em seus braços é essencialmente
dinâmica.
Não se contenta em ser procurado para mitigar o sofrimento e socorrer a aflição.
Vai, Ele mesmo, ao encontro das necessidades alheias, sem alardear presunção.
[...]
Não adota posição especial, a fim de receber os doentes e impressioná­‑los.
Na praça pública, limpa os leprosos e restaura a visão dos cegos.
À beira do lago, entre pescadores, reergue paralíticos.
Em meio da multidão, doutrina entidades da sombra, reequilibrando obsi‑
diados e possessos.
[...]
Em ocasião alguma o encontramos fora de ação.

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TEMA 35 – A pregação do Reino dos Céus: A cura de dois cegos e de um endemoniado (Mt 9:27‑34)

[...]
Marcha ao encontro da necessidade e da ignorância, da dor e da miséria [...].649

Na passagem em questão, Jesus é procurado. Os dois cegos do caminho


vão até Ele com a firme convicção de que Ele poderá ajudá­‑los. Jesus não
interrompe a sua caminhada para lhes atender, como se estivesse a provar a
perseverança de ambos. Prossegue enquanto os desafortunados da visão cor‑
pórea clamam por sua compaixão. E eles o seguem, até à casa. Demonstram
vontade firme e reconhecem em Jesus, o Filho de Davi (segundo rei de Israel,
primeiro na linhagem da qual o Messias nasceria). Os cegos do caminho
buscavam a cura de suas enfermidades físicas, porém, o grande médico
de almas enxergava neles, como enxerga em todos nós, necessidades mais
profundas. Jesus curava a matéria, no entanto, seu propósito era despertar
as almas para a verdadeira vida.
Assim como os cegos do caminho, ainda caminhamos na obscuridade
de nossos pensamentos, tanto quanto na fragilidade de nossos sentimen‑
tos. O verbo seguir significa “ir atrás” ou “na companhia de”. Seguir Jesus
significa aplicar os seus ensinos, agir conforme os seus exemplos. Tal como
aconteceu a Saulo que desperta Paulo, após o inesquecível encontro com o
Cristo, à entrada de Damasco, nós também nos encontramos a caminho.
Conhecemos o Evangelho de luz, conhecemos a Doutrina consoladora
prometida pelo Cristo, queremos que Jesus nos cure, mas será que estamos
dispostos à cura própria? Até quando caminharemos cegos, surdos, mudos
e paralíticos em relação às verdades eternas? Conforme afirma Emmanuel,
Quanta gente fala em Cristo sem buscar­‑lhe a companhia!
[...]
Muitos dizem: — “Quero Jesus!” — mas não o aceitam.
[...]
O problema do cristão, todavia, não é apenas suspirar pelo Senhor. É perma‑
necer com Ele, assimilando­‑lhe a palavra e seguindo­‑lhe o exemplo.
Não apenas crença, mas comunhão.650

Nesse sentido, o Espírito Amélia Rodrigues elucida­‑nos:


Segui­‑lo é renunciar às vãs ambições da posse, das quiméricas aquisições que não
transpõem o túmulo. Permutar os limites do que se toca pelo horizonte sem­‑fim
das realizações espirituais.
É ter sem deter.
Possuindo sem dominar.
[...]

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O Evangelho Redivivo – Livro II

Não ter nada e tudo possuir. Sem amanhã, num perene hoje a perder­‑se na
verticalidade do amor.651
[...] Quando entrou em casa, os cegos aproximaram­‑se dele. Jesus lhes per‑
guntou: “Credes vós que tenho poder de fazer isso?” Eles responderam: “Sim,
Senhor”. Então tocou­‑lhes os olhos e disse: “Seja feito segundo a vossa fé”. E
os seus olhos se abriram. Jesus, porém, os admoestou com energia:” Cuidado,
para que ninguém o saiba”. Mas eles, ao saírem dali, espalharam sua fama por
toda aquela região (Mt 9:28­‑31).

Parte da população vivia à margem da sociedade. Em especial os cegos,


os surdos, os mudos, os coxos, os paralíticos, os leprosos, os lunáticos (ob‑
sidiados) que, entre outros, sofriam rejeição e eram chamados de impuros
por apresentarem tais doenças, consideradas como “castigo” de Deus.
No entanto, Mateus descreve que os cegos entraram na casa e se apro‑
ximaram de Jesus. Com o Cristo: o acolhimento, a esperança renovada, a
oportunidade única de refrigério para aqueles homens deserdados do cami‑
nho. Eles se aproximam e Jesus cura­‑os. Esclarece­‑nos Amélia Rodrigues:
As enfermidades procedem do Espírito, cujas feridas morais são de cicatrização
difícil. Resultados da imprevidência e da ignorância, as ações infelizes dilace‑
ram as fibras delicadas do corpo perispiritual, nelas imprimindo as mazelas e
as necessidades evolutivas de reparação.
[...]
Sem a consciência lúcida a respeito das ocorrências inditosas que desenca‑
dearam as aflições, as criaturas correm atrás dos taumaturgos e curandeiros
de toda espécie, buscando, a qualquer preço, a cura, a paz, sem que se deem
conta de que é necessário o esforço pelo bem interior, pela transformação
moral para melhor.
[...]
Jesus evitava produzir fenômenos, porque, para Ele, o maior fenômeno que
pode acontecer numa vida é o da sua modificação moral para melhor, o forta‑
lecimento dos valores espirituais, a capacidade de entrega ao bem, o trabalho
autoiluminativo.
As massas, não obstante, sofriam e, por compaixão, não poucas vezes, Ele as
atendeu, despertando­‑lhes o interesse externo para a conquista dos tesouros
interiores.652

Emmanuel, assevera que


[...] Jesus continua derramando bênçãos todos os dias. E os prodígios ocultos,
operados no silêncio de seu amor infinito, são maiores que os verificados em
Jerusalém e na Galileia, porquanto os cegos e leprosos curados, segundo as
narrativas apostólicas, voltaram mais tarde a enfermar e morrer. A cura de

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TEMA 35 – A pregação do Reino dos Céus: A cura de dois cegos e de um endemoniado (Mt 9:27‑34)

nossos espíritos doentes e paralíticos é mais importante, já que se efetua com


vistas à eternidade.653

Aliada ao magnetismo curador, associa­‑se a fé do beneficiado. Quando


Jesus afirma: “Seja feito segundo a vossa fé”, é porque diante dele estava
alguém que desenvolveu dentro de si a verdadeira fé, como conferem as
palavras de Allan Kardec, em O evangelho segundo o espiritismo: “[...] A
fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer
os obstáculos, nas pequenas como nas grandes coisas. A fé vacilante dá a
incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que devemos
combater [...]”.654
A fé é condição fundamental para todos aqueles que desejam estar com
Jesus. No entanto, não se trata da fé por si só. Em O evangelho segundo o
espiritismo, José, Espírito protetor, nos adverte: “[...] Não admitais a fé sem
comprovação, filha cega da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo por que
o amais. [...]”.655 Outro aspecto relevante da fé é que ela deve sempre estar
associada às obras, conforme Tiago (2:5­‑8), em sua epístola:
5 Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste
mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que
o amam? 6 Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os
ricos, e não vos arrastam aos tribunais? 7 Porventura, não blasfemam eles o
bom nome que sobre vós foi invocado? 8 Todavia, se cumprirdes, conforme
a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.656

A respeito do assunto, Emmanuel faz esclarecedora advertência:


No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis
que muita vez se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos,
não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências; então, faz­‑se
preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque, fora do equilíbrio,
encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis externas desse
mesmo amor Divino. Quando nada enxergam além dos aspectos materiais da
paisagem transitória, sobrevém, inopinadamente, a luta depuradora.
É quando Jesus chega e opera a cura.
Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade divina.
O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: “Nunca
teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido”.657

Conforme se depreende, a cura é o ápice de um processo depurador.


Não se dá ao acaso; Allan Kardec nos esclarece em A gênese:
O [...] o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispíri‑
to, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza,

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O Evangelho Redivivo – Livro II

esse fluido, condensado no perispírito, pode oferecer princípios reparadores


ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que
infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório
fluídico. A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por
uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza
da substância inoculada; mas depende, também, da energia da vontade, que
provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido maior força de
penetração. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura,
seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são
quais substâncias medicamentosas alteradas.658

Quanto à recomendação de Jesus: “Cuidado, para que ninguém o saiba.


Mas eles, ao saírem dali, espalharam sua fama por toda aquela região” (Mt
9:30 e 31), Rigonatti afirma:
Para curar os dois cegos, Jesus procura despertar­‑lhes a fé, tanto que lhes diz
que o pedido deles seria atendido segundo a fé que possuíssem.
Mas qual é a fé que deveriam possuir? Deveriam possuir a fé em Deus, nosso
Pai, que é o único que pode permitir que os desejos de seus filhos sejam satis‑
feitos. Por isso é que Jesus proíbe os cegos de que digam de quem receberam
a cura. É como se lhes dissesse: “Não digam que fui Eu quem lhes deu a vista,
porque foi de Deus que a receberam”. Admiramos aqui a humildade de Jesus,
fazendo com que suas obras glorifiquem a Deus, nosso Pai.659

35.2 A CURA DE UM ENDEMONINHADO


MUDO (MT 9:32­‑34)660
“Logo que saíram, eis que lhe trouxeram um endemoninhado mudo. Expulso
o demônio, o mudo falou. A multidão ficou admirada e pôs­‑se a dizer: Nunca
se viu coisa semelhante em Israel! Os fariseus, porém, diziam: É pelo príncipe
dos demônios que ele expulsa os demônios.”

Nessa passagem, encontramos um caso de obsessão grave, definida por


Allan Kardec pelo termo “possessão”. Trata­‑se da ação de Espíritos maus,
que agem a partir da sintonia estabelecida com o Espírito do obsidiado.
Sobre o assunto, afirma o codificador da Doutrina Espírita:
As libertações de possessos, juntamente com as curas, figuram entre os mais
numerosos atos de Jesus [...]. A prova da participação de uma inteligência
oculta, em tal caso, ressalta de um fato material: são as numerosas curas radicais
obtidas, em alguns centros espíritas, tão só pela evocação e doutrinação dos
Espíritos obsessores, sem magnetização, nem medicamentos e, muitas vezes,
na ausência do paciente e a grande distância deste. A imensa superioridade do
Cristo lhe dava tal autoridade sobre os Espíritos imperfeitos, então chamados

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TEMA 35 – A pregação do Reino dos Céus: A cura de dois cegos e de um endemoniado (Mt 9:27‑34)

demônios, que bastava a Ele ordenar que se retirassem para que se vissem
obrigados a não resistir a essa ordem formal [...].661

Em relação à autoridade moral, encontramos em O livro dos espíritos,


o seguinte esclarecimento:
» Questão 274: “As diferentes ordens de Espíritos estabelecem entre
estes uma hierarquia de poderes. Há entre eles subordinação e
autoridade?”
» Resposta: “Sim, muito grande. Os Espíritos têm, uns sobre os ou‑
tros, uma autoridade relativa à sua superioridade, autoridade que
eles exercem por um ascendente moral irresistível.”662
» Questão 274­‑a: “Os Espíritos inferiores podem subtrair­‑se à auto‑
ridade dos que lhes são superiores?”
» Resposta: “Eu disse: irresistível.”663
Kardec, prossegue em A gênese:
Os fariseus acusavam Jesus de expulsar os demônios pela influência dos
demônios. Segundo eles, o bem que Jesus fazia era obra de Satanás, sem refle‑
tirem que, se Satanás expulsasse a si mesmo, praticaria uma insensatez. É de
notar­‑se que os fariseus daquele tempo já pretendessem que toda faculdade
transcendente e, por esse motivo, reputada sobrenatural, era obra do demônio,
visto que, na opinião deles, era do demônio que Jesus recebia o poder de que
dispunha. É esse mais um ponto de semelhança daquela com a época atual e
tal doutrina é ainda a que a Igreja procura fazer que prevaleça hoje, contra as
manifestações espíritas.664

As curas que Jesus realizou, restabelecendo a visão aos dois cegos


do caminho e a voz ao mudo endemoninhado, demonstram que a ação
curativa deve sempre buscar a verdadeira causa do problema e essa causa,
invariavelmente, se encontra no Espírito.
É importante ressaltar que todos nós estamos a caminho, o que
significa dizer que, embora portadores de muitas necessidades, também
nos encontramos aptos a servir e a contribuir com a obra do Criador.
Emmanuel nos esclarece a respeito, fornecendo subsídios à nossa
reflexão.
Muita gente alega incapacidade de colaborar nos serviços do bem, sob a égide
do Cristo, relacionando impedimentos morais.

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O Evangelho Redivivo – Livro II

Há quem se diga errado em excesso; há quem se afirme sob fardos de remorsos


e culpas; há quem se declare portador de graves defeitos, e quem assevere haver
sofrido lamentáveis acidentes da alma....
Entretanto, a palavra de Jesus se dirige a todos, sem qualquer exceção.
Pobres de virtude, aleijados do sentimento, coxos do raciocínio e cegos do
conhecimento superior são chamados à edificação da era nova. Isso porque,
em Jesus, tudo é novo para que a vida se renove.
Espíritos viciados, inibidos, desorientados e ignorantes de ontem, ao toque
do Evangelho, fazem­‑se hoje cooperadores da Grande Causa, esquecendo
ilusões, desfazendo cárceres mentais, suprimindo desequilíbrios e dissipando
velhas sombras.
Se a realidade espiritual te busca, ofertando­‑te serviço no levantamento das
boas obras, não te detenhas, apresentando deformidades e frustrações. No
clima da Boa­‑Nova, todos nós encontramos recursos de cura e reabilitação,
reerguimento e consolo. Para isso, basta sejamos sinceros, diante da nossa pró‑
pria necessidade de corrigenda, com o espírito espontaneamente consagrado
ao privilégio de trabalhar e servir.665

REFERÊNCIAS

646
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Gilberto da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana
Flora Anderson (Coords.). Diversos tradutores. Nova ed. rev. e ampl. 13. imp.
São Paulo: Paulus, 2019, Evangelho segundo Mateus,. p. 1.719.
647
______. ______. P. 1.307.
648
PASTORINO, Carlos T. Sabedoria do evangelho. Rio de Janeiro: Sabedoria,
1968, v. 5, it. Cura de dois cegos, p. 159.
649
XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel. 14. ed. 7. imp.
Brasília: FEB, 2019, cap. 20, p. 87 a 89.
650
______. Segue­‑me!... Pelo Espírito Emmanuel. 9. ed. Matão: O Clarim, 2002,
cap. Renovemo­‑nos, p. 111­‑112.
651
FRANCO, Divaldo Pereira. Luz do mundo. 11. ed. Salvador: LEAL, 2016, cap.
15, p. 99.
652
______. A mensagem do amor imortal. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. 2. ed.
Salvador: LEAL, 2015, cap. 29, p. 203 e 205.
653
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 17. imp. Brasília: FEB, 2020, cap. 79, p. 173­‑174.
654
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 10. imp. Brasília: FEB, 2020, cap. 19, it. 2, p. 252.
655
______. ______. It. 11, p. 256.

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