Você está na página 1de 9

00

01
Lobo piramidal da glândula tireoide
em fetos humanos: relato de casos e
revisão da literatura

José Aderval Aragão Gladson Gomes de Souza


UFS UFS

Rafael Dantas Gomes Iapunira Catarina Sant’Anna Aragão


UFS UNIFOA

Joás Alves da Cruz Felipe Matheus Sant’Anna Aragão


UFS UNIFOA

Luís Henrique Santos Fortes Marina Elizabeth Cavalcanti de


UFS Sant’Anna Aragão
REDE PRIMAVERA
Marcelo Diaz Nascimento
UFS Francisco Prado Reis
UNIT

10.37885/220207676
RESUMO

A glândula tireoide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver no corpo humano,


a partir dos 24 dias após a fecundação. Em alguns casos, pode persistir um remanes-
cente embriológico da porção distal do ducto tireoglosso, que vai dar origem ao lobo
piramidal. O objetivo do presente estudo foi o de relatar a presença de três casos de lobo
piramidal da glândula tireoidea em fetos humanos. Foram observados em três fetos a
existência do lobo piramidal da glândula tireoide em três posições diferentes, um situado
na linha média da borda superior do istmo, outro estava mais posicionado a direita e o
terceiro a esquerda da linha média do istmo. O conhecimento sobre a presença do lobo
piramidal é importante para garantir uma maior eficácia durante a realização do pré-ope-
ratório, contribuindo positivamente nos procedimentos de ressecção completa ou parcial
da glândula tireóide realizados por cirurgiões de cabeça e pescoço, além de possibilitar
um melhor tratamento para os pacientes no pós-operatório.

Palavras- chave: Glândula Tireoide, Lobo Piramidal, Tireoidectomia, Fetos Humanos,


Variação Anatômica, Anatomia.
INTRODUÇÃO

A glândula tireoide, localizada na parte anterior do pescoço, ao nível da quinta verte-


bral cervical (C5) e primeira torácica (T1), profundamente aos músculos esternotireoideo e
esterno-hioideo, tem seu início de desenvolvimento embrionário 24 dias após a fecundação
(MOORE, DALLEY, AGUR, 2020). A glândula aparece no assoalho da boca, como uma
massa sólida de endoderma proliferando no ápice do forame cego na língua em desenvol-
vimento. Os primórdios da glândula crescem e descem, em direção caudal, com o ducto
tireoglosso, na região do pescoço até a altura do terceiro anel cartilaginoso da traqueia. Ao fi-
nal da quinta semana o ducto tireoglosso se rompe, surgindo dois brotos epiteliais sólidos
isolados que se constituirão nos lobos da glândula tireoide, conectados por um bem definido
istmo. Pela sétima semana a glândula chega a sua posição final, inferiormente à cartilagem
cricoide. A porção cranial do ducto tireoglosso involui e seu local de origem na base da lín-
gua permanece como o forame cego. Restos dos primórdios do ducto podem permanecer
como lobo piramidal (LP), (LARSEN, 2001; MORTENSEN, LOCKYER, LOVEDAY, 2014;
GURLEYIK, et al., 2015; SADLER, 2016), esse, nem sempre está presente nos indivíduos
(ZIVIC et al., 2011).
Quando presente, o LP tem um formato cônico e geralmente ascende da parte supe-
rior do istmo ou da parte adjacente de cada um dos lobos, mais frequentemente do lado
esquerdo (STANDRING, 2010). Sua ocorrência pode variar de 15 a 75% (GERACI, et al.,
2008; MILOJEVIC, et al., 2013; MORTENSEN, LOCKYER, LOVEDAY, 2014; KIM, KIM,
SUNG, 2014; VEERAHANUMAIAH, DAKSHAYANI, MENASINKAI, 2015; GURLEYIK, et al.,
2015). O conhecimento das variações embriológicas, congênitas ou adquiridas da anatomia
da glândula tireoide, é de grande importância para os cirurgiões de cabeça e pescoço, es-
pecialmente nas cirurgias de tireoidectomia total ou parcial. Em consequência às variações
anatômicas da glândula tireoide, podem ocorrer a remoção incompleta do tecido tireoidiano,
que pode resultar na formação de bócio recorrente, visto que também o LP poderá ainda ser
afetado pelas mesmas doenças do restante da glândula tireoide (MORTENSEN, LOCKYER,
LOVEDAY, 2014; GURLEYIK, et al., 2015). O presente estudo teve como objetivo relatar a
presença de três casos de LP da glândula tireóidea em fetos humanos.

RELATO DE CASOS

Durante rotina de dissecação de fetos humanos no laboratório de anatomia humana


da Universidade Federal de Sergipe (UFS), foram encontrados em três fetos a presença
do LP da glândula tireoide, em três diferentes situações (Figura 1). Em um feto, do sexo
feminino, com aproximadamente 28 semanas de idade, a base do LP estava situada na
linha média da borda superior do istmo da glândula tireóide (Figura 1a); em outro feto do
sexo feminino, com aproximadamente 21 semanas de idade, a base do lobo estava situada

Leitura de Prova 3
na borda superior do istmo, à direita da linha média e adjacente ao lobo direito da glândula
(Figura 1b); e o terceiro feto do sexo feminino, com aproximadamente 32 semanas de idade,
a base do lobo piramidal estava situada na borda superior do istmo, à esquerda da linha
média e mais próximo do lobo esquerdo da glândula tireóide (Figura 1c). Também foram
realizadas medidas morfométricas de todos os LP encontrados (Tabela 1)

Tabela 1. Dados morfométricos dos lobos piramidais.

Identificação
Medidas
Feto 1 Feto 2 Feto 3

Comprimento 7,15 mm 5,81 mm 11,30 mm


Largura 1/3 superior 2,13 mm 1,85 mm 2,35 mm
Largura 1/3 médio 3,06 mm 1,78 mm 2,60 mm
Largura 1/3 inferior 4,29 mm 1,91 mm 6,50 mm

Figura 1. Fotografia de três glândulas tireoideas mostrando a posição dos lobos piramidais.

Legenda
LP - Lobo piramidal da glândula tireoide
LD - Lobo direito da glândula tireoide
LE - Lobo esquerdo da glândula tireoide

4 Leitura de Prova
DISCUSSÃO

Desde que o LP da glândula tireoide foi descrito pela primeira vez em 1749 por Pierre
Lalouette de Vernicourt (glândula de Laloutte), sua incidência e variação morfológica têm
sido estudadas em relação a sua presença, posição, tamanho e extensão.
A maior parte das variações da glândula tireoide deve-se à persistência do ducto tireo-
glosso, e a mais comum delas decorre pela presença do LP (ZIVIC et al., 2011). Esse pode
alcançar o osso hioide ou ainda ser fixado por meio de um feixe fibroso ou fibromuscular,
conhecido como músculo levantador da glândula tireoide (RANADE, et al., 2008; WINESKI,
2019, PACÍFICO, et al., 2019).
Em geral, a localização do LP da glândula tireoide é descrita como situada no bor-
do superior do istmo (base de conexão entre os lobos da glândula tireóide) ou adjacente
aos lobos laterais. Entretanto, parte da literatura tem admitido que a base desse lobo está
frequentemente localizada mais à esquerda da linha média do bordo superior do istmo
(BRAUN et al., 2007; RANADE et al., 2008; NURUNABBI et al., 2010; STANDRING, 2010;
AYANDIPO, AFUWAPE, SONEYE, 2018). Em nosso estudo, a base dos três lobos pirami-
dais das glândulas tireóideas estavam situadas em posições diferentes: em um feto, na linha
média do bordo superior, no outro a direita e o terceiro à esquerda do bordo superior do
istmo da glândula tireoide. Alguns estudos também relatam que, os lobos piramidais podem
não estar relacionados ao istmo, mas associados aos lobos direito ou esquerdo da glândula
tireoidea (OZGUR et al., 2011; PARK et al., 2012). Em casos mais raros, há a existência de
um LP duplo (HAKEEM, et al., 2019; JOSHI et al., 2010; OZGUR et al., 2011).
Dados entre vários autores apontam que a ocorrência do LP tem sido muito variável,
seja através de dissecação de cadáveres adultos ou de fetos, como também durante a rea-
lização de diferentes tipos de exames de imagens (ultrassonografia, cintilografia, tomografia
computadorizada), realizadas para o diagnóstico de patologias do pescoço, especificamente
nas doenças da tireóide (hipotireoidismo, hipertireoidismo, bócio, nódulos na tireoide, câncer
de tireoide) ou nas cirurgias da tireóide (tireoidectomia total ou parcial com ressecção do
lobo piramidal se presente) (Tabela 2).

Leitura de Prova 5
Tabela 2.Prevalência do lobo piramidal realizados por vários autores.

Autor Estudo População Ocorrência (%)

Sexo

Masculino Feminino
OZGUNER & SULAK, (2014) Cadáveres de fetos Turquia 29,5 47,46 52,54
ANUPRYA & KALPANA, (2016) Cadáveres de fetos Índia 30 - -
Cadáveres de adultos
ALL-AZZAWI & TAKAHASHI, (2021) Reino Unido 30 50 50
e fetos
RAJKONWAR & KUSRE, (2016) Cadáveres de adultos Índia 38,75 58 42
MILOJEVIC et al., (2013) Cadáveres de adultos Sérvia 55,2 53,12 46,87
VEERAHANUMAIAH, DAKSHAYANI,
Cadáveres de adultos Índia 46 70,73 29,27
MENASINKAI, (2015)
NURUNNABI et al., (2010) Cadáveres de adultos Índia 41,67 84 16
RANADE et al., (2008) Cadáveres de adultos Índia 58 100 -
JOSHI et al., (2010) Cadáveres de adultos Índia 37,77 100 -
BRAUN et al., (2007) Cadáveres de adultos Áustria 55 56,25 43,75
BRAUN et al., (2007) Cintilografia Áustria 13 - 100
CENGIZ, SAKI, YÜREKLI(2013) Cintilografia Turquia 18 19 81
MORTENSEN, LOCKYER, LOVEDAY
Ultrassonografia Reino Unido 21 74,44 22,44
(2014)
KIM, KIM, SUNG, (2014) Ultrassonografia Coréia do Sul 50,6 15,85 84,15
T o m o g r a f i a
KIM, KIM, SUNG, (2014) Coréia do Sul 59,3 16 84
computadorizada
T o m o g r a f i a
KIM et al., (2013) Coréia do Sul 46,6 70,64 29,36
computadorizada
T o m o g r a f i a
PARK et al., (2012) Coréia do Sul 41,3 26,67 73,33
computadorizada
GERACI et al., (2008) Cirurgia Itália 12 57 43
GURLEYIK et al., (2015) Cirurgia Turquia 65,7 24,77 75,23
ZIVIC et al., (2011) Cirurgia Sérvia 61 6,56 93,44
AYANDIPO, AFUWAPE, SONEYE,
Cirurgia Nigéria 44 13,2 86,8
(2018)

Ao analisar a presença do LP por sexo, muitos autores diferem quanto a sua ocorrência.
Para ZIVIC et al., (2011); KIM et al., (2013); PARK et al., (2012); e AYANDIPO, AFUWAPE,
SONEYE, (2018) o LP seria mais presente no sexo feminino. Achado que está de acordo
com nosso estudo, em que todos os lobos piramidais foram encontrados em fetos do sexo
feminino. De acordo com os estudos de RANADE et al., (2008); NURUNNABI et al., (2009);
VEERAHANUMAIAH, DAKSHAYANI E MENASINKAI, (2015) e RAJKONWAR & KUSRE,
(2016), esse lobo seria mais frequente no sexo masculino do que no feminino. Por outro lado,
MILOJEVIC et al., (2013); ALL-AZZAWI & TAKAHASHI, (2021) relataram que não existia
predominância significativa entre sexo e a presença do LP.
O conhecimento do LP como parte da glândula tireoide é muito importante, pois pode
ser afetado pelas mesmas doenças que acometem o restante da glândula, tornando-se dessa
maneira, um local de possíveis doenças recorrentes (ZIVIC et al., 2011). Outrossim, segundo
o estudo de ROSÁRIO, et al., (2004), sobre tratamento cirúrgico do carcinoma diferenciado
de tireoide, se qualquer remanescente da glândula tireoide, que é responsável pela absorção
da maior fração de iodo do corpo humano, e em especial do LP, for deixado em pacientes

6 Leitura de Prova
que necessitam de iodo radioativo pós-operatório, os benefícios desse tratamento poderão
ser reduzidos, pois esse remanescente absorveria grande parte ou, até mesmo, todo o iodo
utilizado. Desse modo é muito importante para os cirurgiões de cabeça e pescoço o conhe-
cimento da existência do LP durante o pré-operatório para obtenção maior de sucesso na
realização das cirurgias de tireoidectomias totais ou parciais e, assim, alcançar um ótimo
acompanhamento no pós-operatório.

CONCLUSÃO

A literatura descreve muitas variações referentes à presença do LP. Assim o conhe-


cimento sobre a presença do lobo piramidal torna-se necessário para uma maior taxa de
sucesso nas cirurgias tireoidianas, uma vez que a ressecção completa do lobo piramidal
pode evitar o aparecimento de doenças tireoidianas recorrentes e melhorar o tratamento no
pós-operatórios.

REFERÊNCIAS
1. AL-AZZAWI, A.; & TAKAHASHI, T. Anatomical variations of the thyroid gland: An experimental
cadaveric study. Ann. Med. Surg (Lond)., v. 8, n. 70, p. 102823, 2021.

2. ANUPRIYA, A.; KALPANA, R. Morphological and Histological Features of Human Fetal Thyroid
Gland. IJSS., v. 3, n. 10, p. 136-140, 2016.

3. AYANDIPO, O. O; AFUWAPE, O. O; SONEYE, O. Y. Incidence of pyramidal thyroid lobe in


the university college hospital Ibadan. Niger. J. Clin. Pract., v. 21, n. 11, p. 1450-1453, 2018.

4. BRAUN, E. M. et al. The pyramidal lobe: clinical anatomy and its importance in thyroid surgery.
Surg. Radiol. Anat., v. 29, n. 1, p. 21-7, 2007.

5. CENGIZ, A.; SAKI, H.; YÜREKLI, Y. Scintigraphic evaluation of thyroid pyramidal lobe. Mol.
Imaging. Radionucl. Ther., v. 22, n. 2, p. 32-5, 2013.

6. GERACI, G. et al. The importance of pyramidal lobe in thyroid surgery. G. Chir., v. 29, n. 11-
12, p. 479-82, 2008.

7. GURLEYIK, E. et al. Pyramidal Lobe of the Thyroid Gland: Surgical Anatomy in Patients Un-
dergoing Total Thyroidectomy. Anat. Res. Int., v. 2015, n. 384148, 2015.

8. HAKEEM, A. H. et al. Double Pyramidal Lobe of the Thyroid Gland a Rare Variation: Case
Report. Indian. J. Surg. Oncol., v. 10, n. 2, p. 385-388, 2019.

9. JOSHI, S. D. et al. The thyroid gland and its variations: a cadaveric study. Folia. Morphol
(Warsz)., v. 69, n. 1, p. 47-50, 2010.

Leitura de Prova 7
10. KIM, D. W. et al. The prevalence and features of thyroid pyramidal lobe, accessory thyroid,
and ectopic thyroid as assessed by computed tomography: a multicenter study. Thyroid., v.
23, n. 1, p. 84-91, 2013.

11. KIM, K. S.; KIM, D. W.; SUNG, J. Y. Detection of thyroid pyramidal lobe by ultrasound versus
computed tomography: a single-center study. J. Comput. Assist. Tomogr., v. 38, n. 3, p.
464-8, 2014.

12. LARSEN, W. J. Human Embryology, 3rd Edition, New York: Churchill Livingstone, 2001.

13. MILOJEVIC, B. et al. Pyramidal lobe of the human thyroid gland: an anatomical study with
clinical implications. Rom. J. Morphol. Embryol., v. 54, n. 2, p. 285-9, 2013.

14. MOORE, K. L.; DALLEY A. F.; AGUR A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 8ª. Edição,
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda. 2020.

15. MORTENSEN, C.; LOCKYER, H.; LOVEDAY, E. The incidence and morphological features of
pyramidal lobe on thyroid ultrasound. Ultrasound., v. 22, n. 4, p. 192-8, 2014.

16. NURUNNABI, A. S. M. et al. Morphological and Histological Study of The Pyramidal Lobe of
The Thyroid Gland in Bangladeshi People - A Postmortem Study. Bangladesh. J. Anat., v. 7,
n. 2, p. 94–100, 2010.

17. OZGUNER, G.; & SULAK, O. Size and location of thyroid gland in the fetal period. Surg. Radiol.
Anat., v. 36, n. 4, p. 359-67, 2014

18. OZGUR, Z. et al. Anatomical and surgical aspects of the lobes of the thyroid glands. Eur. Arch.
Otorhinolaryngol., v. 268, n. 9, p. 1357-63, 2011.

19. PACIFICO, F. A. et al. A variant topography of levatorglandulaethyroideae: A Case report. Int.


J. Anat. Var., v. 12, n. 2, p. 10-11, 2019.

20. PARK, J. Y. et al. The prevalence and features of thyroid pyramidal lobes as assessed by
computed tomography. Thyroid., v. 22, n. 2, p. 173-7, 2012.

21. RAJKONWAR, A. J; KUSRE, G. Morphological Variations of the Thyroid Gland among the
People of Upper Assam Region of Northeast India: A Cadaveric Study. J. Clin. Diagn. Res.,
v. 10, n. 12, p. AC01-AC03, 2016.

22. RANADE, A. V. et al. Anatomical variations of the thyroid gland: possible surgical implications.
Singapore. Med. J., v. 49, n. 10, p. 831-4, 2008.

23. ROSÁRIO, P. W. et al. Correlation between cervical uptake and results of postsurgical radioio-
dine ablation in patients with thyroid carcinoma. Clin. Nucl. Med., v. 29, n. 6, p. 358-61, 2004.

24. SADLER, T. W. EmbriologiaMédica. 13ª.edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda.,


2016.

25. STANDRING, S. Gray’s Anatomia: A base anatômica da práticaclínica. 40. ed., Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010.

26. VEERAHANUMAIAH, S.; DAKSHAYANI, K. R.; MENASINKAI, S. B. Morphological variations


of the thyroid gland. Int. J. Res. Med. Sci., v. 3, n. 1, p. 53-57, 2015.

8 Leitura de Prova
27. WINESKI, L. E. Snell”s clinical anatomy by regions. 10ªedition, Philadelphia: Wolters Kluwer,
2019.

28. ZIVIC, R. et al. Surgical anatomy of the pyramidal lobe and its significance in thyroid surgery.
S. Afr. J. Surg., v. 49, n. 3, p. 110, 112, 114 passim, 2011.

Leitura de Prova 9

Você também pode gostar