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Unidade II
5 CAMPO MAGNÉTICO E FORÇA MAGNÉTICA
→
Uma partícula de→ massa m e carga elétrica q,→ quando sujeita a um campo→de gravidade
→
g , fica
→
submetida ao peso P = mg→; em campo elétrico E, fica sujeita à força elétrica F e = qE. Essas forças
independem da velocidade ν que a partícula possa ter (exceto efeitos relativísticos sobre a massa m).
Todavia, na presença de corrente elétrica, mostram os experimentos que mais uma força, dita força
magnética, pode intervir. Segue a lei:
→ → →
F m = q . ν ∧ B [25]
→
O vetor B depende das correntes elétricas presentes (intensidade e geometria) e do ponto P; por
onde está passando a partícula, ele é chamado campo magnético no ponto P.→ A lei supra evidencia que
a força magnética será nula, se a partícula
→
for estacionária; já nisso, o campo B distingue-se
→
dos campos
elétrico e de
→
gravidade. Admitindo ν ≠ 0, a força magnética é nula também quando ν tem a mesma
direção de B.
→ → →
Figura 55 – A força magnética F m é normal ao plano definido pelos vetores ν e B . O sentido da força segue a regra da mão direita
→ → → → →
Nos demais casos (ν ≠ 0, →B ≠ →0 e ν não paralelo a B), a força magnética é não nula: F m é normal ao
plano definido pelos vetores ν e B e tem o sentido definido
→
pela “regra da mão direita”. Para utilizá-la,
deve-se alinhar→ os dedos da mão direita no sentido de ν e simultaneamente→ posicionar a palma da mão
no sentido de B; nessa situação, o →sentido indicado pelo polegar será o de F m, se a carga for positiva. Se
a carga for negativa, o sentido de F m será o oposto ao indicado pelo polegar.
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ELETRICIDADE BÁSICA
→
A força magnética é normal a B, diferentemente
→
das
→
forças de gravidade e elétrica, que são paralelas
aos respectivos campos. Sendo θ o ângulo entre ν e B, a intensidade da força magnética é:
→ → →
|F m| = |q| . |ν| . |B| . sen(θ) [26]
→
No Sistema Internacional, a unidade de B é o tesla, símbolo T; é a intensidade do campo magnético
que exerce força magnética de um newton em carga elétrica de um coulomb, que se move com
velocidade de um metro por segundo em direção normal ao campo. Em máquinas elétricas e aparelhos
de laboratório, o campo magnético chega a intensidade de alguns poucos teslas.
A força magnética exercida em partícula livre, quando não nula, é normal à velocidade, logo, ela
pode imprimir aceleração normal, encurvando a trajetória. Contudo, não imprime aceleração tangencial,
não havendo, portanto, alteração da velocidade escalar, pois a força magnética não produz trabalho.
Antecipamos dois fatos: corrente elétrica em fio condutor compõe-se de partículas (m, q) vinculadas ao
fio. Nesse caso, o campo magnético pode exercer força que trabalha, o que acontece em motor elétrico
comum. Campo magnético variável, com o tempo, engendra campo elétrico impresso, que podendo
acelerar partícula livre no campo, o que acontece em transformador, em particular, em bétatron.
→
Linha de campo magnético é toda linha
→
que, →em cada ponto, tem a direção do vetor B,
atribuindo-lhe o mesmo sentido do vetor B. Sendo d I um elemento vetorial genérico de uma linha
de indução, vale:
→ →
B ∧ d I = 0 [27]
Figura 56 – Linhas de campo magnético de um ímã. Em cada ponto da linha, o campo magnético é tangente no sentido de N → S
Os experimentos revelam que em superfície fechada o fluxo do campo magnético é sempre nulo: as
linhas de campo não têm começo nem fim; são sempre fechadas sobre si mesmas.
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Unidade II
→
Se uma→partícula elétrica estiver sujeita simultaneamente a um campo elétrico E e a um campo
magnético B, a força resultante da ação conjunta dos dois será chamada Força de Lorentz, expressa por:
→ → → → → → →
F = F e + F m F = qE + qν ∧ B
→ → → →
F = q(E + ν ∧ B) [28]
→ →
O produto ν ∧ B é da natureza
→
de um campo elétrico. Comumente o peso é desprezível
→
em face
da força de Lorentz. Em geral, B é função de ponto e data. Se, em cada ponto, →B for independente
do tempo, o campo magnético será dito estacionário. Se, em cada instante, B for independente
do ponto, o campo
→
magnético será dito uniforme. Mais simples é o caso do campo uniforme
e estacionário: B é o mesmo em todos os pontos e não varia com o tempo. Campo magnético
estacionário é gerado por correntes elétricas constantes. Trataremos exclusivamente de campos
magnéticos estacionários, por enquanto.
→ →
Mencionamos que o campo elétrico E e o campo magnético B dependem do referencial
adotado; mudança de referencial afeta ambos, simultaneamente, de modo a harmonizá-los com
os fatos observados.
Saiba mais
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ELETRICIDADE BÁSICA
→ →
b) A partícula é lançada em direção perpendicular ao campo magnético: ν ⊥ B. A força magnética
é força centrípeta; não→há força tangencial, o movimento é uniforme em trajetória circular num
plano perpendicular a B. Sendo R o raio da trajetória, vale:
v2
qvB = m
R
mν
R= [29]
qB
E o período do movimento é dado por:
2π 2π mν
T= R T=
ν v qB
2πm
T=
qB [30]
Figura 57 – Trajetória circular percorrida por uma partícula quando a direção de sua
velocidade é perpendicular à direção do campo magnético da região
Lembrete
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Unidade II
dois movimentos:
→
devido a ν⊥, a partícula executa movimento circular uniforme
→
em um plano
normal a B; por causa de ν⊥, o plano anterior se translada na direção de B. A hélice apoia-se em
um cilindro de raio R dado por:
qBR = mν⊥
mν⊥
R= [31]
qB
O período é:
2π
T= R [32]
ν⊥
E o passo da hélice é:
h = ν⊥T [33]
Figura 58 – Trajetória helicoidal de uma partícula eletrizada, quando a velocidade não for perpendicular ao campo
Saiba mais
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ELETRICIDADE BÁSICA
1. Uma partícula de massa m→ e carga elétrica q é lançada duas vezes em uma região onde existe
um campo magnético uniforme B. A cada lançamento, medem-se a velocidade da→ partícula e a força
magnética. Obtiveram-se os valores inscritos na tabela a seguir. Determine o vetor B.
Tabela 5
m
Ensaio ν F (N)
s
1 2 î − ĵ (
−3q ˆi + 2 ĵ + k̂)
2 î −q (3ĵ + 2kˆ )
Solução:
→ → →
B = Bx ˆi + By ĵ + Bzk̂ F = qν ∧ B
Ensaio 1:
( ) ( ) (
−3q ˆi + 2jˆ + kˆ = q 2 ˆi − ˆj ∧ Bx ˆi + By ˆj + Bzkˆ )
( )
−3q ˆi + 2jˆ + kˆ = qBykˆ − 2qBz ˆj + qBxkˆ − qBz ˆi
( )
−3q ˆi + 2jˆ + kˆ = 2qBykˆ − 2qBz ˆj + qBxkˆ − qBz ˆi
- 3 = - Bz - 6 = -2Bz - 3 = 2By + Bx
Ensaio 2:
( ) () (
−q 3jˆ + 2kˆ = q ˆi ∧ Bx ˆi + By ˆj + Bzkˆ )
( ) () (
−q 3jˆ + 2kˆ = q ˆi ∧ Bx ˆi + By ˆj + Bzkˆ )
( )
−q 3jˆ + 2kˆ = qBykˆ − qBz ˆj
- 3 = - Bz - 2 = By
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Unidade II
Figura 59
Solução:
F >0 − î
→ → →
a) B = Bĵ ν = νk̂ F = qν ∧ B F = qνkˆ ∧ Bĵ F = qνB kˆ ∧ ˆj
F
→ → ν2 ν2
F = −F î F = qνB F = ma a = − î F = − m ˆi
R R
2πR 0.4
ν = 3,83 . 107 m/s T = T=2.π . T = 6,56 . 10-8 s
ν 3.83 . 107
( )
2
1 mν 2 3.34 . 10 −27 . 3.83 . 107
b) q∆V = mν2 ∆V = ∆V =
2 2q 2 . 1.6 . 10 −19
∆V = 15310664 V ∆V = 15,3 . 106 V
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ELETRICIDADE BÁSICA
3. Uma partícula de massa m e carga elétrica q é lançada, com velocidade v0, de um ponto A, que
está numa distância D de um anteparo fixo. Nesta região, existe um campo magnético uniforme, de
intensidade B, e direção normal ao plano da figura. A partícula colide com o anteparo no ponto B.
Pedem-se:
Figura 60
L = 0,02 m e L = 11,98 m são os dois pontos de intersecção do arco de circunferência com o anteparo,
mas o ponto B da figura corresponde a L = 0,02 m.
D 0.50
sen (θ) = sen (θ) = = 0,0833 θ = 4,780 = 0,0833 rad
R 6
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Unidade II
ν0 4 θ 0.0833
ω= ω= = 0,67 rad / s θ = ωt t= t= = 0,124 s
R 6 ω 0.67
c) Como o ângulo θ é pequeno, pode-se admitir que a aceleração muda pouco de direção. O
lançamento é interpretado como em um campo de aceleração vertical, permitindo que a trajetória seja
aproximada por uma parábola. Nesta situação, vale:
1 ν2 1 ν20 * 2 2LR
L = a.(t * )2 , onde a = 0 L= (t ) t* =
2 R 2 R ν20
2 . 0.02 . 6
t* =
42
t* = 0,122s havendo, portanto, uma ótima aproximação.
b) o período T do movimento;
d) o raio da trajetória.
Figura 61
ν2 ν2 ν2
Solução: F = ma a= F =m F = qνB m = qνB
R R R
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ELETRICIDADE BÁSICA
2πR 2π . 2500
T= T= T = 3,14 s
ν 5000
→
5. Uma partícula de→
massa m e carga →
elétrica
→
q é injetada com velocidade ν0 em região de campo
magnético uniforme B: o ângulo entre ν0 e B é θ. A partícula descreve uma hélice cilíndrica. Pedem-se
o raio R do cilindro, no qual a hélice se apoia, e o passo h.
m
Dados: ν0 = 500 q = 0,004 C θ = 300 B = 2T m = 0,002 kg
s
Figura 62
Solução:
→ → →
→
A velocidade admite um componente νII na direção de B: νII = ν0cos(θ), e um componente ν⊥ normal
a B: ν⊥ = ν0sen(θ).
→
→
Em→ posição
→
genérica, a velocidade
→
da partícula é ν e o campo exerce na partícula
→
a força magnética
F = qν ∧ B; essa→
força
→
é→
normal a ν , logo ela só tem efeito sobre
→
a direção de→
ν , nenhum efeito sobre a
intensidade de ν: |ν| = |ν0|. Dos componentes de velocidade: νII se conserva,
→
ν⊥ é desviado. Portanto, a
partícula descreve uma circunferência de raio R em um plano π normal→ a B, com velocidade de intensidade
invariável ν0sen(θ), enquanto aquele plano se translada na direção de B com velocidade também invariável
ν0cos(θ).
qν ⊥ B=m
( ν⊥ )
2
R=
mν⊥
R=
mν0
sen(θ) R=
0.002 . 500
sin(30) R = 62,5 m
R qB qB 0.004 . 2
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Unidade II
→
h = νIIT h = ν0 cos(θ) . T h = 500 . cos(30) . 1,57 h = 680 m
6. Um próton é lançado em região onde existem, simultaneamente, um campo elétrico E = E k̂ e um
campo magnético→ B = →B î , ambos
→ →
estacionários e uniformes. A força resultante
→
sobre o próton segue a
força de Lorentz: F = qE + qν ∧ B, onde q é a carga elétrica do próton e ν sua velocidade. Não considerar
a ação do campo de gravidade
→
local. Sabe-se que a trajetória do próton é uma reta e o seu movimento
é uniforme. Determinar ν.
N
Dados: q = 1,6 . 10-19 C E = 800 B = 0,5 T
C
Figura 63
Solução:
→ → → →
F = qE + qν ∧ B E = E k̂ B = B î ν = ν ˆj
−k̂
F = qE kˆ + q ν ˆj ∧ B ˆi F = qE kˆ + q νB ˆj ∧ î F = qE kˆ − q νB k̂
→
F = (qE − qνB)k̂ F=0 qE - qνB = 0 q(E - νB) = 0
E 800 m
E - νB = 0 ν= ν= ν = 1600 m/s ν = 1600 ˆj
B 0,5 s
→
7. Um feixe de elétrons com velocidade ν0 penetra no espaço entre as armaduras de um capacitor
plano a vácuo em direção paralela a elas. A separação entre as armaduras é h. O capacitor é eletrizado
até uma tensão V, produzindo, então, um campo elétrico E. Na região há também um campo magnético→
uniforme B. Os dois campos são perpendiculares entre si. O feixe não sofre deflexão. Determinar B.
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ELETRICIDADE BÁSICA
m
ν0 = 2 . 103
s
Figura 64
Solução:
V 500 V
E= E= E = 5000
h 0,10 m
→ →
F e = qE E = −E ĵ Fe = ( −e)( −E ˆj) Fe = eE ˆj
→ → →
F m = qν0 ∧ B ν0 = ν0 ˆi B = −B k̂
ˆ
−j
Fm = ( −e) ( ν0 ˆi ∧ ( −B k̂ ) Fm = e ν0B( ˆi ∧ k)
ˆ Fm = −e ν0B ĵ
( )
→ → →
F = Fe + Fm = 0 eE ˆj + −e ν0B ĵ = 0 E = ν0B
E 5000
B= B= B = 2,5 T
ν0 2 . 103
8. Uma
partícula eletrizada é lançada
em uma região onde existem, simultaneamente, o campo
elétrico E = Eĵ e o campo magnético B = B k̂ . Os campos são perpendiculares entre si e, no momento de
lançamento, a velocidade da partícula também é perpendicular a ambos os campos, conforme ilustrado
a seguir. Sabe-se que a partícula percorre inicialmente a trajetória retilínea AB com velocidade escalar
constante e, ao atingir o ponto B, o campo elétrico é desligado e a partícula passa a percorrer uma
trajetória circular de raio R. Pedem-se:
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Unidade II
c) a intensidade, direção e sentido das forças elétrica e magnética que atuam na partícula no trecho AB.
N
Dados: E = 500 ĵ B = 0,4 k̂ T m = 4 . 10-6 kg R = 0,008 m AB = 20 m
C
Figura 65
Solução:
( )
q . E ˆj + −q . ν . B . ĵ = 0 E=ν.B ν=
E
B
ν=
500
0,4
ν = 1250
m
s
AB 20
t A→B = t A→B = tA → B = 0,016 s
ν 1250
b) Fmag = q . ν . B ˆj Fmag = −q . ν . B . ĵ = −q . ν . B . ˆj = q . ν . B ĵ
4 . 10 −6 . 1250
q= |q| = 1,5625 C q = - 1,5625 C
0,4 . 0,008
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ELETRICIDADE BÁSICA
c) Fmag = −( −1,5625) . 1250 . 0,4 . ĵ Fmag = 781,25 . ĵ N
→ → → →
F elétrica = (- 1,5626) . 500 j F elétrica = - 781,25 j N
9. Um elétron,
de massa m e carga elétrica q = - e, quando lançado no ponto A da figura, possui
velocidade ν0 = ν0 ˆj . Na região existe um campo magnético uniforme estacionário B = B k̂ . Pedem-se:
a) o módulo, a direção e o sentido do campo magnético, que obriga o elétron a descrever uma órbita
semicircular de A até C;
c) o módulo, a direção e o sentido da força magnética, que atua sobre o elétron no ponto B.
m
Dados: m = 9,11 . 10-31 kg e = 1,6 . 10-31 C ν0 = 0,8 . 106 R = 0,05 m
s
Figura 66
Solução:
i
→ →
F = ( −e) ν0B ˆj ∧ kˆ
→
a) No ponto A, vale: F = qν0 ∧ B F = ( −e)ν0ˆj ∧ Bkˆ
>0 <0
>0 ν20
= −eν0B ˆi
F F = F î F = − eν0 B F =m
R
F = 9.11 . 10 −31 .
(0.8 . 10 ) 6 2
F = 1,17 . 10-17 N
0.05
F 10 −17
B= − B = −1.17 . −19 B = - 9,14 . 10-5 T
e ν0 1.6 . 10 . 0.8 . 10 6
B = −9,14 . 10 −5 kˆ T
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Unidade II
πR π . 0.05
b) t AC = t AC = tAC = 1,96 . 10-7 s
ν0 0.8 . 106
c) No ponto B, vale:
−j ˆ
F = qν0 ˆi ∧ B k̂ F = ( −e) ν0 ˆi ∧ Bkˆ F = ( −e) v 0B ˆi ∧ k̂
F = eν0B ˆj F = 1.6 . 10 −19 . 0.8 . 106 . ( −1) . 9.14 . 10 −5 ˆj
F = −1,17 . 10 −17 ĵ N
→
10. Uma partícula de carga elétrica→q e massa m é lançada com velocidade ν em uma região onde
existe um campo magnético uniforme B. O movimento da partícula é uma hélice helicoidal. Pedem-se:
→
a) a força magnética F que atua sobre a partícula;
c) o período T do movimento.
Dados: q = 6 . 10-6 C m = 0,004 kg ν = 4 . 106 ˆi B = 0,4 ˆi + 0,6 k̂ T
Solução:
→ → →
a) F = qν ∧ B F = 6 . 10 −6 . 4 . 106 ˆi ∧(0, 4 ˆi + 0,6 k)
ˆ
−j ˆ
−6
F = 6 . 10 . 4 . 10 . 0.6 ˆi ∧kˆ
6
F = −14,4 ˆj N
→ →
b) O ângulo entre ν e B pode ser calculado pela equação:
ν.B 4 . 106 ˆi . (0.4 ˆi + 0.6 k)
ˆ 1.6 . 106
cos (θ) = cos (θ) = cos (θ ) =
ν . B 4 . 106 . 0.42 + 0.62 4 . 106 . 0.42 + 0.62
m
νII = ν . cos(θ) νII = 4 . 106 . 0,555 νII = 2,22 . 106
s
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ELETRICIDADE BÁSICA
m
ν⊥ = ν . sin(θ) ν⊥ = 4 . 106 . 0.832 ν⊥ = 3,3 . 106
s
0.004 . 3.3 . 106
qν⊥B = m ( ν⊥ )
2 mν⊥
R= R= R = 3,05 . 109 m R = 3,05 . 10 m
qB −6 2 2
R 6 . 10 . 0.4 + 0.6
11. Uma partícula de massa m, eletrizada com uma carga elétrica q, é abandonada em repouso
numa
região do espaço com campo elétrico e magnético. Os campos são representados por E = Exi e B = By ĵ .
Não considerar o campo de gravidade local. Pedem-se:
c) a equação horária da trajetória percorrida pela partícula para cada eixo cartesiano.
N q C
Dados: E x = 500 By = 50 T = 0,01
C m kg
x(0) = 0 y(0) = 0 z(0) = 0
Solução:
F = qE x ˆi + q νx ˆi + νy ˆj + νzk̂ × By ĵ → F = qE x ˆi + qBy νxkˆ − qBy νz ˆi →
F = q E x ˆi − By νz ˆi + q[ 0] ˆj + q By νx k̂
F = max ˆi + may ˆj + mazkˆ →
zero
max ˆi + may ˆj + mazkˆ = q E x ˆi − By νz ˆi + q[ 0] ˆj + q By νx k̂
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Unidade II
zero
max = q[Ex - Byνz] may = q[ 0] maa = q[Byνx]
d d d
ax = νx ay = νy az = νz
dt dt dt
d q d d q
νx = E x − By νz νy = 0 νz = By νx
dt m dt dt m
d q d d q d d2 q d
νz = B y ν x νz = B y ν x 2
νz = By νx
dt m dt dt m dt dt m dt
d2 q q
2
νz = By E x − By νz
dt m m
2 2 2 2
d2 q q d2 q q q
ν = BE − B νz
2 z m y x m y ν z + B
m
y ν z = m ByE x ω= By
dt dt2 m
2
q
C = ByE x
m
d2 ? ?
ν + ω νz = C → νz = A .sen ( ωt ) + B.cos ( ωt ) + C
2 z
2
dt
0 1
?
νz ( 0) = 0 = A .sen ( 0) + B.cos ( 0) + C 0=B+C=0 B=-C
?
νz = A .sen ( ωt ) − C.cos ( ωt ) + C
?
A C
z = − cos(ωt) − sen ( ωt ) + C . t + D
ω ω
?
?
1 0 ? ?
A C A
z ( 0) = 0 = − cos(0) − sen(0) + C . 0 + D − +D = 0
ω ω ω
94
ELETRICIDADE BÁSICA
ω
d q d 1 d ?
νz = B y ν x νz = ω . ν x νx = νz νz = A .sen ( ωt ) − C.cos ( ωt ) + C
dt m dt ω dt
d ? ?
νz = A ω cos ( ωt ) + Cωsen(ωt) v x = A cos ( ωt ) + Csen(ωt) νx(0) = 0
dt
1 0
0 = A cos(0) + C sen(0) A=0 νx = C . sen (ωt) νz = - C . cos(ωt) + C
1 ?
C C
x = − cos ( ωt ) + H x(0) = 0 0 = − cos(0) + H
ω ω
?
C C C C
0 = − +H H= x=− cos ( ωt ) +
ω ω ω ω
zero
?
A z=−
C
sen( ωt ) + C.t
− +D = 0 D=0
ω ω
q 2 Ex
ω= By q C E C = ω2
C = ByE x =ω x
m m ω By By
Ex E Ex E
x = −ω cos ( ωt ) + ω x z = −ω sen ( ωt ) + ω2 x .t
By By By By
Ex Ex E
νx = ω2 .sen(ωt) νz = −ω2 .cos ( ωt ) + ω2 x
By By By
Tabela 6 – Resumo
N q C
E x = 500 By = 50 T = 0,01
C m kg
q C E Ex
ω= By =ω x C = ω2
m ω By By
C
ω = 0,5 rad/s = 5m C = 2,5 m/s
ω
C C C
x=− cos ( ωt ) + z=− sen( ωt ) + C.t
ω ω ω
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Unidade II
Ex Ex E
νx = ω2 .sen(ωt) νz = −ω2 .cos ( ωt ) + ω2 x νy = 0
By By By
Figura 67
12. Uma partícula de massa m e carga elétrica q, ao adquirir uma velocidade v devido a uma tensão
aceleradora V, é projetada a partir do ponto A para dentro de um campo elétrico uniforme, de intensidade
E, produzido por placas paralelas eletrizadas como ilustrado na figura. Considerar o campo elétrico nulo
fora das placas. Na região há um campo magnético, também uniforme, de intensidade B, que se estende,
inclusive, para fora das placas. A partícula percorre entre as placas uma trajetória reta AB e, em seguida,
um trecho circular BC, de raio de curvatura R fora das placas, colidindo com um anteparo numa altura d.
A distância entre o anteparo e a extremidade direita das placas vale D. Não considerar a ação do campo
gravitacional. Pedem-se:
b) o raio de curvatura R;
96
ELETRICIDADE BÁSICA
Figura 68
Solução:
1 2qV
a) qV = mv2 ν= ν = 20,4 m/s
2 m
b) R2 = (R - d)2 + D2 R2 = (R - 0,1)2 + 42 R2 = R2 - 0,2R + 0,01 + 16 R = 80 m
→ → →
c) ν = ν î B = −Bk̂ F mag = qν ∧ B Fmag = qν ˆi ∧ ( −Bkˆ )
→ → → →
Fmag = qνBĵ E = −Eĵ F elet = qE Felet = qEĵ F mag + F elet = 0
E ν2 mν
qνBjˆ − qEĵ = 0 ν= qνB = m B=
B R qR
2qV
d) ν* = ν* = 28,87 m/s.
m*
E*
Para manter a trajetória reta no trecho AB, a relação ν* = deve ser obedecida, o que implica
B*
alteração da relação entre os campos, havendo, portanto, diversas possibilidades. Pode-se optar por
alterar somente o campo elétrico, mantendo o campo magnético.
97
Unidade II
m* ν*
R* = R* = 56,6 m (R*)2 = (R* - d*)2 + D2
qB *
-2R*d* + (d*)2 + D2 = 0
Admitindo D >> d*
D2
d* = d* = 0,141 m
2R *
Exemplo de aplicação
Quadro 1
Nome: RA:
Data: Turma: Horário:
Campus: Professor:
→
1. Um feixe de elétrons com velocidade ν0 penetra no espaço entre as armaduras de um capacitor
plano a vácuo em direção paralela a elas. A separação entre as armaduras é h. O capacitor é eletrizado
até uma tensão V, produzindo, então, um campo elétrico E. Na região há também um campo magnético
uniforme→ B.→ Os dois campos são perpendiculares entre si. O feixe não sofre deflexão. Determinar os
vetores E e B.
m
Dados: m = 9,11 . 10-31 kg q = - e = 1,6 . 10-19 C h = 0,05 m V = 10000 V ν0 = 8 . 105
s
Figura 69
N
Resposta: E = −200000 ˆj B = −0,25 kˆ T
C
2. Uma partícula eletrizada de massa m e carga elétrica q é lançada com velocidade v,
perpendicularmente à direção de um campo magnético uniforme de intensidade B, e percorre uma
trajetória circular de raio R. Pedem-se:
b) o raio da trajetória;
98
ELETRICIDADE BÁSICA
Figura 70
Resposta:
a) F = 20N
b) R = 2500m
c) t = 0,785s
Observação
Em um fio condutor percorrido por corrente elétrica I, consideremos três seções transversais A, B e C
próximas, consecutivas
→
no sentido positivo e equidistantes (ver figura). O segmento AB corresponde ao
elemento vetorial d I do condutor, no sentido positivo convencionado. O segmento →
AB contém a carga
móvel dq (reduzida a partículas positivas), animada de velocidade
→ →
de migração ν no sentido da corrente
elétrica, que admitiremos positiva. Em duração dt, tal que d I = νdt, a carga dq transpõe a seção B, vindo
a ocupar o segmento consecutivo BC.
99
Unidade II
Figura 71 – Trecho de um condutor com corrente elétrica. As cargas elétricas se movem com velocidade de migração
aproximadamente constante
→
A grandeza Id I é chamada de elemento de corrente, pois pode ser interpretada como:
dq dl
Id l = d l = dq
dt dt
→ →
Id I = dqν [34]
O elemento de corrente equivale ao produto da carga móvel que ele contém por sua velocidade de
migração.
→
Admitamos que o elemento→de corrente Id I , situado em um ponto →P, esteja imerso
→
em uma região→
onde→há um
→
campo magnético B. Na carga dq, animada de velocidade ν, o campo B exerce a força dF
= dqν ∧ B. Fazendo a substituição, fica: → → →
dF = Id I ∧ B [35]
→
Em segmento finito AB de condutor percorrido por corrente elétrica I, o campo magnético B
geralmente varia ponto a ponto, portanto, para obter a força magnética total no segmento, é necessário
aplicar o princípio de superposição:
F = ∫dF F = ∫Id l ∧ B F = I∫d l ∧ B
100
ELETRICIDADE BÁSICA
Em segmento AB de condutor reto percorrido por corrente elétrica I, o campo magnético exerce
força dada por:
→ → →
F = IL ∧ B [36]
→ →
Sendo L = (B - A), a intensidade de F é representada por:
→ → →
|F | = I . |L | . |B| . sen(θ) [37]
→ →
Sendo θ o ângulo entre os vetores L e B:
8 CONJUGADO MAGNÉTICO
→
Conforme a geometria do sistema, pode surgir um conjugado magnético C, em que se baseia o
funcionamento dos motores elétricos e o dos galvanômetros de quadro móvel.
Em particular, consideremos→uma espira retangular ABCD percorrida por corrente elétrica I e imersa
em campo magnético uniforme B perpendicular aos lados AB e CD. Seja n^ um vetor unitário perpendicular
ao plano da espira. O sentido de n^ relaciona-se
→
com o sentido da corrente elétrica I, conforme a regra
da mão direita. Seja θ o ângulo entre n e B.
^
Nos lados BC e DA, o campo magnético exerce forças diretamente opostas que se equilibram. Nos
lados AB e CD, o campo magnético exerce forças que formam um binário e tem intensidade:
→ →
|F | = I . AB . |B|
O braço do binário é b = BC . sen(θ), logo, o momento do binário, que é o conjugado magnético, fica:
→ →
|C| = b . |F | [38]
101
Unidade II
→ → → →
|C| = BC . sen(θ) . I . AB . |B| |C| = I . BC . AB . |B| . sen(θ)
m - I . A [39]
→ →
Assim, o conjugado é apresentado como |C| = m . |B| . sen(θ), e na forma vetorial fica escrita como:
→ → →
C = m ∧ B [40]
Lembrete
Figura 73 – A espira retangular é percorrida por uma corrente elétrica e está imersa em região de campo magnético uniforme.
Devido à ação de forças magnéticas nos lados da espira, ela sofre a ação de um conjugado magnético
Observação
102
ELETRICIDADE BÁSICA
1. Considere o circuito ABCDA percorrido em sentido horário por uma corrente elétrica de intensidade
I. Calcular:
a) a força magnética que exerce o campo magnético B, uniforme, perpendicular ao plano do circuito
e dirigido para fora, sobre cada uma das porções do circuito;
Figura 74
Solução:
a) (B − A ) = r ˆi + r ˆj (C − B) = (R − r) ˆj (D − C ) = R ˆi − R ˆj
( A − D) = − (r + R) ˆi B = B k̂
→ →
F AB = I (B - A) ∧ B FAB = I . B . r(ˆi + ˆj) ∧ kˆ FAB = I . B . r( − ˆj + î )
(
FAB = 10 − ĵ + î N )
( )
FCB = I . B (R − r ) ˆj ∧ k̂
→ →
F CB = I (C - B) ∧ B FCB = I . B(R − r)iˆ
BC = 5 î N
F
→ →
F CD = I (D - C) ∧ B FCD = I . B . R(ˆi − ˆj) ∧ kˆ FCD = I . B . R( − ˆj − i)
( )
FCD = −15 ˆj + i N
103
Unidade II
→ →
F DA = I (A - D) ∧ B FDA = −I . B . (r + R)ˆi ∧ kˆ
ˆ
DA = +25 j N
F
→ → → → →
b) F espira = F AB + F BC + F CD + F DA
→ →
F espira = −10 ˆj + 10 ˆi + 5 ˆi − 15 ˆj − 15 ˆi + 25 ˆj F espira = 0
→
2. Um fio ABCD, imerso em uma região onde há campo magnético uniforme B, é percorrido por
uma corrente elétrica constante I, conforme ilustrado na figura a seguir. Determinar a força magnética
resultante no fio.
Dados: I = 5 A AB = 8 m BC = 6 m CD = 4 m B = 0,5 iˆ − 0, 4 ˆj + 0,3 kˆ (T )
Figura 75
→ → →
Formulário: F = I . L ∧ B
Solução:
→ → →
F AB = I(B - A) x B (B - A) = 8 j m FAB = 5 8jˆ × 0,5iˆ − 0,4 ˆj + 0,3kˆ
FAB = −20kˆ + 12î (N)
→ → →
F BC = I(C - B) x B (C - B) = 6 k m FBC = 5 6kˆ × 0,5iˆ − 0,4 ˆj + 0,3kˆ
FBC = 15jˆ + 12î (N)
→ → →
F CD = I(D - C) x B (D - C) = 4 i m FCD = 5 −4iˆ × 0,5iˆ − 0, 4 ˆj + 0, 3k̂
104
ELETRICIDADE BÁSICA
FCD = 8k̂ + 6ˆj (N)
( ) ( ) (
Fresultante = −20kˆ + 12ˆi + 15jˆ + 12iˆ + 8kˆ + 6 ĵ ) Fresultante = 24iˆ + 21jˆ − 12k̂ (N)
Alternativa:
( )
→ →
F resultante = I(D - A) x B Fresultante = 5 −4iˆ + 8jˆ + 6kˆ × (0,5iˆ − 0,4 ˆj + 0,3k)
ˆ
ˆi ˆj kˆ
8 6 ˆ −4 6 ˆ −4 6 ˆ
Fresultante = 5 −4 8 6 Fresultante = 5 i− j+ k
0,5 −0,4 0,3 −0,4 0,3 0,5 0,3 0,5 −0, 4
8 6 ˆ −4 6 ˆ −4 8 ˆ
Fresultante = 5 i− j+ k Fresultante = 24iˆ + 21jˆ − 12kˆ (N)
−0,4 0,3 0,5 0,3 0,5 −0, 4
3. A espira retangular ABC é percorrida por uma corrente elétrica I e está imersa numa região de
campo magnético uniforme, de intensidade B, e direção paralela ao lado maior da espira. Pedem-se:
Dados: I = 4 A B = 0,5 T AB = 5 m BC = 4 m CA = 3 m
→ → → → → → → → →
Formulário: F = I . L ∧ B C=µ∧B C= r xF
Figura 76
Solução:
ˆ
λ
(B − A ) = 4iˆ − 3jˆ (m)
→ →
a) F AB = I(B - A) ∧ B B = 0,5 −0,8 i + 0,6 ĵ
( )
→
B = −0,4iˆ + 0,3 ĵ (T) FAB = 4 4iˆ − 3jˆ ∧ ( −0,4iˆ + 0,3ˆj) F AB = 0
105
Unidade II
( )
→ →
F BX = I(C - B) ∧ B (C − B) = −4iˆ (m) FBC = 4 −4iˆ ∧ ( −0,4 î + 0,3j)
ˆ
ˆ
BC = −4,8k (N)
F
( )
→ →
F CA = I(A - C) ∧ B ( A − C ) = 3jˆ (m) FBC = 4 3jˆ ∧ ( −0,4iˆ + 0,3ĵ)
BC = 4,8k̂ (N)
F
(BC).(CA) ˆ
( )
→ → →
b) C = m ∧ Bm = I ( −k) m = −24kˆ Am2
2
C = − (
24k ) (
ˆ ∧ −0,4iˆ + 0,3ĵ C )
= 9,6ˆj + 7,2iˆ (Nm)
C = 9.62 + 7.22
→
C = 12 Nm
Alternativa:
→ →
AB AB →
C = 12 (Nm) F BC = 4,8 (N) 2 = 2,5 m C = FBC C = 12 Nm
2
4. Uma espira circular de arame, de raio R, transporta uma corrente elétrica I. O vetor
→
unitário n^ é
perpendicular ao plano da espira. A espira está imersa num campo magnético dado por B. Determine:
→
a) o momento magnético m da espira;
→
b) o conjugado magnético C que atua sobre a espira.
Dados: R = 0,08 m I = 0,20 m nˆ = 0,6 ˆi − 0, 8 ˆj B = 0,25 ˆi + 0,30 k̂ T
Solução:
( ) ( )
→ → →
b) C = m ∧ B C = 0,0024 ˆi − 0,0032 ˆj ∧ 0,25 ˆi + 0,3kˆ
( )
C = −7,2 ˆj + 8,0 kˆ − 9,6 ˆi 10 −4 Nm
106
ELETRICIDADE BÁSICA
d) o sentido de movimento do vértice D da espira, supondo que ela seja liberada na posição ilustrada.
Dados: I = 2 A B = 0,5 T
→ → → → → →
Formulário: F = IL ∧ B m = IA n̂ C=mxB
Figura 77
Solução:
( A − D) = −0,4 ˆi + 0,3k̂ (m)
→ →
a) F DA = I . (A - D) ∧ B B = B k̂
B = 0,6 k̂ ( T) FDA = 2. −0,4 ˆi + 0,3kˆ ∧ 0,5 k̂ FDA = 0,4 ˆj (N)
b) m = I . AB . BC m = 0,9 (Am2) m = −m.sen (θ) ˆi − m.cos(θ)k
ˆ
m = −0,9 . 0,6 i − 0,9 . 0,8 k̂
m = −0,54 ˆi − 0,72 kˆ Am2 ( )
107
Unidade II
Figura 78
→ → →
c) C = m ∧ B C = −0,54 ˆi − 0,72 kˆ ∧ 0,5 kˆ C = 0,27 ˆj (Nm)
d) Estando a direção do torque paralela ao eixo y no sentido positivo, então, na vista do topo desse
eixo, o ponto D move-se no sentido anti-horário (ver figura).
6. Uma espira retangular é percorrida por uma corrente elétrica I e está imersa numa região com
campo magnético uniforme de intensidade B. Para a posição ilustrada, pedem-se:
→ →
a) as forças magnéticas F AB, F BC que atuam, respectivamente, nos lados AB e BC da espira;
→
b) o momento de dipolo magnético m. da espira;
→
c) o conjugado magnético C que atua sobre a espira;
d) indique na →figura um eixo em torno do qual a espira poderia girar devido à ação do conjugado
magnético C.
→ → → → → → → → → → →
Formulário: F = I ℓ ∧ x B τ= r xF τ= µ xB U=- µ .B µ = IAn̂
Dados: I = 10 A B = 0,8 T
Figura 79
108
ELETRICIDADE BÁSICA
Solução:
(B − A ) = 3 ĵ m
→ →
a) F AB = I(B - A) ∧ B B = 0,8 ĵ T FAB = 10 . (3 ˆj) ∧ 0,8 ĵ
→ → →
F AB = 0 F BC = I(C - B) ∧ B (C − B) = −4 ˆi + 3k̂ m B = 0,8 ĵ T
ˆ ˆ ˆ FBC = −32 kˆ − 24 ˆi N
FBC = 10 . ( −4 i + 3k) ∧ 0,8 j
0,8 0,6
m = 150 . cos ( α )kˆ + 150 . sin ( α ) ˆi m = 120 kˆ + 90 ˆi Am2
( )
→ → →
c) C = m x B C = 120 kˆ + 90 ˆi ∧ 0,8ˆj C = −96 ˆi + 72kˆ Nm
d) A espira poderia girar em torno de um eixo paralelo ao lado BC, visto que a direção torque
magnético é paralela a esse lado da espira, conforme mostrado na figura anterior.
→
7. O referencial é 0xyz cartesiano. No espaço que interessa, existe um campo magnético uniforme
B. Entre dois pontos quaisquer A e B, estende-se um fio condutor fino e rígido de forma qualquer
percorrido
→
por corrente elétrica I. No trecho de condutor AB, o campo exerce forças cuja resultante geral
é F . Pedem-se:
→
a) demonstrar que a resultante geral F é a mesma que agiria no condutor fictício e reto AB, percorrido
pela mesma corrente elétrica I (a linha de ação da força resultante pode ser outra);
Solução:
→
a) no elemento genérico d I do condutor, o campo exerce a força:
→ → → B B B
dF = Id I ∧ B F = ∫dF F = ∫Id l ∧ B F = I∫d l ∧ B
A A A
B B
= I ∫d l ∧ B
→ →
F ∫ l = (B − A)
d F = I . (B - A) ∧ B
A A
→
b) A ≡ B (B - A) = 0 F=0
109
Unidade II
8. O esquema ilustrado a seguir representa uma espira ABCA percorrida pela corrente elétrica →I.
O ramo AC é arco de circunferência
→
com centro 0. O sistema está imerso em campo magnético B.
Determinar a força que o campo B exerce em cada ramo e a ação mecânica resultante.
Dados: I = 5 A 0A = OB = 0C = 2 m B = 1 ĵ T
Figura 80
Solução:
Ramo AB:
( )
→ →
F AB = I . (B - A) ∧ B FAB = 5 . −2 ˆi + 2 ˆj ∧1 j FAB = −10 kˆ N
Ramo BC:
( )
→ →
F BC = I . (C - B) ∧ B FBC = 5 . −2 ˆj + 2 kˆ ∧1 j FBC = −10 ˆi N
Ramo CA:
( )
→ →
F CA = I . (A - C) ∧ B FCA = 5 . 2 ˆi − 2 kˆ ∧1 j FCA = 10 kˆ + 10 iN
→ → → →
F resultante = F AB + F BC + F CA ˆ + ( −10 ˆi) + (10 k̂ + 10 î)
Fresultante = ( −10 k)
→
F resultante = 0
9. Uma espira retangular é percorrida pela corrente elétrica I e está imersa em um campo magnético
uniforme e estacionário de intensidade B, cuja direção forma com o plano da espira um ângulo θ. Para
a posição ilustrada, pedem-se:
→
a) o momento de dipolo magnético m da espira;
→
b) o conjugado magnético C aplicado na espira pelo campo magnético;
110
ELETRICIDADE BÁSICA
→
c) a direção do momento de dipolo magnético µ que permitiria o equilíbrio instável da espira.
Justificar a resposta.
Figura 81
Solução:
a) m = I . A A=a.b m = 0,6 Am2 m = m . n̂ n̂ = −k̂ m = −0,6 kˆ Am2
3ˆ 1 → →
b) B = B.cos (θ) .iˆ + B.sen(θ) .k̂
→
B = 0,2. .i + 0,2. kˆ T C=m∧B
2 2
C = − ˆ × 0,2. 3 .iˆ + 0,2. 1 kˆ
0,6.k C = −0,104 ˆj Nm
2 2
c) Para que o equilíbrio seja instável, o plano da espira
→
precisa ser posicionado de forma que a direção
do dipolo magnético
→
se torne paralelo à direção de B e o sentido do dipolo magnético seja contrário ao
→
sentido de B, logo: µ* = µ . n^ *
3ˆ 1
0,2. .i + 0,2. kˆ
B nˆ * = − 2 2
ˆ =−
n*
B 0,2
3ˆ 1ˆ
ˆ =−
n* i− k µ * = −0,3. 3 ˆi − 0,3kˆ Am2
2 2
→ → →
Na posição de equilíbrio, o torque magnético é nulo, valendo: C * = m* ∧ B = 0. O equilíbrio
será instável se a espira não retornar à sua posição de equilíbrio, caso sofra uma rotação de um
ângulo pequeno.
10. Um quadro condutor retangular, de lados AB e BC, é percorrido por corrente elétrica I e está
imerso em região de campo magnético B e campo gravitacional g. O quadro está apoiado em mancais,
111
Unidade II
com capacidade de rotação em torno do eixo 0x. No ponto médio M, do lado DC, está ligada a espira
através de um fio isolante e um bloco de massa m. Todo o conjunto permanece em equilíbrio na posição
ilustrada. Determine a massa m.
Figura 82
Solução:
− î
Cmag = −0.48 . 1.5 kˆ ∧ ˆj
→ →
Cmag = −0,48 kˆ ∧1, 5 ˆj Cmag = +0,72 ˆi Nm
→
C mag = m ∧ B
BC
Cgravitc. = (M − 0) ∧m g (M − 0) = ĵ (M − 0) = 0,20 ĵ m
2
m
g = −10 k̂ 2 Cgravitc. = 0,20 ˆj ∧m ( −10 k̂)
s
− î
Cgravitc. = 0.20 . 10 . m ˆj ∧( −k)
ˆ Cgravitc. = −2,0 . m ˆi Nm
( )
→ → → →
C resultante = C mag + C gravitc. C resultante = 0 + 0,72 ˆi + −2,0 . m ˆi = 0
0.72
0,72 = 2,0 . m m= m = 0,36 kg
2.0
112
ELETRICIDADE BÁSICA
Exemplo de aplicação
1. Um quadro condutor retangular, de lados AB e BC, é percorrido por corrente elétrica I e está
imerso em região de campo magnético B e campo gravitacional g. O quadro está apoiado em mancais,
com capacidade de rotação em torno do eixo 0x. No ponto médio M, do lado DC, está ligada à espira
através de um fio isolante e um bloco de massa m. Todo o conjunto permanece em equilíbrio na posição
ilustrada. Determine a corrente elétrica I.
Figura 83
Resposta: I = 2,5 A
→
2. A espira ABC esquematizada é percorrida pela corrente elétrica I e está imersa em campo magnético
B. Determinar:
→
a) a força magnética F BC que atua no trecho BC da espira;
→
b) o momento magnético m da espira;
→
c) o conjugado magnético C que atua sobre a espira.
Dados: AB = AC = 5 m I = 8 A B = 2 ˆj T θ = 45º
113
Unidade II
Figura 84
Resposta:
a) FBC = −40 2 kˆ − 80 î N
( )
b) m = 50 2 ˆi − 2 ĵ Am2
c) C = 100 2 kˆ Nm
Resumo
114
ELETRICIDADE BÁSICA
Exercícios
Questão 1. Uma partícula de massa m = 5 ⋅10−8 kg e carga elétrica q = 4 ⋅10−8 C é lançada, com
m
velocidade v 0 = 5 de um ponto A, que está numa distância D = 1 m de um anteparo fixo. Nesta
s
região, existe um campo magnético uniforme, de intensidade B = 0,5T, com direção normal ao plano
da figura.
Anteparo
A
B m
P
(0) - Centro da
trajetória
Figura
Quando a partícula colide com o anteparo no ponto P, são feitas as seguintes afirmativas:
115
Unidade II
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e IV, apenas
Resolução da questão
v 02
F = q ⋅ v0 ⋅B F = m⋅
R
m ⋅ v0
R=
q ⋅B
m
5 ⋅10−8 ⋅ 5
R= s
−8
4 ⋅10 ⋅0,5
R = 12,5m
D
L
R
Figura
116
ELETRICIDADE BÁSICA
D
sin θ =
R
1m
sin θ =
12,5m
θ = 4,6o
R2 = D2 + (R − L )
2
12,52 = 12 + (12,5 − L )
2
12,52 = 12 + (12,5 − L )
2
155,25 = (12,5 − L )
2
12,5 − L = 12,46
L = 0,04m
m
5
v rad
ω= 0 ω= s ω = 0,4
R 12,5m s
π
4,6
θ 180
θ = ω⋅ t t= t=
ω rad
0,4
s
t = 0,064s
m
Questão 2. Um feixe de elétrons com velocidade v 0 = 5 ⋅103 penetra no espaço entre as
s
armaduras de um capacitor plano, a vácuo, em direção paralela a elas. A separação entre as armaduras
é h = 0,05m. O capacitor é eletrizado até uma tensão V = 1000V, produzindo, então, um campo
elétrico E. Na região há também um campo magnético uniforme B, que é perpendicular ao
campo elétrico.
q = -e E
v0
h
Figura
117
Unidade II
A) 1 T.
B) 2 T.
C) 3 T.
D) 4 T.
E) 5 T.
118