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1.

4 Campo Elétrico e Lei de Coulomb

A característica fundamental de uma carga elétrica é a sua capacidade de exercer uma força em outra carga elétrica. Mas como a interação entre

as cargas acontece? Admite-se que uma carga elétrica Q cria no espaço ao seu redor um campo vetorial denominado campo elétrico E. 
⃗ 
Quando

uma segunda carga q é mergulhada no campo criado por Q sofre a ação da força F  ⃗  dada por

⃗  ⃗ 
F= q E

 Na figura abaixo, são representados os campos EA e EB criados pela carga negativa Q, nos pontos A e B :

→ → →
Se pusermos uma carga positiva q no ponto A a força F A = q EA terá o mesmo sentido de EA , portanto será de atração. se q for negativa  
→ →
FA terá sentido oposto a EA sendo de repulsão.
Para uma carga puntiforme — aquela cujas dimensões físicas são muito menores que a distância ao ponto desejado — a intensidade do
campo é dada por

Q
E = ke
2
d

onde,

ke  = constante eletrostática ou constante de Coulomb, no vácuo igual a 9 ⋅ 109  N 2


⋅ m /C
2
.

q1  e q2  = cargas elétricas, em C oulomb  −  C

d = distância entre as cargas, metros - m .

Note que 

⃗ 
F
⃗ 
E=
q

o campo elétrico é pois força por unidade de carga, em outras palavras, o campo elétrico em um ponto é numericamente igual à força que a
carga de 1C sofreria ao ser posicionada no ponto considerado. Para encontrar a força sobre uma carga q qualquer multiplicamos a carga pelo
campo.

Não há um nome de unidade específica para o campo elétrico, ele é dado em newtons por coulomb (N/C) ou equivalentemente em volts por metro
(V/m), como veremos mais adiante.

A Lei de Coulomb, formulada pelo físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) no final do século XVIII, afirma que

A força elétrica de ação mútua entre duas cargas elétricas puntiformes tem intensidade diretamente proporcional ao produto das cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa

|q1 ⋅ q2 |
F = ke   N
2
d

q1
 Modernamente a lei de Coulomb é interpretada assim, a carga q1 provoca a uma distância d (ponto de q2 ) um campo E = ke
2
, a força que
d
q1 q1 q2
atua sobre q2 é F = q2 E = q2 ⋅ ke
2
= ke
2
                        
d d

⃗ 
O campo elétrico de uma carga positiva é divergente pois o vetor resultante da operação F

q
terá sentido saindo de Q, independentemente de
q ser positiva ou negativa. Semelhantemente, o campo gerado por uma carga negativa é convergente, como ilustrado na figura abaixo:
O campo elétrico é uma grandeza vetorial e o campo resultante de várias cargas pontuais é a soma vetorial dos campos de cada carga:

Assim, para determinar a força sobre uma carga posicionada num ponto do espaço, calcula-se o campo elétrico resultante no ponto ER ,
somando-se vetorialmente os campos das demais cargas, e determina-se a força através de:

⃗  ⃗ 
F = qE R

Linhas de força

Em vez de representar o campo elétrico em uma região como um conjunto de vetores, é mais prático representá-lo através de linhas de força
- linhas imaginárias, indo da carga positiva para a carga negativa, traçadas de modo que o vetor campo elétrico situado em um ponto da linha
seja tangente a ela. As linhas de força são contínuas, não se cruzam e a concentração das linhas é proporcional à intensidade do campo.
Exemplos:

Última atualização: quinta, 24 mar 2022, 17:30

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