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HISTÓRICO E EXAME FÍSICO

O uso do histórico e anamnese são uma das formas de guiar o caso clínico de
SAP. Dessa maneira, uma rica anamnese fará com que o médico veterinário
chegue mais perto do diagnóstico. Ao começar a anamnese, é necessário que
o médico veterinário siga uma sequência de questionários, como perguntas
relacionadas com o responsável pela ave e o ambiente/local no qual está o
recinto ou a gaiola da ave, em seguida, referentes ao recinto do animal e, por
fim, relacionadas ao animal (FEITOSA, 2004)
Segundo o Homberger (2006), é aconselhado que o animal seja consultado
dentro de sua residência, para que o estresse causado pelo transporte da ave
ao consultório, não altere seu comportamento natural e mascare os sinais
clínicos do paciente. Se não conseguir que a consulta seja na sua residência, o
ideal é que se observe a ave dentro de sua gaiola/caixa de transporte, não
havendo manipulação, possibilitando o menos estresse possível a ave
(FAGUNDES, 2013).
Segundo Chitty (2003), as perguntas da anamnese serão de amplo espectro,
de modo que, qualquer mudança na rotina do animal, pode levar ao
desenvolvimento de SAP. Deve-se considerar os seguintes pontos: espécie,
sexo, idade, procedência, terapias anteriores, dieta fornecida, ambiente,
poleiros e brinquedos. Ainda, perguntas sobre a rotina da ave, qual grau de
convívio com os tutores, alguma mudança na casa, qual horário que ocorre a
automutilação.
Após uma anamnese completa, parte-se para o exame físico (CHITTY, 2003).
Baseando em um relato de caso discutido por Castilho et al. (2021), o que mais
é perceptível em animais que sofrem com a SAP são áreas aptéricas por
automutilação, especialmente em região do peito e abaixo das asas.
Aconselha-se que o médico veterinário utilize uma toalha para contenção da
ave apoiados na região da mandíbula e temporal da cabeça, observando o
comportamento da ave. Conseguindo conter o animal, é possível visualizar as
penas e folículos, fazer um exame do estado geral do paciente e até mesmo
coletar as penas para descarte de sarna (CASSIMIRO, 2019).
REFERÊNCIAS
CHITTY, J., Feather plucking in psitacine birds 1. Presentation and medical
investigation. In Practice 25: p. 484-493. 2003.
FEITOSA, Francisco Leydson F. Semiologia Veterinária: a arte do
diagnóstico. Semiologia de animais silvestres. 4. ed. São Paulo: Roca, 2004.
725 p.
CASSIMIRO, H. N. Síndrome do arrancamento de penas em psitácideos –
revisão de literatura. Conclusão de curso, curso de medicina veterinária,
Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos, Distrito
Federal: Gama, p. 1-14, 2019.
CASTILHO et al. Tratamento de automutilação em arara Canindé (Ara
Ararauna) com medicamento ultradiluído: Relato de caso. Brazilian Journal
of Development, Curitiba, v.7, n.7, p.69444-69452, jul. 2021.
FAGUNDES, N. Síndrome do arrancamento de penas em psitacídeos. 39 f.
Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Curso de Medicina Veterinária,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

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