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RESUMO
A Botânica é uma área que compõe a Biologia e procura estudar e compreender indivíduos
fotossintetizantes e sua interação com os processos ecológicos, bem como a classificação desses
organismos. O ensino tradicionalista viabiliza uma deficiência no ensino de botânica, fazendo com que
ocasione uma certa apatia dos alunos em relação à esta área. Uma das alternativas para se contornar este
empecilho, é a aplicação de aulas práticas para motivar e dar autonomia ao estudante. Para a metodologia
desta pesquisa, foi desenvolvida no ano de 2022, em uma turma de graduação em Ciências Biológicas
em um componente curricular de Morfologia Vegetal, foram realizados ensino metodológico prático,
utilizando ferramentas simples de fácil acesso, a fim de avaliar o grau de satisfação dos estudantes
durante o processo de aprendizagem de botânica. A fim conclusivo, os estudantes realizaram os
experimentos, aplicando em sala de aula metodologias ativas facilitadoras de aprendizagem. Sendo
assim, os estudantes relataram que as práticas em botânica oportunizam a contemplação com entusiasmo
a compreensão dos fenômenos da natureza e a apreciação de técnicas que contribuem no aprendizado,
criando um ambiente favorável à busca de conhecimento. Neste contexto, a elaboração de aulas práticas
no ambiente laboratorial se faz entusiasmante para os estudantes e promovem melhor absorção para os
conteúdos ministrados.
INTRODUÇÃO
1
Graduado pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, especialista em
Hematologia Clínica, lauristonsoares@hotmail.com;
2
Graduanda do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB,
adriellyklima@gmail.com;
3
Graduado pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, especialista em
Hematologia Clínica, lauristonsoares@hotmail.com;
4
Professor orientador: Graduado pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB,
lauristonsoares@hotmail.com;
sobre o assunto, em decorrências dos anos, o conhecimento em botânica é passado
gradativamente, para que desta maneira, os estudantes sejam direcionados para uma
consideração na teoria da aprendizagem construtivista.
O ensino tradicionalista viabiliza uma deficiência no ensino de botânica, fazendo com
que ocasione uma certa apatia dos alunos em relação à esta área (MENDES, 2019). Uma das
alternativas para se contornar este empecilho no ensino de botânica, é a aplicação de aulas
práticas para motivar e dar autonomia ao estudante, de modo que ele consiga não somente
assimilar as nomenclaturas vistas em sala de aula, mas que possibilita que o estudante seja
protagonista de seu próprio aprendizado, e dentro do contexto de ensino, as metodologias
prossigam em desenvolvimento de projetos, fazendo com que tenha um melhor entendimento
da teoria através da prática.
As atividades práticas permitem que o aluno seja incentivado a fazer questionamentos,
assim como despertar atração pela pesquisa científica, com o intuito de buscar respostas para
suas indagações em decorrência de seus processos de ensino-aprendizagem sobre botânica
(PERUZZI, 2021). Com isso, o processo de germinação de uma semente de feijão é uma técnica
fácil e simples para fazer com que os alunos tenham contato com metodologias ativas, os quais
promovem ensino diferenciados, através da atividade prática. Neste contexto, é notório a
viabilização da problematização de dúvidas acerca do desenvolvimento e estruturas
morfológicas dos vegetais em sala de aula. Sendo assim, para o estudo de botânica, a
complementação em aulas práticas aparentemente facilita o aprendizado do aluno (MOTA,
2010), pois é através de experimentos simples e de fácil acesso, que os estudantes podem
visualizar o desenvolvimento e o surgimento de estruturas morfológicas presentes.
Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo identificar o grau de satisfação dos
alunos durante o processo de aprendizagem com a inclusão de metodologias ativas para o ensino
de botânica. Neste contexto se faz a importância de serem realizados trabalhos acadêmicos que
contemplem com o impacto de metodologias ativas no ensino de ciências naturais, para
promoção de fixação do conteúdo de maneira facilitadora, e neste caso, especificamente em
botânica, que é uma matéria que muitos estudantes possuem dificuldade devido aos vários
processos bioquímicos e fisiológicos que são contemplados pelas plantas.
METODOLOGIA
Esta pesquisa foi realizada em março do ano de 2022, para os estudantes da
Universidade Estadual da Paraíba, os quais estavam incluindo como estudantes do componente
curricular de Morfologia Vegetal, sendo assim, esta pesquisa foi direcionada para os estudantes
do curso de graduação em Ciências Biológicas. Para a contemplação desta pesquisa, foi
aplicado um questionário em formato online, a fim de averiguar o grau satisfatório acerca da
inclusão de metodologias ativas durante o seu aprendizado em botânica.
Os estudantes realizaram um experimento simples concretizados em sala de aula, com
o intuito de desenvolvimento germinativo das sementes do pé de feijão. Posteriormente, os
estudantes responderam o formulário online para que os mesmos pudessem dispor de sua
respectiva opinião acerca da metodologia aplicada. Neste aspecto, após a conclusão da
experimentação os estudantes preencheram um formulário disponibilizado online, com as
seguintes perguntas:
3. Caso você possua dificuldade em estudar botânica, quais são os motivos pelos quais
você sente dificuldade?
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A germinação do feijão é um procedimento acessível e ágil para se verificar as etapas
de desenvolvimento de uma planta, pois o formasse de maneira rápida, possibilitando, então, a
análise completa de todas as etapas de desenvolvimento do embrião que está situado na
semente. Desta forma, o docente pode trabalhar a autonomia do aluno, fazendo com que ele
seja responsável e protagonista pelo seu processo de aprendizagem, durante a visualização
dessas estruturas no laboratório (CATARINO, 2015). Essa prática oportuniza condições para
que ele mesmo possa fazer as suas reflexões e tirar suas conclusões, com chances de ainda
fotografar, para realizar registros das aulas e posteriormente o docente aplicar relatórios para
fins avaliativos. As metodologias ativas também oportunizam o aluno a construir o seu próprio
conhecimento, através de atividades lúdicas tornando o estudo mais prazeroso, despertando no
aluno o desejo de investigar tornando o próprio sujeito de sua aprendizagem (MARON, 2012).
Após a realização da atividade prática em germinação do pé de feijão, os estudantes
conduziram relatório descritivo sobre sua respectiva experiência com a prática pedagógica
diferenciada, com a inserção da aula em ambiente laboratorial e utilizando ferramentas para
manuseios de materiais, como: estilete, lupa, jarros e dentre outros, os quais pertenciam tais
peças do laboratório didático de botânica da universidade. Foi observado a elaboração da turma
de maneira detalhada o processo germinativo a apresentação das primeiras estruturas
germinativas, tais sendo elas: radícula e as raízes secundárias.
Posteriormente às primeiras observações nas alterações visíveis, os estudantes
obtiveram êxito em identificar corretamente as estruturas, associando com as aulas teóricas
brevemente lecionadas. Além disso, foi notório o aprendizado após a aula prática acoplada
brevemente com os conteúdos ministrados teoricamente em sala de aula. A turma utilizou
termos técnicos e científicos para a identificação das estruturas geminadas da planta, sendo
assim, os estudantes utilizaram a nomenclatura científica para fazer suas devidas considerações,
mediante as descrições durante a atividade. Desta maneira é possível concretizar que atividade
práticas promovem aprendizagem diferenciada e permitindo com que o estudante seja
protagonista de seu próprio aprendizado (URSI, 2018).
Ao finalizar a atividade prática, os estudantes foram capazes de fazer considerações
sobre o processo de germinação, refletindo a respeito dos fatores que influenciaram no
progresso de brotamento das plantas. Os estudantes apresentaram que conseguiram associar a
teoria vista em sala de aula, podendo estabelecer uma relação do educando com a realidade do
cotidiano, revelando que é imprescindível adquirir experiências para auxiliar no aprendizado
(FREIRE, 1997).
Foi observado através da atividade prática que os estudantes concretizaram com
relatório bem fundamentado, elucidando sobre os aspectos de fecundação das gimnospermas e
angiospermas, estabelecendo uma ligação com a prática da atividade proposta, além de fazer
considerações evolutivas sobre as interações ecológicas que fazem as estruturas dos vegetais se
desenvolverem. Gonçalves (2021) garante que a aula prática carrega uma enorme capacidade
metodológica para favorecer a aprendizagem dos discentes, assimilando na prática aquilo que
foi estudado nas aulas teóricas do componente curricular. Após a conclusão das atividades
práticas e relatórios da turma, aqueles estudantes que se prontificaram para participar da
entrevista voluntariamente, responderam o questionário disponibilizado de maneira online.
No primeiro questionamento, os estudantes responderam em sua grande maioria que a
disciplina de botânica possui perfil prazeroso para ser estudado (Gráfico 1). Este resultado
demonstra que os estudantes possuem interesse por este tipo de ciência. Mas é apresentado,
neste mesmo questionamento, que 16,7% dos entrevistados declararam que não é uma matéria
interessante para ser estudada. A hipótese sobre a carência de tais estudantes, se descreve pela
possível metodologia aplicada pelo docente para ensino de botânica, já que a mesma deve
possuir direcionamento para perfil prático. É observado que os estudantes possuem mais
interesse em estudar ciências naturais, no momento em que são inseridos no laboratório e
integralizam com a relação dos conteúdos ministrados em sala de aula e sua rotina (NICOLA,
2016).
Neste segundo questionamento (Gráfico 2), é possível observar que 50% da turma
declara não possuir dificuldades para estudar botânica. Mas é apresentado que 33,3%
desenvolvem dúvidas para assimilar o conteúdo ministrado em sala de aula, de maneira teórica
e neste mesmo contexto, é observado que 16,7% possui dificuldade para compreender
morfologia vegetal. Neste aspecto, se faz assim, a necessidade de aplicar método diferenciados
para englobar a compreensão da matéria de botânica da toda a turma (SILVA, 2020), é possível
aplicações de jogos ou de seminários lúdicos, o qual integralize à estudante proposta em que
ele se torne protagonista de seu próprio aprendizado.
REFERÊNCIAS
MACEDO, Marina; KATON, Geisly França; TOWATA, Naomi; URSI, Suzana. Concepções
de professores de Biologia do Ensino Médio sobre o ensino-aprendizagem de
Botânica. Anais.. Porto Alegre: [s.n.], 2012. Disponível em:
https://repositorio.usp.br/item/002490723. Acesso em: 27 maio 2022.
MARON, Lauro; KRUPEK, Rogério Antônio. Aulas de campo como forma de reconhecer
na natureza os termos trabalhados em sala de aula sobre morfologia vegetal. 2013.
MENDES, Livia Kelly Santos; SILVA, Deisiany Cardoso da; CARVALHO, Francisca Alves
de; RIBEIRO, Isabella Neres; GÓES, Lissandra Corrêa Fernandes. Germinação de feijões
como prática facilitadora para o ensino da botânica no ensino médio. VI CONGRESSO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parnaíba: Editora Realize, 2019. 4 p. Disponível em:
https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/TRABALHO_EV127_MD4_S
A1_ID4932_17092019002625.pdf. Acesso em: 21 maio 2022.
MENEZES, L.C. et.al.. Iniciativas para o aprendizado de botânica no Ensino Médio. In: XI
Encontro de Iniciação à Docência UFPB – PRG, 04., 2008, João Pessoa. Anais Educação:
Universidade Federal de Paraíba, 2008. Disponível em:
<www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/.../4CFTDCBSPLICO3.pdf. > Acesso em: 06 set.
2010.
SILVA, Eliza dos Reis. Despertando o interesse pela botânica por meio de uma
metodologia diferenciada e investigativa aplicada com alunos do ensino médio. 2020. 111
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Acesso em: 27 maio 2022.
URSI, Suzana; BARBOSA, Pércia Paiva; SANO, Paulo Takeo; BERCHEZ, Flávio Augusto
de Souza. Ensino de Botânica: conhecimento e encantamento na educação científica. Estudos
Avançados, [S.L.], v. 32, n. 94, p. 7-24, dez. 2018. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0002.