As religiões afrodescendentes são organizações de crenças e práticas
religiosas que têm suas raízes nas tradições espirituais dos povos africanos e suas diásporas ao redor do mundo, especialmente nas Américas. Com isso, essas religiões surgiram como resultado do encontro entre as crenças dos africanos escravizados e as influências culturais e religiosas das regiões onde foram levados, como as Américas e o Caribe. Alguns exemplos de religiões afrodescendentes incluem o Candomblé e Umbanda. Cada uma dessas religiões tem suas próprias características distintas, mas todas compartilham uma base comum que envolve a adoração de divindades, a comunicação com os ancestrais, o uso de rituais e cerimônias, e a crença na interação entre o mundo espiritual e o mundo terreno.
Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que o Candomblé, por
exemplo, oriundo do Brasil, as divindades são chamadas de orixás e são reverenciadas por meio de cerimônias que incluem danças, cânticos e oferendas. A Umbanda, também originada no Brasil, combina elementos culturais do Candomblé com influências do espiritismo, catolicismo e das tradições indígenas, incorporando a comunicação com os mortos e o culto aos guias espirituais, divindades conhecidas como “Orixas” da tradição iorubá, e outras entidades espirituais como guias e protetores. Uma das características notável da Umbanda é sua abertura e inclusão. Ele incorpora elementos de várias culturas e religiões, tornando-o acessível a pessoas de diversas origens. Promove tolerância, amor e caridade como princípios fundamentais.
Conclui-se que as religiões afrodescendentes são diversas e têm suas
próprias variações regionais e culturais. Além disso, essas religiões têm desempenhado um papel significativo na formação da identidade e resistência cultural das comunidades afrodescendentes ao longo da história.