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RELIGIÃO

CANDOMBLÉ:

O Candomblé é uma religião de matriz africana que cultua os orixás. O termo candomblé
vem da junção das palavras quimbundo candombe (dança com atabaques) + iorubá ilê
(casa), que significa casa da dança com atabaques. Decorrida do animismo africano, a
religião tem por base a alma da Natureza. Em seu entendimento, os animais e plantas
possuem espiritualidade.

Atualmente o candomblé reúne cerca de 3 milhões de adeptos em todo o mundo. Uma das
religiões africanas mais praticadas no mundo, seus seguidores se espalham pela América e
pela Europa, mas é no Brasil que está o maior número de praticantes do Candomblé. Os
rituais candomblecistas são realizados em casas que recebem o nome de terreiros, nos
quais os sacerdotes e adeptos encenam uma convivência com forças da natureza e
ancestrais.
Após a independência do Brasil de Portugal, a
constituição de 1891consagrou a liberdade de
religião no país, embora o candomblé
permanecesse marginalizado pelo domínio
católico romano, que normalmente o
associava à criminalidade. No século XX, a
crescente emigração baiana difundiu o
candomblé no Brasil e no exterior. No final do
século XX, surgiram crescentes ligações
entre o candomblé e tradições relacionadas
na África Ocidental e nas Américas, como a
santería cubana e o vodu haitiano. Desde
então, alguns praticantes enfatizaram um
processo de re-africanização para remover
as influências católicas romanas e criar
formas de candomblé mais próximas da
religião tradicional da África Ocidental.
O candomblé possui aspectos tanto de monoteísmo quanto de politeísmo,
[2] envolvendo a veneração de um Deus Supremo (Olorum, Mawu-Lissá, ou
Zambi, dependendo da nação) e o culto de seus intermediários, ancestrais
divinizados ou forças da natureza personificadas,[3][4][5][6][7] conhecidos
como orixás (nação queto), voduns (nação jeje) ou inquices (nação banto).[8]
Derivando seus nomes e atributos de divindades tradicionais da África
Ocidental, eles foram por vezes equiparados aos santos católicos romanos em
sincretismos.[2] Vários mitos são contados sobre esses orixás, considerados
subservientes a uma divindade criadora transcendente. Acredita-se que cada
indivíduo tenha um orixá tutelar que está ligado a ele desde antes do
nascimento e que informa sua personalidade.
Um ritual central envolve praticantes tocando
tambores, cantando e dançando para encorajar um
orixá a possuir um de seus membros. Eles acreditam
que, por meio desse indivíduo possuído, podem se
comunicar diretamente com uma divindade. As
oferendas aos orixás incluem frutas e animais
sacrificados. Oferendas também são dadas a uma
variedade de outros espíritos, incluindo boiadero,
preto velho,caboclos e os espíritos dos mortos, o
egun. Diversas formas de adivinhação são utilizadas
para decifrar as mensagens dos orixás. Rituais de
cura e preparação de amuletos e remédios e banhos
de ervas também desempenham um papel de
destaque.
Tradição iniciática, os membros do candomblé costumam se reunir em
templos conhecidos como terreiros administrados por sacerdotes
chamados babalorixás e sacerdotisas chamadas ialorixás. Cada
terreiro é autônomo, embora possa ser dividido em denominações
distintas, conhecidas como nações, a partir das quais o sistema de
crenças tradicionais da África Ocidental tem sido sua principal
influência. Existem cerca de 170 mil praticantes no Brasil, embora
existam comunidades menores em outros lugares, especialmente em
outras partes da América do Sul. Tanto no Brasil quanto no exterior o
candomblé se expandiu para além de suas origens afro-brasileiras e é
praticado por indivíduos de várias etnias.

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