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A Lusofonia de

Padre António Vieira


à
Chico Buarque

Pedro Pedrosa & Fernando Amorim


A UNESCO aponta que existam mais de
265 Milhões de falantes de Português do
mundo (UNESCO, 2023), é inegável que
este número elevado é o reflexo do

Introdução passado colonial Português e a sua


marca, em grande parte sangrenta, em
África, Ásia e Américas.

A Língua ocupa assim um espaço de


fronteira, um espaço de pertença, mas ao
mesmo tempo de segregação.
Analisaremos 5 pensadores
(directos ou indirectos) da
Lusofonia:

Introdução - Padre António Vieira


- António Sérgio
- Agostinho da Silva
- Jorge Amado
- Chico Buarque
Padre António Vieira (1608 - 1897)
Religioso, filósofo, diplomata e escritor, é também considerado um dos maiores oradores
portugueses. O jesuíta padre António Vieira (1608-1697) mostrou-se contrário à ação da inquisição.
Fernando Pessoa chamou-lhe o “Imperador da Língua Portuguesa”.

Foi homem de confiança de D. João IV que o enviou pela Europa com importantes missões
diplomáticas. Orador privilegiado, os seus sermões atraiam multidões em Lisboa.

Foi missionário no Brasil onde defendeu os direitos dos indígenas combatendo a sua exploração e
escravização. Era também anti-esclavagista.

Defendeu ainda os judeus e a abolição da distinção entre cristãos novos e velhos.

Mal compreendido e alvo de ódios diversos, regressou ao Brasil, onde tinha vivido em criança, e
onde faleceu.
António Sérgio (1883 - 1969)
Sérgio se definia como humanista, racionalista, cosmopolita, idealista
crítico e cooperativista-socialista. Envolveu-se em numerosas polêmicas,
sempre reafirmando suas posições.

“Somos um país colonial, e creio que devemos continuar a sê-lo; fomos


um país de navegadores, de inovadores, de cosmopolitas, e creio que
devemos continuar a sê-lo”, afirmava Sérgio em 1929, repetindo críticas
aos erros cometidos no passado e na atualidade na política colonial: “De
que nos serve o ter colônias, se não formos nós que as abastecermos,
se não forem nossos o capital e a gente que as fizerem explorar e
progredir?”
Agostinho da Silva (1906 - 1994)

“Os portugueses descobriram uma península


onde viver, e isso foi o primeiro dos
descobrimentos”

Quando os portugueses chegaram ao brasil


“será que inventaram aquilo que iam
descobrindo ou descobrindo o que outros
inventaram?”
Jorge Amado
• Renomado escritor brasileiro, importante no século XX.
Retratou cultura, história e povo do Brasil, especialmente
do nordeste Brasileiro.

• Obras: "Gabriela, Cravo e Canela", "Dona Flor e Seus


Dois Maridos", "Tenda dos Milagres", "Tieta do Agreste"
e "Capitães da Areia”

• Exploração de temas universais, promovendo conexões


entre os países lusófonos com a difusão da língua
portuguesa como elemento unificador.
Chico Buarque
• Compositor, cantor, escritor e dramaturgo brasileiro que aborda a
conexão entre os povos lusófonos pela língua portuguesa.

• Obras: literárias: "Estorvo", "Budapeste" e "Leite Derramado".


Teatrais: "Gota d'Água" e "Ópera do Malandro”.

• Utiliza a música como forma de conexão entre os povos lusófonos


estabelecendo colaborações musicais com artistas de países lusófonos.

***De um compositor com obra tão ampla e rica como Chico Buarque,
foi difícil escolher apenas 16 canções, admite Zambujo. "A vontade que
dá é cantar tudo, gravar tudo." - António azambujo
Conclusões
- A Lusofonia continua e irá continuar a ser pensada por todos os falantes da
Língua Portuguesa;

- A Lusofonia e a Língua Portuguesa vão-se tornar num espaço de reparação


colonial e abandonar o espaço de memória triste;

- O Sul Global transforma-se cada vez mais no local sede da Língua Portuguesa;

- A preservação da Língua é cada vez mais a preservação de uma identidade


comum a diversos países.

- Quantas gerações são necessárias para que uma língua não autóctone se
torne parte da identidade cultural e tradicional?

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