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HOLLER, Marcos Tadeu. Os jesuítas e a música no Brasil colonial. Campinas, SP: Editora
da Unicamp, 2010. 254 p., ISBN 978-85-268-0898-0.
Diante do que foi exposto até aqui, Holler (2010) convida o leitor a compreender o que
era a Companhia de Jesus, quem foi seu principal personagem, a extensão do movimento
jesuítico, os intuitos daquela ordem religiosa e a época em que permaneceram nesta pátria. O
autor aponta que sem essas informações, não se poderia compreender muito bem a atuação
musical dos referidos clérigos no Brasil colonial.
Para a elaboração do referido livro, oriundo de uma tese de doutorado em música
defendida na Universidade Estadual de Campinas (SP) em 2006, Holler (2010) investigou um
número elevado de acervos nas seguintes cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ),
Campinas (SP), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Lisboa e Roma. Além disso, realizou
uma revisão bibliográfica sobre o tema, consultando outras fontes impressas em sintonia com
seu foco de estudo. Deve-se ressaltar que a maioria da documentação jesuítica encontra-se em
acervos europeus4. A explicação para esse fato é de que, segundo Holler (2010), “no Brasil,
muitos documentos foram destruídos no momento da expulsão dos jesuítas das colônias, e a
quase totalidade dos que restaram perdeu-se devido à má conservação [...]” (p. 24)
De muita valia para o trabalho de Holler (2010), foi a consulta das cartas ânuas5. Estas
contemplam relatos “mais detalhados e extensos que as cartas ordinárias, e descreviam, quase
sempre em latim, os principais acontecimentos nas aldeias e nos colégios da Companhia” (p.
18). Tais cartas podem ser vistas como uma pequena parte da história do Brasil. Na realidade,
à medida que lemos a obra de Holler (2010), percebemos que seria improvável entender como
ocorreu a construção musical e cultural da civilização brasileira sem nos darmos conta da
dimensão da influência que a Companhia de Jesus exerceu por onde aqui passou.
No Brasil, os missionários edificaram três tipos de estabelecimentos: as casas que a
princípio eram escolas de ler, escrever e contar direcionadas aos meninos índios e filhos de
portugueses; os colégios, espaços que ofereciam estudos mais avançados, possibilitando o
4
Felizmente, diversamente ao que ocorre em outras ordens religiosas católicas, os jesuítas disponibilizam seus
arquivos para laicos. Tal fato possibilitou que a atuação jesuítica fosse investigada sob outras perspectivas que
não a deles mesmos.
5
Como o próprio nome já diz, trata-se de cartas feitas anualmente pelos clérigos. No estudo de Holler (2010),
foram encontradas 120 ânuas, das quais 86 continham informações sobre música.
ingresso dos interessados ao curso superior e por fim, os seminários, que se diferenciavam dos
colégios por manterem os alunos em regime de internato com o intuito de formar futuros
clérigos.
Os jesuítas atribuíam ao conhecimento, à escrita e à leitura uma importância
considerável. Não é à toa que o líder da Companhia de Jesus e grande parte de seus
companheiros foram intelectuais, sendo muitos deles os responsáveis diretos pelo registro das
atuações musicais em “terras tupiniquins”. De fato, conforme Mello (1908, p. 28) apud Holler
(2010, p. 33), “os jesuítas foram os primeiros fundadores da escola de música instrumentista
no Brasil, como seja flauta, violino, cravo, órgão por serem estes instrumentos os mais
apropriados ao acompanhamento das vozes nos cantares da igreja”. Por isso mesmo, talvez
tenham sido eles os principais responsáveis pela destruição da música indígena brasileira no
período colonial.
De acordo com Holler (2010, p. 34):
A principal informação contida no texto [de Gallet (1971 – [1928])] é a de uma substituição da
música “primitiva” dos índios por uma “superior” europeia: no capítulo III, intitulado “Destruição
da música primitiva”, Gallet menciona [na página 621] a descrição do padre Cardim de um
indiozinho que tocava diversos instrumentos e afirma que, “por esse tempo, já devia estar
agonizando a primitiva música dos índios recém-civilizados [...]”.
Com isso, atesta-se que os povos “nativos” dos territórios da América Portuguesa já
faziam música. Prova disso são os instrumentos musicais chamados pelos portugueses de
búzios e buzinas. Estes instrumentos de sopro foram construídos e utilizados pelos indígenas
antes e depois do descobrimento do continente sul americano pelos europeus6 (HOLLER,
2010, p. 112-113). Este autor aponta que os índios já tinham sua própria musicalidade e
atuavam no cenário musical religioso nos primeiros anos do Brasil colonial. Por exemplo, é
sabido que na primeira missa realizada no Brasil, “levantaram-se muitos índios e ‘tangeram
corno ou buzina’ [...]” (HOLLER, 2010, p. 112). Sendo assim, seria absurdo pressupor que a
transmissão musical ocorresse nas aldeias entre os índios e seus pares antes mesmo da
chegada dos conquistadores europeus?
O que se evidencia é que musicalmente o Brasil começa a se europeizar no período
colonial, criando-se nesse processo, o discurso de que existiria uma música superior e outra
inferior, desencadeando pré-conceitos históricos que se estendem até os dias de hoje por parte
de alguns sujeitos insistentes em acreditar que a música ocidental europeia esteja em um
patamar estético mais elevado do que outros gêneros e/ou estilos musicais. Até mesmo alguns
pesquisadores tendem a manter a ideologia “europeizadora” quando escrevem textos que
ressaltam a existência de “superioridade” de uma cultura musical em detrimento de outra.
Por exemplo, Kiefer (1977) apud Holler (2010, p. 37) escreveu o seguinte: “como
decorrência da ação ‘civilizadora’ dos jesuítas, a música dos índios, expressão de povos mais
fracos culturalmente, cedeu lugar à música europeia” (p. 12, grifo meu). Um comentário
ainda mais preconceituoso foi o de Mariz (1981). Este autor assim diz:
Obviamente uma civilização de nível tão baixo como a de nosso indígena teria de soçobrar ante
uma influência tão poderosa quanto a europeia. Ocorreu então o que já se chamou,
apropriadamente, de “deculturação” da música indígena brasileira (MARIZ, 1981, p. 38 apud
HOLLER, 2010, p. 37, grifo meu).
6
Pode ser o mesmo caso dos instrumentos: guarará (espécie de tambor indígena), maracá (chocalho) e berimbau
de boca (HOLLER, 2010, p. 134-135).
Apesar de Mello (1908) apud Holler (2010) acreditar que a música europeia exercia
forte atração e fascínio sobre os índios e que estes seguiam os padres como “a rapaziada vadia
ao ouvirem uma banda de música na rua” (p. 22), não se deve concluir daí que os índios
realmente gostassem da música que lhes inculcavam os jesuítas via catequização. Nos
primeiros contatos, os índios muitas vezes foram impelidos a aderirem ao catolicismo seja
pelo uso provável da violência física7 ou simbólica. Inclusive, alguns deles iam de encontro
aos ideais de seus colonizadores, recusando-se à conversão e por isso eram classificados pela
legislação do Brasil colonial como “gentio bravio” e/ou inimigos. Sendo assim, as tensões
entre jesuítas e índios praticamente só ocorriam quando os segundos apresentavam qualquer
tipo de resistência.
Na literatura consultada por Holler (2010), constatou-se que apenas os índios ficavam
deslumbrados com a música europeia como, por exemplo, no texto abaixo, isto é, uma carta
do padre Nóbrega escrita em agosto de 1549.
[Uma] procissão 8 com grande música, a que respondiam as trombetas. Ficaram os índios
espantados de tal maneira, que depois pediram ao padre [Juan de Azpicuelta] Navarro que lhe
cantasse como fazia na procissão (Car. MaNob.2,1549, p. 129 apud HOLLER, 2010, p. 159).
Do contrário, não é de se supor que alguns padres tenham se encantado pela música
indígena, mas ao menos tempo fortemente pressionados por sua ideologia religiosa não a
estudaram profundamente e que talvez por isso não tenham escrito relatos sobre esse assunto?
Levando-se em consideração tal pressuposto, não seria revelador a possível descoberta de
registros históricos com maior riqueza de detalhes sobre a música feita pelos indígenas no
período colonial brasileiro?
Está claro na pesquisa feita por Holler (2010) que o uso de instrumentos indígenas
pelos jesuítas era algo relativamente comum. Em uma carta do padre Nóbrega ao padre Simão
Rodrigues, escrita em 1552, consta que os meninos órfãos originários de Lisboa “costumavam
cantar pelo mesmo tom dos índios [melodias], e com seus instrumentos, cantigas na língua em
louvor de N. Senhor” (Car.MaNob. 5, 1552, p. 373 apud HOLLER, 2010, p. 166-167). Tal
influência musical indígena gerou polêmica e discussões na época, resultando numa
“desavença” entre o bispo Pedro Fernandes Sardinha e o padre Nóbrega sobre o assunto. O
bispo, estarrecido com o “descaso religioso”, se reporta ao padre Simão Rodrigues,
confessando da seguinte maneira:
Eu, querendo de alguma forma procurar fazer o ofício de bom pastor, admoestei, no primeiro
sermão que fiz logo que cheguei a esta costa, que nenhum homem branco usasse os costumes
gentílicos, porque, além de serem provocativos, são tão dissonantes da razão, que não sei quais são
os ouvidos que podem ouvir tais sons, e tanger tão rústico. Os meninos órfãos, antes que eu viesse,
tinham o costume de cantar todos os domingos e festas cantares de Nossa Senhora ao tom
gentílico, e de tanger certos instrumentos que estes bárbaros tangem e cantam quando querem
beber seus vinhos e matar seus inimigos. Falei sobre isso com o padre Nóbrega e com algumas
pessoas que sabem a condição e maneira destes gentios [...] e disse que estes gentios se gabavam
de ser os melhores, pois os padres e meninos tangiam seus instrumentos e cantavam a seu modo.
Digo que os padres tangiam, porque em companhia dos meninos vinha um padre sacerdote,
Salvador Rodrigues, que tangia, dançava e saltava com eles (Car.PeSar.1, 1552, p. 358-359 apud
HOLLER, 2010, p. 167).
7
Há indícios de que muitos jesuítas utilizavam os índios para seus propósitos, por vezes, praticamente
escravizando-os, de acordo com Holler (2010, p. 47).
8
Um século mais tarde, os índios iriam acompanhar certas procissões vestidos a caráter. Prova disso é a descrição
feita pelo padre Antônio Vieira em 1659 de uma procissão do enterro na semana santa, na qual iam “todos os
índios arrastando os arcos e flechas ao som das caixas destemperadas” (Rel.AnVie.1, 1659, p. 132 apud
HOLLER, 2010, p. 132).
O resultado dessa mistura musical entre culturas (europeia e indígena) pode ter
resultado na fabricação de instrumentos por parte dos povos indígenas que permaneceram
para além da expulsão dos jesuítas, em 1759. Por exemplo, ainda no século XX, Holler (2010,
p. 121) alega que duas rabecas, instrumento de corda tocado com arco, foram encontradas em
locais e datas diferentes no Brasil. Uma foi achada entre os guaranis no litoral sul de São
Paulo por Franz Adam em 1909 e a outra entre os índios craó na bacia do Tocantins por
Harald Schultz, em 1949. Ao obervar as figuras das rabecas na página 122 do livro de Holler
(2010), percebe-se que são quase réplicas dos instrumentos europeus — tal a influência que os
jesuítas musicalmente exerceram sobre os índios através da socialização.
Para interagir melhor e facilitar o convencimento dos grupos étnicos existentes no
Brasil, os seguidores da Companhia de Jesus aprendiam o idioma local para que os “da terra”
entendessem melhor a religião que estava sendo repassada. Cantigas, orações e autos em
português foram traduzidos para os idiomas indígenas e as primeiras gramáticas da “língua-
geral do Brasil” foram elaboradas como, por exemplo, a de padre José de Anchieta, de 1595 e
a do padre Luís Figueira, de 1621. Na realidade, para os clérigos, era verdadeiramente
obrigatório o aprendizado da “língua brasílica”, que de acordo com Holler (2010), “eram
línguas gerais, comuns a diferentes grupos, tendo por base o tronco tupi, no sul, e a língua
geral amazônica” (p. 48). Além disso:
Pelo que indicam os documentos mais antigos, no início de sua atuação, os jesuítas utilizavam-se,
além da língua dos índios, também de suas melodias. Uma das críticas do bispo Sardinha era que
os meninos órfãos [trazidos de Portugal] cantavam “cantares de Nossa Senhora ao tom gentílico”
(Car.PeSar.1, 1552, p. 358 apud HOLLER, 2010, p. 164, grifo meu).
9
As missas solenes eram realizadas com música enquanto as missas rezadas não.
10
No livro, o autor não disponibilizou a imagem da partitura.
11
Certamente, ao ler tal informação, pode-se indagar até que ponto a composição musical era uma prática
realizada pelos jesuítas.
jesuítica, os padres deviam se ocupar exclusivamente dos “bens espirituais”. Em algumas
biografias como, por exemplo, a do padre Belchior Pontes, escrita em 1752 por padre Manoel
da Fonseca, advoga-se que o repúdio à música deve ser visto como algo bom, digno de
louvor.
Divertia-se algumas vezes seu irmão João de Pontes com o suave de músicos instrumentos [sic],
mas ele nada prezava de terrestres melodias; se conservava como serpente surda, que foge à
suavidade do encantador, no seu amado retiro [...]. Nem o ter aprendido a cantar era motivo
suficiente, para que em companhia do irmão gastasse algum tempo neste lícito exercício: antes de
tal sorte se houve em toda a sua vida, que quem não soubesse que tinha aprendido esta arte,
julgaria que nem ainda muito de longe tinha cortejado ao harmonioso Apolo (p. 12). (HOLLER,
2010, p. 174).
Com efeito, o “Ratio studiorum”, sistema de ensino elaborado pelos jesuítas, não
menciona a música12. De acordo com Holler (2010), “não foram encontrados documentos que
demonstrassem que o ensino de música fosse usual nos colégios, com exceção do Seminário
de Belém da Cachoeira, na Bahia” (p. 50). Sabe-se que a música era comumente ensinada nas
aldeias até porque naquele ambiente “não era possível contratar um professor, como ocorria
no seminário13” (HOLLER, 2010, p. 183). Isto é, quem assumia tal dever eram os padres e
não os seculares. Estes sim eram os autorizados pela igreja para lecionarem a primeira arte
nos estabelecimentos.
Sendo assim, como eram as aulas de músicas ministradas pelos jesuítas nas aldeias e
no Seminário da Cachoeira de Belém e dos professores seculares? Quais seriam as estratégias
de ensino de música utilizadas por eles? Qual concepção pedagógico-didática se levava em
conta? Certamente, encontrando-se respostas para essas questões, a área de Educação Musical
poderia traçar uma trajetória histórica das abordagens e/ou metodologias utilizadas no Brasil
colonial, desvelando como vem ocorrendo o ensino de música neste país.
De acordo com os acervos investigados por Holler (2010), eram os indígenas, os
irmãos e os músicos domésticos externos à Companhia quem mais atuavam musicalmente.
Holler (2010) coloca que “a Companhia de Jesus revelam uma rígida restrição à prática
musical em seus estabelecimentos, desde os primórdios da ordem” (p. 219). Por isso é que o
lema em latim “Jesuita non cantat” tornou-se coerente em determinada medida. Ainda que
haja relatos de missionários que exerciam atividades musicais.
Em sua “Crônica”, o padre Bettendorf cita o padre João Maria Gorzoni, na Aldeia de Cairitiba, em
ca. 1670, “que tocava uma gaitinha 14, [...] perfeitamente bem de solfa 15 (Cro. Jobett, 1698, p. 270);
cita também o padre Diogo da Costa, que se mudou para o Colégio do Maranhão entre 1690 e
1692, e “sabia cantar e tocar admiravelmente bem a viola 16, ensinou os rapazes a cantarem e a
tocarem, suspendia os ouvintes quando se cantavam as Ladainhas 17 e Salve Rainha à honra da
Virgem Senhora Nossa da Luz” (p. 478). (HOLLER, 2010, p. 173).
12
Comumente, os cursos oferecidos nos estabelecimentos jesuítas eram: teologia, retórica, humanidades,
gramática, abrangendo-se o estudo do latim e às vezes do grego, artes, filosofia ou ciências, lógica, física,
metafísica, ética e matemática.
13
De acordo com Holler (2010), “pelo o que os documentos indicam, a música era utilizada com maior
frequência nos cultos nas aldeias, geralmente feita pelos índios, mas não era uma prática usual nos aglomerados
urbanos” (p. 184).
14
Seria um sinônimo de flauta vertical geralmente feita de taboca.
15
Música escrita não improvisada. “Papéis de solfa” são partituras, “aprender solfa” significa aprender leitura
musical e “cantar por solfa, ou solfear” é cantar com a partitura.
16
Provavelmente viola dedilhada, segundo Holler (2010).
17
Consistem em uma série de invocações católico-religiosas.
Na verdade, o termo “Jesuita non cantat” se aplica mais aos jesuítas que atuavam nos
territórios pertencentes a Portugal. A forma e a frequência de como os padres atuavam
musicalmente nas Américas Portuguesa e Espanhola era dessemelhante — para Holler (2010),
“mais condicionadas por questões políticas do que ideológicas ou religiosas” (p. 215). Na
América Portuguesa, por exemplo, o regime de repartição nos aldeamentos vigorava. Isto é,
os índios deviam trabalhar constantemente e quase nunca ficavam numa mesma localidade,
ocasionando dispêndio de tempo no deslocamento — não facilitando a aprendizagem de
instrumentos musicais, gerando como consequência, uma produção musical relativamente
baixa. Ao contrário, na América Espanhola, as reduções, nome dado aos aldeamentos daquele
domínio de terras, a relação entre jesuítas e índios era mais amistosa, permitindo-se maior
tempo e liberdade para a prática de atividades musicais de ambas as partes. Sobre o assunto,
Serafim Leite (1938-1949) apud Holler (2010) exemplifica:
As aldeias do Brasil e do Paraguai tiveram diversa origem, organização e finalidade. No Brasil
[...], ao redor das vilas e cidades agruparam-se as “aldeias” dos índios, com tríplice fim: -
doutrinário (a catequese), econômico (o serviço dos índios), político (a intenção de utilizar os
índios aldeados na defesa das vilas e cidades contra os índios não confederados ou contra inimigos
externos). [...] No Paraguai, a maneira foi diversa. As aldeias fundaram-se (muito depois das do
Brasil) no coração da selva, com intenção apenas doutrinária, e logo a seguir econômica, agrícola,
pecuária, industrial e artística, por necessidade de subsistência e desenvolvimento da coletividade
(LEITE, 1938-1949, vol. 6, p. 553 apud HOLLER, 2010, p. 208-209).
Gran Chaco 7 19
Chiquitos 10 252
Mojos 15 389
Total 64 1.700
Quadro 2 – Número de instrumentos nos inventários dos estabelecimentos da América
Portuguesa
Colégios e seminários 6 8
Aldeias e fazendas 5 48
Total 11 56
Seminário de Belém da
Colégio do Recife
Colégio da Bahia
(Espírito Santo)
(Rio de Janeiro)
Total
Baixões 1 1 1 3
Cravos 1 1 1 1 4
Flautas 2 2 4
Harpas 1 2 3
Manicórdio 1 1 2
18
De acordo com Holler (2010, p. 86), os números entre colchetes são aproximações.
Oboés 3 3
Órgãos 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Rabecas 2 3 3 8
Rabecões 1 1 2
Sacabuxas 1 1
Violas 1 1