Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Educação na
América
Portuguesa
Seminário de História da Educação
01 02 03
Educação Reformas de Período
Jesuita Pombal Joanino
1530-1759 1749-1808 1808-1822
Político
Manuel da Nóbrega
Organizou as estruturas
de ensino
O Político, o Pioneiro e o Santo
● Nobre Origem Casa dos Azpilcueta do reino de Navarra;
Pioneiro
Aspilcueta Navarro
Primeiro jesuita a
aprender a lingua dos
indígenas
O Político, o Pioneiro e o Santo
● Nasceu em 19 de março de 1534, em Tenerife, Arquipélago
das Canárias, mas estudou em portugal;
Expulsão por
Chegada dos Marquês de
jesuítas Pombal
1549 1759
1554 1570
Fase de Consolidação
02
Reformas de
Pombal
Criação das
aulas de
Substituição do
comércio Criação do
Diretor de
Reforma dos Colégio dos
estudos pela Real
Estudos Menores Nobres
mesa Censória
● Iluminista
● Melhorou a arrecadação de
impostos
● Incentivou as manufaturas
● Expulção dos Jesuítas
● Ensino laico
● Extinção das capitanias hereditárias
● Mudou a capital para o Rio de
Janeiro
● Início do renascimento agrícola
Marquês de Pombal Conde de Oeiras
O Século das Luzes (séc XVII)
O governo portugues toma a iniciativa de uma modernização
do sistema educacional no país, ação influenciada devido aos vários
países europeus que já vivenciavam da ciência newtoniana do
racionalismo e do empirismo filosofico.
Um novo plano de ensino com plano de implementar o ensino
de acordo com os parâmetros da modernidade, mas sob esta
proposta existia um plano de secularizar a sociedade e criar as
condições para uma laicização do Estado e progresso do reino
português.
● “Reforma dos Estados Menores” 1759;
● “Reforma dos Estados Maiores” 1772.
Portugal apesar de ter oficialmente assumido o controle da
educação em seu território, continuou sem gastar com a instituição
nas colônias.
“Para o ideal iluminista, a nova sociedade exige um
novo homem que só poderá ser formado por
intermédio da Educação. Assim, apesar de o ensino
jesuítico ter sido útil às necessidades do período
inicial do processo de colonização do Brasil, já não
consegue mais atender aos interesses dos Estados
Modernos em formação” (Lizete Shizue Bomura Maciel).
A Carta Régia de 4 de outubro de 1759
Através do Alvará Régio de 3 de setembro e da Carta Régia de
4 de outubro de 1759, incentivado pelo Marquês de Pombal,
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Rei D. José I, determinou a
expulsão dos jesuítas de todos os domínios portugueses, tendo seus
bens sido inventariados e seqüestrados para serem incorporados ao
erário real.
Após 210 anos de serviços educacionais prestados ao Brasil,
os jesuítas foram banidos porque a educação jesuítica não
concordava com os interesses comerciais do Marquês de Pombal.
Portugal estava decadente em relação a outras potências européias,
e o Marquês pretendia reerguer o país, colocando as escolas a
serviço do Estado e não mais da fé. Com o desmantelamento do
sistema jesuítico, a educação brasileira praticamente voltou à
estaca zero no início do século XIX.
“A educação torna-se uma questão pública e não
de fé, que pode ser tratada pelas entidades civis, o
que de alguma forma a define como integrada num
campo social independente da tutela da estrutura
religiosa (que não dos religiosos), e portanto,
podendo ser pensada segundo regras próprias,
como uma coisa em si.” (FELGUEIRAS,2005, p. 122).
As mudanças no ensino
O ensino de nível médio foi substituído pelas aulas régias,
assim desfalecendo este nível de instituição.
Introdução de novas disciplinas: linguas vivas, matemática,
física e ciencias naturais.
As aulas régias (“unidade de ensino com um professor”)
significavam que as aulas pertenciam ao “Estado” não mais ligadas a
instituição religiosa.
Os professores eram selecionados a partir de um concurso
público.Criação de um novo imposto, “subsídio literário” para
financiar os Estudos Menores,este subsídio literário só foi
implementado em 1774 com a instalação da aula de filosofia racional
e moral no Rio de Janeiro.
As mudanças no ensino
Pelo Alvará de 5 de abril de 1771, Pombal transfere a
administração e a direção do ensino para a Real Mesa Censória, órgão
criado em abril de 1768, com a qual pretendia efetivar a emancipação
do controle absoluto dos jesuítas no ensino, passando, então, ao
controle do Estado. Após esse ato, foram criadas, no Brasil, 17 aulas
de ler e escrever.
Consegue-se, portanto, verificar a presença, desde muito cedo,
de uma característica marcante da Educação brasileira – ‘a
destruição e substituição das antigas propostas educacionais em
favor de novas propostas’. Assim, constata-se que, de uma maneira
geral, no Brasil, não há uma continuidade nas propostas educacionais
implantadas. A expulsão dos jesuítas e a total destruição de seu
projeto educacional podem ser consideradas como o marco inicial
dessa peculiaridade tão arraigada na Educação brasileira.
As mudanças no ensino
Pombal propôs estas mudanças com o objetivo de que as
escolas portuguesas tivessem condições de acompanhar as
transformações que estavam ocorrendo naquele momento.
“O verdadeiro método de estudar”, de Luís Antonio Verney,
pretendia opor-se ao método pedagógico dos jesuítas. A obra, que na
realidade eram dezesseis cartas escritas em Roma e publicadas no
período de 1746-1747, apresenta uma análise sobre os problemas do
ensino português ministrado, até então, pela metodologia dos jesuítas;
além disso, fornece orientações de como proceder para adequá-los e
torná-los condizentes com a nova realidade.
“O verdadeiro método de estudar”
● Primeira carta – a língua portuguesa;
● Segunda carta – o latim;
● Terceira carta – o grego e o hebraico;
● Quarta carta – as línguas modernas;
● Quinta carta – a retórica;
● Sexta carta – continua a análise sobre o ensino da retórica;
● Sétima carta – a poesia portuguesa;
● Oitava carta – a filosofia;
● Nona carta – a metafísica;
● Décima carta – a lógica/física;
● Décima primeira carta – a ética;
● Décima segunda carta – a medicina;
● Décima terceira carta – a jurisprudência como prolongamento natural da moral;
● Décima quarta carta – a teologia;
● Décima quinta carta – o direito econômico;
● Décima sexta carta – os estudos elementares, a gramática, o latim, a retórica, a filosofia, a medicina, o direito, a
teologia e termina
● Apêndice sobre ‘o estudo das mulheres’
“O verdadeiro método de estudar”
Era reivindica a abertura de escolas públicas em todos os
bairros para que ninguém ficasse sem freqüentá-las; recomenda
uma transformação de comportamento dos professores em relação
aos seus alunos, visando a melhoria da relação professor/aluno;
recomenda que a universidade deva ser aberta à comunidade e aos
membros da comunidade, mesmo sem serem do meio acadêmico,
para assistirem às aulas ministradas; sugere a criação de colégios
para pobres, a fim de capacitá-los com hábitos do mundo burguês e
da nobreza; também apresenta algumas considerações sobre a
educação das mulheres. Considera importante que as mulheres
freqüentem as escolas para adquirirem conhecimentos
necessários à administração do lar.
Apesar dos esforços, as reformas
pombalinas nunca conseguiram
ser implantadas, o que provocou
um longo período (1759 a 1808)
de quase desorganização e
decadência da Educação na
colônia.
A chegada da coroa
portuguesa à colônia
Diagrama histórico
expansão do Império Abertura dos portos
Francês após a às nações amigas e
consolidação da desenvolvimento
Revolução Francesa econômico
Fuga da Urbanização
Expansão Bloqueio
Coroa de do Rio de
napoleônica Continental
Portugal janeiro
● Vinda de D. João VI ao
Brasil
● Europa em guerra
● Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves
O Início do Ensino Superior
1º Ano 5º Ano
Álgebra, Análise Geométrica, Tática, Fortificação de Campanha,
Trigonometria Retilínea e Desenho de Química, Filosofia e Desenho Militar
Figura
6º Ano
2º Ano Ataque e Defesa das Praças e
Álgebra, Cálculo Diferencial e Integral e Mineralogia
Geometria Descritiva
7º Ano
3º Ano Artilharia, Zoologia, Desenhos e
Mecânica, Hidráulica e Desenho de Máquinas de Guerra e outras
Paisagem matérias.
Além de cursos e aulas, foi instituída a
Biblioteca Pública com os livros, instrumentos
de Física e de Matemática que vieram de
Lisboa, da biblioteca da Ajuda. Em 1811, o
conde dos Arcos, por seu turno, instalou a
Biblioteca Pública na Bahia. (BOAVENTURA, E. M.
A Educação Brasileira no Período Joanino)
Biblioteca Pública da
Bahia (1811)
Referências Bibliográficas
BBC. Papa Francisco e Jorge Mario Bergoglio: os FRANÇA, Sebastião Fontineli. Uma visão geral sobre a
desafios dos jesuítas. Disponível em: educação brasileira. NÚMERO 26–ANO XIV–JUNHO
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/03/1303 2009, v. 20, n. 26, p. 117-136, 2009.
14_papa_jesuitas_mm_ac. Acesso em: 13 ago. 2023.
HISTEDBR. Azpilcueta Navarro. Disponível em:
BOAVENTURA, Edivaldo M. A educação brasileira no https://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossari
período Joanino. _____. A construção da universidade o/azpilcueta-navarro. Acesso em: 13 ago. 2023.
baiana: objetivos, missões e afrodescendência.
Salvador: EDUFBA, p. 129-141, 2009. JESUÍTAS BRASIL. Quem Somos. Disponível em:
https://jesuitasbrasil.org.br/quem-somos/. Acesso em:
DE ARRUDA ARANHA, Maria Lúcia. História da 13 ago. 2023.
educação e da pedagogia: geral e Brasil. Moderna,
2006.
Referências Bibliográficas
MAXWELL, Kenneth. Marquês de Pombal:
SANGENIS, Luiz Fernando Conde; MAINKA, Peter
paradoxo do iluminismo. RJ: Paz e Terra, 1996.
Johann. Presença franciscana e supremacia
jesuítica no campo da história e da história da
MULTIRIO. O Colégio dos Jesuítas. Disponível em:
educação na época colonial-um diagnóstico na
https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/historia-do-bras
pesquisa historiográfica a partir da análise dos
il/america-portuguesa/8759-o-col%C3%A9gio-dos-je
CBHE da SBHE. Revista Brasileira de História da
su%C3%ADtas. Acesso em: 13 ago. 2023.
Educação, v. 19, p. e061, 2019.