Quanto ao seu estilo e linguagem: então, o poema apresenta uma linguagem coloquial, ou seja, uma

linguagem popular mais ligada ao quotidiano em que não é exigida a atenção total da gramática; e
prosaica, uma linguagem mais direta e precisa, com uma finalidade de transmitir ideias de maneira
eficaz.

As expressões banais do quotidiano resultantes da sua linguagem coloquial, por exemplo, “dia a dia”
presente no verso 9.

E, por fim, é notório que estamos perante uma experiência lúdica do exercício do literário: devido à
escolha de tema, ao uso excessivo do recurso expressivo da enumeração presente do verso 2 ao
verso 11 e à exploração da rima.

Recursos expressivos e os seus respetivos valores:

 Como já mencionado, o poema apresenta uma enumeração do verso 2 ao 11, de modo a

realçar a quantidade e a diversidade de tópicos poéticos que o “eu literário” reúne em seus
versos.
 Temos presente o uso da antítese, nos versos 4 e 6, onde é evidenciada uma diferença entre
os sentimentos que se opõem.
 As metáforas do “metal” (v. 2), da “rasura” (v. 2) e do “disparo” (v. 5), em referência à
vertente crítica da poesia.
 Por fim, temos a aliteração no primeiro verso, em que o mesmo som e a mesma letra se
repetem ao longo da frase, “s”.