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Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco Campus

Recife
Recife, 23 de Março de 2021
Curso: Eletrônica Integrado Turno: Matutino
Aluno: Caio Soares de Andrade
Professora: Maria Clara Castanho
Disciplina: Português IV

Análise Crítica do Poema Língua Portuguesa de Olavo Billac (Ao fazer uma análise
é interessante que as pontuações feitas acerca dos aspectos formais e
interpretativos do texto não sejam individualizadas, mas que estejam imbricadas.

Quanto aos aspectos formais do Poema:


O poema é do tipo Soneto, que apresenta dois quartetos e dois tercetos. Na
primeira e segunda estrofes apresentam rimas opostas (ABBA), e os versos que se
rimam apresentam o tipo de rima rica e perfeita, onde se rimam palavras de classes
gramaticais diferentes e o final das palavras repetem os mesmos sons vocálicos e
consonantais. Já Nnos últimos dois tercetos, apresenta-se rimas alternadas,
(CDCDCD), e os versos se rimam, com rimas pobres e perfeitas, ou seja ,que
apresentam palavras da mesma classe gramatical e o fim das palavras apresentam
sons vocálicos e consonantais iguais, respectivamente.
Quanto a interpretação do poema:
O poema me chamou a atenção por se tratar da língua portuguesa, de uma
forma mais histórica., no primeiro verso, por exemplo, ele faz uma metáfora quando
fala sobre a língua portuguesa como “Última flor do lácio”, porque o portuguêses foi
a últimaultima língua a se formar formar do latim, derivando do latim vulgar, já no
segundo verso trata ela como “esplendor e sepultura” logo após falar sobre tempo
justamente porque ela foi a última das línguas, “sepultura”, mas “esplendor” por ser
a mais nova, fazendo um paradoxo num jogo de palavras. A construção ficou
confusa,além de merecer um maior detalhamento.
Logo depois da primeira estrofe ele declara um amor à língua, comentando
que ela possui palavras mais obscuras e desconhecidas e, mesmo sendo
bela…..Acredito que a ideia não foi finalizada;. imagino que nos próximos versos ele
comenta as palavras da língua que ele mais gosta, “Tuba de alto clangor, lira
singela”, palavras essas que são “desconhecida e obscura”. Seria interessante você
ter pesquisa a função da tuba, talvez, a partir disso seu olhar acerca da significação
do verso fosse outro.
Na terceira estrofe, ele traz um aspecto histórico da língua portuguesa
quando foi trazida ao Brasil e ao se misturar com outras culturas tornaria novamente
nova, com "aroma de virgens florestas”, no segundo verso “De virgens selvas e de
oceano largo!”, o oceano largo se refere de onde essa língua veio até chegar no
Brasil, (e ter esse novo aroma)? “De virgens selvas”, (Parece que você jogou
trechos do poema sem anexar uma análise pertinente) também percebe-se que no
terceiro verso da terceira estrofe, ”Amo-te, ó rude e doloroso idioma”, que ao
chamar a língua portuguesa de rude e dolorosa, faz referência que quando chegou
ao Brasil, agrediu e destruiu muitas culturas ao ser forçada para os nativos.
No último terceto, Olavoterceto Olavo faz uma menção a Camões como o
filho da língua portuguesa e que no exílio fez o livro “Os lusíadas”, que retrata as
grandes navegações portuguesas.

Percebo que existiu um bom olhar sobre o poema, mas que faltou um cuidado na
hora de construir a análise crítica; pois existem pontos inacabados e percepções
equivocadas por falta de um cuidado maior quanto a significação de algumas
palavras contidas no poema.

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