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Relatório Social de Angola 2013

Presentation · January 2014


DOI: 10.13140/RG.2.2.30383.07840

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10 authors, including:

Nelson Eduardo Pestana Eduardo Sassa


Universidade Catolica de Angola Universidade Católica de Angola
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Relatório Social de Angola 2013
Coordenação:
Nelson Pestana
Equipa de redacção:
Alves da Rocha
Eduardo Sassa
Gilson Lázaro
Guilherme Santos
Jorge Trula
Nelson Pestana
Osvaldo Silva
Sérgio Calandungo

Recolha de material e gráficos:


Cláudio Fortuna
Paxote Gunza
José Lumango

1 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

 Introdução

O CEIC todos anos recorre a indicadores estatísticos, dados sistémicos


e à análise conjuntural, para dar a conhecer as condições de vida e as
percepções dos cidadãos sobre o desenvolvimento do país, nos mais
diversos domínios.

O Relatório Social de Angola procura fornecer às pessoas uma visão


panorâmica sobre a situação social do país.

2 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

 Método

A perspectiva multidimensional adoptada associa várias


maneiras de abordar a questão do desenvolvimento, leva
em consideração:
- a relação renda/consumo,
- a perspectiva da privação da qualidade de vida do
IDH (do PNUD);
- E outras dimensões ligadas à liberdade política, à
segurança das pessoas e à participação na vida da
comunidade.

3 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

 Plano
– Estruturado em 8 capítulos:

 A participação dos cidadãos na gestão e controlo da PP


 População, condições de vida e pobreza
 Compromisso com a Saúde
 Compromisso com a Educação
 Compromisso com a Família e a Criança
 Segurança Alimentar e Nutricional (dos conceitos à
realidade)
 Actores não-estatais na acção do desenvolvimento e da
solidariedade
 Monografia do Município do Negage
 Conclusão
4 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

1. A participação dos cidadãos na gestão e controlo das Políticas


Públicas

 Em 2013, o contexto político e social de Angola foi marcado


por uma série de dinâmicas que suscitaram uma reflexão
sobre o papel das Instituições do Estado, com realce para a
garantia dos direitos dos cidadãos e a gestão democrática
das políticas públicas.
 Este ano político foi marcado por muitos factos que foram
arrumados em três grandes temas:
– a relação entre o poder e os direitos dos cidadãos,
– a sucessão do Presidente da República, e
– o processo de implementação das autarquias, como expressão da
institucionalização de espaços de decisão democrática, de uma
aproximação do poder dos cidadãos e da sua partilha por diversos
actores.
5 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

1. A participação dos cidadãos na gestão e controlo das Políticas


Públicas

 O interesse primordial destes temas que estão necessariamente


interrelacionados, é ainda maior quando alguns analistas consideram
que estes podem ser tendentes a emprestar certa imprevisibilidade,
no futuro desenvolvimento político nacional.
 O RSA 2013 presta particular atenção à:
– maneira como as instituições do Estado lidaram com as
reivindicações e exigências dos cidadãos ligadas ao direito à
manifestação (artigo 47º, CRA),
– a governação e ao exercício do poder local, as liberdades de
expressão, e outros aspectos relacionados com a gestão
participativa e descentralizada das políticas públicas.

6 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

1. A participação dos cidadãos na gestão e controlo das Políticas


Públicas

 Relação entre o poder e os direitos dos cidadãos:

 Escassa iniciativa das Organizações da Sociedade Civil com o


propósito de acompanhar a gestão das políticas públicas e o
controlo das acções do governo;

 O que foi marcante foram as diferentes tentativas de manifestação e


protestos promovidas pelo “Movimento Revolucionário”, mas que
encontraram, da parte das autoridades, impedimentos;

 Os constrangimentos verificados no exercício de participação cívica


dos cidadãos resultam, sobretudo, da falta de vontade política e não
tanto da ausência de mecanismos jurídicos e legais para a
viabilização das mesmas.

7 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

1. A participação dos cidadãos na gestão e controlo das Políticas


Públicas

 Sucessão do Presidente da República:

 A sucessão entrou no espaço público por impulso das


manifestações;

 A ausência prolongada do país (40 dias), avolumou as inquietações


e especulações sobre essa necessidade de sucessão do PR.

 Processo de implementação das Autarquias

 As manifestações suscitaram também, pelas demandas em causa, a


questão da participação dos cidadãos ao nível da gestão
descentralizada (e autárquica) das políticas públicas;

8 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

 2. População, Condições de Vida e Pobreza

Evolução do IDH em Angola


0,600

0,500

0,400

0,300
IDH
0,200

0,100

.
0,000

9 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

 2. População, Condições de Vida e Pobreza


Taxa cresc. Taxa cresc. Taxa cresc. Taxa de

do PIB população PIB per capi pobreza


2009 2,1 3,2 -1,0 40,8
2010 3,6 3,2 0,3 40,6
2011 3,4 3,2 0,2 40,5
2012 5,3 3,2 2,0 39,7
2013 4,1 3,2 0,9 39,3
2014 5,3 3,2 2,0 38,4
2015 5,5 3,2 2,2 37,5
. 2016 5,9 3,2 2,6 36,5

2017 3,3 3,2 0,1 36,4

10 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

3. Compromisso com a Saúde


Quadro epidemiológico 2013
Malária D. Resp. Agudas D.Diarr. Agudas Disenteria
Febre Tifoide Tuberculose Conv. Outras

4%
5% 1%
4%

9%

56%
21%

11 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

Fonte: CEIC de dados da DNSP, CPDE, 2013

12 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

Despesas com a Saúde no OGE (2000-2013)


8
(%)
7 6,7
6,3
5,9
6 5,3 5,29
5,02 5,14
5 4,6
4,1 4,1 4,3
4
4 3,7
3,4
3

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Fonte: CEIC de dados do OGE


13 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

4. Compromisso com a Educação


População e cobertura escolar 2013
Níveis e Iniciação Primário Secundário Universitário

Indicadores (5 anos) (de 6 a (de 12 a 17 (de 18 a 22


11 anos) anos) anos )
(3,6%)
(17,7%) (14,1%) (9,9%)

População 756.000 3.717.000 2.961.000 2.079.000


Matriculados 567.113 5.162.879 1.015.896 218.676
Bruta 75,0 % 139,0% 34,3% 10,5%
Cobertura

Líquida 68,0% 30,7%

14 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

Despesas com a Educação em Diferentes


Níveis de Ensino (Mil Milhões Kwanzas) 2013
900,00 2012
800,00 274,93
700,00 2011
600,00
500,00 254,62 2010
400,00
300,00 233,15 84,34 82,21
200,00 0,01 71,77
100,00 48,85 23,53 31,97 0,13
160,12 38,04 26,62
0,00 71,47 40,71 30,77
Educação Pré-

Ensino Secundário

Ensino Tecnico-
Ensino Primário

Ensino Superior

Subsidiários À

Outros Serviços
Profissional

Educação
Serviços

Educação
Escolar

15 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

5. Situação da família e da criança (realidade, compromissos e


desafios)

- Principais indicadores

• 63% dos agregados familiares vivem em habitações com tecto de zinco;


• Mais de 55% da população utiliza combustível sólido (lenha, carvão, palha e
• papelão);
• 61% dos agregados familiares faz apenas uma ou duas refeições por dia, no
• mínimo;
• Cerca de 77% das famílias não possui nenhuma escolaridade ou possui
• apenas o ensino primário;

16 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

6. Segurança alimentar e nutricional (dos conceitos à realidade)


- Principais indicadores

• Em Angola, os dados do IBEP referem que os níveis de pobreza são de 58,3 % no


• meio rural e 18,7 % nas zonas urbanas;
• Cerca de 98% das explorações agrícolas é detida pela agricultura familiar que possui
• vários níveis;
• Existe em Angola, 1,6 milhões de produtores familiares agrupados em associações;
• Num ranking de 105 países, Angola ocupa a 101ª posição em consumo de calorias por
• dia por pessoa;

17 11 de Junho de 2014
Relatório Social de Angola 2013

 CONCLUSÃO

O país passou a ser considerado:


 “”país de rendimento médio superior”.
– Isto tem sido motivo de orgulho para o Executivo, no entanto, não basta uma
sensível melhoria no PNB, sendo poucos os sinais de progressão nos indicadores
de desenvolvimento social que fazem os critérios de classificação,
nomeadamente para o índice de vulnerabilidade económica (EVI) (inclui
indicadores da população, isolamento, concentração das exportações,
percentagem da agricultura no PIB e outros) ou para o índice de capital humano
(HAI) (inclui a subnutrição, a mortalidade infantil, a frequência do ensino
secundário e o analfabetismo).
O país continua;
 a registar um desenvolvimento divergente e socialmente separado,
contrário ao sentido de “criação de uma sociedade de justiça e
progresso social” determinado pela Constituição da República (artigo
1º, CRA).
 a ser considerado, pelas Nações Unidas, um “país de baixo
desenvolvimento”, ocupando a 148º lugar (em 187 países),

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Relatório Social de Angola 2012

Obrigado

nelsonpestana@ceic-ucan.org

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