População de rua

Agnaldo Barbosa
Andreza Nascimento
Cristiane Silva
Gabrielly Santos
Jussara Maria
Lídia Lima
Maísa Rodrigues
Maria Aurilene
Pamella Andrade
Priscila Ajala de Oliveira
Renata Pina
Shyrlaine Honda
Estado da arte
Políticas Públicas
● Políticas Públicas estão diretamente associadas às questões políticas e
governamentais que mediam a relação entre Estado e sociedade.
● Apenas em 2008 o Governo Federal apresentou à sociedade brasileira um documento
contendo as diretrizes da Política Nacional para a Inclusão Social da População em
Situação de Rua, com fins a orientar a construção e execução de políticas públicas
voltadas a este segmento social, historicamente à margem das prioridades dos
poderes públicos. Ações estratégicas em: direitos humanos, trabalho e emprego,
desenvolvimento urbano/habitação, assistência social, educação, segurança alimentar
e nutricional, saúde, cultura.
Políticas Públicas: Ações Estratégicas
● Direitos Humanos: Oferta de assistência jurídica e disponibilização de mecanismos de
acesso a direitos, incluindo documentos básicos às pessoas em situação de rua, em
parceria com os órgãos de defesa de direitos.
● Desenvolvimento urbano e habitação: Mobilização e articulação dos atores no que
tange a habitação e trabalho social especificamente voltados para a população em
situação de rua.
● Assistência Social: Promoção de novas oportunidades de trabalho ou inclusão
produtiva em articulação com as políticas públicas de geração de renda para pessoas
em vulnerabilidade social.
Políticas Públicas: Ações Estratégicas
● Trabalho e emprego: Promoção de capacitação, qualificação e requalificação
profissional da população em situação de rua.
● Educação: Constituição de grupos de estudo que discutam maneiras de a educação
ser feita em meio aberto, sem necessidade de deslocamento até as escolas

● Segurança alimentar e nutricional: Promoção do direito à segurança alimentar e

nutricional da população em situação de rua, por meio de restaurantes populares.
Políticas Públicas: Ações Estratégicas
● Saúde: Garantia da atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua e
adequação das ações e serviços existentes, assegurando a equidade e o acesso
universal no âmbito do Sistema Único de Saúde.

● Cultura: Promoção de amplo acesso aos meios de informação, criação, difusão e

fruição cultural, especialmente por parte da população em situação de rua
Políticas Públicas
● A precariedade de emprego, o isolamento e a solidão são situações que também
caracterizam a vida dos indivíduos que vivem em situação de rua. A solidão consiste
em não se sentir parte do mundo e é uma das experiências mais radicais e
desesperadoras que uma pessoa possa viver (ESCOREL, 1999).

● Do ponto de vista do perfil sócio demográfico, a população em situação de rua integra

pessoas de todas as idades, compreendendo também crianças de ambos os sexos e,
muitas vezes, pessoas que nascem e vivem a vida inteira na rua.
Políticas Públicas
● Frequentemente perdem o contato com a família de origem e não possuem trabalho
estável. Em alguns casos, aliado às problemáticas econômicas e sociais, encontra-se
o transtorno mental e o consumo de drogas.
Dados Epidemiológicos
O Brasil não conta com dados oficiais sobre a população em situação de rua. Essa ausência de dados
se dá pela dificuldade de pesquisa de campo, pois as pessoas em situação de rua não possuem
endereço fixo, algumas não possuem documentos o que dificulta o levantamento de dados oficiais e
também o acesso dessas pessoas a programas sociais, como Bolsa família etc.

Geralmente essa população vive em lugares abrangendo calçadas, praças, marquises, pontes, becos,
rodoviárias, portos, galerias subterrâneas, túneis, prédios abandonados, entre outros.
• Acesso a benefícios: 89% afirmaram não receber qualquer benefício social.
Dentre os que recebiam, destacaram-se: aposentadoria (3%), Bolsa Família (2%) e BPC (1%).
• Alimentação: 80% diziam conseguir fazer ao menos uma refeição por dia.
Dados Epidemiológicos
Segundo levantamento do Censo população de rua, as principais razões para viver nas ruas
são:
● Escolaridade
● Tempo de permanência na rua
● Vínculos familiares
● Condições de saúde
● Acesso a programas sociais
● Uso de álcool e drogas
● Desemprego
● Refugiados
Dados Epidemiológicos

A população em situação de rua alcançou visibilidade do poder público, a partir de

estudos dos quais evidenciaram a origem dos determinantes e condicionantes
que afetam esta população, dimensionando e produzindo informações, para
construção de políticas públicas.

No ano de 2000, no município de São Paulo, realiza-se o primeiro Senso da

população em situação de rua, em parceria com a FIPE (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas -USP).

A lei 12.316, art. 8, determina o recenseamento da população em situação de rua.

Dados Epidemiológicos
Considerando que informações sobre a cidade e sua população são
fundamentais para o processo de gestão de políticas públicas, o município de
São Paulo, através da plataforma digital Dados Abertos, disponibiliza um conjunto
de dados sobre a população em situação de rua, são eles: Censo demográfico
(2000-2010); Pontos de concentração de população em situação de rua-
Operação baixas temperaturas e o Sistema de Informação da Situação de Rua -
SISRUA.

O SISRUA, implantado em 2002, com aporte da PRODAM. Sistema capaz de

processar numerosas variáveis e registros socioassistenciais desenvolvidos nos
centros de acolhidas, caracterizando o perfil desta população.
 Dados Epidemiológicos

Total de Pessoas em Situação de Rua, São Paulo/SP, 2019

24.344

11.693 12.651
Situação: Acolhido Situação: Rua

Fonte: pesquisa censitária da população em situação de rua, São Paulo 2019

Dados Epidemiológicos
De acordo com o Boletim epidemiológico de junho de 2019 referente aos anos de
2015-2019, em 2015, a estimativa das pessoas vivendo em situação de rua no Brasil foi de
101.854, sendo que a maioria (77,02%) delas vivia em municípios de grande porte e na
região Sudeste (48,89%).4 As características majoritárias das pessoas que constituíam a
população em situação de rua eram: sexo masculino, adultos jovens (25 e 44 anos),
exerciam atividade remunerada, passavam a maior parte do tempo nas áreas comerciais
das cidades. Os fatores que influenciam a vivência na rua são diversos, mas os principais
foram: uso abusivo de álcool e/ou outras drogas, desemprego e conflitos familiares.

Fonte: Secretaria de Vigilância em saúde/Ministério da saúde. Volume 50, jun.2019. Boletim epidemiológico - População em situação de rua e
violência - uma análise das notificações no Brasil de 2015 a 2017.
Dados Epidemiológicos
A Secretaria de Direitos Humanos e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável realizaram,
em 2010, Pesquisa Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua
e identificou 23.973 crianças e adolescentes em situação de rua no país, sendo a grande
maioria de meninos/ adolescentes (71,8%), enquanto 28,2% são meninas/adolescentes.

https://www.saude.gov.br/component/content/article/869-politicas-de-equidade-em-saude/41381-em-situacao-de-rua#:~:text=Estima-se%20que%
20mais%20de,alguma%20atividade%20renumerada%20(70%25).
Dados Epidemiológicos
Dados do Ministério da Saúde apontam que os problemas de saúde mais recorrentes entre
essa população em situação de rua são:
problemas nos pés, infestações, DST/HIV/aids, gravidez de alto risco, doenças crônicas,
consumo de álcool e drogas, saúde bucal e tuberculose.

Os problemas mais prevalentes foram: hipertensão (10,1%), problemas psiquiátricos /

mental (6,1%), HIV/ aids (5,1%), e problemas de visão/cegueira (4,6%).

As principais causas de internação são:

uso de substâncias psicoativas (álcool, crack e outras drogas),
problemas respiratórios e
causas externas (acidentes e violência).
Aumento do nº de Moradores de rua na Pandemia

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hOfolMObtRo&t=24s
Vulnerabilidades

Existem diversas vulnerabilidades a que esses sujeitos estão expostos ao longo de sua
vida, observado em diversos países do mundo, a população brasileira ainda registra altos
índices estatísticos de moradores permanentes de ruas que vivem em estado de
vulnerabilidade social que se refere ao impacto resultante da configuração de estruturas e
instituições socioeconômicas sobre comunidades, famílias e pessoas em distintas
dimensões da vida social (Bellenzani e Malfitarro 2006). Esses indivíduos e grupos
encontram-se em uma zona de instabilidade entre a integração e exclusão, muitos não
possuem documentos, certidões indispensáveis à cidadania, vulneráveis por não ter casas,
dinheiro, emprego fixo, acesso à educação ou acesso a saúde básica. Resulta na
dificuldade de acesso às oportunidades providas pelo Estado, pelo mercado e pela
sociedade.
Vulnerabilidades

No tocante a situação de rua pode ser representada por três formas como afirma
(Rosa,2005pag42). ¨ficar na rua - circunstancialmente; estar na rua - recentemente; e ser da
rua - permanentemente¨, portanto, diante dessa afirmação é possível perceber a realidade
nas quais esses vivem nas ruas. Em meio a pandemia a vulnerabilidade dessa população
se agrava, espaços foram reservados pelo governo estadual e municipal em busca de
acolher os moradores de rua para evitar o contágio do coronavírus. No entanto, além da
pandemia, esse grupo de pessoas enfrenta outros desafios no que diz respeito a saúde
física e mental.
Referências
https://www.saude.gov.br/component/content/article/869-politicas-de-equidade-em-saude/41381-em-situacao-de-rua#:~:text=Estima-se%20que%20
mais%20de,alguma%20atividade%20renumerada%20(70%25).

Secretaria de Vigilância em saúde/Ministério da saúde. Volume 50, jun.2019. Boletim epidemiológico - População em situação de rua e violência -
uma análise das notificações no Brasil de 2015 a 2017.

https://jus.com.br/artigos/55714/analise-da-vulnerabilidade-dos-moradores-de-rua-a-luz-dos-direitos-humanos

https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista bioetica/article/view/677

https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v23n4/0104-1290-sausoc-23-4-1458.pdf

R. Katál., Florianópolis, v. 18, n. 1, p. 74-85, jan./jun. 2015. POLÍTICAS PARA A POPULAÇÃO ADULTA EM SITUAÇÃO DE RUA: QUESTÕES
PARA DEBATE. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rk/v18n1/1414-4980-rk-18-01-00074.pdf.

GOVERNO FEDERAL, POLÍTICA NACIONAL PARA INCLUSÃO SOCIAL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA., Mai/2008. Brasília/DF.
Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_civel/acoes_afirmativas/inclusaooutros/aa_diversos/Pol.Nacional-Morad.Rua.pdf.
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=hOfolMObtRo&t=24s

https://www.emaisgoias.com.br/cerca-de-450-pessoas-vivem-em-situacao-de-rua-em-goiania/

REIS, D. S. SISRUA – contribuição para gestão em rede de serviços de atenção à população em situação de rua. O Social em
Questão, São Paulo, v. 17, n. 30, p. 89-106, 2013.

http://dados.prefeitura.sp.gov.br/dataset?q=popula%C3%A7%C3%A3o+em+situa%C3%A7%C3%A3o+de+rua

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/observatorio_social/pesquisas/index.php?p=18626