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Módulo de Acolhimento e Avaliação

Projeto Mais Médicos para o Brasil


28° Ciclo do PMMB

SAÚDE DE POPULAÇÕES
ESPECÍFICAS E POLÍTICAS DE
EQUIDADE
ROTEIRO DE AULA
• Princípio da equidade.
• Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
• Política Nacional de Atenção à Saúde da População de Rua.
• Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais.
• Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e
das Águas.
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional.
• Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
• Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada.
O que é saúde?

“[...] a resultante das condições de alimentação, habitação, educação,


renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso a posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de
tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as
quais pode gerar grandes desigualdades nos níveis de vida [...]”
(8ª Conferência Nacional de Saúde)
Princípio da Equidade
• O Estado deve tratar "desigualmente os desiguais", concentrando
seus esforços e investimentos em zonas territoriais com piores índices
e déficits na prestação do serviço público.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Raça: categoria essa que foi histórica e culturalmente construída e
que é constituída de pessoas que são, efetiva ou potencialmente,
vítimas de desvantagens sociais por efeitos de preconceito e
discriminação relativos a origem étnica ou as marcas visíveis de que
são portadoras a cor ou outras características físicas superficiais
(fenótipo).
(FIGUEROA, 2004)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• A identidade racial, que tem íntima relação com a influência da
raça/cor na construção da personalidade e dos relacionamentos
sociais, é um dos fatores a ser levado em conta no sentido de
prevenir doenças de modificação dos fatores do meio ambiente que
impedem ações equânimes em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Racismo: “sistema de relação social que apregoa uma práxis política
de exclusão do diferente, visando manter uma ordem dominante. E o
que mantém simbolicamente essa práxis é medo da perda do poder,
mesmo que esse poder seja micro ou pontual. Dessa forma, o racismo
é um poder excludente”
(SANTOS, 2001)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Racismo Institucional: “(...) o fracasso coletivo de uma organização em
prover um serviço profissional e adequado às pessoas com certos
marcadores grupais de cor, cultura, origem étnica ou regional, o que
caracteriza esse tipo de racismo é que ele extrapola as relações
interpessoais e ocorre à revelia das boas intenções individuais, implicando
o comprometimento dos resultados de planos e metas de instituições,
gestões administrativas e de governo.”
(PCRI, 2005)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• 53,6% da população brasileira se autodeclara negra (PNAD, 2014).

• Do total de 1.583 mortes maternas em 2012, 60% eram de mulheres


negras e 34% de brancas.

• Em 2012, a taxa específica (por 100 mil hab.) de homicídios de jovens

negros foi três vezes maior que a referida taxa de jovens brancos.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Dos 39.123 óbitos infantis notificados em 2012, 45% foram de crianças negras e
41% de brancas; esta diferença é maior entre as mortes que ocorrem na primeira
semana de vida, sendo que 47% são de crianças negras e 38% de brancas.

• De 2000 para 2012, a taxa de mortalidade pela doença falciforme dobrou no país,
sendo praticamente influenciada pelas tendências das cor/raças pretas e pardas.

• Em 2012, as maiores taxas de mortalidade por diabetes ocorreram na população


negra (pretas e pardas).
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
MARCOS LEGAIS

• 2003 - Criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da


Igualdade Racial (SEPPIR).

• 2004 - Criação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra


(CTSPN).
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
MARCOS LEGAIS

• 2005 - Publicação da Portaria GM/MS 1391, que institui Política


Nacional de Atenção Integral às pessoas com Doença Falciforme.

• 2006 - Aprovação da PNSIPN no Conselho Nacional de Saúde.


POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
MARCOS LEGAIS

• 2009 - Portaria 992/2009, que instituiu a PNSIPN.

• 2010 - Dia Nacional de Saúde da População Negra: 27 de Outubro.


POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Objetivo:
Promover a saúde integral da população negra, reconhecendo raça,
racismo e racismo institucional como determinantes sociais das
condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
DESAFIOS NO CUIDADO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA:

• Abordagem integral

• Cuidado com equidade

• Reconhecimento das vulnerabilidades

• Combate ao Racismo

• Garantir a abordagem multidisciplinar e intersetorial


POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO À SAÚDE DA
POPULAÇÃO DE RUA
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
• Considera-se população em situação de rua:
“O grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza
extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência
de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as
áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma
temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para
pernoite temporário ou como moradia provisória.
(Parágrafo Único, Art. 1º. Decreto nº 7.053/2009)
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
MARCOS LEGAIS
• Política Nacional de Saúde da População em Situação de Rua – Decreto
7.053/2009 (Casa Civil/PR).
• Comitê Técnico de Saúde - Portaria 3.305/2009.
• Portarias MS 122 e 123 de 2011/2012 - Institui as Equipes de Consultório
na Rua (e-CnaR).
• Portaria MS 940/2011 - direito ao atendimento, mesmo sem endereço fixo.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
• É um dispositivo criado para produzir respostas as necessidades da
população em situação de rua, garantindo a integralidade do cuidado
e a universalidade de acesso ao SUS. Entendendo que população em
situação de rua é um grupo heterogêneo que habita logradouros
públicos, áreas degradadas e ocasionalmente utiliza abrigos e
albergues para pernoitar.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
DESAFIOS NO CUIDADO DA SAÚDE DA PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA:
• Preconceito.
• Situação de vulnerabilidade.
• Uso abusivo de álcool e outras drogas (Redução de Danos).
• Higiene e Alimentação.
• Doenças predominantes: IST, Tuberculose,
• Adesão ao Tratamento.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS,
BISSEXUAIS, TRAVESTIS E
TRANSEXUAIS
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Definições:

• Sexo Biológico: conformação anátomo-fisiológica dos sistema geniturinário.

• Gênero: conjunto de características sociocomportamentais que incidem sobre


corpos sexuados.

• Orientação Sexual: expressão do desejo sexual e afetivo.

• Identidade de Gênero: auto identificação relativa à um gênero (masculino ou


feminino).
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Panorama de Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais:

• Cerca de 40% das mulheres não revelam sua orientação sexual.

• Das mulheres que revelam, 28% referem maior rapidez no


atendimento e 17% dizem não ter exames que consideram
importantes solicitados.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Panorama de Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais:

• Cobertura de Rastreamento para Câncer de Colo de Útero cai de


89,7% entre mulheres heterossexuais para 66,7% em mulheres
lésbicas e bissexuais.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Violência Homofóbica no Brasil:

• O II Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil 2012, registrou 3.084


denúncias de 9.982 violações relacionadas à população LGBT, envolvendo
4.851 vítimas e 4.784 suspeitos.

• 60% eram contra homens gays.

• 62% dos agressores foram identificados como alguém próximo da vítima


Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
MARCOS LEGAIS

• 2008 - Publicada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,


Bissexuais, Travestis e Transexuais.

• 2008 - Primeiro port aria de regulamentação do Processo Transexualizador no


SUS.

• 2011 - Instituição da Cirurgia de Transgenitalização no SUS

• 2013 - Ampliaçã o dos servi ç os ambulatoriais do Processo Transexualizador


Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Objetivo Geral:

• Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e


transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional,
bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a
consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Desafios no cuidado em saúde da População LGBT

• Violência contra essa população.

• Acolhimento não qualificado para atender às


especificidades.

• Legislação deficitária em medidas de proteção.


Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Desafios no cuidado em saúde da População LGBT

• Demanda reprimida de população de Transexuais e Travestis nos


serviços de referência para Processo Transexualizador.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DAS POPULAÇÕES
DO CAMPO, DA FLORESTA E
DAS ÁGUAS
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
A QUEM SE DIRIGE

• Povos e comunidades que têm seus modos de vida, produção e reprodução


social relacionados predominantemente com o campo, a floresta, os
ambientes aquáticos, a agropecuária e o extrativismo, como camponeses,
agricultores familiares, trabalhadores rurais, comunidades de quilombos,
populações que habitam ou usam reservas extrativistas, populações
ribeirinhas, populações atingidas por barragens, dentre outros.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
ACESSO À AGUA, COLETA DE LIXO E ESGOTO
• 47,3% dos domicílios rurais possuem água canalizada em pelo menos 1 dos
cômodos, porém 18% apenas provém de uma rede de distribuição geral.
• 82% da água dos domicílios rurais provém de poços, nascentes e outras fontes.
• 37,4% dos domicílios tem escoadouro de banheiro e sanitário de forma
inadequada.
• 47,3% dos domicílios não possuem coleta de lixo e o descartam de forma
inadequada (enterram ou queimam).
IBGE, PNAD - 2011
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS

• Em 2005 foi instituído o Grupo da Terra (Portaria MS/GM nº

2.460/2005) para atender às necessidades de atenção à saúde dessa

população. Objetivo: elaborar a Política Nacional de Saúde Integral

das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF).


Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS

• Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Redefinição do arranjo


organizacional das equipes de Saúde da Família, Equipe(s) de Saúde da Família
Ribeirinha (ESFR) e da(s) Equipe(s) de Saúde da Família Fluvial (ESFF) para os
municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Mato grossense, assim como a
definição dos valores de financiamento destas equipes e de custeio das Unidades
Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), considerando as especificidades locais.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS

• Portaria nº 2.866/2011 instituiu a política no âmbito do SUS. É um

instrumento norteador e legítimo do reconhecimento das

necessidades de saúde dessas populações.


Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS

• Portaria nº 2.311/2014 incluiu o termo “águas” na denominação da

PNSIPCF, que passou a ser denominada Política Nacional de Saúde

Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas

(PNSIPCFA).
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
Desafios no cuidado em saúde da População do Campo, Floresta e
Águas

• Distância no Acesso.

• Monocultura, Agrotóxico e não utilização de equipamentos de


segurança.

• Frágil estrutura de Cobertura de Saúde.


Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
Desafios no cuidado em saúde da População do Campo, Floresta e
Águas

• Regimes de trabalho análogo a escravidão.

• Violência no Campo.

Obs.: o Programa Mais Médicos tem sido um diferencial no acesso a


saúde dessa população.
POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
DAS PESSOAS PRIVADAS DE
LIBERDADE NO SISTEMA
PRISIONAL
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária

• 715.665 pessoas privadas de liberdade

• 595.641 em unidades prisionais


• 220 mil em SP (34%)
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária

• 119.359 em prisão domiciliar

• 93% homens
• 7% mulheres
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária

• Vagas no sistema prisional: 302 mil.

• Cerca de 25.000 pessoas entram no sistema por ano.


• Crescimento de 235% em 14 anos.
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
OBJETIVO GERAL:

• Garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema


prisional ao cuidado integral no SUS.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
DIRETRIZES

1. Promoção da cidadania e inclusão das pessoas privadas de liberdade por


meio da articulação com os diversos setores de desenvolvimento social,
como educação, trabalho e segurança.

2. Atenção integral resolutiva, contínua e de qualidade às necessidades de


saúde da população privada de liberdade no sistema prisional, com ênfase
em atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
DIRETRIZES

3. Respeito à diversidade étnico racial, às limitações e às necessidades físicas


e mentais especiais, às condições econômicosociais, às práticas e concepções
culturais e religiosas, ao gênero, à orientação sexual e à identidade de
gênero.

4. Intersetorialidade para a gestão integrada e racional e para a garantia do


direito à saúde.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Perfil de Atendimento e Agravos Epidemiológicos

Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças transmissíveis e não transmissíveis, como:
• Tuberculose;

• HIV/AIDS;

• Hepatites;

• Sífilis;

• Dermatites;

• Hipertensão.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Desafios atuais da PNAISP

• 1. Aumentar a cobertura assistencial.

• 2. Qualificar as intervenções intersetoriais.

• 3. Informatizar os serviços, por meio da implantação do novo sistema de


informação da Atenção Básica (estratégia e SUS AB) para monitoramento e
avaliação permanente dos serviços prestados.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Desafios atuais da PNAISP

• 4. Ofertar processos de educação permanente e continuada para todas as


equipes de atenção básica prisional.

• 5. Qualificar a gestão das equipes em processos tripartite e intersetoriais.

• 6. Aprimorar a infraestrutura para o atendimento em saúde.


POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS
INDÍGENAS
Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS

• Conswtuição do Brasil (1988), art 231: é reconhecido aos índios sua

organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos

originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam compewndo

à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.


Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS

• 1ª (1986) e 2ª (1993) Conferências Nacionais de Saúde Indígena:

espaços importantes de discussão e luta pelo direito a atenção à

saúde dos povos indígenas.


Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS

• Lei 9.836, de 23 de setembro de 1999: foi inswtuído o Subsistema de

Atenção à Saúde Indígena e as diretrizes básicas para a implantação

de Distritos Sanitários Especiais.


Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS

• Portaria 254 (MS), de 31 de Janeiro de 2002: Políwca Nacional de

Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (trouxe algumas diretrizes para

as ações de atenção à saúde indígena que representaram um avanço

no reconhecimento da especificidade cultural e arwculação da

biomedicina com práwcas indígenas tradicionais de cura e cuidado.


Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS

• Decreto 7.336, de 20 de outubro de 2010: inswtuiu, na estrutura do

Ministério da Saúde a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI),

transferindo a responsabilidade pela saúde indígena para esta

Secretaria.
BOLSA FAMÍLIA E BENEFÍCIO DE
PRESTAÇÃO CONTINUADA
BeneMcios Assistenciais
• Dentro do Sistema Único de Assistência Social, podem se classificar os benefícios
assistenciais em duas categorias aqueles permanentes - federais, instituídos mediante lei
federal, a exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), criado pela Lei Federal nº
8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que regulamentou o art. 203, inciso
V, da Carta Política Pátria; e os benefícios eventuais federativos, criados por entes da
federação Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme critérios e prazos definidos
pelo Conselho Nacional de Assistência Social.
BeneMcio de Prestação ConNnuada (BPC)
• O BPC, criado em 1993, é devido ao idoso de 65 anos ou mais de idade, e
ao deficiente, cuja renda familiar seja inferior a um quarto do salário
mínimo. (Art. 20 caput da LOAS).

• Esse é um benefício de assistência social, ou seja, quem está solicitando


não precisa ter contribuído com a Previdência Social, por isso ele é
chamado de benefício e não de aposentadoria, e sua ajuda equivale a um
salário mínimo.
Bolsa Família

• O Programa Bolsa Família foi instituído pela Lei nº 10.836/2004,


regulamentada pelo Decreto nº 5.209/2004 e veio como uma
necessidade de unificar as ações governamentais de transferência de
recursos do Governo Federal.
Bolsa Família

Características do Programa Bolsa Família:

• Atende a família e não a membros isolados.

• Pagamento direto à família, por cartão bancário, de preferência para a


mulher.

• A família tem autonomia no uso do recurso financeiro.

• Conjuga esforços das três esferas de governo.


Bolsa Família
Características do Programa Bolsa Família:

• Integração com programas próprios dos Estados e Municípios.

• Deve existir um compromisso/contrapartidas para a percepção dos benefícios.

• Políticas de saúde e educação como condicionalidades.

• Gestão descentralizada e intersetorial.

• Fiscalização por meio da articulação com os órgãos de Controle Social.


Bolsa Família

O Programa Bolsa Família compreende a concessão de benefícios de


pagamentos mensais, portanto, de trato sucessivo, às famílias consideradas
pobres ou extremamente pobres, com requisitos para concessão e
manutenção estabelecidos em lei federal, com valor definido, de caráter
temporário, não gerando direito adquirido uma vez que devem ser revistos a
cada dois anos para avaliação da elegibilidade das famílias para o
recebimento desses benefícios.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Painel de Indicadores do SUS. Temático Saúde da População Negra; v.7, n.10. Brasília:
Ministério da Saúde, 2016. p.82.

• BRASIL. 8ª Conferência Nacional de Saúde: quando o SUS ganhou forma. 2019. Disponível em:
<http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/592-8-conferencia-nacional-de-saude-quando-o-sus-ganhou-
forma>.

• FIGUEROA, A. Contextualização conceitual e histórica. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO


NEGRA, 2004, Brasília. Caderno de textos básicos... Brasília: Seppir, Ministério da Saúde, 2004. p.11-45.

• SANTOS, I. A. A responsabilidade da escola na eliminação do preconceito racial: alguns caminhos. In: CAVALLEIRO,
E. (Org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001. p. 97-113.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma
política para o SUS. 3.ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2017.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da população em situação de rua: um direito humano.


Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,


Bissexuais, Travestis e Transexuais. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo
e da Floresta. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014. Institui a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri0001_02_01_2014.html>.

• BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. 2ed. Brasília:
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2002.

• BRASIL. Bolsa Família. Disponível em: <https://bfa.saude.gov.br/>.

• BRASIL. Benefício de Prestação Continuada (BPC). Disponível em: <https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-


programas/assistencia-social/beneficios-assistenciais/beneficio-assistencial-ao-idoso-e-a-pessoa-com-deficiencia-
bpc>.
OBRIGADO

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