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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO

Disciplina: Introdução ao Direito


Professor: Fernanda Pantaleão
Aluna: Geovana Amorim
Matrícula: 202200077
Data:12/02/2023

O Caso do Morador de Rua

Opinião: A opinião do Militante Raul, do Movimento de População de Rua. Sustente a


opinião do Militante, considerando que sua fala foi baseada nos dados do último censo de
população em situação de rua, no país, e em defesa dos direitos da população de rua.

De acordo com o IBGE, atualmente no Brasil mais de 280 mil pessoas em situação de rua
compõem a população, o que representa uma pequena porcentagem dentre os 200 milhões de
habitantes, no entanto, é uma problemática extremamente relevante e preocupante, visto que
o suporte e apoio recebido por essa minoria é ineficaz e praticamente inexistente.

Esse fato pode ser ocasionado e agravado por diversos fatores, porém os que mais se
destacam são o conformismo da população e a invisibilidade dessas pessoas na ótica da
sociedade e do Governo.

É evidente que todos os dias nos deparamos com pessoas vivendo nas ruas, na maioria das
vezes nas piores situações possíveis: com fome, frio e suscetíveis à doenças. E apesar da
situação precária, a sociedade se acostumou e tende a ignorar, criando um comportamento
geral totalmente excludente, o que dificulta muito a recuperação e progresso dos moradores
de rua.

Ademais, o Governo, por meio de suas políticas públicas ineficazes e praticamente


inexistentes para esse cenário, impossibilita que essas pessoas tenham uma vida digna como
cidadãos. Apesar da Constituição Federal de 1988 garantir direitos básicos a todos os
cidadãos, como moradia, alimentação, saúde e educação, o Brasil tem um sistema de governo
voltado para uma minoria privilegiada, desse modo, excluí os menos favorecidos e mais
necessitados, negando aos moradores de rua fatores fundamentais para a sobrevivência digna.
É importante ressaltar também que esse cenário tem crescido exponencialmente com o
tempo. Segundo um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) o número da
população em situação de rua cresceu 211% na última década e cerca de 38% durante a
pandemia. Tais dados são alarmantes, considerando que essas pessoas se encontram em
situações insalubres e o correto seria evitar o aumento dos números.

Com o crescimento dessa minoria, a execução de políticas públicas de apoio à saúde,


alimentação e acolhimento, torna-se mais difícil, porém, esse crescimento ocorre justamente
pela insuficiência e ineficácia das políticas já existentes. Além disso, o trabalho realizado por
Organizações Não Governamentais (ONG's), apesar de ajudar parcialmente, não chegam na
raiz do problema.

Posto isso, fica notório que é imprescindível que o Estado aplique projetos eficazes para
proporcionar dignidade e oportunidade de reinserção dessas indivíduos na sociedade, ou seja,
deve cumprir com suas obrigações previstas na Constituição e assegurar a promoção do bem
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e outras formas de
discriminação, estimulando assim, a redução da pobreza, desigualdade e exclusão, de modo
que os dados apresentados no censo da população tornem-se opostos aos vigentes.

Referência bibliográfica

G1, Censo 2022: população que vive nas ruas segue invisível nas estatísticas oficiais do país.
Disponívelem:https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/01/05/censo-2022-populacao-
que-vive-nas-ruas-segue-invisivel-nas-estatisticas-oficiais-do-pais.ghtml

IBGE, População em situação de rua supera 281,4 mil pessoas no Brasil. Disponível em:
https://www.ipea.gov.br

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