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FACULDADE DE DIREITO
JUIZ DE FORA
2021
DAVI BARBOSA AMORIM
JUIZ DE FORA
2021
SUMÁRIO
1 - TEMA E PROBLEMA…………………………………………………………………...3
2 - HIPÓTESE………………………………………………………………………………...5
3 - JUSTIFICATIVA………………………………………………………………………….6
4 - OBJETIVOS………………………………………………………………………………7
5 - REFERENCIAL TEÓRICO……………………………………………………………..8
6 - METODOLOGIA…………………………………………………………………………9
7 - CRONOGRAMA………………………………………………………………………...10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………..10
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1 - TEMA E PROBLEMA
mais pauperizados que paga com a perda, em números massivos, da vida. (PINTO,
CERQUEIRA, 2020, p. 47)
Essa ânsia neoliberal em manter o mercado aquecido a todo custo tem ido no sentido
oposto do disposto no art. 3° inciso III e IV da Constituição Federal, nos quais estão dispostos
os objetivos de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais. Em um sistema econômico em que se percebe um arrocho cada vez maior dos
direitos de uma classe com a finalidade de manter intocado o privilégio de outra, há de se
questionar se tal modelo corresponde com o que se encontra em nossa constituição.
O reflexo do sacrifício dos direitos em prol do mercado não poderia ser mais claro na
atualidade. Basta seguir pelas ruas para perceber o aumento vertiginoso na quantidade de
moradores de rua. Esse aumento combinado com as evidentes complicações características do
cenário pandêmico, como a necessidade de isolamento social, a higienização constante das
mãos, o número reduzido de pessoas nas ruas (o que influencia diretamente na possibilidade
das pessoas em situação de rua receberem ou não algum auxílio), traz para esses indivíduos
uma insegurança quanto aos mais básicos direitos. Os relatos contidos no artigo “Sem
isolamento: etnografia de pessoas em situação de rua na pandemia de COVID-19”
demonstram de forma clara o descaso com a população de rua que ocorre nos grandes centros
durante a pandemia. A inexistência de novos programas de auxílio ficou evidente quando se
tem em mente os relatos de pessoas em situação de rua que tiveram de limpar suas mãos em
poças de água das chuvas e fuçar em lixos para alimentar-se. Além disso, ainda sofrem com a
questão de serem vistos pela população em geral, de forma preconceituosa, como possíveis
vetores da doença, diminuindo ainda mais a possibilidade de ajuda.
A realidade é bastante diferente do Brasil, onde as populações residentes nas ruas, sem
oportunidade de trabalho e renda, com déficits no estado de saúde, com hábito alimentar e
instalações de moradia precárias vem apresentando sérios problemas. Em mais uma
pandemia, a população residente na rua na cidade do Rio de Janeiro vive o agravamento de
sua situação, deixando a ferida da desigualdade social e da pobreza à mostra. (DE PAULA
et al, 2020).
Com isso, pode-se entender melhor tal problema, compreendendo suas causas e
complicações anteriores e posteriores à pandemia. Apesar da análise ter como destaque o
período pandêmico, faz-se necessário para maior entendimento da crise humanitária ter em
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mente o modelo econômico vigente e como este conduziu para a conjuntura atual. Dessa
forma, torna-se possível perceber os fatores que motivam a inobservância do Estado sobre
essas pessoas, a qual culminou no aumento da fome e da miséria vivido atualmente nas ruas
dos grandes centros do Brasil.
2 - HIPÓTESE
Para a Oxfam, em relatório publicado em abril deste ano, a crise pode levar mais meio
bilhão de pessoas para a pobreza, num contexto no qual há dois bilhões de pessoas no setor
informal e só um em cada cinco desempregados têm acesso a benefícios como o
seguro-desemprego. Em países de capitalismo tardio, historicamente explorados e
subalternizados pelas diretrizes norte americana e europeia, como os países da América
Latina e África, a situação pode ficar ainda mais grave. No Brasil, historicamente a vida
dos negro/as e dos povos originários sempre valeu muito pouco. O nosso país tem sido
duramente atingido pela proliferação do vírus e as consequências da crise econômica
entrelaçada com a crise sanitária recairão com mais força sobre os segmentos mais
pauperizados da nossa classe e sobre a população negra brasileira, em particular. No país,
há cerca de 40 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e cerca de 12 milhões de
desempregados, e ainda segundo a Oxfam, estima-se que a crise sanitária adicione mais 2,5
milhões de pessoas entre os desempregados. Serão esses, representantes da maioria da
população, os que mais sofrerão com a fome, a redução de salários, o desemprego, o
adoecimento e a morte. Basta observar que 50% das moradias da população brasileira não
têm acesso à serviços de esgoto sanitário, 33 milhões de brasileiros vivem sem
abastecimento de água confiável, em vários estados da região norte e nas favelas em mais
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de 20% das moradias três ou mais pessoas vivem em um único cômodo. (PINTO,
CERQUEIRA, 2020, p. 46)
4 - OBJETIVOS
4.1- Objetivo Geral
c) Dar visibilidade para a questão, buscando contribuir com a discussão acadêmica sobre
o problema, a qual foca-se por muitas vezes nos marginalizados, mas, por alguns
momentos, olvida-se das pessoas em situação de rua. Durante a pesquisa, ficou
evidente que não existem muitos artigos sobre a questão, destacando ainda mais a
invisibilidade dessa parcela da população. Os dados sobre essas pessoas também são
raros, havendo uma lacuna de uma pesquisa de alcance nacional desde 2008, no qual
foi realizado o I Censo e Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua,
sendo necessário debater tal questão com a finalidade de aumentar os dados
disponíveis.
5 - REFERENCIAL TEÓRICO
6 - METODOLOGIA
questões únicas do grupo descrito. Sendo assim, defino a pesquisa como jurídico-descritiva,
jurídico-compreensiva e, em alguma medida, jurídico-prepositiva, visto que, de certa forma,
busca uma nova abordagem sobre a temática debatida.
7 - CRONOGRAMA
1 2 3 4 5
Levantament
o x
bibliográfico
Análise de
dados e x
informações
Pesquisa de
campo x
Organização
das etapas do x
trabalho
Início da
redação x
Término da
redação x
Entrega do
trabalho x
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HINO, Paulo; SANTOS, Jaqueline; ROSA, Anderson. Pessoas que vivenciam situação de rua
sob o olhar da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, p. 732 - 740, 2018.
SOUZA, Murilo. Projeto assegura tratamento digno a moradores de rua durante epidemia ou
pandemia. Agência Câmara de Notícias, 26 de março de 2020. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/648119-projeto-assegura-tratamento-digno-a-moradores-d
e-rua-durante-epidemia-ou-pandemia/. Acesso em: 24 de dez. de 2021.