Você está na página 1de 6

Trabalho questão agrária:

4. Conhecer as bandeiras teóricas de luta (ontem e hoje) e seus rebatimentos


sóciopolíticos.

A priori, faz-se necessário antes de tudo compreender a própria bandeira


do MST e o que ela representa, suas lutas e vitórias e sua história durante sua
gênese. Visto isso, ao pesquisar pelo significado da própria bandeira do MST,
foi encontrado diversos elementos importantes, dentre eles a começar pela cor
vermelha, que representa o sangue que percorre na veia de cada trabalhador
(a) e sua vontade de lutar para uma Reforma agrária, logo após a cor branca
que representa a paz que somente será conquistada a partir dessa Reforma
que consequentemente será quando houver justiça de fato, a cor verde o mapa
do Brasil representam o levante desse movimento ser uma luta nacional na
qual, representa a esperança desses trabalhadores (as) em um dia conseguir
essa justiça social.

Ainda há outros elementos presentes nesta bandeira, bem como a


figura de um trabalhador e uma trabalhadora mostrando como é importante que
essa luta seja feita por ambas as partes dentro de todas as famílias, no
entanto, além de sua própria bandeira, o MST apoia outras diversas bandeiras
teóricas, em 2021 por exemplo foi levantada uma bandeira muito importante, o
“fora Bolsonaro” devido claramente por ser um governo totalmente de direita e
que não apoiava o movimento além das diversas recusas que tiveram da
Câmara dos deputados com relação as problemáticas que perpassavam o
movimento, e também do desmatamento na Amazônia.

Outra bandeira importante que eles abordaram foi a da vacina para


todos (as), devido a época da pandemia em que inicialmente foi totalmente
escolhido em quem poderia receber esta vacina, além dos profissionais de
saúde, defendendo o acesso total da vacina sem que precisassem pagar ou
ser alguém ‘importante” e que na época não era uma campanha com 100% de
apoio do governo Bolsonaro; o apoio ao auxílio emergencial e de emprego
também foi essencial neste período para que houvesse o mínimo de sustância
as pessoas que ficaram desempregadas pelo período de pandemia, ou as que
tinham seu próprio comércio e não tiveram mais condições de manter,
principalmente pessoas do próprio movimento do MST que vendiam suas
próprias produções e foi enfraquecido pela pandemia, isso fez com que mais
do que nunca eles levantassem esta bandeira para que se permanecesse este
auxílio até que as pessoas pudessem se erguer novamente e encontrar uma
forma de renda para se sustentar .

Ademais, a bandeira “sem privatização” para que aja o direito sociais,


trabalhistas e previdenciários, além de reforçar a contratação local sem que
tenha o acesso de estrangeiros à terras e empresas nacionais; A campanha
“Mulheres Sem Terra: contra o vírus e a violência” foi uma pauta totalmente
relevante pois a violência contra a mulher é uma realidade bastante recorrente,
principalmente no Brasil, no entanto, a partir do ano de 2020 foi se
intensificando e número de morte e de denúncias de mulheres por violências
aumentou bastante, em especial a violência doméstica ganhou força por ser
um ato cometido pelos próprios parceiros das vítimas e isso consequentemente
é um problema de saúde pública pois além das sequelas físicas ainda há a
sequela mental que fica naquela mulher por tal situação que lhe foi ocorrida e
isso gera uma serie de problemáticas que muita das vezes não é suprida. O
Estado por sua vez, não da o amparo e o suporte necessário para que essas
mulheres possam ter um jeito de seguir a vida mais branda depois de todos
esses atos sofridos, então, é muito importante para o movimento MST apoiar
essa bandeira das mulheres para que reforce a importância de levantar essa
pauta e a diferença que isso pode fazer na vida das mulheres vítimas dessas
violências.

Há ainda uma pauta na qual o MST apoia que procura universalizar


todos os direitos, de terra, saúde, alimentação, moradia entre outros, mas
principalmente com a focalização na alimentação pelo alto preço dos alimentos
tornando inacessível para muitas pessoas, muitas das vezes é uma política
contraditória onde quem produz ainda precisa comprar sua própria produção e
ainda por um preço alto, ou na maior parte das situações o Brasil exporta
muitos produtos para obter mais lucro e consequentemente vira um produto
muito mais caro para a população, no entanto, essa discussão gira em torno da
Lei Assis Carvalho que visa se antecipar para que não aja o risco de aumentar
o preço dos alimentos e nem uma ampliação da fome e assim garantir a
maioria dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros e das brasileiras e de
contribuir com a recuperação econômica de grande parte dos municípios
brasileiros.

Outrora, a bandeira LGBTI+ no campo foi um movimento importante


para ajudar no combate a todas as formas de violência, é um componente
importante do projeto político e indispensável para construção da Reforma
Agrária Popular no Brasil.

“A ideia é que a partir de cada realidade, possamos construir instrumentos e


ferramentas organizativas, portanto coletivas, que nos ajudem no monitoramento,
acolhida e combate a todo tipo de violência, seja ela, psicológica, patrimonial, física,
entre outras”, afirma Wesley Lima, do coletivo LGBT Sem Terra.

É uma pauta mais que essencial visto que o número de homicídios vem
aumentando gradativamente e de forma assustadora pois houve mais de 273
mortes pela LGBT fobia no ano de 2022, então há a necessidade de lutar em
prol desta bandeira para cessar com essa barbaridade que é esses ataques e
assassinados.

Além também de apoiar as bandeiras da cultura para que aja a


democratização da mesma no país e que seja enraizada e não esquecida,
fortalecendo esse espaços ocupacionais. A reforma agrária popular que tem
como objetivo universalizar e garantir o acesso as terras para os que nela
trabalham, além de fortalecer a produção de alimentos nacionais impedindo a
exportação e para que sejam alimentos saudáveis e longe dos agrotóxicos e
químicas, o combate a violência sexista no qual já foi citado acima com o intuito
de cessar com as violências de gênero bem como as mulheres e as Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTs).

Ademais, a democratização da comunicação também é uma bandeira a


ser abordada pelo MST pois atualmente as redes sociais são a melhor forma e
o melhor meio de comunicação por ser mais eficiente e em contrapartida mais
anti-democrático também , é como estivesse sendo vivenciada uma ditadura
através das telas, no qual, não pode falar sobre certas assuntos, ou é
totalmente atacado e xingado pelas pessoas que são a oposição da sua ideia
ou a própria plataforma em conjunto obviamente com as diretrizes do Governo
que bloqueia certas ações e divulgações com o intuito de cessar com essas
atividades, além de, ter a liberdade de usar as rádios e tv’s tendo como
objetivo, propagar e informar o MST dentre outro movimentos importantes para
a construção da consciência da população. A saúde pública também é outra
bandeira que sofre bastante no Brasil, na teoria o Estado deve garantir saúde
de qualidade a todos os cidadãos, através do SUS (Sistema Único de Saúde),
que por sua vez precisa de melhoras para que possa atender a todas as
demandas da população, além de atendimento odontológico, porém a realidade
é desconexa com a prática, pois não há esse direitos para todos, muitos não
conseguem acesso a essa saúde, ficam anos em filas de cirurgias, exames,
muitos até morrem por não ter conseguido fazer determinado procedimento
pela demora, muitos até mesmo preferem se endividar completamente para
buscar um atendimento privado. Entende- se pois que a problemática não é o
SUS por si só, mas a verba que não chega, os profissionais de saúde que não
são bem pagos ou muita das vezes nem são pagos, é válido pensar que se
essas diretrizes fossem cumpridas, talvez tivesse uma melhoria nessas
questões.

A política de desenvolvimento, que por sua vez tem como papel cessar
com a pobreza e a desigualdade social no país, de forma a produzir uma
economia justa e igualitária , a diversidade étnica e cultural , com o livre direito
de poder exercer sua religião e sua cultura sem discriminação, direito este que
está imposto na Constituição de 1988 mas que é claramente ignorada na
prática, pois na realidade o que é visto são preconceitos e ódio por essa
liberdade de expressão.

A bandeira do sistema político é uma das mais complicadas e que mais


se tem divergências pois são difíceis os Governos que de fato democratizam a
participação do povo na tomada de decisões, uma política que de fato ouve e
atende a necessidade da população, foram vividos 4 longos anos de total
desprezo com a população negra/ de classe trabalhadora; e a bandeira da
soberania nacional e popular vai trabalhar juntamente com o sistema política
para arquitetar mecanismos e políticas sociais afim de efetivar pessoas justas
para examinar as transferências de verbas dentro do governo para que não aja
nenhum desvio de renda.
Contudo, o MST está unido à outras organizações e movimentos
importante para a junção de uma luta agrária justa e revolucionária, são eles a
ANA (Agência Nacional de Água e Saneamento básico); a APIB (Articulação
dos Povos Indígenas do Brasil); CONAQ (Coordenação Nacional de
Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas); CONTAG
(Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura); FBSSAN ( Fórum
Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional); CPT (Comissão
Pastoral da Terra); CIMI (Conselho Indígena Missionário); PJR ( Pastoral da
Juventude Rural), dentre outros movimentos necessário para a construção
dessa luta que o MST aborda.

5. Compreender a relação do movimento com os governos, em especial o


federal.

Inicialmente sabe que a gênese do MST se deu devido a Liga das


camponesas em 1950 e neste período já era uma constante luta pela Reforma
Agrária afim de remanejar as terras para os povos, no entanto, pulando pra
1980 os Sem Terra foram as ruas lutar mais uma vez para essa reforma mas
ainda sim nada feito, em troca receberam repressão militar federal, violência e
as condições de vida ainda mais precárias. O surgimento de fato do MST veio
em 1984 onde os trabalhadores se reuniram em uma luta pela democracia da
terra e ocasionaram o 1° Encontro Nacional com três objetivos: lutar pela terá,
lutar pela Reforma Agrária e lutar por mudanças sociais no país, visto isso,
pode-se entender que esse movimento sempre enfrentou muitas dificuldades
desde a sua gênese até os dias de hoje, e isso devido aos impasses dos
governos que perpassaram e perpassam até hoje a sociedade.

Dessa forma, tona-se claro que o MST é um movimento de oposição a


direita pois ela prega ... (citar o período do governo de Bolsonaro, Getúlio
Vargas, Dilma e Lula)
Referências bibliográficas:

https://mst.org.br/nossos-simbolos/

https://mst.org.br/2021/01/13/6-bandeiras-de-luta-que-estarao-presentes-em-
2021/

https://www.ipea.gov.br/portal/publicacao-item?id=58230659-1b94-4ff0-86e4-
b136de348d50&highlight=WyJ2aW9sXHUwMGVhbmNpYSIsIid2aW9sXHUwM
GVhbmNpYSIsIm11bGhlciIsIidtdWxoZXIiLCJtdWxoZXInLCIsInZpb2xcdTAwZW
FuY2lhIG11bGhlciJd

https://mst.org.br/temas/lgbt-sem-terra/

https://mst.org.br/2023/05/17/mst-lanca-campanha-permanente-contra-a-
lgbtifobia-no-campo/

https://observatoriomorteseviolenciaslgbtibrasil.org/

Você também pode gostar