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1. O resultado vitorioso da democracia e do povo brasileiro, nesta eleição, foi histórico. Este êxito
eleitoral, liderado por Lula e pelas diversas forças democráticas do país, derrotou o governo de
extrema-direita fascista de Jair Bolsonaro e trouxe esperança para milhões de brasileiros(as), que
saíram às ruas para defender a democracia e os seus direitos.
3. A grande repercussão mundial, de que a exitosa participação do presidente Lula na COP – com
destaque para a preservação da Amazônia e o papel do país no enfrentamento ao aquecimento
global – retomou o protagonismo internacional do Brasil. Na América Latina, o resultado eleitoral
reforçou a necessidade de novos processos de desenvolvimento estruturados em políticas
progressistas, capazes de criar melhores condições de enfrentamento ao neoliberalismo e às
políticas estadunidenses de isolamento da Venezuela e de Cuba. É fundamental que o Brasil
aprofunde as relações Sul-Sul, também seja um proponente ativo de uma profunda reforma das
Nações Unidas – dentre elas o fim o poder de veto das potências no Conselho de Segurança –
e de medidas imortantes na busca do multilateralismo.
4. No Rio Grande do Sul, os resultados também foram positivos. Chegamos a quase 27% dos
votos no 1º turno, não indo para a disputa final por apenas quatro centésimos, pouco mais de
2.000 votos. A grande campanha de Pretto/Ruas ao governo nos recolocou na polarização política
contra o neoliberalismo. O desempenho excepcional de Olívio ao Senado (37,77% dos votos)
demonstrou a possibilidade de crescimento e ampliação, mas, principalmente, o compromisso
partidário e a disposição militante deste companheiro, que contagiaram toda nossa militância,
tendo papel essencial na construção da aliança com o PSOL.
5. Nas eleições legislativas também crescemos e nos consolidamos como força política no RS. A
coligação das duas Federações (PT - 11, PCdoB – 1, PV) e (PSOL – 2, Rede) para a Assembleia
Legislativa e (PT - 6, PCdoB – 1, PV) e (PSOL – 1, Rede) à Câmara Federal, nos dão uma força
unitária de 25% na representação parlamentar, contribuindo para a defesa do Governo Lula e na
oposição ao Governo Leite.
7. Neste sentido, um dos nossos desafios é combater os movimentos antidemocráticos com todos
instrumentos institucionais e, principalmente, com uma forte mobilização dos movimentos sociais,
frentes políticas e partidos que construíram a vitória do Lula, na defesa da democracia e do
programa eleito.
c) Manter a articulação com os movimentos sociais, sindicatos e nas frentes políticas, bem como
na defesa do programa eleito e da democracia, especialmente, através da mobilização
permanente dos Comitês Populares de Luta.
f) Abrir o debate partidário sobre o resultado e o significado desta conjuntura eleitoral do ponto de
vista da disputa programática e ideológica que marcaram essas eleições e constituirão a disputa
com o bolsonarismo no próximo período. Nosso debate deve dedicar-se a compreender a relação
do projeto econômico conservador e fascista com as questões relativas a gênero, raça e classe
no sentido da manutenção da estrutura escravocrata e patriarcal que sustenta o sistema
econômico vigente. Tal debate deve colaborar para que a interseccionalidade dessas questões
assuma centralidade nas nossas lutas, bem como na elaboração do nosso projeto de
desenvolvimento e do horizonte estratégico.
i) Essa estratégia de ação conjunta também deve presidir a luta pela garantia de reajuste do Piso
Regional, recuperando o poder de compra da classe trabalhadora. A instituição e a valorização do
Piso Regional representa uma das grandes conquistas de nossos governos na perspectiva de um
projeto de desenvolvimento sustentável e socialmente justo.