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DESAFIOS PARA O PT MILITANTE DE NF EM 2022

1. Desafios políticos:

 Lutas sociais: O ano de 2022 deve ser frutífero em lutas sociais no nosso país. A
situação econômica e social do nosso povo tende a se agravar. Desemprego, miséria,
fome, pandemia, ataques a direitos, privatizações, fisiologismo, autoritarismo, ataques
à democracia, negacionismo, desmonte do Estado, neofascismo. O último ano do
(des)governo Bolsonaro vai tentar dar continuidade e aprofundar o quadro atual de
mazelas e malfeitos. Será um ano de muitas lutas, nas ruas, nas redes e plataformas
virtuais, nas instituições, no Congresso e demais casas legislativas, nos Poderes
Executivos das 3 instâncias da Federação. É muito importante perceber que nem tudo
se resume às Eleições Gerais de 2022. Não podemos repetir os erros do passado
recente, induzindo nosso povo a acreditar que basta vencer as eleições pra haver
transformações de fato estruturais em nosso país. Quanto mais presentes estivermos
nestas lutas, e quanto maior for o protagonismo do PT e da esquerda nestas lutas,
melhor será a correlação de forças na disputa eleitoral de outubro de 2022. Elevar o
nível de consciência política do nosso povo e sua capacidade de organização autônoma
e independente, organizando e ajudando a dirigir as principais lutas sociais e políticas
desta conjuntura, esse deve ser o centro da nossa tática política. Nosso coletivo
precisa ter um maior protagonismo na organização das campanhas e atividades
unitárias destas lutas, nas ruas, nas redes, nas plataformas virtuais e nos espaços
institucionais.
 Agenda de lutas: Como acontece todo ano, está em construção uma agenda política
de atividades e campanhas, cujo principal espaço de construção unitária tem sido a
campanha ‘Fora Bolsonaro!’, juntando as principais frentes/fóruns/coalizões que já
estão organizadas em todo o país, e que vem coordenando estas lutas unitárias
(algumas desde o golpe de 2016). Vamos ficar atentos a esta agenda, que em geral é
construída por períodos trimestrais, e que tende a combinar a comemoração de
efemérides, de datas internacionais/mundiais reconhecidas pela ONU, datas nacionais
brasileiras, e dias de luta que vão sendo construídos ao longo do ano em função da
conjuntura nacional. Como anexo a este texto fazemos já um 1º. exercício de uma
possível agenda de lutas para 2022. Atenção para o eterno desafio de compatibilizar a
agenda nacional com as agendas estadual e municipal/local.
 Unidade das forças progressistas: As principais frentes/fóruns/coalizões do campo
progressista organizadas em nível nacional, e replicadas nos diversos Estados, tem
procurado caminhar juntas na campanha ‘Fora Bolsonaro!’: Frente Brasil Popular,
Frente Povo Sem Medo, Fórum por Direitos e Liberdades Democráticas, Coalizão
Negra por Direitos e Frente pela Vida. Este ano, teremos um complicador: as Eleições
Gerais de 2022. Teremos coligações eleitorais que se expressarão através de
Federações Partidárias (ou não), apoiando determinadas chapas/candidaturas
majoritárias nos planos Federal e Estaduais. Nem sempre uma frente política
constituída para organizar as lutas sociais de massas terá uma replicação automática
numa coligação eleitoral ou numa federação partidária. Atenção para o nosso caso
local. O Fórum Sindical e Popular de NF é composto por diversas forças políticas: PCB,
PSOL, PT (nosso PT Militante NF), PSTU, Juventude do PDT, e às vezes temos tentado
atrair PV e PSB, com dificuldades. Acontece que PCB e PSTU não apoiarão a
candidatura Lula Presidente, já anunciaram que terão candidaturas próprias. Assim
como o PDT, que tende a ir de Ciro Gomes. Ou mesmo a UP (antigo PCR) que também
lançou candidato próprio. Enquanto isso, PT, PCdoB, PSB, PSOL tendem a marchar
juntos nas Eleições 2022, numa mera coligação eleitoral ou mesmo numa federação
partidária, e podem ‘arrastar’ ainda PV e Rede. Como garantir uma razoável unidade
das forças progressistas aqui em N.Friburgo, via Fórum Sindical e Popular NF, se na
disputa eleitoral institucional marcharemos separados? O próprio funcionamento
interno do Fórum Sindical e Popular de NF já tem deixado a desejar, excessivamente
centralizado pelo PCB local. Todo cuidado é pouco. Nosso coletivo precisa ter uma
estratégia clara de como atuar por dentro e por fora do Fórum Sindical e Popular NF
para contribuir de fato para uma maior unidade das forças progressistas em nosso
Município.
 Mandata da Vereadora Maiara Felício (PT): A mandata da nossa companheira
Vereadora Maiara Felício já é a principal referência institucional não só do PT, mas da
esquerda em geral, em N.Friburgo. Nosso coletivo precisa continuar ‘abraçando’ com
maior intensidade e profundidade a construção coletiva da mandata, contribuir com
sugestões de PLs e de Requerimentos de Informações, ajudar a organizar e mobilizar
para as Audiências Públicas, ajudar a amplificar as informações e divulgações das
atividades e iniciativas da mandata. Por exemplo, neste início de 2022 sairá um
‘informativo especial’ fazendo um balanço ou uma ‘prestação de contas’ desse
primeiro ano da mandata, e nossa tarefa deve ser o de ajudar a divulgar o mais
amplamente este informativo, nas ruas e nas redes. Outra iniciativa importante:
organizar reuniões nos Distritos e Bairros/Comunidades, ou com categorias de
trabalhadores e grupos identitários, com a presença da Vereadora, para ouvir as
principais demandas da população e apresentar as iniciativas em curso da mandata.
 Campanha Eleitoral 2022: Gostemos ou não, a campanha eleitoral já está na agenda
política da sociedade brasileira, nas mídias, nas redes, nas lives, nas reuniões. A
campanha ‘Lula Presidente’ tende a atrair milhares de ativistas, Brasil afora, para além
do PT. Não só pelo apoio que outros partidos de esquerda e centro-esquerda darão a
esta candidatura, mas também porque Lula sempre foi muito mais amplo que o PT,
atraindo apoios e ativismo de cidadãos e cidadãs que não são filiados/as a nenhum
partido mas que se identificam com os valores, ideias, princípios e programas da
esquerda em geral, e do PT em particular. É o que sempre chamamos de ‘sociedade
civil petista’, que principalmente nos períodos eleitorais ajuda a carregar as
campanhas, candidaturas, bandeiras e proposta do PT e principalmente de Lula.
Precisamos pensar numa forma de organização da campanha eleitoral de 2022, no
Brasil todo, mas em particular aqui em N.Friburgo, que vá pra além do PT, e mesmo
pra além da coligação ou federação partidária que vier a apoiar oficialmente Lula.
Comitês Lula Presidente, ou Lula 13, ou Comitês pela Democracia, que possam
organizar reuniões, plenárias, debates, atividades de pré-campanha, e posteriormente
de campanha, presenciais, virtuais e nas redes, abertos à participação de todos e todas
que queiram ajudar a organizar esta campanha. Respeitando a legislação eleitoral,
com cuidado pra não fazermos nada que possa ser considerado ‘campanha
antecipada’ ilegal (pedir voto). Precisamos cobrar das instâncias oficiais do PT
(nacional e estadual) uma orientação clara a este respeito. Atenção para o seminário
nacional do PT, em 31 de janeiro e 01 de fevereiro, pra lançar o RAP –Rede Nacional de
Comitês de Atuação Partidária. Atenção para a iniciativa em curso da campanha do 1º
voto (estímulo para jovens de 16 a 18 anos tirarem seu título de eleitor). Atenção para
uma possível campanha do ‘voto consciente’, combatendo as abstenções, votos
brancos e nulos, como aconteceu no 2º turno das eleições chilenas. Nosso coletivo
deve organizar vários debates, presenciais ou virtuais, sobre o tema das Eleições
Gerais 2022. E debater como podemos participar desse processo, inclusive se cabe ou
não lançar candidaturas proporcionais regionais/locais para fortalecer o PT no
Município.

2. Desafios organizativos.

 Coordenação: Nossa Coordenação precisa assumir um maior protagonismo na


construção do nosso coletivo, precisa ser o ‘coração pulsante’ do coletivo. Organizar
melhor as reuniões/plenárias amplas do coletivo, sejam virtuais ou presenciais,
garantindo uma agenda prévia de reuniões, construindo as pautas e temas a serem
debatidos, rascunhando as atas destas reuniões, trabalhando numa eficiente
divulgação e mobilização destas reuniões, escrevendo textos com sistematização de
propostas a serem debatidas, fazendo o link com as instâncias de direção estadual do
PT RJ sempre que necessário, tentando um mínimo de interlocução com as instâncias
de direção do PT Municipal, e com outros grupos e núcleos do PT local, ajudando nas
tarefas de organização, divulgação e mobilização das atividades presenciais de rua,
tanto do nosso coletivo como as mais amplas, do Fórum Sindical e Popular de NF. E
atuando como moderadores no grupo de zap. Pra isso, é preciso garantir uma agenda
mínima de reuniões da própria Coordenação. E pensar na possibilidade de ampliação
desta Coordenação.
 Coletivo: O fato de buscarmos criar comitês ou fóruns mais amplos, de lutas sociais e
políticas ou de campanha eleitoral, não pode nos fazer prescindir de ter uma vida
interna partidária no PT. Diante da ‘afasia’ do PT local, nossa alternativa tem sido a de
criar, ampliar e fortalecer o nosso ‘coletivo’ do PT Militante NF. Devemos continuar
com essa estratégia, ampliando e fortalecendo nosso coletivo, atraindo novos/as
compas, filiando novos ativistas ao PT, transferindo o título de compas que são
originalmente de outros Municípios mas que estão optando por militar em N.Friburgo,
continuando a trabalhar na lista de filiados e buscando dialogar com cada um deles.
Funcionando como se fôssemos um verdadeiro núcleo de base, fazendo nossas
reuniões/plenárias periódicas, virtuais ou presenciais, organizando debates e oficinas
de formação, seguindo os princípios e orientações da Jornada Nova
Primavera/Conferência Paulo Freire, organizando atividades de rua próprias do PT
(banquinhas, panfletagens, projeções, rodas de conversa, pichações, colagens de
lambes ou cartazes, atos de protesto), fazendo a interlocução com outros partidos
progressistas, produzindo materiais e conteúdos próprios (impressos e nas redes)
enfim, dando visibilidade ao PT local, assumindo de fato as tarefas que deveriam ser
organizadas pelas instâncias de direção do PT local. Ativar nossas páginas nas
principais redes (FaceBook, Instagram, Twitter).
 Setoriais: Fora o caso do Setorial do Meio Ambiente, aonde a maioria fisiológica do PT
local resolveu respeitar o trabalho que já vinha sendo realizado por companheiros/as
do nosso coletivo, nos demais setoriais em curso (Mulheres e Juventude), essa mesma
maioria preferiu usar de manobras regimentais e de filiações fisiológicas para impedir
que tivéssemos maioria nesses setoriais. Outros setoriais sequer foram formalmente
constituídos (Antirracismo e LGBT). Nossa orientação deve ser a de não priorizar a
atuação nesses setoriais meramente cartoriais, e atuar através de mini Grupos de
Trabalho do nosso coletivo que possam ousar agir como se fossem setoriais ‘paralelos’,
dialogando diretamente com os movimentos sociais organizados.
 Relação com as instâncias de direção do PT Municipal: Ao longo de 2021 tentamos
por diversas vezes abrir canais de diálogo e interlocução com o grupo majoritário do
PT local, propondo uma agenda comum de convivência. Fizemos uma reunião especial
com o Presidente do PT Municipal, Norival Espindola, escrevemos uma carta dirigida a
ele e ao grupo majoritário da Executiva e do DM, participamos de várias reuniões
abertas do DM. O retorno foi pífio. Evasivas, respostas ambíguas, conversa pra boi
dormir. Nenhum avanço, concreto. A não ser a ‘abertura’ de algumas reuniões do DM,
permitindo a participação mais ampla dos filiados, mas com pautas e convidados
sempre controlados por eles. Zero de construção coletiva e unitária. Nossa proposta é
reduzirmos nossa relação formal com o grupo majoritário do PT local ao mínimo de
tempo e energias necessários. De onde menos se espera é de onde nada vem mesmo.
Teremos que nos preparar para enfrentar um baita desafio. Se a Executiva e o DR do
PT RJ resolver deixar nas mãos dessa maioria do PT local a coordenação e condução
das campanhas majoritárias nas Eleições de 2022 (Presidente, Governador e Senador)
na região, vamos ser obrigados a criar uma coordenação paralela, pois já vimos como
esse grupo fisiológico é totalmente incompetente pra tocar uma campanha desta
envergadura.
 Relação com demais grupos/núcleos do PT na região: Foi dentro da perspectiva de
construir uma alternativa ao PT local fisiológico e cartorial que organizamos o nosso
coletivo PT Militante NF. Por isso, desde o início, buscamos estabelecer o diálogo e a
interlocução com outros companheiros/as petistas que também demonstravam
descontentamento com essa maioria fisiológica do PT local e que também se
identificavam com esse ‘campo’ político do PT Militante, em particular com o grupo
que se articulava em torno do antigo Núcleo de Base. Sempre convidamos esses/as
compas pra participar de nossas reuniões, lives, atividades, campanhas. Muitos se
integraram ao nosso coletivo ao longo deste ano, outros aparecem numa ou outra
reunião, numa ou outra atividade, pra desaparecer logo depois. E um pequeno grupo
jamais se aproximou do nosso coletivo, resiste a um processo de maior integração, e
parece preferir apostar em continuar sua trajetória mantendo-se à distância, ainda
enquanto ‘Núcleo de Base’, embora o núcleo em si tenha parado de se reunir, de
debater, de organizar atividades, de ter uma vida orgânica partidária, hoje se
restringindo a ser mais um grupo de zap para troca de notícias ou de opiniões. Nossa
proposta é respeitarmos a decisão deste grupo, e seguirmos nosso caminho enquanto
coletivo. Hoje, quem dá visibilidade pública ao PT no nosso Município é o nosso
coletivo PT Militante NF: fazemos nossas reuniões periódicas, organizamos nossas lives
e debates virtuais e presenciais, produzimos materiais próprios, participamos de
campanhas e atividades junto a outros partidos de esquerda, sindicatos e entidades,
no Fórum Sindical e Popular de NF, mobilizamos a militância nas ruas e nas redes,
carregamos ou vestimos as bandeiras, faixas, cartazes, camisetas, adesivos e bótons do
PT nas atividades de rua, ajudamos a construir coletivamente a mandata da Vereadora
Maira Felício (PT). Continuamos a estar abertos à participação de todos e todas
petistas que querem resgatar a história, o legado e o programa de um PT militante e
comprometido com as lutas do nosso povo. Mas não pretendemos representar uma
suposta ‘unanimidade’ dentro do PT de NF. Nosso melhor exemplo é a nossa práxis.
Vamos continuar tocando nossas tarefas e atividades e ajudando a ‘reconstruir’ o PT
em nosso Município. Quem quiser vir conosco, ótimo. Quem não quiser, paciência,
vamos respeitar o direito de cada um/a seguir seu caminho. Dentro das nossas
possibilidades, vamos tentar manter a interlocução individual com este/a ou aquele/a
companheiro/a, pra buscar construir ações unitárias.

3. Desafios mais imediatos.

 Construir o calendário de reuniões da nossa Coordenação.


 Construir o calendário de reuniões amplas do nosso Coletivo.
 Dentro de nossas possibilidades, divulgar e incentivar e participação (virtual)
nas atividades do Fórum Mundial de Resistências e do Fórum Mundial Justiça e
Democracia, que acontecerão em Porto Alegre-RS, de 26 a 30/01.
 Participar do seminário nacional do PT para lançamento da RAP – Rede
Nacional de Comitês de Atuação Partidária, em 31/01 e 01/02.
 Ajudar a organizar alguma atividade simbólica de protesto na frente do Fórum
de N.Friburgo, no dia 08/02, às 10:30, quando terá início o Júri Popular do
assassino de Alessandra Vaz e Dani Mousinho.
 Organizar alguma atividade de rua só do PT Militante NF, no dia 10/02 –
(Aniversário de 42 anos do PT).
 Nos próximos meses, tentar sempre organizar atividades específicas do PT
Militante NF nos dias 13 de cada mês.
 Iniciar as articulações com entidades e coletivos feministas pra organizar o 08
de março, Dia Internacional da Mulher.
 Começar a organizar uma campanha ‘Meu Primeiro Voto!’ – produzir materiais
(vídeos, cards, podcasts, textos).
 Começar a organizar uma campanha de novas filiações ao PT.
 Começar a organizar debates públicos (virtuais e presenciais) com foco na
campanha Lula Presidente.

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