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curso. O mesmo facto era punível, na Itália, com pena de prisão até três
anos, e na Grécia, com pena de prisão de 3 a 8 anos.
• Pelo art. 7.º, n.º 1, o facto foi praticado fora do território nacional (cfr.:
Tratado de Lisboa, Convénio de Limites, CNUDM e Convenção de
Viena sobre as Relações Diplomáticas), mais propriamente em
território italiano, pois 20.300 metros correspondem a 11 mm, o
que, pelos arts. 2.º e 3.º da CNUDM, corresponde ao mar territorial
italiano). Porém, a este crime, deve aplicar-se sempre a lei
portuguesa (art. 5.º, n.º 1, al. a)), mesmo que, como neste caso, no
lugar da prática do facto a lei seja mais favorável (art. 6.º, n.º 2 e n.º 3).
• Quanto à questão da sucessão de leis no tempo, e como no momento
da prática do facto (art. 3.º CP), a Lei 2, apesar de mais desfavorável,
já se encontrava em vigor, é esta que se aplica – princípio da legalidade
/ princípio da precedência ou da anterioridade da lei penal.
iii. Evasão de António (art. 352.º, n.º 1, prisão até 2 anos; art. 5.º, n.º 1, al.
e)).
• O facto foi praticado em Atenas, fora da Embaixada Portuguesa, e, por
isso, considerando os elementos determinantes do território nacional
(cfr.: Tratado de Lisboa, Convénio de Limites, CNUDM e Convenção de
Viena sobre as Relações Diplomáticas) o facto, à luz do art. 7.º,
considera-se praticado fora do território português. Porém, ao facto
poderá aplicar-se a lei portuguesa ao abrigo do disposto no art. 5.º,
n.º 1, al. e), pois: o facto foi praticado por um português, é também
punível pela legislação do lugar da prática do facto, o crime admite
extradição, mas esta não pode ser concedida ao abrigo do disposto no
art. 33.º, n. 3, da CRP. A lei portuguesa poderia ceder perante a lei
grega se esta fosse mais favorável, porém, não é o caso.