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OTTAVIO ULDERICO ZASIO

SÍNTESE:

Ottavio Ulderico Zasio nasceu em 1904 em Veneza, onde estudou e conheceu o seu mestre Marco Egidio
Allegri, na ocasião professor de matemática.

Ottavio Ulderico Zasio foi um dos mais autênticos iniciados da Verdadeira Ordem da Rosa Cruz Dourada.

Como homem e cidadão, Ottavio Ulderico Zasio sempre amou a Humanidade, que para ele era algo muito
especial.

Ottavio Ulderico Zasio era intransigentemente ás regras injustas e independente na sua forma de pensar e agir.

Como jornalista, Ottavio Ulderico Zasio começou como editor do "Gazzettino".

Sua casa foi um refúgio durante os tempos difíceis de perseguições e da proibição maçônica, exatamente
quando ele substituiu seu Mestre Marco Egídio Allegri. Ottavio Ulderico Zasio morreu no dia 5 de janeiro de
1966, ao nascer do sol da madrugada, como queria e esperava:

“Quando o sol romper as sombras e os que não tiverem medo os ouvirão tocar os Sinos do Silêncio”.

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Otávio Ulderico Zásio
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BIOGRAFIA

Eis aqui um testemunho raro e pouco conhecido sobre Ottavio Ulderico Zasio, que relata o que ele realmente
foi, tanto em sua vida profana e profissional como sua vida iniciática.

Na sua vida política, Ottavio Ulderico Zasio viveu grandes paixões ao do Grande Irmão Marco Egidio Allegri,
com quem nutria profunda amizade e compartilhava sua grande generosidade

Nascido em Gênova em 1904, filho do conde Carlo e da nobre Matilde Fuscalzo, Ottavio Ulderico Zasio
estudou em Veneza no colégio "Marco Foscarini" onde conheceu seu mestre e professor Marco Egídio Allegri,
que na ocasião lecionava matemática. Marco Egídio Allegri foi aquele que seria seu mestre no caminho da
realização esotérica, tornando-se verdadeiramente no último iniciado da linhagem em nosso tempo.

Como homem e cidadão nunca negou a sua fé e os seus sentimentos de amor pela Humanidade, a quem sempre
reivindicou de forma mui intransigente sua liberdade e independência de toda forma de pensamento.

Brilhante jornalista havia estreado como editor do "Gazzettino" de Veneza e correspondente de jornais diários.
Após a guerra, foi assessor de Imprensa do Conselho Britânico de Veneza e correspondente das revistas
americanas "Time" e "Life".

Ottavio Ulderico Zasio foi iniciado no Martinismo em 27 de dezembro de 1922 e, depois na Maçonaria,
sempre estando ao lado de seu Mestre marco Egídio Allegri, a quem substituiu nos períodos em que Allegri
esteva preso, confinado ou viajando ao Egito e à África Oriental.

Ottavio Ulderico Zasio reuniu Martinistas, Maçons Escoceses e Egípcios em sua casa, perto de San Marco,
quando a perseguição fascista se fazia mais presente.

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Era o Soberano Inspetor Geral do Rito Escocês Antigo Aceito e em 1945 foi exaltado ao cargo de Grande
Conservador do Rito de Misraim e Memphis, bem como em 1946 ele foi Grão Mestre deste Rito e da Ordem
Martinista ramo italiano.

Após a morte de Marco Egídio Allegri, por sucessão escrita, Ottavio Ulderico Zasio foi consagrado Grande
Hierofante do Soberano Santuário do Antigo e Primitivo Rito Oriental de Mitzraim e Memphis, bem como
Grão-Mestre do Martinismo, sendo doravante o Grande Conservador da Ordem do Templo.

Ottavio Ulderico Zasio morreu no dia 5 de janeiro de 1966, ao romper da aurora, como havia desejado e
previsto: "Quando o sol fende as sombras e a noite que cai, ouve-se repicar os Sinos do Silêncio"

Estas palavras comoventes carregam consigo o estilo inconfundível do Grande irmão Gastone Ventura, que
sucedeu Ottavio Ulderico Zasio na Grã maestria da ordem e do rito.

Ainda nos lembramos da sua grande coragem e do seu carácter intrépido quando, com apenas dezesseis anos,
seguiu o "seu" comandante Marco Egidio Allegri na empreitada fluvial, sem que os seus antepassados o
soubessem.

Essa coragem testemunhada em fatos reais mais uma vez em 1921, aos dezessete anos, quando ela enfrentou
um grupo de jovens avassaladores com ideais políticos opostos ao dele, fato relatado pelo "Gazzettino" em 12
de maio de 1921, no artigo que reproduzimos abaixo:

“Pouco antes da meia-noite da última terça-feira, o jovem fascista Ottavio Zasio de dezessete anos,
morando em Calledella Madonna em S. Maria Zobenigon. Quando chegou ao muro que cerca a igreja no
lado de Barbaria do Tole, Zasio percebeu que um grupo de cerca de dez jovens estava rasgando os cartazes
sobre os programas eleitorais do bloco nacionalista. O fascista se aproximou para ver melhor o ato dos
socialistas que cumprimentou o jovem espirituoso com zombaria. Como o partido então crescia a seu favor,
Zásio se afastou. Mas alguns dos difamadores o seguiram e se juntaram a ele, jogaram-no no chão e o

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golpearam várias vezes com socos e chutes. O Dr. Cornetti deu-lhe as curas adequadas e encontrou várias
contusões na cabeça, que foram curadas em algumas semanas.”

Junto com outros jovens, Zásio participou da Marcha sobre Roma e não só daqueles que, uma vez assumidos
o pleno poder político por Mussolini, queimaram indiscriminadamente a carteira de filiação do Partido
Nacional Fascista, passando assim a fazer parte do chamado grupo de "dissidente" ou aqueles que, como o
próprio Marco Egidio Allegri, teriam desejado tomar o poder, junto ao amado Comendador Gabriele
D'Annunzio.

O que apertou vagamente, nos anos seguintes a 1924, exatamente após a entrada em vigor da lei liberticida
contra a sociedade secreta e que entrou em vigor em 26 de novembro de 1925, forçando as ordens operarem
clandestinamente no que diz respeito à sua atividade iniciática e esotérica.

Amigo íntimo, assim como companheiro fraterno das Ordens iniciáticas em que trabalhou com graus muito
elevados, inclusive com a famosa escritora Mary Tibal di Chiesa, Zásio sempre trabalhou incansavelmente até
o último dos seus dias terrenos na preservação dos princípios sagrados e eternos da Tradição, ao mesmo tempo
defendendo a honra de sua família e de sua nobre casa, contra a covardia daqueles que, nas sombras e na
obscuridade, animaram por ciúmes e inveja, tentaram roubar-lhe a liderança das Ordens recebidas como
herança do Grande Irmão Marco Egídio Alleegri.

Queríamos recordar a figura de Ottavio Ulderico Zasio, dedicando-lhe essas breves e insuficientes palavras,
ao lado das palavras do irmão Marco Egidio Allegrie, com o propósito de perpetuar a memória desses eternos
exemplos da bela cultura italiana.

“Ao seu espírito indomável, à pureza dos seus corações, à sua coragem e à sua grandeza de Iniciados
dirigimos hoje e sempre as nossas deferentes saudações, com a estima, devoção e carinho que a aridez e
esterilidade de um mundo cada vez mais carente de "homens " e "valores" ligados ao nível do ideal e da
espiritualidade que nunca podem ser extintos ou destruídos completamente.”

Fim
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