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A corrida ao armamento e os avanços tecnológicos

1940 — 1946
EUA

Projeto Manhattan
Durante a 2.ª Guerra Mundial surge um projeto secreto dos EUA, em parceria com o Reino Unido e o
Canadá, com o objetivo de desenvolver as primeiras armas nucleares.

Insígnias do Projeto Manhattan Reator de testes, Washington, EUA, 1944


1945
EUA
O fim da 2.ª Guerra Mundial e o início da Guerra Fria
Pode considerar-se que o período a que se chama Guerra Fria começou com fim da 2.ª Guerra Mundial, em
1945. Nessa altura estabelecem-se dois polos ideológicos opostos – EUA e URSS – e iniciam-se a corrida ao
armamento e a era espacial.

Celebrações do final
da 2.ª Guerra Mundial,
Paris, 1945
1945 Início da oposição de blocos
Os EUA, a URSS e os dois blocos que
representavam – ocidental e de leste,
respetivamente – apresentavam profundas
diferenças políticas, culturais e ideológicas.
A eleição de Harry Truman como presidente
dos EUA e a sua posição anticomunista veio
agravar a já frágil relação dos dois países.
1945 — 1948
EUA
A superioridade norte-americana
Nos anos que se seguem ao fim da 2.ª Guerra
Mundial os EUA apresentam uma clara
superioridade militar. São disso prova os
conhecimentos sobre a bomba atómica e a
posse de poderoso armamento como
bombardeiros intercontinentais.
16 julho 1945
EUA
1.º Teste nuclear – nome de código: Trinity
Integrada no Projeto Manhattan é feita a
primeira explosão atómica, no Deserto das
Areias Brancas, Novo México. A equipa de
trabalho que realizou este teste e outras
investigações para a criação da bomba atómica
estava sob a orientação do físico J. Robert
Oppenheimer, um prossecutor das descobertas
de Planck e de Einstein.
p. 60
6 agosto 1945
9 agosto 1945EUA
EUA
A 2.ª bomba atómica – Nagasáqui
A 1.ª bomba atómica – Hiroxima
Os Estados Unidos da América lançam a
Para levar o Japão à rendição e por ordem do presidente
segunda bomba atómica sobre a cidade
Truman, os EUA lançam uma bomba atómica sobre a
japonesa de Nagasáqui.
cidade de Hiroxima, destruindo-a e matando milhares de
No dia 14 de agosto de 1945, o Japão rendia-se.
civis. Largada pelo avião Enola Gay, esta foi a primeira
bomba atómica da História.

Excerto de noticiário que mostra os efeitos da bomba


atómica em Hiroxima cerca de um ano depois do seu
lançamento, 1946, Universal Newsreels
As armas nucleares trazem alteração à natureza dos conflitos quer pelos efeitos devastadores que
possuem, mas também porque exigem um desenvolvimento tecnológico dos países que as
desenvolvem.
1949
A URSS também tem uma bomba atómica
A União Soviética faz explodir a sua primeira bomba atómica, mostrando ao mundo
que os EUA deixaram de ser os únicos a deter esta poderosa arma mortífera.

Explosão atómica em Semipalatinsk


1949 — 1952
EUA
A Bomba H
Em 1952, após anos de investigação, é testada a primeira bomba de hidrogénio –
bomba H – no atol de Enivetok, no Pacífico. Esta bomba é incrivelmente poderosa e
muito mais destrutiva do que a bomba atómica. Tem início a corrida ao armamento.

Explosão da primeira bomba H, no atol


Enivetok (Ilhas Marshall), 1952
4 abril 1949EUA
Criação da OTAN
Nasce a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) ou NATO (North Atlantic Treaty Organization)
com o objetivo de constituir uma frente oposta ao
bloco comunista. Os estados signatários do tratado
estabeleceram um compromisso de cooperação
estratégica em tempo de paz e contraíram uma
obrigação de auxílio mútuo em caso de ataque a
qualquer dos países-membros.
1953
URSS
A URSS também tem a Bomba H
Os russos conseguem produzir a bomba de hidrogénio. O
físico Andrei Sakharov, incluído num grupo de pesquisa para o
desenvolvimento de armas nucleares, foi o responsável pela
construção deste engenho.

O primeiro teste soviético de uma “verdadeira” bomba de


hidrogénio, ocorreu em 22 de novembro de 1955.
Foi chamada pelos soviéticos de RDS-37.
1954
EUA
Submarinos de propulsão nuclear
São aplicados motores atómicos aos submarinos
que passam a ter mais autonomia podendo
manter-se submersos durante meses ou mesmo
anos, sem necessidade de reabastecer.
1955
URSS
Bombardeiros intercontinentais
A URSS consegue produzir bombardeiros
intercontinentais, aumentando a sua
capacidade de ameaça sobre o bloco inimigo.
Modelos mais recentes destes aviões
continuam em circulação.
14 maio 1955
URSS
Pacto de Varsóvia
Assinatura do Tratado que estabelece uma
aliança entre a URSS e os seus países satélites
no âmbito da política de defesa, em resposta à
criação da NATO em 1949. Instituía um
compromisso de cooperação e de assistência
mútuas entre estados-membros.
1957
EUA
Mísseis antibalísticos (sistema de defesa)
Com o acelerar da competição, os dois blocos
inimigos vão concebendo mísseis mais
sofisticados. Preocupados com as
demonstrações de poder bélico da URSS, os
EUA investem no desenvolvimento de mísseis e
de sistemas de defesa antibalísticos.
1957
URSS
Mísseis
Nos desfiles da celebração dos 40
anos da Revolução Russa, em
Moscovo, a URSS exibe os seus
mísseis de curto e médio alcance,
indicando claramente desafio e
ameaça ao bloco ocidental.
1959
URSS
Base de mísseis balísticos intercontinentais – Plesetsk
Fica operacional a primeira base para lançamento de mísseis
balísticos intercontinentais.
1969 — 1979
EUA
Abrandamento na corrida às armas
EUA e URSS assinam acordos que fixam o número e tipo de
armas que cada país pode ter e que colocam um limite à
construção de armamentos estratégicos, além de desencorajar
o emprego de sistemas antimísseis. Estes acordos tiveram
como finalidade a não deflagração de uma guerra.
1969 — 1979
URSS
Acordos e conversações instáveis
Apesar da corrida às armas ter
abrandado, os acordos e conversações
para redução de armamento entre EUA
e URSS viriam a ter os seus altos e
baixos. Ambos os países desrespeitaram
algumas regras estabelecidas,
continuando com a produção e
modernização de armamento
1970 — 1979EUA
O mundo teme uma guerra nuclear
Durante a década de 1970, os EUA
desenvolvem um novo míssil capaz de
ser guiado por radares, mais rápido e
mais potente. Apesar dos acordos de
desarmamento, ambos os blocos
continuam a desenvolver tecnologia
Imagem do filme de Stanley Kubrik – Dr. Estranho-Amor capaz de destruir o planeta, tal como
de 1964. O medo sentido na época transbordava para
mísseis com múltiplas ogivas nucleares.
ficção dando origem a filmes como este em que a
ameaça nuclear era satirizada A tensão cresce.
1970 — 1979
URSS
O reacender da corrida às armas
Em meados dos anos 70 a URSS encontra-se em
paridade militar e estratégica com os EUA. Pouco
depois começa a substituir os mísseis mais antigos
por novos. Estes mísseis são mais precisos, são
fáceis de manipular e têm capacidade para
atingir alvos na Europa ocidental. A ameaça
nuclear aumenta.
Jato de combate soviético (MiG – 25) carregando mísseis,
uma demonstração das armas sofisticadas da época
27 março 1983EUA
«Guerra das estrelas»
O presidente norte-americano Ronald Reagan anuncia a
«Guerra das estrelas»: um plano estratégico de defesa (SDI)
que visava ter um conjunto de radares e de satélites capazes de
intercetar e destruir as armas que estivessem a tentar atacar o
território dos EUA.

Ronald Reagan, Presidente dos EUA entre 1981 e


1989, dirige-se à nação anunciando o plano SDI
1986 — 1989EUA
Final da Guerra fria
No final dos anos 80 a Guerra Fria termina. A
corrida às armas, que tinha deixado o mundo a
viver na ansiedade da guerra, conhece o seu fim e
os dois blocos melhoram as suas relações.
1986 — 1989URSS
Alterações na URSS
Em 1985 Mikhail Gorbachev torna-se líder da URSS e tem como
grande bandeira do seu governo modernizar o país e melhorar
as relações com os EUA. Os EUA estão recetivos, e a Guerra Fria
termina com um vencedor: a humanidade.

Mikhail Gorbachev e Ronald Reagan assinam o


Tratado INF para eliminação de mísseis de
curto e médio alcance, 1987
Tentativas de regulamentar a utilização do armamento nuclear

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